Acre
Café com raízes coletivas coloca o Acre na vanguarda da bioeconomia e firma o estado como protagonista na produção do grão
Desde sua inauguração, o Complexo Industrial opera em plenitude, revelando o vigor de uma cadeia produtiva que pulsa no coração do Juruá

Com uma estrutura física de 1.640 m², o parque fabril opera com energia 100% renovável, fornecida por 356 painéis solares que geram mensalmente 21.500 kWh. Foto: Pedro Devani/Secom
Entre rios que murmuram memórias e ramais que desenham caminhos, no extremo oeste da Amazônia, um grão desperta um futuro promissor. No Vale do Juruá, o café deixou de ser apenas bebida para se tornar símbolo de esperança, sustento e desenvolvimento sustentável.
É em Mâncio Lima que esse sonho toma forma concreta: o maior complexo industrial da agricultura familiar da Região Norte, recém-inaugurado com investimento de R$ 10 milhões, acende novas luzes sobre o cooperativismo e a bioeconomia amazônica, agregando tecnologia e valor ao café cultivado por mãos que conhecem profundamente a terra.
O projeto é fruto da articulação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com a Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé), consolidando-se como ponte estratégica entre o governo estadual, o governo federal e a iniciativa privada.
No coração verde do Juruá, o Complexo Industrial do Café se ergue como símbolo de uma nova economia que brota da terra e floresce pelas mãos da agricultura familiar. Integrante do projeto Café Amazônia Sustentável, iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o espaço é dedicado ao beneficiamento e rebeneficiamento de grãos cultivados por pequenos produtores, moldando um modelo cooperativista socioeconômico que respeita a floresta e valoriza quem nela vive.

Complexo tem capacidade produtiva de até 20 mil sacas de café por safra, considerando tanto o beneficiamento quanto o rebeneficiamento, que são os dois processos principais. Foto: Pedro Devani/Secom
Com investimentos de R$ 8 milhões da ABDI e R$ 2 milhões da Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé), que hoje reúne mais de 180 agricultores, o complexo é expressão concreta de uma bioeconomia que alia inovação, tradição e sustentabilidade.
Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), contratada para acompanhar os impactos da iniciativa, foram gerados 2 mil empregos diretos e indiretos na região.
“O benefício é gigantesco, a gente não tem noção do que isso significa para o produtor, que hoje tem a segurança de que, se cuidar do café na hora da colheita, ele vai ter a certeza que tem uma indústria para secar e fazer todo o processo do café até o mercado”, disse o presidente da Coopercafé, Jonas Lima.
O complexo, segundo ele, é pioneiro na região da forma em que está organizado atualmente. Com 182 cooperados, há ainda uma fila com mais 50 aguardando para ingressar nesse projeto.
Pioneirismo
O complexo tem capacidade produtiva de até 20 mil sacas de café por safra, considerando tanto o beneficiamento quanto o rebeneficiamento, que são os dois processos principais. Entenda:
- Beneficiamento: envolve secagem, descascamento e classificação do café, preparando o grão para comercialização, seco e descascado. O maquinário inclui 11 secadores, uma máquina descascadora e uma classificadora de cafés in natura com despolpador.
- Rebeneficiamento: agrega qualidade ao produto, por meio da padronização por tamanho e densidade, utilizando um conjunto de peneiras e mesa densimétrica. Esse processo permite separar os melhores lotes, aumentando o valor de mercado do produto.
Do grão simples ao aroma sofisticado, o parque industrial transforma o café em múltiplas possibilidades: da produção de commodities à elaboração de cafés especiais. Essa diversidade amplia as portas do mercado para os cooperados, permitindo que cada lote reflita a riqueza da terra e a identidade de quem o cultiva.

Para o presidente da Coopercafé, o avanço da produção é fruto direto dos investimentos semeados em múltiplas frentes. Foto: Pedro Devani/Secom
Juruá se consolida como potência do café
Desde sua inauguração, o Complexo Industrial opera em plenitude, revelando o vigor de uma cadeia produtiva que pulsa no coração do Juruá. Ao produtor, basta entregar os grãos que, dali em diante, a agroindústria assume o processo com precisão e cuidado, devolvendo o café em sacas prontas para o mercado.
Mais que estrutura, o empreendimento é uma engrenagem sustentada pelos princípios do cooperativismo, da sustentabilidade, da economia solidária e da sociabilidade, costurando novas oportunidades com o fio da valorização comunitária.
A implantação de um espaço pioneiro como o Complexo do Café no Juruá reverbera por toda a paisagem econômica e social da região. Os reflexos são sentidos no aumento da produtividade e da qualidade dos grãos, na ampliação da renda, direta e indireta, dos agricultores familiares e na expansão da própria cadeia produtiva, com mais produtores ingressando e novas áreas sendo cultivadas.

