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Comandante de lancha que naufragou em Belém é preso
O marítimo foi detido em Ananindeua
Por Alex Rodrigues
A Polícia Civil do Pará deteve hoje (12), em caráter preventivo, o contramestre fluvial Marcos de Souza Oliveira, comandante da lancha Dona Lourdes II, que naufragou na quinta-feira (8), em Belém, com um número ainda incerto de passageiros a bordo.
A prisão foi tornada pública pelo governador do Pará, Helder Barbalho, que usou sua conta pessoal no Twitter para informar que, cinco dias após a tragédia, o marítimo foi detido em Ananindeua “graças ao trabalho integrado das forças de segurança do estado”.
Em entrevista à Agência Brasil, o advogado de Oliveira, Dorivaldo Belém, confirmou a prisão. Segundo ele, o contramestre foi detido quando estava prestes a se entregar às autoridades policiais, “conforme combinado anteriormente”.
“Já tínhamos comunicado ao juiz e ao delegado que ele se apresentaria hoje. Ficou combinado que ele faria isso esta manhã, às 10h. Ele veio do interior e estava em uma residência, prestes a se apresentar, mas se sentiu mal e pediu que o prazo fosse estendido até a tarde, no máximo para amanhã (14). A Polícia achou por bem fazer isso [detê-lo] e levá-lo para a delegacia geral, onde ele vai depor”, informou o advogado.
Ontem (11), o advogado disse à Agência Brasil que o contramestre classifica a tragédia como um “acidente causado pela força da natureza”. Segundo Dorivaldo Belém, Oliveira disse que, após o naufrágio, deixou o local onde os sobreviventes se concentravam por medo de ser agredido, e não compareceu antes à delegacia por estar emocionalmente abalado.
Ainda de acordo com o advogado, o contramestre disse que ouviu um forte barulho na parte inferior da lancha pouco antes dela perder o sistema de controle, ficar à deriva e começar a afundar. Oliveira também disse que havia 82 coletes salva-vidas a bordo da Dona Lourdes II, além de quatro boias de apoio que, juntas, serviriam para salvar a mais 60 pessoas a bordo.
Segundo as autoridades marítimas, a lancha tinha capacidade para 82 pessoas, incluindo tripulantes. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) trabalha com a hipótese de que ao menos 89 pessoas estavam a bordo no momento do acidente. Já foram confirmadas as mortes de 22 pessoas e o resgate de 66 sobreviventes. As equipes de buscas continuam à procura de ao menos uma pessoa desaparecida que, segundo parentes, estava na lancha.
De acordo com o advogado do comandante da lancha, Oliveira nega que a embarcação estivesse transportando mais pessoas que sua capacidade, mas reconhece que não tinha autorização para operar no trajeto entre Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, e Belém, próximo de onde a embarcação afundou.
“A embarcação está devidamente registrada na Capitania dos Portos e, portanto, estava autorizada a fazer esse tipo de transporte [de passageiros], mas com um detalhe irregular, ela não estava autorizada a operar no trajeto em que houve o acidente”, declarou o advogado à Agência Brasil, admitindo que o cliente já vinha operando no trecho há cerca de 6 meses, enquanto, segundo ele, aguardava a resposta definitiva ao processo em que pediu autorização para trabalhar.
Segundo a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará (Arcon), Oliveira passou a usar a Dona Lourdes II após ter outras duas embarcações (Clícia e Expresso) apreendidas por estarem sendo usadas para o transporte irregular de passageiros.
Edição: Fernando Fraga
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Duas toneladas de maconha são apreendidas nesta terça-feira (8), na Região Metropolitana de Fortaleza
O carregamento de drogas ilícitas foi encontrado pela Polícia Militar no bairro Conjunto Metropolitano
Cerca de duas toneladas de maconha foram apreendidas pela Polícia Militar do Ceará (PMCE) nesta terça-feira (8), em Caucaia, (RMF). A ação foi fruto de uma operação do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), segundo a corporação.
