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Capacitação do Idaf qualifica responsáveis técnicos e eleva os padrões de segurança na indústria de alimentos de origem animal no Acre

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Cerca de 30 participantes receberam orientações sobre o fortalecimento das boas práticas de fabricação, atualização de conhecimentos sobre normas sanitárias e padronização dos processos de controle de qualidade

Objetivo da iniciativa foi qualificar os profissionais e elevar os padrões de segurança alimentar no estado. Foto: Fabiana Matos/Idaf

A atuação dos responsáveis técnicos (RTs) em frigoríficos e laticínios tem ganhado cada vez mais destaque no setor de alimentos. Com o aumento das exigências sanitárias e a necessidade de garantir produtos de qualidade ao consumidor, o governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), encerrou nesta sexta-feira, 14, um curso voltado à capacitação de responsáveis técnicos de indústrias de alimentos, destinado a médicos veterinários e estudantes da área, no auditório do órgão.

De acordo com a legislação brasileira, por meio do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), é obrigatória a presença de um profissional habilitado, ou seja, um médico veterinário, para supervisionar as operações. O responsável técnico é a figura central no controle de qualidade dentro dos frigoríficos e laticínios. Ele responde por todas as etapas do processo produtivo, desde a recepção dos animais até a expedição dos produtos finais, com o objetivo de aprimorar os procedimentos de inspeção e garantir maior segurança na produção de alimentos de origem animal.

“As normas mudam, novas tecnologias surgem, e o profissional precisa acompanhar essa evolução para garantir a conformidade e evitar autuações. A capacitação impacta diretamente na eficiência produtiva e na imagem das empresas, por isso o Idaf incentiva programas de qualificação, especialmente em áreas como boas práticas de fabricação. Frigoríficos e laticínios que investem em treinamento para seus RTs conseguem reduzir perdas, otimizar processos e reforçar a confiança do consumidor, além de garantir a segurança, a qualidade e a conformidade dos produtos alimentícios com a legislação vigente”, explica Carolina Barguete, chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Idaf.

Palestras contribuem para elevar a qualidade dos serviços prestados pelos profissionais e apoiar o desenvolvimento do setor agroindustrial no estado. Foto: Fabiana Matos/Idaf

“As normas mudam, novas tecnologias surgem, e o profissional precisa acompanhar essa evolução para garantir a conformidade e evitar autuações. A capacitação impacta diretamente na eficiência produtiva e na imagem das empresas, por isso o Idaf incentiva programas de qualificação, especialmente em áreas como boas práticas de fabricação. Frigoríficos e laticínios que investem em treinamento para seus RTs conseguem reduzir perdas, otimizar processos e reforçar a confiança do consumidor, além de garantir a segurança, a qualidade e a conformidade dos produtos alimentícios com a legislação vigente”, explica Carolina Barguete, chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Idaf.

Durante o curso, cerca de 30 participantes receberam orientações sobre o fortalecimento das boas práticas de fabricação, atualização de conhecimentos sobre normas sanitárias e padronização dos processos de controle de qualidade. A capacitação também abordou o cumprimento das exigências legais, protocolos de segurança voltados à saúde pública, controle de processos e atualização em novas tecnologias do setor.

Idaf busca garantir alimentos mais seguros à população e fortalecer a indústria local. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Para o estudante do curso de medicina veterinária da Ufac, Mateus Aguinaldo, a capacitação vai muito além do que é apresentado na faculdade. “Estou aqui para aproveitar os conhecimentos específicos de RT, pois pretendo atuar nessa área assim que concluir o ensino superior. Vejo que é um mercado amplo, mas que exige grandes responsabilidades, pois trata-se também de saúde pública”, destacou.

Do outro lado da linha de produção, os trabalhadores também sentem os reflexos positivos da presença de profissionais capacitados. Michelinne Dantas, que atua como RT na empresa Laticínios Extra, ressalta que o treinamento e a orientação técnica melhoraram as condições de trabalho. “A capacitação é uma via legal para se atualizar sobre normativas e procedimentos que precisam ser executados dentro das indústrias. Temos uma responsabilidade muito grande na área de produção, realizando a inspeção correta e elaborando relatórios para que as empresas tenham uma produção melhor e com mais qualidade”, afirma.

 

Segundo Jessé Monteiro, médico veterinário do Idaf e palestrante da pauta Ética Profissional, o responsável técnico deve assegurar que todos os procedimentos sejam realizados de forma ética e segura, garantindo o respeito à legislação. “O conhecimento da parte ética é fundamental para que eles tenham uma conduta correta dentro do frigorífico e saibam quais atitudes devem ser tomadas no ambiente de trabalho, pois isso reflete diretamente na vida profissional. A partir do momento em que forem omissos diante de algo errado, ou coniventes com irregularidades, podem responder ao conselho da categoria, tendo o registro de médico veterinário cassado; podem responder civilmente, em casos de indenizações por danos materiais, e criminalmente. Por isso, precisam aprender a se posicionar e manter um comportamento ético”, explica.

