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Cancelado debate proposto por Jesus Sérgio sobre situação de estrangeiros em Assis Brasil

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Grupo de imigrantes chegaram a bloquear acesso à Ponte da Integração, que liga Assis Brasil ao Peru — Foto: Reprodução

Foi cancelada pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados (Cindra) a reunião que discutiria, nesta segunda-feira, 7, a crise humanitária causada pela migração na cidade de Assis Brasil, na fronteira do Acre com o Peru.

A comissão ainda não marcou uma nova data para o debate, que foi proposto pelo deputado Jesus Sérgio (PDT-AC), segundo divulgou o Portal da Câmara dos Deputados. Há meses seguidos, o município de Assis Brasil recebeu grandes contingentes de imigrantes estrangeiros radicados no Brasil.

Esse fluxo, que começou no primeiro semestre de 2020, em razão do agravamento da pandemia, foi formado por imigrantes que tentam deixar o país por essa rota que passa pelo Acre e pelo Peru, muitas vezes orientados por coiotes, num caminho contrário ao que já foi feito anos atrás na entrada para o país.

Neste ano, a situação dos imigrantes em Assis Brasil começou a ficar tensa no dia 14 de fevereiro, quando eles saíram dos abrigos que ocupavam na cidade e bloquearam a Ponte da Integração, entrando em conflito com a polícia peruana e invadindo a cidade de Iñapari, no lado peruano da fronteira.

Depois do confronto, o grupo foi mandado de volta para Assis Brasil, onde voltaram a se concentrar nos abrigos. A crise teve repercussão nacional e trouxe ao Acre o secretário Nacional de Assistência Social, do Ministério da Cidadania, Miguel Ângelo Gomes, para avaliar de perto a situação.

O representante do governo federal se reuniu com o governador da província de Madre De Dios, Luis Guillermo Hidalgo Okimura, e com o prefeito de Iñapari, Abraão Cardoso, na tentativa de um acordo para liberar a passagem dos imigrantes, mas as autoridades peruanas não cederam aos apelos.

Concentrados em Assis Brasil em um número que se aproximou de 500 pessoas, os imigrantes causaram grandes dificuldades à prefeitura da cidade, que chegou decretar estado de emergência e pediu, por várias vezes, socorro aos governos estadual e federal para dar conta da manutenção dos abrigos.

Atualmente, a cidade de Assis Brasil teve uma redução significativa no número de imigrantes e desativou os abrigos montados em escolas. A prefeitura construiu, com a ajuda do governo federal, um novo abrigo, com capacidade para 50 pessoas, para receber os imigrantes que chegam ao município.

O governo federal destinou cerca de R$ 600 mil ao município para a conclusão das obras do abrigo e para o custeio da alimentação e de outras necessidades dos estrangeiros. O espaço foi equipado com dormitórios feminino, masculino e familiar, além de estrutura de cozinha, lavanderia e outras instalações.

Nesta segunda-feira, há 22 imigrantes venezuelanos em Assis Brasil, de acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Quedenei Correia. Segundo ele, está havendo um fluxo de passagem de estrangeiros no município que tem se mantido em uma média entre 20 e 50 pessoas.

“São grupos que estão saindo e entrando no país. Muito haitiano e africano que está saindo e venezuelanos que estão chegando no Brasil. É um fluxo para ambos os lados, mas a situação está tranquila. Às vezes o número chega a 50, mas desce para 20, se mantendo nessa média”, disse o secretário.

Semanas após o auge da crise, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia informou que o número de estrangeiros na cidade começou a diminuir em razão do retorno da maioria para os estados de onde saíram, mas afirmou que muitos conseguiram seguir viagem passando pela fronteira com o Peru.

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Rio Acre ultrapassa cota de transbordo e mantém Rio Branco em alerta máximo

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Defesa Civil registra 15,36 metros no nível do rio; aumento contínuo preocupa autoridades e moradores ribeirinhos

O Rio Acre segue em uma subida constante e preocupante em Rio Branco. Segundo medição da Defesa Civil Municipal realizada às 9h desta segunda-feira (29), o rio atingiu 15,36 metros, ultrapassando a cota de transbordo, que é de 14 metros, por mais de um metro e meio.

