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Brasileiro morre após ficar horas sem atendimento em prisão boliviana
Clifton Braga de Araújo, de 21 anos, ficou sem atendimento médico em cela de isolamento; suspeita de espancamento é investigada

O brasileiro – que estava preso há apenas uma semana – passou mais de uma hora agonizando com fortes dores abdominais sem receber assistência médica adequada. Foto: cedida
Um brasileiro de 21 anos, identificado como Clifton Braga de Araújo, morreu na noite de sábado na prisão Villa Busch, em Pando, 25 Km de Cobija na Bolívia. Ele estava preso há uma semana no presídio Villa Busch e permanecia em uma cela de isolamento por tempo superior ao dos outros detentos.
Segundo relatos preliminares divulgados pela imprensa local, Clifton reclamou de fortes dores abdominais e pediu socorro, mas não recebeu atendimento imediato. Testemunhas afirmam que ele ficou mais de uma hora em agonia antes de morrer na cela.
Autoridades realizaram perícia no corpo na madrugada deste domingo e abriram investigação. O caso foi encaminhado ao Ministério Público de Pando, e a autópsia deve esclarecer a causa da morte. Há relatos de que o brasileiro teria sido espancado dentro da penitenciária, informação que já consta nos autos do inquérito.
A morte reacende questionamentos sobre as condições do sistema prisional boliviano e a assistência médica a presos estrangeiros.
Falta de socorro e suspeita de violência
Testemunhas relatam que Clifton pediu ajuda repetidamente, mas foi ignorado pelos agentes penitenciários. Quando finalmente verificaram sua cela no domingo, já o encontraram sem vida.
O caso foi registrado pelo Ministério Público de Pando, e uma autópsia está em andamento para determinar a causa exata da morte. Entretanto, a imprensa local já aponta indícios de que o brasileiro teria sofrido espancamentos dentro da prisão – informação que consta oficialmente no inquérito.
A agonia de Clifton
Segundo relatos de outros presos:
O brasileiro começou a gritar por ajuda no início da noite
Queixava-se de dores insuportáveis na região do abdômen
Pedidos de socorro foram ignorados por horas
Quando agentes finalmente verificaram a cela, já estava morto
Sistema prisional boliviano
A morte do brasileiro Clifton Braga de Araújo reacendeu o debate sobre as condições precárias das prisões bolivianas, especialmente no tratamento de presos estrangeiros. Familiares e conhecidos exigem respostas sobre a demora no atendimento e a possível omissão dos funcionários do presídio.
Até o momento, a direção da penitenciaria não se pronunciou oficialmente sobre o caso, que pode se tornar mais um incidente sem respostas envolvendo cidadãos do Brasil em prisões no exterior.
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Agentes do ICMBio derrubam curral durante Operação Suçuarana: “Estão acabando com tudo que meu pai construiu, com suor do seu rosto”, diz moradora

Vídeo mostra o desespero do morador vendo sua propriedade sendo destruída por agentes do ICMBio com motoserras.
A produtora rural Mariana Rodrigues fez uma transmissão ao vivo na manhã desta segunda-feira, 16, em seu perfil no Instagram que rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais. As imagens mostram agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em ação na propriedade de sua família, localizada dentro da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em Rio Branco.
Durante a operação, denominada Suçuarana, os agentes utilizaram motosserras para derrubar um curral onde, segundo Mariana, a família criava gado há anos. A criação de animais dentro da reserva é considerada ilegal pelo governo federal, e a operação visa desocupar áreas que, segundo o ICMBio, estão sendo utilizadas de forma irregular dentro da unidade de conservação.
No vídeo, visivelmente abalada, Mariana denuncia o que chama de destruição injusta do trabalho da família. “São covardes! Estão acabando com tudo que meu pai construiu, com suor do seu rosto…”, disse, com a voz embargada. Ao fundo, é possível ouvir o barulho das motosserras e ver a estrutura do curral sendo desmontada.
A Operação Suçuarana foi iniciada com o objetivo de retirar rebanhos bovinos mantidos ilegalmente na Resex Chico Mendes, uma área protegida criada em 1990 para garantir a preservação da floresta e dos modos de vida tradicionais. O ICMBio afirma que a criação de gado na área ameaça a biodiversidade local e contraria os princípios de uso sustentável previstos para a reserva.
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Tião Bocalom participa de comemoração pelos 63 anos de emancipação política do Acre
Durante solenidade na Gameleira, prefeito destaca avanço do agronegócio e critica embargos ambientais na Reserva Chico Mendes
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), foi uma das autoridades presentes na solenidade em comemoração aos 63 anos de emancipação política do Estado do Acre, realizada neste domingo (15), no Calçadão da Gameleira. O evento, organizado pelo Governo do Estado, contou com a presença do governador Gladson Cameli, além de representantes civis e militares.
A cerimônia relembrou a história de resistência, identidade amazônica e orgulho regional que marca a trajetória da capital do Acre. Acompanhado da primeira-dama e chefe de gabinete da Prefeitura, Kelen Rejane Nunes Bocalom, o prefeito integrou o grupo de convidados de honra, que reuniu personalidades ligadas ao desenvolvimento político e econômico do estado.
Durante seu discurso, Tião Bocalom parabenizou o governador Cameli pelo apoio ao agronegócio no Acre, destacando a soja como o principal produto de exportação e símbolo do progresso econômico regional. Segundo o gestor, a expansão da produção agrícola representa um salto no desenvolvimento, com impactos positivos na qualidade de vida da população.
Bocalom também aproveitou a ocasião para defender o direito ao trabalho no campo. “O dinheiro não cai do céu, o povo precisa poder trabalhar”, afirmou. Ele criticou os embargos ambientais que vêm sendo realizados na Reserva Extrativista Chico Mendes e classificou as ações como entraves à vida do produtor rural. O prefeito disse esperar que as medidas possam ser revistas para garantir mais oportunidades no campo.