Acre
Café com raízes coletivas coloca o Acre na vanguarda da bioeconomia e firma o estado como protagonista na produção do grão
Desde sua inauguração, o Complexo Industrial opera em plenitude, revelando o vigor de uma cadeia produtiva que pulsa no coração do Juruá

Com uma estrutura física de 1.640 m², o parque fabril opera com energia 100% renovável, fornecida por 356 painéis solares que geram mensalmente 21.500 kWh. Foto: Pedro Devani/Secom
Entre rios que murmuram memórias e ramais que desenham caminhos, no extremo oeste da Amazônia, um grão desperta um futuro promissor. No Vale do Juruá, o café deixou de ser apenas bebida para se tornar símbolo de esperança, sustento e desenvolvimento sustentável.
É em Mâncio Lima que esse sonho toma forma concreta: o maior complexo industrial da agricultura familiar da Região Norte, recém-inaugurado com investimento de R$ 10 milhões, acende novas luzes sobre o cooperativismo e a bioeconomia amazônica, agregando tecnologia e valor ao café cultivado por mãos que conhecem profundamente a terra.
O projeto é fruto da articulação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com a Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé), consolidando-se como ponte estratégica entre o governo estadual, o governo federal e a iniciativa privada.
No coração verde do Juruá, o Complexo Industrial do Café se ergue como símbolo de uma nova economia que brota da terra e floresce pelas mãos da agricultura familiar. Integrante do projeto Café Amazônia Sustentável, iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o espaço é dedicado ao beneficiamento e rebeneficiamento de grãos cultivados por pequenos produtores, moldando um modelo cooperativista socioeconômico que respeita a floresta e valoriza quem nela vive.

Complexo tem capacidade produtiva de até 20 mil sacas de café por safra, considerando tanto o beneficiamento quanto o rebeneficiamento, que são os dois processos principais. Foto: Pedro Devani/Secom
Com investimentos de R$ 8 milhões da ABDI e R$ 2 milhões da Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé), que hoje reúne mais de 180 agricultores, o complexo é expressão concreta de uma bioeconomia que alia inovação, tradição e sustentabilidade.
Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), contratada para acompanhar os impactos da iniciativa, foram gerados 2 mil empregos diretos e indiretos na região.
“O benefício é gigantesco, a gente não tem noção do que isso significa para o produtor, que hoje tem a segurança de que, se cuidar do café na hora da colheita, ele vai ter a certeza que tem uma indústria para secar e fazer todo o processo do café até o mercado”, disse o presidente da Coopercafé, Jonas Lima.
O complexo, segundo ele, é pioneiro na região da forma em que está organizado atualmente. Com 182 cooperados, há ainda uma fila com mais 50 aguardando para ingressar nesse projeto.
Pioneirismo
O complexo tem capacidade produtiva de até 20 mil sacas de café por safra, considerando tanto o beneficiamento quanto o rebeneficiamento, que são os dois processos principais. Entenda:
- Beneficiamento: envolve secagem, descascamento e classificação do café, preparando o grão para comercialização, seco e descascado. O maquinário inclui 11 secadores, uma máquina descascadora e uma classificadora de cafés in natura com despolpador.
- Rebeneficiamento: agrega qualidade ao produto, por meio da padronização por tamanho e densidade, utilizando um conjunto de peneiras e mesa densimétrica. Esse processo permite separar os melhores lotes, aumentando o valor de mercado do produto.
Do grão simples ao aroma sofisticado, o parque industrial transforma o café em múltiplas possibilidades: da produção de commodities à elaboração de cafés especiais. Essa diversidade amplia as portas do mercado para os cooperados, permitindo que cada lote reflita a riqueza da terra e a identidade de quem o cultiva.

Para o presidente da Coopercafé, o avanço da produção é fruto direto dos investimentos semeados em múltiplas frentes. Foto: Pedro Devani/Secom
Juruá se consolida como potência do café
Desde sua inauguração, o Complexo Industrial opera em plenitude, revelando o vigor de uma cadeia produtiva que pulsa no coração do Juruá. Ao produtor, basta entregar os grãos que, dali em diante, a agroindústria assume o processo com precisão e cuidado, devolvendo o café em sacas prontas para o mercado.
Mais que estrutura, o empreendimento é uma engrenagem sustentada pelos princípios do cooperativismo, da sustentabilidade, da economia solidária e da sociabilidade, costurando novas oportunidades com o fio da valorização comunitária.
A implantação de um espaço pioneiro como o Complexo do Café no Juruá reverbera por toda a paisagem econômica e social da região. Os reflexos são sentidos no aumento da produtividade e da qualidade dos grãos, na ampliação da renda, direta e indireta, dos agricultores familiares e na expansão da própria cadeia produtiva, com mais produtores ingressando e novas áreas sendo cultivadas.

