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Ciclo completo e facções norteiam debate sobre segurança pública na AMAC

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Debate sobre o Ciclo Completo e as organizações criminosas nortearam os debates da Mesa Redonda: Desafios para a Segurança Pública do Acre, organizado pela Associação dos Municípios do Acre (Amac) em parceria com os gabinetes do Senador Gladson Cameli e do Deputado Federal Major Rocha, em Rio Branco, no Acre. A palestra inaugura uma série de debates sobre inovação e políticas públicas que a associação vai desenvolver em todo o estado. O prefeito José Augusto, do município de Capixaba e José Ferreira, vice-prefeito do município de Assis Brasil, representaram a Amac.

Mediado pelo Cel. PM Ulisses Araújo, que apresentou um panorama sobre Segurança Pública no Brasil, um dos temas mais debatidos foi o Ciclo Completo da Polícia. A proposta é uma das PECs que tramitam no Congresso Nacional, está inserida entre as que tratam de debates mais estruturais no modelo de policiamento nacional.

O Agente Policia Rodoviário, Américo Paes, que desenvolveu o tema Ciclo Completo, disse que esse modelo composto é uma referência da Policia Rodoviária Federal em todo o país. Outro tema que tomou conta dos debates, foi sobre facção criminosa. O presidente da Associação dos Militares do Acre (Ame), Joelson Dias, disse que “o poder do medo de uma facção é muito maior”. Citando a teoria americana: a teoria das janelas quebradas, ele destacou que “a solução desse problema maior não está somente em prender”, disse Joelson.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Ribamar Costa, chamou atenção para a violência que passou a ocupar dentro dos Hospitais. Ele lembrou profissionais que perderam á vida em unidades de saúde da capital e no interior.

Para o Major Rezende, especialista em gestão de segurança púbica, “o cidadão quer gestão e o estado não pode ser refém de uma facção criminosa”. Ele destacou que alguns índices de violência no Acre são superiores ao do Rio de Janeiro.

“Um deles é o poder bélico dessas facções. A proximidade fronteiriça tornou a região norte como ponto estratégico para a entrada de drogas no pais. O comando vermelho tem estado mais presente no Acre” comentou Rezende.

Para o delegado da Policia Federal, Eduardo Gomes, a segurança pública não se reduz à Polícia. “Policia se faz de forma preventiva e repreensiva, mas o que vemos hoje é que a ofensiva não dá conta e a judiciária não investiga. E não porque as polícias são incompetentes, pelo contrário, elas não recebem investimentos necessários”, destacou o agente.

Ainda de acordo Gomes, somente de fronteira – tema que ele palestrou – existem 9.000 km. Ele reconheceu que o Brasil não se preocupa com ações estratégica de fronteira, defendeu serviço de inteligência para suprir a necessidade de policiais na região. Ele citou as deficiências no projeto de Vants, drones da Força Aérea Brasileira e da Policia Federal que começaram a voar juntos para reprimir crimes na fronteira.

O promotor de Justiça, Bernardo Fiterman Albano, apresentou dados sobre operações feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o GAECO, que em 2015, denunciou, segundo o promotor, 460 pessoas entre meliantes do Bonde dos 13, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital.

“Isso representa quase 10% da população carcerária do Estado do Acre. Fizemos a terceira maior operação de combate ao crime organizado em todo o país” disse Fiterman.
O deputado estadual Nelson Sales (sem partido) elogiou a ação do senador Gladson Cameli que puxou esse debate em parceria com a Amac e citou a violência que tomou conta das cidades do interior.

O senador Gladson Cameli, se comprometeu de levar o relatório final da Mesa Redonda para o Ministério da Justiça e debater as mudanças propostas dentro do Congresso Nacional. Para ele, é fundamental a união das instituições no combate à violência.

“Queremos agradecer a Amac por ter encampado esse debate e dizer que, a partir do relatório conclusivo da Mesa Redonda, estaremos reforçando nossa luta em Brasília pela garantia de recursos para o sistema, assim como, nas reformas necessárias que possam fortalecer o sistema de segurança pública. Esse debate com a sociedade é fundamental para avançarmos nas políticas públicas e acharmos soluções a curto, médio e longo prazo para esse mal que vem atingindo as famílias acreanas” citou o senador.