Responsável técnico deve assegurar que todos os procedimentos sejam realizados de forma ética e segura. Foto: Fabiana Matos/Idaf

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Maioria dos trabalhadores de Rio Branco vive sob forte pressão financeira, aponta pesquisa

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Os dados revelam uma realidade complexa. Enquanto a maior parte dos lares (25,5%) tem três moradores, seguidos por 24% com duas pessoas e 20,5% com quatro, uma fatia significativa de 17% abriga cinco ou mais indivíduos

Para 36,5% da população, a renda obtida pelo núcleo doméstico é declarada insuficiente para cobrir as necessidades básicas. Foto: captada 

Ascom Fecomércio/AC

A combinação de baixa renda, avanço da informalidade e alto nível de endividamento está empurrando a maior parte dos trabalhadores de Rio Branco para um cenário de forte restrição orçamentária. A conclusão é da pesquisa do Instituto DataControl, encomendada pela Fecomércio/AC e divulgada nesta quinta-feira, 4.

Segundo o estudo, realizado com 200 pessoas economicamente ativas no final de novembro de 2025, 61,5% sobrevivem com até R$ 1.518 por mês, enquanto 51,5% possuem dívidas parceladas, das quais metade compromete mais de 20% da renda familiar. O aperto é tão grande que 27,5% recorrem a “bicos” para completar o orçamento, 16,5% buscam empréstimos e 10% deixam de pagar alguma conta considerada menos essencial. Apenas 41% conseguem poupar qualquer valor ao final do mês.

O levantamento mostra que 83,3% exercem alguma atividade remunerada, mas nem sempre em condições estáveis. Apenas 35,5% têm vínculo formal. Outros 17% trabalham sem contrato, sendo 11,5% realizando bicos e 5,5% atuando como empresários. Há ainda 12,5% de aposentados. Esse cenário de precariedade se reflete no fato de que 38% dos entrevistados não declaram um emprego fixo.

A taxa de desemprego atinge 16,7% da população e revela profunda desmotivação. 44,4% dos desempregados não procuram mais uma vaga, enquanto 31,9% buscam trabalho há mais de dois anos e 17,4% sequer lembram desde quando estão sem emprego. O estudo também aponta que 19,5% trocaram de emprego no último ano, reforçando o cenário de instabilidade.

Para o assessor da Fecomércio-AC, Egídio Garó, os dados reforçam uma tendência já percebida no setor produtivo. “Estamos diante de um mercado de trabalho que emprega, mas ainda não garante estabilidade financeira para grande parte das famílias. A renda é baixa, o endividamento é alto e a margem para poupar é mínima”, afirmou.

Os dados revelam uma realidade complexa. Enquanto a maior parte dos lares (25,5%) tem três moradores, seguidos por 24% com duas pessoas e 20,5% com quatro, uma fatia significativa de 17% abriga cinco ou mais indivíduos, o que intensifica a demanda por recursos. Contudo, essa carga muitas vezes não é distribuída de forma proporcional. Em 44,4% das famílias, o sustento recai sobre os ombros de uma única pessoa, e em 39,5%, apenas dois membros arcam com todas as despesas.

É neste cenário que a percepção de insuficiência se cristaliza. Para 36,5% da população, a renda obtida pelo núcleo doméstico é declarada insuficiente para cobrir as necessidades básicas. “Isso evidencia um descompasso estrutural entre o tamanho das responsabilidades e a capacidade financeira disponível para suportá-las”, detalhou o assessor da Fecomércio-AC, Egídio Garó.

A gestão das dívidas e a capacidade de planejamento financeiro revelam um cenário de constante tensão. O estudo aponta que 33,3% gastaram mais com compromissos, enquanto 37,5% mantiveram o nível de desembolso. Para mais da metade (54%) dos entrevistados, as parcelas mensais já representam uma dificuldade clara para o equilíbrio das contas. Ainda que a maioria (57,5%) declare realizar algum tipo de planejamento de gastos, a prática não é suficiente para evitar os apertos.

Quando o orçamento estoura, uma esmagadora maioria de 77,5% depende da negociação de prazos de até 30 dias para se reerguer, e 9,5% necessitam de mais de 45 dias, indicando uma fragilidade significativa na capacidade de absorção de choques.

A pesquisa também detalhou o perfil do mercado de trabalho de Rio Branco. 53% dos trabalhadores são mulheres, e 61,5% estão na faixa etária economicamente mais ativa, entre 16 e 44 anos. Em termos de formação, 37% concluíram o ensino médio, enquanto 16% possuem diploma de nível superior. A estrutura ocupacional é liderada pelo setor de serviços (21,5%), seguido pelo comércio (19%) e pelo setor público (16,5%).

A mobilidade urbana também pesa no bolso e no tempo dos trabalhadores. 29,5% consideram grande a distância entre casa e trabalho, enquanto 27,5% usam transporte coletivo, 18,5% a moto e 15% o carro próprio.

Egídio Garó explicou que os números são um alerta claro para a necessidade de mais oportunidades de emprego formal e de melhor remuneração em Rio Branco.

