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Cadeia produtiva da carne é fortalecida no Acre

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Defesa Civil está na cidade para fazer vistoria em área urbana e aldeias (Foto: Antônio Messias/Arquivo pessoal )

Defesa Civil está na cidade para fazer vistoria em área urbana e aldeias (Foto: Antônio Messias/Arquivo pessoal )

Com o surgimento do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A. e da empresa Dom Porquito, o Acre prepara seu caminho para a consolidação da cadeia produtiva de carne. Somando investimentos na bovinocultura, piscicultura, suinocultura, avicultura e ovinocultura, o Estado desponta para um novo caminho rumo à independência econômica. Surge um mercado que interage com todos os outros setores da economia acreana.

A mudança de perspectivas econômicas tem sido tão grande que só a produtora de carne suína Dom Porquito, de Brasileia, consome hoje, aproximadamente, 46 mil sacas de milho por mês. Já a Peixes da Amazônia, em Senador Guiomard, está consumindo 40 mil sacas como uma das fontes para ração. Assim, a produção de animais está mudando a produção no campo. Para esta demanda que não para de crescer, são necessários mais de 8 mil hectares de plantação de milho no Estado. Não é à toa que o milho tem sido a cultura em maior expansão na produção acreana.

A cultura do milho tem se fortalecido na agricultura para atender as novas demandas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A cultura do milho tem se fortalecido na agricultura para atender as novas demandas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Oito mil hectares de plantação de milho exigem mais pessoas no trabalho rural. Só de tratores pra acompanhar a produção nós calculamos pelo menos 20. São novas máquinas compradas, mais comércio de diesel, mais empregados. São setores que se completam”, explica Inácio Moreira, presidente da Agência de Negócios do Acre (Anac).

Em outro exemplo Inácio cita que para o frigorífico da Peixes da Amazônia S.A. conseguir a permissão de exportações (SIF), as agências reguladoras exigem que os empregados estejam devidamente fardados. Como são mais de 260 empregos diretos, as malharias do estado terão uma grande nova demanda.

Frigorífico suíno

    A Dom Porquito espera, até o final do ano, produzir 50 toneladas de carne suína diariamente (foto: Gleilson Miranda/Secom)

A Dom Porquito espera, até o final do ano, produzir 50 toneladas de carne suína diariamente (foto: Gleilson Miranda/Secom)

O frigorífico da Dom Porquito já está sendo construído e deve ser inaugurado em abril. Com um abatedouro suíno com tecnologia de ponta, a região do Alto Acre deve expandir ainda mais o negócio de carne suína e virar uma nova referência, com a geração de até 800 novos postos de trabalho. Se atualmente o estado possui duas mil matrizes de suínos, com sete mil animais em engorda neste momento. A expectativa é que até o final do ano o número salte para 4,5 mil matrizes.

Com o número de animais mais que dobrados, a Dom Porquito espera que até o final do ano seja capaz de gerar 50 toneladas de carne suína diariamente. Para o final de 2016 a expectativa é que a produção salte para

Cadeia produtiva da carne é fortalecida no Acre

800 animais abatidos por dia, gerando 80 toneladas de carne. Instalada à beira da BR-317, a Dom Porquito tem planos ousados para o futuro, não só mirando o mercado nacional, mas também o peruano, que tem mandado representantes para negociações.

Alta expectativa

Atualmente a Peixes da Amazônia S.A. está concluindo suas instalações físicas. Será o maior complexo de piscicultura do Brasil e são grandes as expectativas para quando seu funcionamento estiver pleno. “Com a produção de 20 mil toneladas por ano de pescado, vamos imaginar que o frigorífico empacote 10 mil toneladas de filé de peixe por ano. Só aí, no preço atual, são R$ 200 milhões por ano”, conta Inácio Moreira.

O complexo possui investimentos de mais de R$ 100 milhões em uma parceria público/privada. A estrutura societária da Peixes da Amazônia S.A. foi feita de forma que contemplasse pequenos e grandes produtores. A Central das Cooperativas, que conta com 3.500 produtores associados, é uma das acionistas ao lado de outros 15 grandes empresários e o governo estadual.

Com pequenas propriedades também investindo na piscicultura, o peixe não é apenas uma fonte de renda, mas também de alimentação.

Fernando Lima, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis do Acre (Sedens) ressalta: “Toda a cadeia produtiva diminui a pressão sobre a floresta, principalmente nos pequenos produtores rurais, que tem como alimentar a família deixando de recorrer a caça, por exemplo”.


Agência Acre

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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre

Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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