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Brasil não assina declaração de cúpula de Paz na Suíça, neste domingo
Lula diz que presidentes de Ucrânia e Rússia deveriam se sentar à mesa para debater fim de conflito, não apenas um dos lados
O Brasil foi um dos países que não assinaram, neste domingo (16), o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia, documento que pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e “reafirma a integridade territorial” ucraniana.
Neste sábado (15), em entrevista coletiva na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que disse à presidente da Confederação Suíça, Viola Amherd, que tomou a decisão de não ir ao encontro internacional deste domingo porque o Brasil só participaria da discussão sobre a paz quando os dois lados em conflito, Ucrânia e Rússia, estiverem sentados à mesa.
“Porque não é possível você ter uma briga entre dois e achar que se reunindo só com um, resolve o problema”, afirmou. Diante do impasse dos dois chefes de Estado, Lula afirmou que o Brasil já propôs, em parceria com a China, uma negociação efetiva para a solução do conflito.
“Como ainda há muita resistência, tanto do Zelensky [Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia], quanto do Putin [Vladimir Putin, presidente da Rússia], de conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça, do jeito que quer, e nós estamos, depois de um documento assinado com a China, pelo Celso Amorim [assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil] e pelo representante do Xi Jinping [presidente da China], estamos propondo que haja uma negociação efetiva.”
“Que a gente coloque, definitivamente, a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa, e vamos ver se é possível convencê-los de que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra. Na paz, ninguém precisa morrer, não precisa destruir nada. Não precisa vitimar soldados inocentes, sobretudo jovens, e pode haver um acordo. Quando os dois tiverem disposição, estamos prontos para discutir”, acrescentou o presidente.
Ao encontro internacional deste domingo, o Brasil enviou a embaixadora do Brasil na Suíça, a diplomata Claudia Fonseca Buzzi. O presidente ucraniano também esteve na cúpula para obter apoio internacional para o seu plano de acabar com a guerra desencadeada pela invasão russa.
Sem unanimidade
Ao fim da Cúpula para a Paz na Ucrânia, na Suíça, não houve unanimidade entre as 101 delegações participantes. O documento, que pede que “todas as partes” do conflito armado estejam envolvidas para alcançar a paz, foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, dos Estados Unidos, do Japão, da Argentina e dos africanos Somália e Quênia.
De acordo com o comunicado final, os países signatários assumem que os princípios de soberania, independência e integridade territorial de todos os Estados devem ser salvaguardados.
Quanto à segurança nuclear, os países que ratificaram a declaração final estabeleceram que o uso de energia e instalações nucleares deve ser seguro, protegido e ambientalmente correto. As instalações nucleares ucranianas, incluindo Zaporizhia, devem operar com segurança, sob total controle do país. O documento reforça que qualquer ameaça ou uso de armas nucleares no contexto da guerra em curso contra a Ucrânia é inadmissível.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, entre os países que não assinaram o comunicado estão os membros do BRICS (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), sendo que Rússia e China sequer enviaram representantes. Também não assinaram o documento Arménia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México.
Cessar-fogo não aceito
Na sexta-feira (14), o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu estabelecer imediatamente um cessar-fogo na Ucrânia e iniciar negociações se o país começasse a retirar as tropas das quatro regiões anexadas por Moscou, em 2022: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporíjia. Putin ainda exigiu que a Ucrânia renunciasse aos planos de adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Desde fevereiro de 2022, a Ucrânia resiste à invasão russa com o objetivo de manter sua integridade territorial e exige a saída de todas as tropas russas do território. Kiev (capital da Ucrânia) mantém a pretensão de aderir à aliança militar do Atlântico Norte.
As condições impostas pelo mandatário russo para um possível acordo de paz foram rejeitadas de imediato pela Ucrânia, pelos Estados Unidos e pela Otan, após dois anos e quatro meses do início do conflito, com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
*Com informações da Agência Lusa.
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Pacheco: decisão do STF sobre maconha invade competência do Congresso
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) se decidir a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal , o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (25) que discorda do parecer. Para ele, a decisão invade a competência técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Congresso Nacional, podendo gerar uma lacuna jurídica no Brasil.
“Ou seja, a substância entorpecente na mão de quem a tem para fazer o consumo é um insignificante jurídico sem nenhuma consequência a partir dessa decisão do STF. E essa mesma quantidade dessa mesma substância entorpecente na mão de alguém que vai repassar a um terceiro é um crime hediondo de tráfico ilícito de entorpecentes. Há uma discrepância nisso”, avalia Pacheco.
O tema está sendo votado hoje pelo STF , mas a Corte já formou maioria pela descriminalização. Segundo Pacheco, apesar de pregar o respeito às decisões judiciais, a descriminalização só pode se dar pelo processo legislativo e não por uma decisão judicial.