Romualdo diz que planta mais do que café, mas também uma herança. Foto: Pedro Devani/Secom
O impacto de um espaço pioneiro é o aumento da produtividade e da qualidade do café; aumento de renda direta e indireta dos agricultores familiares da região; incremento de toda a cadeia produtiva do café; aumento do número de produtores de café e de áreas cultivadas; redução de gargalos da cadeia; transformação regional e melhorias da qualidade de vida dos agricultores e da região de forma geral.
Cada lote carrega sua identidade: um código de rastreamento vinculado diretamente ao produtor, permitindo acompanhar a trajetória do grão do campo à comercialização, com rigor e transparência.
“Hoje nós somos, com certeza, a região que mais tem café em campo. Temos em todo o Juruá mais de 5,1 milhões de pés de café em campo. Isso já está no chão, pés que daqui dois anos já vão estar produzindo. Estamos colhendo, em produção, em uma área de mais de 500 hectares, mas ano que vem devemos colher 900 hectares e até 2027 devemos colher mais de 1,5 mil hectares. Então, estamos avançando ano após ano”, estima Lima.
Para o presidente da Coopercafé, o avanço da produção é fruto direto dos investimentos semeados em múltiplas frentes. Infraestrutura, capacitação e fortalecimento da cadeia produtiva, que têm nutrido o café cultivado no Vale do Juruá. Com os pés já fincados em solo fértil e projeções otimistas no horizonte, a estimativa de faturamento gira em torno de R$ 40 milhões, valor que dança conforme o ritmo da produtividade local e as oscilações do mercado.

Izoneide de Souza e a filha, Yara Souza. Mãe e filha trabalham juntas na colheita de café. Foto: Tácita Muniz/Secom
‘Geração de emprego impactante’
Uma produção que cresce cada vez mais, eleva com ela uma economia efervescente, e isso é o que tem se notado com a consolidação da cadeia do café. “Nós estamos na nona semana de colheita de café e não temos menos de 500 pessoas todos os dias espalhadas na zona rural, colhendo café dos nossos produtores, então a geração de emprego é gigantesca”, avalia.
Uma movimentação econômica que não se limita apenas ao período de colheita, já que, após passada essa fase, inicia o trabalho de tratamento nos cafezais, com extrato na plantação e manutenção desse plantio para que a produção siga em um ritmo frenético no ano que vem.
A safra do café começa em fevereiro e segue até julho. Para quem colhe, esses meses são sinônimo de renda extra em casa. Izoneide de Souza e a filha, Yara Souza, aproveitam esse período.
“É uma renda que ajuda muito a gente, porque somos seis pessoas em casa e agora esse complexo ajudou ainda mais com essa demanda do grão. O café para gente é uma fonte de renda, que ajuda no pagamento de contas e a fazer feira”, explica Izoneide.
Yara acompanhava a mãe e aprendeu a técnica da colheita com ela. Hoje, as duas trabalham juntas: “Só gosto de trabalhar com ela. Minhas irmãs também colhem, mas em outro canto, mas eu gosto de ficar com minha mãe”, completa.
Na lida diária do campo, Raimundo Nascimento colhe mais que grãos. Ao lado da esposa, Maria Angelita de Araújo, compartilha o trabalho, o cansaço e a esperança que brota com cada safra.

