Acre
Castanha tem queda drástica no preço e cenário é de crise
O preço da castanha sofreu queda drástica desde o primeiro trimestre do ano até agora. Até março, o preço da castanha estava sendo comercializado a R$ 20 o quilo. Atualmente, o preço praticado, em média, é de R$ 12. A redução de 40% não encontra cenário favorável de reversão.

Quilo do produto que era comercializado a R$ 20 até março, hoje está em média R$ 12. E não há expectativa de reversão
“Isso é um problema de mercado”, constata o presidente da Cooperacre, Manoel Monteiro. A cooperativa tem 1,8 mil famílias extrativistas cadastradas, com força suficiente para regular o mercado. “No limite, pode-se chegar à prática do preço mínimo que é de onze reais”.
A possibilidade de usar a garantia de preço mínimo concedida pelo Governo Federal efetiva um cenário há muito não visto no setor. As oscilações são sistêmicas, mas não se registrava queda tão acentuada nos últimos anos. As safras de 2010 e 2011 tiveram bons preços.
“Crise é um bicho que quanto mais a gente fala dele, mais forte ele fica”, esquiva-se o presidente da Cooperacre, Manoel Monteiro. “Nós somos uma cooperativa e estamos no mercado como quaisquer outros e sabemos dos riscos. O que nos diferencia é que nós queremos garantir a comercialização para o extrativista, independente do preço”.
A Casa do Seringueiro, com sede no município de Sena Madureira, comercializa a produção praticamente de quatro rios: Purus, Caeté, Macauã e Yaco. São aproximadamente 1,2 mil famílias que vendem a castanha para a Casa do Seringueiro todos os anos.
Durante essa semana, o empresário Mazinho Serafim estava em São Paulo tentando vender a castanha da safra deste ano. “Eu não estou conseguindo vender a castanha da safra deste ano”, lamenta o empresário. “Como é que eu vou comprar a safra de 2013?”, pergunta.
Há quatro anos, a Casa do Seringueiro comercializa a castanha acreana na região Sudeste. “Há clientes meus que estão com 60 mil caixas de 20 quilos estocadas”, relata Serafim. A Casa do Seringueiro, diferente da concorrente Cooperacre, prioriza o mercado externo. “Nesse cenário de crise na Europa, os mercados ficam muito restritos”.
Serafim assegura que já pagou de R$ 28 a R$ 30 pela lata de castanha. Hoje, a estimativa é que o mesmo produto seja comprado do extrativista a R$ 10. “O seringueiro se acostumou com o bom preço da castanha”, disse.
Para piorar o cenário dos preços, a safra de 2013 promete estar acima da média. “A natureza sempre apresenta um equilíbrio”, constata Manoel Monteiro, da Cooperacre. “Um ano vem com muita castanha, o outro com menos. Para 2013, a safra tem tudo para ser boa”. Com uma “safra boa”, haverá mais castanha no mercado. O que pressiona ainda mais a queda do preço.
A Cooperacre prioriza o mercado brasileiro para a comercialização. Para a cooperativa, não há perspectiva no mercado externo que justifique o esforço com o mercado brasileiro com bom potencial de consumo.
Bolívia
A Bolívia, outro grande exportador de castanha, tem encontrado dificuldades para comercializar a amêndoa no mercado europeu. A crise no continente, praticamente bloqueou a entrada do produto.
O Brasil foi a alternativa imediata para o produto extraí-do na Bolívia. “Não há números exatos, mas esse é o cenário e aumenta a oferta de castanha dentro do Brasil”, relata o presidente da Cooperacre, Ma-noel Monteiro
Comercialização da castanha sofreu transformação radical nos últimos 13 anos
O setor de comercialização da castanha se profissionalizou, com apoio do poder público. No Acre, o trabalho do Governo do Estado e da Embrapa foi fundamental para que houvesse quebra de monopólio da Mutran e consolidação do produto no mercado nacional.
Hoje, a situação é tão diferente que a Cooperacre trabalha com extração certificada orgânica em oito comunidades, com boas práticas no manejo. A extração certificada orgânica é quase um luxo, se comparada ao ambiente econômico de 13 anos atrás.
O atual problema de preço não é uma falha de aplicação de política pública. É uma oscilação de preços própria do comportamento do mercado. O momento é importante de ser acompanhado para perceber como o setor cooperativista se comporta no cenário de crise.
Itaan Arruda – A Gazeta
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Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.
A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.
O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.
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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.
Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.
Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.
A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.
Atualizacão
Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.
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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento
Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada
A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.
Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.
— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.
O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada
Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.



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