Conforme nota da PMCE, o carregamento de drogas ilícitas foi encontrado no bairro Conjunto Metropolitano.
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Eleitor arranca orelha de adversário político em briga no Ceará; assista à entrevista
Polícia Civil investiga circunstâncias da lesão corporal
Com Diário do Nordeste
Dois eleitores entraram em luta corporal e um deles teve parte da orelha arrancada por uma mordida, durante o primeiro turno das eleições municipais em Paracuru, na Região Metropolitana de Fortaleza, no domingo (6). O confronto ocorreu após uma discussão sobre apoio a um candidato da cidade.
O pescador Anacílio Cândido dos Santos, 56, residente do bairro Torre, relatou que estava com três amigos comemorando a vitória de vereadores, quando foi interrompido por um eleitor oposto ao candidato dele.
“Chegou um penetra. Eu estava comentando em relação à política, que nós, eleitores, não podemos tomar contrapartida um com o outro, em relação aos candidatos ao prefeito e seja lá quem for”, declarou Anacílio em entrevista ao jornalista Dionatas Sousa, que cedeu o conteúdo ao Diário do Nordeste.
Em seguida, a discussão entre os eleitores ficou mais densa e eles começaram uma série de xingamentos mútuos. “Ele passou a me agredir com palavras. Dizendo que eu defendia o gestor porque devia favor. Eu falei para ele que eu assumia que devia favor ao gestor, porque o gestor tinha feito algo para alguém a pedido meu. A minha gratuidade seria votar com o gestor, defender o nome dele, mas naquele momento eu não estava nem falando em gestor, ele que criou esse problema”.
O homem chegou a deixar o local por alguns instantes, mas retornou com novos xingamentos. Conforme Anacílio, o adversário político avançou com agressão em direção a ele: “Em primeiro lugar, eu dei um murro nele. Em segundo, quando eu caí, ele com porte físico maior do que o meu, ele se apoderou do meu corpo, me deu um sossega-leão. Estava me matando sufocado e decepou parte da minha orelha com dente”.
Eleitor desmente que orelha foi cortada por aposta
Inicialmente, fotos de Anacílio haviam circulado na internet com a orelha ferida e ensanguentada, informando que o caso teria sido motivado por uma aposta — o que, segundo o pescador declarou, não procede.
Anacílio afirmou que até fez uma uma aposta nas eleições meses atrás, mas não tinha relação com o conflito do domingo.
“As pessoas colocando fake news, que eu tinha colocado minha orelha. Eu não sou nenhum idiota, eu sou um cidadão. Passei por isso aí como qualquer pessoa pode passar”. O pescador declarou que buscou ajuda jurídica para tratar do caso.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Estado do Ceará para saber mais informações sobre a ocorrência, como os dados de identificação do outro envolvido na briga. A força de segurança informou que investiga as circunstâncias da lesão corporal e que o caso está a cargo da Delegacia Municipal de Paracuru.
Veja vídeo:
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Prefeito de Morada Nova, no Interior do CE, aposta três Hilux em eleição de sucessor e perde carros
O atual prefeito Wanderley Nogueira apoiou o candidato Marquinho da Ana, que não se elegeu
O prefeito de Morada Nova, Wanderley Nogueira (PT), apostou três carros modelo Hilux que o candidato Marquinho da Ana, do mesmo partido, ganharia eleição municipal para a Prefeitura, e perdeu a aposta. A eleita foi a candidata Naiara Castro (PSB), da oposição, que irá suceder Wanderley a partir de 2025.
Quem teria aceitado a aposta foi o vereador eleito Weder Basilio, do Progressistas, que inclusive já recolheu os carros. Ao Diário do Nordeste, a Prefeitura de Morada Nova confirmou a aposta e informou que foi uma decisão pessoal do prefeito Wanderley, pois os veículos da marca Toyota são dele.
Uma Hilux ano 2022/2022 tem preço médio de R$ 226 mil, segundo a Tabela Fipe, que calcula a precificação de veículos novos e usados Brasil.
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