Romualdo diz que planta mais do que café, mas também uma herança. Foto: Pedro Devani/Secom
O impacto de um espaço pioneiro é o aumento da produtividade e da qualidade do café; aumento de renda direta e indireta dos agricultores familiares da região; incremento de toda a cadeia produtiva do café; aumento do número de produtores de café e de áreas cultivadas; redução de gargalos da cadeia; transformação regional e melhorias da qualidade de vida dos agricultores e da região de forma geral.
Cada lote carrega sua identidade: um código de rastreamento vinculado diretamente ao produtor, permitindo acompanhar a trajetória do grão do campo à comercialização, com rigor e transparência.
“Hoje nós somos, com certeza, a região que mais tem café em campo. Temos em todo o Juruá mais de 5,1 milhões de pés de café em campo. Isso já está no chão, pés que daqui dois anos já vão estar produzindo. Estamos colhendo, em produção, em uma área de mais de 500 hectares, mas ano que vem devemos colher 900 hectares e até 2027 devemos colher mais de 1,5 mil hectares. Então, estamos avançando ano após ano”, estima Lima.
Para o presidente da Coopercafé, o avanço da produção é fruto direto dos investimentos semeados em múltiplas frentes. Infraestrutura, capacitação e fortalecimento da cadeia produtiva, que têm nutrido o café cultivado no Vale do Juruá. Com os pés já fincados em solo fértil e projeções otimistas no horizonte, a estimativa de faturamento gira em torno de R$ 40 milhões, valor que dança conforme o ritmo da produtividade local e as oscilações do mercado.

Izoneide de Souza e a filha, Yara Souza. Mãe e filha trabalham juntas na colheita de café. Foto: Tácita Muniz/Secom
‘Geração de emprego impactante’
Uma produção que cresce cada vez mais, eleva com ela uma economia efervescente, e isso é o que tem se notado com a consolidação da cadeia do café. “Nós estamos na nona semana de colheita de café e não temos menos de 500 pessoas todos os dias espalhadas na zona rural, colhendo café dos nossos produtores, então a geração de emprego é gigantesca”, avalia.
Uma movimentação econômica que não se limita apenas ao período de colheita, já que, após passada essa fase, inicia o trabalho de tratamento nos cafezais, com extrato na plantação e manutenção desse plantio para que a produção siga em um ritmo frenético no ano que vem.
A safra do café começa em fevereiro e segue até julho. Para quem colhe, esses meses são sinônimo de renda extra em casa. Izoneide de Souza e a filha, Yara Souza, aproveitam esse período.
“É uma renda que ajuda muito a gente, porque somos seis pessoas em casa e agora esse complexo ajudou ainda mais com essa demanda do grão. O café para gente é uma fonte de renda, que ajuda no pagamento de contas e a fazer feira”, explica Izoneide.
Yara acompanhava a mãe e aprendeu a técnica da colheita com ela. Hoje, as duas trabalham juntas: “Só gosto de trabalhar com ela. Minhas irmãs também colhem, mas em outro canto, mas eu gosto de ficar com minha mãe”, completa.
Na lida diária do campo, Raimundo Nascimento colhe mais que grãos. Ao lado da esposa, Maria Angelita de Araújo, compartilha o trabalho, o cansaço e a esperança que brota com cada safra.

