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Caixão da rainha chega ao Palácio de Buckingham
O rei Charles e membros da família real receberam o caixão da rainha Elizabeth no Palácio de Buckingham nesta terça-feira (13), depois que dezenas de milhares de pessoas lotaram as ruas de Londres sob forte chuva para marcar sua chegada à capital britânica.
Em uma noite escura, o carro funerário bem iluminado seguiu lentamente de um aeroporto próximo através de Londres, com multidões ao longo da rota, alguns no meio das ruas, outros jogando flores, e muitos abandonando seus carros ou correndo de ruas próximas para ver o cortejo.
Ao entrar nos terrenos do palácio londrino, os batedores da polícia que lideravam o caminho pararam para abaixar a cabeça.
Charles, que se tornou rei automaticamente com a morte de sua mãe na semana passada, recebeu o caixão junto com seus três irmãos, seus dois filhos, William e Harry, e outros membros da família real, disse um porta-voz do palácio.
Elizabeth morreu em paz na quinta-feira (8) em sua casa de férias no Castelo de Balmoral, nas Terras Altas da Escócia, aos 96 anos, mergulhando a nação em 10 dias de luto.
A morte da monarca mais longeva do Reino Unido levou centenas de milhares de pessoas a se reunirem em palácios reais em todo o país para expressar suas condolências.
A princesa Anne, a única filha mulher da rainha, viajou com o caixão, primeiro do remoto castelo de Balmoral para Edimburgo, onde foi recebido por dezenas de milhares de pessoas de luto, e depois quando foi levado para Londres.
“Foi uma honra e um privilégio acompanhá-la em suas jornadas finais”, disse Anne em comunicado. “Testemunhar o amor e o respeito demonstrados por tantos nestas jornadas tem sido ao mesmo tempo honroso e edificante.”
Em Edimburgo, um grupo de militares da Força Aérea Real levou o caixão para um avião. Uma guarda de honra de kilt do Regimento Real da Escócia estava com as baionetas fixas enquanto uma banda do regimento tocava o hino nacional enquanto o avião começava a taxiar. Com isso, a Escócia se despediu da rainha.
Na quarta-feira (14), o caixão será levado em uma carruagem de armas como parte de uma grande procissão militar para o Salão de Westminster, no Parlamento, onde um velório de Estado começará até o funeral na segunda-feira.
Membros do público poderão passar pelo caixão durante 24 horas por dia até a manhã do funeral, que contará com a presença de dezenas de líderes mundiais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente Jair Bolsonaro.
Reconciliação
Como parte dos dias de luto, o rei Charles também está viajando para as quatro partes do Reino Unido.
Milhares de simpatizantes o cumprimentaram na Irlanda do Norte nesta terça-feira, com apertos de mão, sorrisos e palavras calorosas enquanto ele caminhava entre as pessoas que se aglomeravam nas ruas do lado de fora do Castelo de Hillsborough, a residência oficial do monarca na província.
A visita foi carregada de significado político dado o recorde histórico do Reino Unido na Irlanda e os mais recentes anos de violência na Irlanda do Norte.
Em uma cerimônia no Castelo de Hillsborough, o orador interino da Assembleia da Irlanda do Norte, Alex Maskey, prestou uma homenagem à rainha.
“A rainha Elizabeth não foi uma observadora distante na transformação e no progresso das relações nessas ilhas e entre elas”, disse Maskey, membro do Sinn Fein, que busca a reunificação da Irlanda.
“Ela demonstrou pessoalmente como atos individuais de liderança positiva podem ajudar a quebrar barreiras e encorajar a reconciliação”, disse.
Maskey, que foi detido pelas autoridades como suspeito de integrar o Exército Republicano Irlandês na década de 1970, disse que Charles já havia demonstrado que entendia a importância da reconciliação e estava comprometido com ela.
Em 2011, Elizabeth se tornou a primeira monarca britânica a visitar a República da Irlanda desde a independência quase um século antes.
Charles, dirigindo-se a políticos de alto escalão no castelo, disse estar comprometido com o bem-estar de todo o povo da Irlanda do Norte. Ele também prestou homenagem à rainha Elizabeth.
“Minha mãe viu a Irlanda do Norte passar por mudanças importantes e históricas. Ao longo de todos esses anos, ela nunca deixou de orar pelos melhores tempos para este lugar e para seu povo, cujas histórias ela conhecia, cujas tristezas nossa família sentiu e por quem ela tinha um grande carinho e consideração”, disse.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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