“A alta proporção de pessoas com a renda comprometida e sentindo a insuficiência de seus ganhos demonstra que a recuperação econômica precisa chegar com mais força ao bolso do trabalhador”, concluiu.

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Nota pública sobre atendimentos da Secretaria de Agricultura, Cageacre e Emater

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A medida é temporária e visa garantir a continuidade dos serviços públicos enquanto são realizados ajustes administrativos e estruturais nas sedes dos órgãos

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), informa que as instituições listadas abaixo estarão com atendimentos presenciais nos seguintes locais:

  • Emater – pontos de atendimento na Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), localizada no Hotel Pinheiro – Rua Rui Barbosa, 450, Centro – Rio Branco – AC;
  • Cageacre – Rua Estado do Acre, número 16, no Bairro da Base; pontos de atendimento no Mercado dos Colonos, localizado na Rua Estado do Acre, número 16, no bairro da Base, Centro – Rio Branco – AC;
  • Seagri – ponto de atendimento no novo prédio da Secretaria de Educação, situado na Avenida Nações Unidas, 1955, em frente ao 7º Batalhão de Engenharia de Construção (7º BEC), nas salas 501 e 502.

A medida é temporária e visa garantir a continuidade dos serviços públicos enquanto são realizados ajustes administrativos e estruturais nas sedes dos órgãos. O governo do Estado agradece a compreensão de todos e reforça o compromisso com a eficiência e a qualidade no atendimento à população.

Rynaldo Lúcio dos Santos

Presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

Pádua Cunha

Presidente da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre

José Luís Tchê

Secretário de Estado de Agricultura

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Governo do Acre celebra conquista de servidor público em premiação nacional de fotojornalismo

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Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação

Imagem vencedora é de reportagem que retrata coleta de coquinhos caídos das palmeiras, sementes de um ouro vegetal que alimenta sonhos e sustenta famílias: o murumuru. Foto: Pedro Devani/Secom

A Secretaria de Estado de Comunicação, por meio da Agência de Notícias do Acre, conquistou o segundo lugar no Prêmio Ampla de Jornalismo, na categoria Fotojornalismo, com um trabalho assinado pelo fotojornalista Pedro Devani. A imagem premiada ilustra a reportagem “Do murumuru ao mundo: mulheres do Acre moldam a bioeconomia com saber ancestral e cuidado com a floresta”, escrita pela repórter Tácita Muniz.

O reconhecimento reforça a excelência do trabalho desenvolvido por profissionais da comunicação do Estado e evidencia o resultado direto dos investimentos que o governo do Acre vem realizando na capacitação contínua de seus servidores.

Promovido pela Ampla Amazônia, o prêmio reconhece as melhores produções jornalísticas sobre Amazônia, inovação, impacto social e ambiental. A cerimônia oficial foi realizada nesta quarta-feira, 3, em Belém (PA), reunindo grandes nomes da comunicação e do jornalismo da região.

A Ampla Amazônia é uma organização apartidária, representativa de lideranças da Amazônia. Um laboratório de ideias e gerador de debates. Buscando fomentar o empreendedorismo no Pará e na Amazônia, dialogando com o setor público e fortalecendo o setor privado.

Ampla Amazônia é uma organização apartidária, representativa de lideranças da Amazônia. Foto: Marcos Nascimento

Pedro Devani também foi convidado a participar da cerimônia, simbolizando a importância da presença de profissionais que atuam diariamente na produção de conteúdo sobre a Amazônia. “Estou muito feliz”, afirmou Devani. “É um prêmio que destaca a bioeconomia na Amazônia, valorizando uma família de mulheres, que tira seu sustento da coleta diária de murumuru, coquinho. Há um detalhe curioso: a mulher retratada na foto que fiz é paraense e reside em Cruzeiro do Sul há mais de dez anos.”

“Sinto-me honrado por representar a Agência e, mais ainda, por este reconhecimento à fotografia e aos fotógrafos. Neste momento, represento o Acre, sendo o único a ganhar este prêmio de fotografia até agora. Lembro que no ano passado a [jornalista] Tácita [Muniz] se inscreveu e conquistou o terceiro lugar na categoria texto”, concluiu.

Pedro Devani tem mais de três décadas atuando na comunicação pública do estado do Acre. Foto: Marcos Nascimento

Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação. “Essa conquista demonstra que investir na formação e no aprimoramento dos nossos servidores gera resultados concretos. Pedro Devani é um exemplo do comprometimento e do talento que temos dentro do Estado”, destacou a secretária de Comunicação, Nayara Lessa.

Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação. Foto: José Caminha/Secom

Pedro atua como fotojornalista em diversas coberturas institucionais, registrando o cotidiano acreano com sensibilidade e rigor técnico. Sua vitória, além de celebrar o talento individual, reforça o compromisso do governo em fortalecer o jornalismo público, valorizando profissionais que ajudam a contar a história do Acre e da Amazônia com responsabilidade e profundidade.

A premiação representa mais um marco para o reconhecimento nacional da comunicação pública do Acre, que segue se destacando pela qualidade do conteúdo produzido e pela valorização dos servidores que constroem diariamente essa narrativa.

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