“Essa questão da descriminalização das drogas é uma ideia suscitada em várias partes do mundo, mas há um caminho próprio para se percorrer nessa discussão, que é o processo legislativo”, disse, lembrando que há critérios técnicos para definir se uma substância é considerada ilícita ou não.
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Fonte: Nacional
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Mega-Sena vai sortear prêmio de R$ 100 milhões na próxima quinta-feira
O concurso 2.741 da Mega-Sena, realizado na noite desta terça-feira (25), no Espaço da Sorte, em São Paulo, não teve ganhador na faixa principal.Com isso, o prêmio acumulou e vai a R$ 100 milhões na próxima quinta-feira (27).
As seis dezenas sorteadas hoje foram: 01, 33, 35, 39, 42 e 56.
A quina teve 53 apostadores premiados e cada um irá receber R$ 75.394,71. Os 4.953 ganhadores da quadra terão o prêmio de R$ 1.152,52 cada.
Para o próximo concurso da Mega-Sena, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Fonte: EBC GERAL
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Congresso recebe mostra em homenagem aos 150 da imigração italiana
O Congresso Nacional inaugurou, na tarde desta terça-feira (25), no Salão Negro, a exposição “Oltreoceano. 150 anos de arte ítalo-brasileira” , em homenagem ao sesquicentenário da imigração italiana para o Brasil . A mostra reúne obras de artistas consagrados, como Alfredo Volpi, Eliseu Visconti, Fulvio Pennacchi, Mario Zanini, Aldo Bonadei, Victor Brecheret, Anita Malfatti, Alfredo Ceschiatti, Glênio Bianchetti, Sergio Romagnolo e Lina Bo Bardi , entre outros.
Um dos pontos altos da exposição é a exibição de quatro painéis em óleo sobre madeira de Cândido Portinari, pintados na década de 1930 para a sede da embaixada italiana, então localizada no Rio de Janeiro. As obras se chamam Paisagem com frutas , Paisagem com mar , Paisagem com moringa e Bancada e plantas tropicais , criações únicas na carreira do paulista de Brodowski e expostas ao público pela primeira vez. Segundo o Embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, apresentar ao público essas obras-primas é um prazer.
“O grande patrimônio da arte italiana, desde o mundo antigo até o contemporâneo, é herança e tradição. Portanto, é motivo de orgulho e traço identitário valioso para quem, entre Itália e Brasil, encontrou na arte a forma de expressão de sua natureza de modernos Ulisses, de seres “em trânsito”, sempre em viagem e em diálogo entre dois países, dois hemisférios e infinitas maneiras possíveis de estar no mundo” , destaca.
A mostra está disposta em um percurso circular, com obras expostas nos famosos cavaletes de cristal criados pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi para o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Segundo o curador Marcelo Gonczarowska Jorge, ex-diretor do Museu de Arte de Brasília (MAB), a influência italiana na história da arte brasileira é o fio condutor da exposição.
“Não há, efetivamente, arte brasileira sem a contribuição dos italianos. Desde o impressionismo até a arte contemporânea, eles e seus descendentes vêm realizando uma inflexão significativa na cultura brasileira, sempre provocando mudanças e aprimorando a produção local. O desembarque daqueles imigrantes no Espírito Santo não significou uma alteração apenas nas vidas deles, mas uma revolução para toda a nossa nação” , destaca.
No circuito, destacam-se também as esculturas Guanabara e Banhista , do mineiro de origem italiana Alfredo Ceschiatti, autor de obras que marcam Brasília , como As Banhistas , que fica em frente ao Palácio da Alvorada ; A Justiça , na porta do Supremo Tribunal Federal (STF) , e Os Anjos e Os Quatro Evangelistas , no lado externo e interno da Catedral .
Segundo o presidente da Frente Parlamentar Brasil-Itália, Luiz Fernando Faria (PSD-MG), celebrar os 150 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos é reconhecer o quanto eles e seus descendentes contribuíram para nosso desenvolvimento artístico e cultural.
“É uma chance para todos nós apreciarmos e pensarmos sobre as influências que ajudaram a moldar o Brasil que conhecemos e amamos hoje” , completou.
Realizada pela Embaixada da Itália , em colaboração com a Frente Parlamentar Mista Brasil-Itália, a exposição que mescla as artes italiana e brasileira ficará aberta à visitação de 26 de junho a 14 de julho. A mostra pode ser visitada de segundas às sextas-feiras, das 9h às 13h e das 14h às 18h. Aos sábados e domingos, das 9h às 18h. Visita guiada pela exposição com monitores pode ser solicitada no local, mediante disponibilidade e sem agendamento prévio.
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Fonte: Nacional