Na lida diária do campo, Raimundo Nascimento colhe mais que grãos. Ao lado da esposa, Maria Angelita de Araújo, compartilha o trabalho, o cansaço e a esperança que brota com cada safra. Foto: Pedro Devani/Secom
Ele vê na temporada do café uma oportunidade concreta de complementar a renda da família. “É uma grana extra que ajuda muito a gente”, resume, com a simplicidade de quem transforma esforço em sustento.
A movimentação gerada pelo Complexo também ecoa nos corredores da agroindústria, onde histórias de transformação ganham rosto e nome. É o caso de Orlenilson José Viana de Souza, que há seis anos cultiva café e hoje atua como gerente operacional do empreendimento.
Para ele, o grão não representa apenas renda, mas sim o ponto de virada de uma vida antes dedicada à construção civil. O café abriu novas trilhas: da enxada ao planejamento, das mãos calejadas ao olhar estratégico, revelando que na Amazônia, produzir também é reinventar-se.
“O que vejo desse estabelecimento é que impactou e movimentou muito a geração de empregos na região, tanto direta como indiretamente. Hoje a gente conta com muitos colaboradores dentro do complexo, mas mais ainda trabalhando nessa coleta”, diz.
Energia limpa
Além da vocação produtiva, o Complexo Industrial do Café do Juruá é um modelo exemplar de respeito ambiental e tecnologia limpa. Com uma estrutura física de 1.640 m², o parque fabril opera com energia 100% renovável, fornecida por 356 painéis solares que geram mensalmente 21.500 kWh, e adota práticas como o reuso inteligente da água da chuva e o uso de lenha certificada.
Toda a cadeia produtiva é feita em áreas anteriormente degradadas, sem abrir novas clareiras na floresta, reiterando o compromisso do projeto com um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
No Acre, onde a floresta dialoga com inovação, forma-se uma aliança concreta com o desenvolvimento sustentável, pauta global que ganha raízes profundas em cadeias produtivas exemplares.
O estado desponta como referência na promoção da bioeconomia, com iniciativas que conciliam conservação ambiental e geração de valor.

Complexo representa um impulso decisivo para a consolidação de um negócio que não para de crescer no Vale do Juruá. Foto: Pedro Devani/Secom
“Quem financiou essa energia renovável foram os próprios produtores. Essa foi nossa contrapartida no projeto, para garantir que nosso café seja verdadeiramente sustentável, de fato e de direito”, destaca Lima, com orgulho.
Em meio à colheita de frutos e conquistas, o presidente da Coopercafé fez questão de reconhecer o papel do governador Gladson Camelí, agradecendo pela condução de uma política plural, que valoriza o diálogo e fomenta parcerias entre diferentes setores comprometidos com o desenvolvimento econômico do Acre.
Para ele, essa cooperação entre Estado, produtores e instituições tem sido vital para transformar potencial em realidade.
“Tivemos uma parceria do governo do Estado na parte do estacionamento, do pátio da indústria, que o governo garantiu que vai asfaltar e também a Secretaria de Estado de Agricultura, que cedeu caminhões para o nosso uso, então são muitas mãos envolvidas”, enalteceu.

Em Mâncio Lima, o café é mais que cultivo, é herança, afeto e projeto de vida. Foto: Pedro Devani/Secom
Negócios de famílias e sustentabilidade
Em Mâncio Lima, o café é mais que cultivo, é herança, afeto e projeto de vida. É assim que o engenheiro agrônomo Romualdo Marques define a agroindústria familiar que construiu com o filho, Bruno Oliveira, também agrônomo. Juntos, apostaram na cafeicultura artesanal como caminho de conexão com a terra e com o futuro de suas gerações.
Em 3,8 hectares de solo fértil, crescem mais de 12,3 mil mudas de café, que carregam não só aromas intensos, mas a história de uma família que planta seus sonhos com as próprias mãos.
“Nós trabalhamos com o tripé da sustentabilidade porque é um projeto familiar, que leva em consideração a questão ambiental. Nós pegamos as áreas literalmente degradadas e recuperamos o solo e estamos reflorestando. Paralelo a isso, tem a questão do lado social, porque agregamos mão de obra da comunidade, tanto colheita, como plantação de mudas, e, claro, um trabalho que também envolve o lado econômico”, explica.
Na engrenagem que transforma o grão em aroma, Bruno Oliveira assume a responsabilidade pela delicada etapa da torragem, processo que mobiliza diretamente de três a quatro pessoas e exige precisão, conhecimento e sensibilidade.
Pioneiro na cultura cafeeira na região, Marques vê no Complexo Industrial a confirmação de uma convicção que carrega há tempos: a de que a cafeicultura é uma das vertentes mais promissoras e rentáveis para os pequenos produtores do Juruá.
“Costumo dizer que a fase de convencimento de plantar o café praticamente já está para trás, mas continuamos ainda dizendo que é uma boa opção. Se nós pegarmos o projeto do complexo industrial, que foi agora inaugurado, um dos pilares é agregar mais famílias nesse projeto e eu, particularmente, sou um missionário da agricultura familiar”, defende.

