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Brasil

Caminhoneiros preparam paralisação a partir de segunda e cobram renúncia de Dilma

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Mobilização é feita por fora de sindicatos, que se mostram contrários à paralisação na segunda

Zero Hora

No começo deste ano, protesto de caminhoneiros gerou ameaças de desabastecimento e problemas logísticos Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS

No começo deste ano, protesto de caminhoneiros gerou ameaças de desabastecimento e problemas logísticos Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS

Convocados pelo Comando Nacional do Transporte, caminhoneiros autônomos irão iniciar greve por tempo indeterminado na próxima segunda-feira, com pretensão de atingir todo o país. A pauta não traz reivindicações da categoria. As lideranças assumem publicamente que o objetivo é pressionar pela renúncia da presidente Dilma Rousseff.

Integrantes do movimento dizem que a lista de reivindicações permanece a mesma apresentada em fevereiro, quando houve uma greve de caminhoneiros que gerou problemas logísticos, ameaças de desabastecimento e terminou, já em março, em confronto da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal com os motoristas em Camaquã.

— A nossa pauta do transporte existe e não foi atendida. Alguns pontos dela são redução do preço do óleo diesel, criação da tabela do preço mínimo do frete, carência de 12 meses para quem tem financiamento de caminhão no BNDES (no total, são 10 reivindicações). Agora, a pauta é a deposição da presidente — explicou Fábio Luis Roque, caminhoneiro de Santa Rosa e liderança do Comando Nacional do Transporte.

Um dos principais líderes, Ivar Schmidt, de Mossoró (RN), foi enfático em um vídeo de convocação à greve publicado na página do movimento no Facebook, com mais de 28 mil curtidores.

— A nossa principal reivindicação é a saída da Dilma Rousseff — disse Schmidt.

Eles admitem ter uma “aliança” com grupos anti-Dilma como Vem Pra Rua, Brasil Livre, Avança Brasil e Revoltados On Line.

A ideia é deslocar parte dos veículos, sobretudo do Distrito Federal e de Goiás, para Brasília até o próximo dia 15. Os caminhoneiros pretendem se juntar a manifestantes que estão acampados na capital federal para pressionar pelo impeachment ou pela renúncia.

Como a organização é por fora dos sindicatos, por meio de uma rede de contatos de Facebook e WhatsApp, é difícil estimar a adesão. Alguns profissionais estão divididos.

— Achamos que não dá para ir à estrada sem uma pauta da categoria, somente para pedir impeachment. Vamos atender a solicitação do comando em parte. Ficaremos parados em casa e veremos o que vai acontecer — explicou o caminhoneiro Odi Antônio Vani, de Palmeira das Missões.

RS poderá ter 10 pontos de concentração

Roque estima que, na segunda-feira, o Rio Grande do Sul deverá ter pelo menos 10 pontos de concentração de caminhões em estradas. Soledade e Santa Rosa serão locais de protesto. As outras cidades são mantidas em sigilo pelos organizadores. O caminhoneiro reconhece que a maioria dos motoristas vai paralisar as atividades com a opção de ficar em casa.

A expectativa é de que transportadoras também se agreguem.

Sindicatos e federações da categoria são contrários à greve.

— Pelo o que percebemos, alguns infiltrados estão usando o caminhoneiro para instigar um golpe de Estado, querem derrubar o governo — afirma André Costa, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS e de SC.

Há um clima de incerteza sobre a dimensão que a iniciativa poderá tomar.

— Os sindicatos não estão envolvidos com isso, não temos nada a ver com isso, mas a situação do caminhoneiro é a pior possível. Os fretes caíram 30%, o óleo diesel subiu três vezes, os pedágios cresceram 15%. Para quem está desesperado, é imprevisível. Já tem muito caminhão parado por falta de carga, e os fretes oferecidos não cobrem os custos — avalia Nélio Botelho, do Movimento União Brasil Caminhoneiro.

O governo federal monitora, preocupado com a possibilidade de agitação política em momento de enfraquecimento do impeachment no Congresso. Outro alerta soa no Palácio do Planalto com a hipótese de ampliação da crise econômica caso ganhe força a paralisação no transporte de cargas.

— A maior parte dos sindicatos é contra a greve e vemos nisso um movimento que efetivamente tem viés político muito forte. Estamos acompanhando a movimentação dentro daquilo que costumamos fazer — afirma o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Mudança nas reivindicações

Pauta da greve de segunda-feira
– Renúncia da presidente Dilma Rousseff

Pauta dos caminhoneiros independentes apresentada na greve de fevereiro
– Redução do óleo diesel
– Criação de tabela com valor mínimo de frete
– Anulação das multas aplicadas a caminhoneiros na greve de fevereiro de 2015
– Reserva de mercado de 40% nas cargas em que o governo é agente pagador
– Refinanciamento bancário
– Respeito às decisões do Fórum do Transporte, criado neste ano
– Liberação de crédito de R$ 50 mil com juros subsidiados para transportadores autônomos
– Aposentadoria com 25 anos de contribuição
– Salário unificado em todo o território nacional
– Fator previdenciário permanecer em 1% para as empresas de transporte de cargas

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Polícia Civil do Acre recupera retroescavadeira furtada da Prefeitura de Rio Branco

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O trabalho investigativo minucioso foi essencial para a recuperação do equipamento, que tem alto valor financeiro e é utilizado em serviços públicos essenciais para a população

Equipamento levado da Transacreana foi restituído ao patrimônio público graças à atuação integrada da Polícia Civil do Acre. Foto: cedida.

