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Acre

Com 1.473 partos prematuros este ano, Acre fortalece capacitação e conscientização para atender mães e bebês

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As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções.

Foram mais de 1,4 mil partos prematuros este ano. Foto: Junior Aguiar/Sesacre

Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira, 22, apontou que o estado acreano registrou, este ano, 1.473 partos prematuros, enquanto no ano passado foram 2.010. Para proporcionar melhor atendimento dessas mães e bebês, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) tem apostado na capacitação dos servidores nas unidades do estado.

O bebê é considerado prematuro antes da 37ª semana de gestação ou se pesar abaixo de 2,5kg. O desafio para a rede de atendimento nesses casos é ainda maior, pois precisa humanizar esse apoio, para que a mãe e a criança tenham o suporte necessário até a alta.

No ano passado, a Sesacre realizou o Curso de Sensibilização da Atenção Humanizada ao Recém-Nascido, que durou três dias e foi destinado a profissionais de saúde que atuavam na Unidade Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora e Hospital Santa Juliana, ambos em Rio Branco.

O foco desse treinamento foi o Método Canguru, que se inicia no pré-natal, quando a gestação é de alto risco e as chances de o bebê nascer prematuro e com baixo peso são mais altas. O profissional de saúde responsável deve explicar a situação para os pais e orientá-los sobre o método, guiando-os ao longo do processo.

Após o nascimento, os pais devem ser acolhidos pela unidade neonatal, onde o bebê ficará internado, e receber todas as informações sobre as condições de saúde do filho. Eles devem fazer parte da rotina do recém-nascido e ser encorajados a tocá-lo e a fazer companhia. A participação do pai é tão importante quanto a da mãe.

O bebê permanece de maneira contínua com os pais na posição canguru, pelo maior tempo possível. Quando atinge 1,6 kg, além de outros parâmetros clínicos, recebe alta hospitalar, passando a ter acompanhamento ambulatorial da equipe hospitalar compartilhado com a equipe da Atenção Básica, até atingir 2,5 kg. A partir daí, o bebê será acompanhado pela Atenção Básica; procedimento realizado, em Rio Branco, pela Policlínica do Tucumã.

Este ano, em alusão ao Novembro Roxo, de conscientização sobre a prematuridade, sendo observado, no dia 27, o Dia Nacional da Prematuridade, a Maternidade Bárbara Heliodora promoveu, na semana passada, um evento em homenagem à data.

A médica pediatra neonatologista e coordenadora da Unidade Neonatal, Maria do Socorro Avelino, ressaltou a importância de iniciativas como o Novembro Roxo, para promover a conscientização sobre a prematuridade.

“Planejamos um evento que traz egressos da UTI, com uma campanha interna, oferecendo treinamentos para aperfeiçoamento da equipe. Então, precisamos garantir que os bebês prematuros sejam bem cuidados, para que saiam com o mínimo de sequelas possíveis”, afirmou Maria do Socorro.

Em Cruzeiro do Sul, a data foi marcada por uma caminhada, com concentração em frente ao Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, e que teve o objetivo de fortalecer a rede de apoio às famílias de bebês prematuros.

O bebê é considerado prematuro antes da 37ª semana de gestação ou se pesar abaixo de 2,5kg. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

“Todos os anos nos mobilizamos para levantar a bandeira do Novembro Roxo. O Acre tem um alto índice de partos que acontecem antes do tempo e a prematuridade ainda é a principal causa de morte de crianças menores de 5 anos. Desenvolvemos várias ações, finalizando com essa caminhada, com o objetivo de chamar a atenção da população para essa temática”, apontou Igle Monte, gerente-geral do Hospital da Criança e da Mulher do Juruá.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, do Ministério da Saúde, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções.

A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Evento na maternidade contou com diversas mães que estão sendo atendidas. Foto: Izabelle Farias/Sesacre

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Acre

Acre tem sexta-feira de tempo instável e risco de chuvas fortes em todas as regiões do estado

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Previsão indica clima abafado, alta umidade e precipitações pontuais, algumas intensas, de leste a oeste do Acre; temperaturas variam entre 22°C e 32°C.