Raimundo Fredson da Rocha diz que o café tem mudado a vida de muita gente. Foto: Pedro Devani/Secom
‘O café veio para mudar a vida de muita gente’
Em meio à vastidão verde de Mâncio Lima, Raimundo Fredson da Rocha, o Fredinho, como é chamado com carinho pela comunidade, cultiva esperança sobre sete hectares de terra cobertos por pés de café.
Mais que lavoura, a cafeicultura se tornou para ele e tantos outros produtores uma verdadeira ferramenta de transformação: muda vidas, gera renda e fortalece vínculos com a terra.
“O café foi uma cultura que veio para o nosso estado pra mudar a vida de muita gente, quem planta o café tem a responsabilidade de ter uma ferramenta que muda a vida de produtores e de quem está ao redor dele. Por isso que eu digo que não está mudando só minha vida para melhor, mas também de outras pessoas”, analisa.
Para ele, o Complexo representa um impulso decisivo para a consolidação de um negócio que não para de crescer no Vale do Juruá. A cafeicultura, incentivada desde a primeira gestão do governador Gladson Camelí, tem recebido investimentos contínuos do governo do Acre, refletindo em resultados concretos. Hoje, o estado desponta com a segunda maior produção de café da região Norte.
É a colheita de uma política que aposta na terra, nas mãos que nela trabalham e na força da bioeconomia como caminho para o desenvolvimento sustentável.

Secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, destaca os avanços na cultura do café. Foto: Pedro Devani/Secom
Seagri como apoiadora
A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) tem assumido papel estratégico no fortalecimento da cafeicultura acreana, liderando e articulando ações que impulsionam toda a cadeia produtiva local.
Entre as iniciativas destacadas pelo secretário José Luiz Tchê está o concurso de qualidade do café, realizado no estado, que projetou os produtores vencedores para outros territórios do Brasil, uma vitrine que valoriza o talento regional e consolida o Acre como referência na produção de cafés especiais.
“Isso é muito importante porque é o momento de o Acre dizer ao mundo que produz café e café de qualidade. Isso elevou o nosso estado a um patamar diferenciado, até porque as pessoas conseguem entender a qualidade do café produzido aqui”, destaca.
A tecnologia e a inovação despontam como vertentes promissoras no fortalecimento da agropecuária no Acre e a Seagri tem sido protagonista nesse avanço. Durante a Expoacre Juruá, foi lançado oficialmente o Programa de Análise e Diagnóstico de Solos do Acre, o Solo Fértil, iniciativa que visa melhorar a qualidade dos solos e ampliar a produtividade agrícola de forma sustentável.
Por meio de estudos técnicos detalhados das propriedades rurais, o programa contribui diretamente para a valorização da agricultura familiar e para a conservação dos recursos naturais, moldando um futuro em que produzir e preservar caminham lado a lado.
“O sabor do nosso café vem do solo, então temos que cuidar bastante e acompanhar esse desenvolvimento porque o nosso clima é fantástico e a gente avalia que a inauguração do complexo vai trazer uma outra dinâmica para esses produtores, tornando o Vale do Juruá um polo de cafeicultura, que incentiva, agrega valor ao nosso produto e, claro que o governo vem cuidando disso para que o pequeno produtor seja colocado nesse mesmo patamar”, avalia.
Atualmente, segundo Tchê, a pasta conversa com outros parceiros, como Embrapa, Instituto Federal do Acre (Ifac) e Universidade Federal do Acre, entre outras instituições, que podem contribuir com tecnologia voltada para essas culturas.
“Estamos firmando convênios com essas instituições para que a gente tenha a contraprova das nossas análises do solo. Isso é pra dar garantia, lógico, e acertar no alvo, mas pra isso a gente precisa de parceria com todos e o governo vem fazendo essa parte.”
Além disso, os primeiros colocados do concurso do café devem seguir para Minas Gerais, onde poderão conhecer novos modelos de produção ao mesmo tempo que exibem também técnicas desenvolvidas no estado. “Toda essa gestão e união vem fazendo do Acre o segundo maior produtor de café da região Norte, e falo no sentido de qualidade”, finaliza.
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Motociclista fica ferido após colisão com carro na AC-40, em Rio Branco
Jovem de 22 anos sofreu fratura no tornozelo e foi encaminhado ao Pronto-Socorro em estado estável
O motociclista Diogo Henrique de Menezes Santos, de 22 anos, ficou ferido após se envolver em um acidente de trânsito na noite desta quarta-feira (17), na Rodovia AC-40, nas proximidades da Curva do Tucumã, região da Vila Acre, em Rio Branco.
Segundo informações apuradas no local, o jovem seguia de motocicleta no sentido Rio Branco–Senador Guiomard quando colidiu na traseira de um automóvel. O próprio condutor da moto relatou que o veículo à sua frente teria parado de forma repentina, não havendo tempo hábil para evitar o impacto.
Com a força da colisão, Diogo foi arremessado ao solo e sofreu diversos ferimentos. Equipes do Corpo de Bombeiros que passavam pelo local prestaram os primeiros atendimentos. Em seguida, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Senador Guiomard foi acionada para realizar o atendimento pré-hospitalar. Após ser estabilizado, o motociclista foi encaminhado ao Pronto-Socorro de Urgência e Emergência de Rio Branco.
Na unidade de saúde, a vítima foi entregue ao setor de Traumatologia, onde foram constatadas fratura no tornozelo esquerdo, um corte na mesma região e múltiplas escoriações pelo corpo. Posteriormente, ele foi encaminhado ao setor de Ortopedia para avaliação especializada.
Apesar da gravidade dos ferimentos, o estado de saúde de Diogo Henrique é considerado estável, e ele permaneceu consciente durante todo o atendimento. As circunstâncias do acidente deverão ser apuradas pelas autoridades competentes.
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Motociclista de 21 anos fica gravemente ferido após colisão com carro em Rio Branco
Acidente ocorreu no bairro Ivete Vargas; motorista de um Renault Kwid fez conversão irregular e fugiu sem prestar socorro, segundo informações apuradas no local.
O motociclista Marcos Santana, de 21 anos, ficou gravemente ferido após um acidente de trânsito registrado na noite desta quarta-feira (17), na rua Rio de Janeiro, bairro Ivete Vargas, em Rio Branco.
De acordo com informações colhidas no local, Marcos seguia no sentido bairro–centro conduzindo uma motocicleta Yamaha Factor preta, quando um Renault Kwid azul-escuro, que trafegava no sentido contrário, realizou uma conversão à esquerda para acessar a rua Carneiro Leão sem aguardar a passagem do motociclista, provocando a colisão.
Com o impacto, Marcos foi arremessado ao solo, sofrendo um ferimento grave no joelho da perna direita. O condutor do automóvel fugiu do local sem prestar socorro.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou uma ambulância de suporte básico. Após os primeiros atendimentos e estabilização da vítima, o motociclista foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Franco Silva, na Baixada da Sobral.
Uma equipe do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTRAN) esteve no local para colher informações, registrar a ocorrência e elaborar o Boletim de Acidente de Trânsito (BAT).
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Prefeitura de Rio Branco atendeu mais de 790 famílias da agricultura familiar em 2025
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Agropecuária, consolidou em 2025 um conjunto expressivo de ações voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar, executadas pelo Departamento de Apoio à Produção (DAP).

Gestão municipal ampliou distribuição de insumos, assistência técnica e programas de incentivo à produção local. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Agropecuária, consolidou em 2025 um conjunto expressivo de ações voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar, executadas pelo Departamento de Apoio à Produção (DAP). O relatório anual evidencia avanços significativos nos programas municipais, ampliando atendimentos, reforçando a assistência técnica e garantindo melhores condições de produção para centenas de famílias rurais.
Ao longo do ano, o DAP concentrou seus esforços em quatro eixos estratégicos: Assistência Técnica (ATE), Programa Municipal de Grãos, Programa da Bacia Leiteira e Cultivo Protegido, além de iniciativas complementares como georreferenciamento, distribuição de insumos, apoio às Fazendinhas Comunitárias e participação ativa em eventos de grande porte, como ExpoAcre e o 2° Festival da Macaxeira.