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Acre

Rio Acre segue acima da cota de transbordo e atinge 15,32 metros em Rio Branco

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Mesmo sem chuvas nas últimas 24 horas, nível do rio continua elevado e é monitorado pela Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre permanece elevado em Rio Branco e continua acima da cota de transbordo. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal, na medição realizada às 5h21 da manhã desta segunda-feira (29), o manancial atingiu 15,32 metros.

Ainda segundo a Defesa Civil, na última aferição feita à meia-noite, o rio marcou 15,24 metros, o que representa um aumento de 8 centímetros em relação às medições anteriores, confirmando a tendência de elevação.

Nas últimas 24 horas, não houve registro de chuva na capital acreana, com acumulado de 0,00 milímetro no período. A elevação do nível do rio é atribuída ao volume de água proveniente das cabeceiras e afluentes.

A cota de alerta do Rio Acre é de 13,50 metros, enquanto a cota de transbordo é de 14,00 metros, ambas já superadas. A Defesa Civil Municipal segue monitorando a situação e acompanhando a evolução do nível do rio, mantendo as equipes em prontidão para atendimento às áreas de risco.

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Acre recebe novo alerta de chuvas intensas com risco potencial

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Em dias de chuva é preciso redobrar as medidas de segurança ao conduzir veículos. Foto: Eduardo Gomes/Detran

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas com grau de perigo potencial para o Acre. O alerta teve início às 9h23 desta segunda-feira (29) e segue válido até 23h59 de terça-feira (30).

De acordo com o Inmet, estão previstas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a até 50 milímetros por dia, acompanhadas de ventos intensos, com velocidade variando entre 40 e 60 km/h.

Apesar de classificado como de baixo risco, o aviso aponta possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos em áreas urbanas e descargas elétricas durante o período de instabilidade.

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Mais de 360 pessoas estão em abrigos municipais após cheias em Rio Branco

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Prefeitura atualiza situação e informa que Rio Acre atingiu 15,32 metros, com tendência de subida

A Prefeitura de Rio Branco divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), a atualização mais recente sobre a situação dos abrigos montados para atender famílias afetadas pelas cheias do Rio Acre e dos igarapés da capital. De acordo com o boletim das 6h, um total de 364 pessoas, pertencentes a 135 famílias, estão acolhidas em seis pontos diferentes da cidade.

Segundo o levantamento, a Escola Municipal Álvaro Vilela Rocha abriga 14 famílias, somando 51 pessoas. Na Escola Municipal Anice Jatene, são 16 famílias, com 56 pessoas acolhidas. A Escola Municipal Maria Lúcia atende 13 famílias, totalizando 38 pessoas. Já a Escola Estadual Georgete Kalume recebe oito famílias, com 31 pessoas, enquanto a Escola Estadual Marilda Gouveia abriga nove famílias, reunindo 58 pessoas.

O maior número de desabrigados está concentrado no Centro de Cultura Mestre Caboquinho, onde 75 famílias estão acolhidas, totalizando 130 pessoas.

Em publicação nas redes sociais, o prefeito Tião Bocalom (PL) informou que esta é a última atualização das 6h da manhã e destacou que, na medição mais recente, o nível do Rio Acre atingiu 15,32 metros, apresentando tendência de elevação de aproximadamente um centímetro por hora.

O gestor ressaltou ainda que a atuação da Defesa Civil Municipal tem sido contínua no enfrentamento da situação e reafirmou o compromisso da gestão com o cuidado às famílias atingidas pelas alagações.

“Já enfrentamos outras alagações antes e nosso cuidado com a população sempre foi grande e presente, a ponto até de render um prêmio nacional à nossa Defesa Civil Municipal. Seguiremos trabalhando com fé e coragem para ajudar a nossa gente. Vamos juntos!”, afirmou o prefeito.

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