Foto: Sérgio Vale

O Acre deve registrar nesta sexta-feira (5) um dia de tempo instável, com sol entre nuvens e ocorrência de chuvas pontuais a qualquer hora, algumas com forte intensidade. A previsão, divulgada pelo portal O Tempo Aqui, também se estende ao sul e sudoeste do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, além de áreas de planície da Bolívia e da região de selva do Peru.

Leste e sul do Acre
Nas microrregiões de Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o clima permanece abafado e sujeito a pancadas de chuva em pontos isolados. A probabilidade de temporais é considerada média. A umidade relativa do ar deve variar entre 60% e 70% durante a tarde, chegando a 90% e 100% no início da manhã. Os ventos sopram de forma fraca a calma, predominantemente do norte, com variações entre noroeste e nordeste.

Centro e oeste do estado
Nas microrregiões de Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o cenário é semelhante: tempo instável, abafado e com possibilidade de chuvas fortes em áreas isoladas. A umidade mínima varia de 65% a 75% à tarde, com máximas entre 90% e 100% no amanhecer. Os ventos também sopram fracos, vindos do norte e com variações de noroeste e nordeste.

Temperaturas por região

  • Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 29°C e 31°C.

  • Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba e Assis Brasil: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 29°C e 31°C.

  • Plácido de Castro e Acrelândia: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 29°C e 31°C.

  • Sena Madureira, Manuel Urbano e Santa Rosa do Purus: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 29°C e 31°C.

  • Tarauacá e Feijó: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 30°C e 32°C.

  • Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 30°C e 32°C.

  • Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão: mínimas entre 22°C e 24°C; máximas entre 30°C e 32°C.

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Acre

Rio Acre volta a subir e Defesa Civil mantém atenção após novo boletim em Rio Branco

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Mesmo com apenas 7,80 mm de chuva nas últimas 24 horas, histórico de elevações rápidas do manancial acende sinal de alerta na capital.

A Defesa Civil de Rio Branco divulgou, na manhã desta sexta-feira (5), um novo boletim de monitoramento do Rio Acre. Às 5h19, o manancial marcou 5,43 metros, apresentando tendência de elevação nas últimas horas. O documento é assinado pelo coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão (TC BM).

Nas últimas 24 horas, a capital registrou 7,80 mm de chuva — volume considerado baixo, mas suficiente para manter o órgão em estado de atenção, devido ao histórico de subidas rápidas do nível do rio em períodos de instabilidade climática.

A cota de alerta para o Rio Acre é de 13,50 metros e a de transbordo, 14 metros, ainda distantes da medição registrada nesta sexta-feira.

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Governo revoga normas da Ouvidoria Fundiária e do Meio Ambiente no AC

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Foto: Felipe Freire/Secom

O Governo do Acre publicou no Diário Oficial, nesta sexta-feira, 5, duas normas que revogam dispositivos relacionados à Ouvidoria Fundiária e do Meio Ambiente, alterando a legislação vigente sobre a estrutura da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a organização administrativa do Executivo.

Revogação na Lei Orgânica da PGE

A Lei Complementar nº 501, de 27 de novembro de 2025, sancionada pelo governador Gladson Cameli, modifica a Lei Complementar nº 45/1994, que dispõe sobre a Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado. A nova norma revoga:

a alínea “e” do inciso IV do art. 2º;

o art. 19-L da mesma lei.

Além disso, a Lei Complementar nº 501 revoga integralmente a Lei Complementar nº 480, de 17 de dezembro de 2024, que havia criado dispositivos específicos para tratar da Ouvidoria Fundiária e do Meio Ambiente.

A nova lei entrou em vigor na data de sua publicação.

Revogação da estrutura da Ouvidoria Fundiária e Ambiental

Também foi publicado o Decreto nº 11.800, de 4 de dezembro de 2025, que revoga o Decreto nº 11.639/2025, responsável por definir a estrutura organizacional básica da Ouvidoria Fundiária e do Meio Ambiente.

Com a revogação, a estrutura criada em fevereiro deste ano deixa de existir oficialmente. O decreto também entrou em vigor na data de sua publicação.

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