Na lida diária do campo, Raimundo Nascimento colhe mais que grãos. Ao lado da esposa, Maria Angelita de Araújo, compartilha o trabalho, o cansaço e a esperança que brota com cada safra. Foto: Pedro Devani/Secom
Ele vê na temporada do café uma oportunidade concreta de complementar a renda da família. “É uma grana extra que ajuda muito a gente”, resume, com a simplicidade de quem transforma esforço em sustento.
A movimentação gerada pelo Complexo também ecoa nos corredores da agroindústria, onde histórias de transformação ganham rosto e nome. É o caso de Orlenilson José Viana de Souza, que há seis anos cultiva café e hoje atua como gerente operacional do empreendimento.
Para ele, o grão não representa apenas renda, mas sim o ponto de virada de uma vida antes dedicada à construção civil. O café abriu novas trilhas: da enxada ao planejamento, das mãos calejadas ao olhar estratégico, revelando que na Amazônia, produzir também é reinventar-se.
“O que vejo desse estabelecimento é que impactou e movimentou muito a geração de empregos na região, tanto direta como indiretamente. Hoje a gente conta com muitos colaboradores dentro do complexo, mas mais ainda trabalhando nessa coleta”, diz.
Energia limpa
Além da vocação produtiva, o Complexo Industrial do Café do Juruá é um modelo exemplar de respeito ambiental e tecnologia limpa. Com uma estrutura física de 1.640 m², o parque fabril opera com energia 100% renovável, fornecida por 356 painéis solares que geram mensalmente 21.500 kWh, e adota práticas como o reuso inteligente da água da chuva e o uso de lenha certificada.
Toda a cadeia produtiva é feita em áreas anteriormente degradadas, sem abrir novas clareiras na floresta, reiterando o compromisso do projeto com um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
No Acre, onde a floresta dialoga com inovação, forma-se uma aliança concreta com o desenvolvimento sustentável, pauta global que ganha raízes profundas em cadeias produtivas exemplares.
O estado desponta como referência na promoção da bioeconomia, com iniciativas que conciliam conservação ambiental e geração de valor.

Complexo representa um impulso decisivo para a consolidação de um negócio que não para de crescer no Vale do Juruá. Foto: Pedro Devani/Secom
“Quem financiou essa energia renovável foram os próprios produtores. Essa foi nossa contrapartida no projeto, para garantir que nosso café seja verdadeiramente sustentável, de fato e de direito”, destaca Lima, com orgulho.
Em meio à colheita de frutos e conquistas, o presidente da Coopercafé fez questão de reconhecer o papel do governador Gladson Camelí, agradecendo pela condução de uma política plural, que valoriza o diálogo e fomenta parcerias entre diferentes setores comprometidos com o desenvolvimento econômico do Acre.
Para ele, essa cooperação entre Estado, produtores e instituições tem sido vital para transformar potencial em realidade.
“Tivemos uma parceria do governo do Estado na parte do estacionamento, do pátio da indústria, que o governo garantiu que vai asfaltar e também a Secretaria de Estado de Agricultura, que cedeu caminhões para o nosso uso, então são muitas mãos envolvidas”, enalteceu.

Em Mâncio Lima, o café é mais que cultivo, é herança, afeto e projeto de vida. Foto: Pedro Devani/Secom
Negócios de famílias e sustentabilidade
Em Mâncio Lima, o café é mais que cultivo, é herança, afeto e projeto de vida. É assim que o engenheiro agrônomo Romualdo Marques define a agroindústria familiar que construiu com o filho, Bruno Oliveira, também agrônomo. Juntos, apostaram na cafeicultura artesanal como caminho de conexão com a terra e com o futuro de suas gerações.
Em 3,8 hectares de solo fértil, crescem mais de 12,3 mil mudas de café, que carregam não só aromas intensos, mas a história de uma família que planta seus sonhos com as próprias mãos.
“Nós trabalhamos com o tripé da sustentabilidade porque é um projeto familiar, que leva em consideração a questão ambiental. Nós pegamos as áreas literalmente degradadas e recuperamos o solo e estamos reflorestando. Paralelo a isso, tem a questão do lado social, porque agregamos mão de obra da comunidade, tanto colheita, como plantação de mudas, e, claro, um trabalho que também envolve o lado econômico”, explica.
Na engrenagem que transforma o grão em aroma, Bruno Oliveira assume a responsabilidade pela delicada etapa da torragem, processo que mobiliza diretamente de três a quatro pessoas e exige precisão, conhecimento e sensibilidade.
Pioneiro na cultura cafeeira na região, Marques vê no Complexo Industrial a confirmação de uma convicção que carrega há tempos: a de que a cafeicultura é uma das vertentes mais promissoras e rentáveis para os pequenos produtores do Juruá.
“Costumo dizer que a fase de convencimento de plantar o café praticamente já está para trás, mas continuamos ainda dizendo que é uma boa opção. Se nós pegarmos o projeto do complexo industrial, que foi agora inaugurado, um dos pilares é agregar mais famílias nesse projeto e eu, particularmente, sou um missionário da agricultura familiar”, defende.