A Polícia Civil do Acre (PCAC) recuperou, no último fim de semana, uma retroescavadeira pertencente à Prefeitura de Rio Branco, que havia sido furtada na noite do dia 18 de maio deste ano. O trator foi levado de uma área localizada no km 14 da AC-90, mais conhecida como estrada Transacreana, na zona rural da capital.

A ação bem-sucedida foi resultado de um trabalho integrado entre o Departamento de Inteligência, o Departamento de Polícia da Capital e do Interior (DPCI), com o apoio operacional da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE). Após diversas diligências e investigações realizadas de forma contínua, os agentes localizaram a retroescavadeira no bairro Belo Jardim, região periférica de Rio Branco.

De acordo com informações preliminares, a máquina estava escondida em uma área de difícil acesso, o que dificultou a localização imediata. O trabalho investigativo minucioso foi essencial para a recuperação do equipamento, que tem alto valor financeiro e é utilizado em serviços públicos essenciais para a população.

A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos no furto e apurar se há ligação com outras ocorrências semelhantes. A retroescavadeira foi restituída à Prefeitura de Rio Branco.

Máquina foi localizada no bairro Belo Jardim após ação integrada entre setores da instituição policial. Foto: cedida

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Estudo da Embrapa traça perfil detalhado da pecuária de cria no Acre

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Pesquisa ouviu 246 produtores em 11 municípios; resultados serão apresentados em simpósio na UFAC neste mês

O estudo teve o objetivo de diagnosticar a situação atual dos produtores que compõem a maior parte dos pecuaristas do Acre: situações como densidade de animal por hectare. Foto: captada 

Um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa revela um diagnóstico aprofundado da pecuária de cria no Acre, setor que representa a base da atividade pecuária no estado. Assinado por Carlos Maurício Soares de Andrade, Vitor Hugo Maués Macêdo e Maykel Franklin Lima Sales, o trabalho ouviu 246 pecuaristas em 11 municípios do Vale do Acre e em Sena Madureira (região do Purus) – áreas que concentram cerca de 88% das propriedades dedicadas à criação de gado no estado.

A pesquisa analisou fatores como lotação animal por hectare, manejo de pastagens, tipos de capim utilizados, incidência de pragas e infraestrutura das fazendas.

Os resultados, que serão detalhados em três reportagens, antecipando parte do que será apresentado no 1º Simpósio sobre Pecuária de Cria no Acre, nos dias 25 e 26 de junho, na Universidade Federal do Acre (UFAC). O evento é uma parceria entre UFAC, Sebrae e OCB.

A divulgação do estudo busca não apenas informar, mas também valorizar o trabalho dos pesquisadores e fomentar discussões sobre melhorias para o setor. Com dados robustos, a análise pode servir como base para políticas públicas e orientação técnica aos produtores rurais.

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Brasil confirma 4º foco de gripe aviária em 2025

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Apesar das garantias sanitárias, o Brasil segue enfrentando embargos comerciais. Ao todo, 48 países suspenderam completamente as importações de carne de aves brasileiras, entre eles China, União Europeia, Argentina, Canadá, México e Coreia do Sul

A vigilância está sendo intensificada na região e no entorno de outros focos. Foto: captada

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou um novo foco de gripe aviária no Brasil, desta vez em uma propriedade de subsistência em Campinápolis, no estado do Mato Grosso. Este é o quarto foco ativo da doença no país neste ano, o primeiro envolvendo aves domésticas, o que acende um alerta para as autoridades sanitárias.

A propriedade foi imediatamente interditada e todas as aves existentes no local foram abatidas, conforme medidas previstas no protocolo de erradicação da influenza aviária. Segundo o Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso), foi montada uma barreira sanitária para impedir a entrada e saída de animais, materiais e equipamentos que possam estar contaminados.

Apesar da gravidade da ocorrência, o Mapa ressaltou que o novo foco não afeta as exportações de produtos avícolas brasileiros nem representa risco ao consumo. “O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros”, informou o ministério em nota.

Ainda segundo a pasta, não há granjas comerciais num raio de 10 quilômetros da propriedade afetada, o que reduz o potencial de disseminação do vírus. A vigilância está sendo intensificada na região e no entorno de outros focos.

Com o caso de Campinápolis, o Brasil soma agora quatro focos ativos de gripe aviária:

Montenegro (RS) – foco em um matrizeiro de aves comerciais

Brasília (DF) – foco em um zoológico

Sapucaia do Sul (RS) – também em um zoológico

Mateus Leme (MG) – em uma propriedade particular

Além disso, dez investigações de casos suspeitos seguem em andamento em nove estados, com maioria relacionada a aves domésticas.

Exportações afetadas

Apesar das garantias sanitárias, o Brasil segue enfrentando embargos comerciais. Ao todo, 48 países suspenderam completamente as importações de carne de aves brasileiras, entre eles China, União Europeia, Argentina, Canadá, México e Coreia do Sul.

Outros 16 países mantêm restrições apenas ao estado do Rio Grande do Sul, enquanto quatro embargam exclusivamente a cidade de Montenegro (RS). A lista inclui importantes parceiros comerciais como Japão, Emirados Árabes Unidos e Catar.

Situação em monitoramento

O surto atual não altera o cronograma de vazio sanitário de 28 dias após a desinfecção em áreas afetadas. O Mapa segue monitorando os casos e reforçando as orientações aos produtores para evitar o contato entre aves domésticas e silvestres, principal via de transmissão da doença.

Com a escalada de casos e investigações em curso, especialistas alertam para a necessidade de manter os cuidados e a vigilância sanitária rigorosa em todo o território nacional.

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