Um dos principais destaques é o número expressivo de 790 visitas técnicas realizadas nas propriedades rurais do município. Foto: Secom
Um dos principais destaques é o número expressivo de 790 visitas técnicas realizadas nas propriedades rurais do município. Essas visitas permitiram:
- Acompanhamento direto das atividades produtivas;
- Diagnóstico das necessidades específicas de cada comunidade;
- Orientações de manejo, adubação, correção de solo e condução de cultivos;
- Fortalecimento da relação entre técnicos e agricultores;
- Planejamento estratégico dos programas municipais.
Essas ações reforçam o papel do DAP como articulador do desenvolvimento rural sustentável e como ponte direta entre a gestão municipal e o agricultor familiar.

Ações reforçam o papel do DAP como articulador do desenvolvimento rural sustentável e como ponte direta entre a gestão municipal e o agricultor familiar. Foto: Secom
Programa Municipal de Grãos: avanço da produção de arroz, soja e café
O Programa Municipal de Grãos ganhou destaque em 2025 com a ampliação das frentes produtivas e o fortalecimento das parcerias institucionais.
Produção de arroz – BRSA 502 e Primavera
- Parceria estratégica com a Embrapa, discutindo tecnologias e estratégias de aumento de produtividade;
- Participação da equipe municipal em todo o processo pós-colheita, incluindo limpeza, ensacamento, embarque e desembarque na Cageacre (unidade Campinas);
- Resultado consolidado de 405 kg de sementes de arroz limpas, prontas para uso e redistribuição.
Expansão da cafeicultura

Café também recebeu destaque em 2025. Foto: Secom
O café também recebeu destaque em 2025:
- Três produtores receberam assistência técnica especializada detalhada;
- 33 produtores foram acompanhados pelo programa ao longo do ano;
- Foram realizadas visitas de campo para monitoramento de lavouras e correção de manejo;
- Houve reuniões com produtores e orientação para melhoria da qualidade do café produzido.
Cultivo Protegido: tecnologia, manejo e ampliação de práticas sustentáveis

Cultivo Protegido seguiu como uma das políticas mais importantes de apoio ao pequeno produtor. Foto: Secom
O Cultivo Protegido seguiu como uma das políticas mais importantes de apoio ao pequeno produtor, em 2025, o programa envolveu:
- Acompanhamento direto de produtores em diversas comunidades rurais;
- Implementação de técnicas de produção em ambiente protegido;
- Cursos práticos, como o de irrigação realizado no Ramal Baixa Verde;
- Orientações especializadas para hortas comunitárias e cultivos diversificados.
Outro avanço importante foi o georreferenciamento das propriedades rurais, o mapeamento técnico permitiu, melhorar a organização territorial, auxiliou no planejamento de ações futuras, assim como atualização de dados agrários do município.
Entrega de mais de 277 mil quilos de insumos em 2025

Prefeitura intensificou a entrega de insumos essenciais aos agricultores familiares. Foto: Secom
A Prefeitura intensificou a entrega de insumos essenciais aos agricultores familiares, distribuindo:
- 100 kg de calcário;
- 750 kg de NPK 08-28-16;
- 050 kg de NPK 20-05-20;
Totalizando 277.900 kg de insumos agrícolas.
As culturas mais beneficiadas são:
- Café
- Mandioca
- Milho
- Melancia
- Arroz
- Pastagem rotacionada
- Frutíferas (açaí, mamão, banana, acerola, laranja, limão, pitaya)

2025 foi um ano marcante para o fortalecimento da agricultura familiar em Rio Branco. Foto: Secom
Essa distribuição teve papel decisivo na correção de solos, aumento de produtividade e fortalecimento da agricultura familiar.
O relatório anual confirma que 2025 foi um ano marcante para o fortalecimento da agricultura familiar em Rio Branco. A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agropecuária e do Departamento de Apoio à Produção, ampliou investimentos, reforçou a presença técnica nas comunidades e consolidou programas estruturantes que impactam diretamente o aumento da produção, a geração de renda e a qualidade de vida rural.





























































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