Raimundo Fredson da Rocha diz que o café tem mudado a vida de muita gente. Foto: Pedro Devani/Secom
‘O café veio para mudar a vida de muita gente’
Em meio à vastidão verde de Mâncio Lima, Raimundo Fredson da Rocha, o Fredinho, como é chamado com carinho pela comunidade, cultiva esperança sobre sete hectares de terra cobertos por pés de café.
Mais que lavoura, a cafeicultura se tornou para ele e tantos outros produtores uma verdadeira ferramenta de transformação: muda vidas, gera renda e fortalece vínculos com a terra.
“O café foi uma cultura que veio para o nosso estado pra mudar a vida de muita gente, quem planta o café tem a responsabilidade de ter uma ferramenta que muda a vida de produtores e de quem está ao redor dele. Por isso que eu digo que não está mudando só minha vida para melhor, mas também de outras pessoas”, analisa.
Para ele, o Complexo representa um impulso decisivo para a consolidação de um negócio que não para de crescer no Vale do Juruá. A cafeicultura, incentivada desde a primeira gestão do governador Gladson Camelí, tem recebido investimentos contínuos do governo do Acre, refletindo em resultados concretos. Hoje, o estado desponta com a segunda maior produção de café da região Norte.
É a colheita de uma política que aposta na terra, nas mãos que nela trabalham e na força da bioeconomia como caminho para o desenvolvimento sustentável.

Secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, destaca os avanços na cultura do café. Foto: Pedro Devani/Secom
Seagri como apoiadora
A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) tem assumido papel estratégico no fortalecimento da cafeicultura acreana, liderando e articulando ações que impulsionam toda a cadeia produtiva local.
Entre as iniciativas destacadas pelo secretário José Luiz Tchê está o concurso de qualidade do café, realizado no estado, que projetou os produtores vencedores para outros territórios do Brasil, uma vitrine que valoriza o talento regional e consolida o Acre como referência na produção de cafés especiais.
“Isso é muito importante porque é o momento de o Acre dizer ao mundo que produz café e café de qualidade. Isso elevou o nosso estado a um patamar diferenciado, até porque as pessoas conseguem entender a qualidade do café produzido aqui”, destaca.
A tecnologia e a inovação despontam como vertentes promissoras no fortalecimento da agropecuária no Acre e a Seagri tem sido protagonista nesse avanço. Durante a Expoacre Juruá, foi lançado oficialmente o Programa de Análise e Diagnóstico de Solos do Acre, o Solo Fértil, iniciativa que visa melhorar a qualidade dos solos e ampliar a produtividade agrícola de forma sustentável.
Por meio de estudos técnicos detalhados das propriedades rurais, o programa contribui diretamente para a valorização da agricultura familiar e para a conservação dos recursos naturais, moldando um futuro em que produzir e preservar caminham lado a lado.
“O sabor do nosso café vem do solo, então temos que cuidar bastante e acompanhar esse desenvolvimento porque o nosso clima é fantástico e a gente avalia que a inauguração do complexo vai trazer uma outra dinâmica para esses produtores, tornando o Vale do Juruá um polo de cafeicultura, que incentiva, agrega valor ao nosso produto e, claro que o governo vem cuidando disso para que o pequeno produtor seja colocado nesse mesmo patamar”, avalia.
Atualmente, segundo Tchê, a pasta conversa com outros parceiros, como Embrapa, Instituto Federal do Acre (Ifac) e Universidade Federal do Acre, entre outras instituições, que podem contribuir com tecnologia voltada para essas culturas.
“Estamos firmando convênios com essas instituições para que a gente tenha a contraprova das nossas análises do solo. Isso é pra dar garantia, lógico, e acertar no alvo, mas pra isso a gente precisa de parceria com todos e o governo vem fazendo essa parte.”
Além disso, os primeiros colocados do concurso do café devem seguir para Minas Gerais, onde poderão conhecer novos modelos de produção ao mesmo tempo que exibem também técnicas desenvolvidas no estado. “Toda essa gestão e união vem fazendo do Acre o segundo maior produtor de café da região Norte, e falo no sentido de qualidade”, finaliza.
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Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.
A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.
O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.
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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.
Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.
Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.
A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.
Atualizacão
Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.
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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento
Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada
A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.
Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.
— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.
O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada
Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.







































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