Nas últimas horas, o nível apresentou aumento de quatro centímetros em relação à medição anterior, realizada às 5h21, quando marcava 15,32 metros.

Apesar da ausência de chuvas na capital nas últimas 24 horas, o rio continua subindo devido ao grande volume de água acumulado nas cabeceiras, mantendo o alerta máximo para autoridades e população ribeirinha.

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Rio Tarauacá ultrapassa cota de transbordamento e mantém município em alerta

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Nível do rio atinge 10,05 metros e Defesa Civil intensifica monitoramento, apesar de não haver desabrigados

A cheia do Rio Tarauacá já ultrapassou a cota de transbordamento e mantém as autoridades em estado de atenção no município de Tarauacá, no interior do Acre. De acordo com o Informativo Hídrico divulgado pela Defesa Civil Municipal na manhã desta segunda-feira (29), o nível do rio atingiu 10,05 metros às 9h, registrando elevação em relação à medição das 6h, quando marcava 10,03 metros.

Os dados confirmam que o manancial permanece acima da cota de transbordamento, fixada em 9,50 metros, e bem acima da cota de alerta, estabelecida em 8,50 metros. Em apenas três horas, o aumento foi de dois centímetros, o que reforça a preocupação das equipes de monitoramento quanto à possibilidade de novos alagamentos em áreas ribeirinhas da cidade.

Apesar da elevação do nível do rio, a Defesa Civil Municipal informou que, até o momento, não há registro de pessoas desabrigadas em Tarauacá. As equipes seguem acompanhando a situação de forma contínua, realizando vistorias preventivas nas áreas mais vulneráveis, especialmente diante do histórico de grandes cheias no município.

O nível máximo já registrado no Rio Tarauacá foi de 11,15 metros, em 19 de fevereiro de 2021, referência que mantém as autoridades em vigilância permanente durante o atual período chuvoso.

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Homem é preso suspeito de matar a esposa e tentar simular suicídio em Porto Velho

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Pesquisas no celular e laudo do IML reforçam investigação por feminicídio ocorrido durante o Natal

Magno dos Santos Batista foi preso em Porto Velho suspeito de matar a esposa, Luciana, e tentar simular um suicídio durante o período de Natal. Segundo a Polícia Civil, além das contradições apresentadas em depoimento, análises realizadas no celular do investigado apontaram pesquisas na internet consideradas suspeitas, que reforçam a hipótese de feminicídio.

O crime ocorreu no dia 18 de dezembro, e a prisão preventiva foi cumprida no dia de Natal. Com autorização do próprio suspeito, os policiais acessaram o aparelho celular, onde encontraram buscas como “Como proceder após suicídio da esposa?”, “Se mexer no cadáver ele pode fazer barulho?” e “Quando a pessoa morre se vira o olho?”. Uma das pesquisas, realizada no dia anterior à morte, fazia referência ao que a Bíblia diz sobre pessoas que cometem suicídio.

Em depoimento, Magno afirmou que teve uma discussão com a esposa, que teria ficado “alterada”, e que foi dormir. Ao acordar, segundo ele, encontrou a companheira morta. No entanto, a investigação aponta que mensagens foram enviadas a partir do celular do suspeito no mesmo período em que ele alegou estar dormindo, o que levantou suspeitas sobre sua versão dos fatos.

Magno chegou a ser detido no dia do ocorrido, mas foi liberado inicialmente por falta de provas técnicas. A Polícia Civil, então, instaurou inquérito para apurar se a morte havia sido causada por suicídio ou homicídio.

Dias depois, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Luciana não morreu por enforcamento, mas por asfixia decorrente de estrangulamento. O exame também identificou outras lesões no corpo da vítima, reforçando a suspeita de violência.

Com base nas conclusões do laudo pericial, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) solicitou a prisão preventiva do suspeito, pedido que foi acatado pela Justiça. Após a decisão judicial, a Polícia Civil localizou Magno dos Santos Batista e cumpriu o mandado de prisão.

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