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Brasil está afundando em dívidas na gestão Lula e perde credibilidade internacional

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Dívida pública cresce de forma acelerada, projeções fiscais se deterioram e investidores veem com preocupação o futuro econômico do país.

Sob o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil enfrenta uma deterioração fiscal significativa, com aumento expressivo da dívida pública, incertezas sobre o controle de gastos e perda de credibilidade junto a investidores internacionais e agências de classificação de risco. A trajetória das contas públicas tem acendido alertas em mercados globais, que acompanham com ceticismo as promessas do governo de equilibrar o orçamento e controlar o endividamento.

 Dívida pública em alta contínua

Segundo o Tesouro Nacional, a dívida bruta do governo deve saltar dos 71,7% do PIB, registrados no início da gestão Lula, para 82,3% até 2026, chegando a 84,3% em 2028, conforme projeções oficiais publicadas pela agência Reuters na reportagem “Brazil’s debt outlook worsens as Treasury projects sharp rise through Lula’s term”.

Os números colocam o país entre os mais endividados do mundo emergente. Um levantamento recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que, se mantido o ritmo atual, o Brasil ocupará a 15ª posição entre os países com maior dívida pública no planeta até 2030, superando inclusive nações com menor capacidade produtiva, como destacou o Valor Econômico Internacional em “Brazil to have 15th highest public debt globally by 2030, IMF says”.

 Agências de risco reagem com cautela

A deterioração fiscal tem impactado diretamente a percepção das agências de classificação de risco. Em setembro de 2024, a Moody’s elevou a nota do Brasil de Ba2 para Ba1, um degrau abaixo do grau de investimento. No entanto, diante do cenário fiscal fragilizado, a agência voltou atrás em maio de 2025, alterando a perspectiva da nota para estável, como relatado pela Reuters em “Moody’s changes Brazil’s outlook to stable from positive, affirms Ba1 ratings”.

A Fitch Ratings, por sua vez, reafirmou o rating brasileiro em BB, dois níveis abaixo do grau de investimento, mas também sinalizou preocupação com o “ambiente fiscal frágil” e as incertezas em relação ao futuro político, que podem adiar reformas estruturais, conforme a análise publicada pela IntelliNews em “Fitch affirms Brazil BB rating but flags fiscal uncertainties”.

 Investidores e mercado financeiro perdem confiança

A trajetória fiscal tem gerado insegurança no mercado internacional. Em editorial do Financial Times, intitulado “Betting on Brazil’s economic collapse is a mistake”, analistas reconhecem o potencial da economia brasileira, mas alertam que o populismo fiscal do governo Lula — como a elevação da faixa de isenção do IR, ampliação de gastos sociais e falta de cortes significativos em despesas obrigatórias — está minando a confiança dos investidores.

Apesar de esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em apresentar um novo arcabouço fiscal e buscar a meta de déficit zero, a credibilidade foi abalada quando o próprio presidente Lula desautorizou publicamente essa meta, sugerindo que era impossível de ser alcançada. Isso gerou alta nos juros futuros e fuga de capitais, segundo gestores de fundos ouvidos por diversas publicações financeiras.

🇨🇳 Brasil busca alternativas de financiamento externo

Diante da perda de apetite por parte de investidores tradicionais, o governo Lula passou a buscar alternativas de financiamento em mercados não convencionais. Em 2024, o Brasil anunciou sua primeira emissão de “panda bonds” — títulos emitidos em yuan no mercado chinês — numa tentativa de estreitar os laços econômicos com Pequim e reduzir a dependência de dólares, como destacou o Financial Times em “Brazil plans panda bond as Lula looks to bolster ties with China”.

Também houve retomada de emissões de títulos no mercado europeu, numa tentativa de diversificar a base de investidores e sinalizar estabilidade. No entanto, a taxa de retorno exigida por investidores tem sido alta, refletindo o risco embutido nas operações.

 Expectativas para o futuro: reformas ou agravamento?

Analistas de agências e casas de análise internacional concordam em um ponto: sem reformas estruturais, a trajetória da dívida pública brasileira é insustentável. A falta de controle sobre despesas obrigatórias — como aposentadorias, benefícios sociais indexados ao salário mínimo e gastos com pessoal — compromete a capacidade do governo de ajustar suas contas.

A projeção da taxa Selic em patamares elevados para os próximos anos também pressiona os pagamentos de juros, que já consomem mais de R$ 800 bilhões anuais. Isso compromete investimentos em áreas essenciais e reduz a margem de manobra da política econômica.

Apesar de ainda ser a maior economia da América Latina, o Brasil vive uma crise de credibilidade fiscal sob o governo Lula. A dívida cresce, a confiança dos investidores recua e as agências de risco colocam o país em compasso de espera. Sem reformas estruturais, o cenário aponta para mais deterioração, alta nos juros, desvalorização cambial e menor capacidade de investimento público.

Com um Congresso dividido, uma sociedade polarizada e eleições presidenciais se aproximando, o desafio do governo Lula será restaurar a confiança sem abrir mão de sua base política — um equilíbrio difícil entre responsabilidade fiscal e compromisso social.

Fontes consultadas:

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Mãe que matou filha a facadas é condenada a mais de 44 anos de prisão no RS

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Crime ocorreu em 2024, em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre
Kauana atacou a criança com diversos golpes de faca, no momento em que a menina repousava na cama  • Reprodução/Redes sociais

Kauana atacou a criança com diversos golpes de faca, no momento em que a menina repousava na cama • Reprodução/Redes sociais

A mãe acusada de matar a própria filha de sete anos a facadas, no Rio Grande do Sul, foi condenada a mais de 44 anos de prisão, nesta terça-feira (17). O crime aconteceu em 2024, em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).

O julgamento teve início às 9h, no Salão do Júri do Foro de Novo Hamburgo. Por volta das 22h30, após o Conselho de Sentença, composto por sete mulheres, responder aos quesitos e reconhecer a responsabilidade penal da ré, o magistrado definiu o tempo de pena em 44 anos, 5 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado.

Kauana do Nascimento, de 32 anos, está presa desde agosto de 2024. Ela foi acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, além de crime contra menor de 14 anos e contra descendente.

Durante depoimento, a ré afirmou que dificuldades financeiras e emocionais teriam provocado um quadro intenso de estresse e ansiedade, que culminou no crime. A mulher também disse não se lembrar de ter desferido os golpes contra a filha.

A decisão cabe recurso.

Relembre o caso

A denúncia aponta que Kauana teria atacado a filha com diversos golpes de faca, no momento em que a menina repousava na cama. A versão inicial apontada pela acusada era de que a filha teria caído da escada. A vítima morreu em decorrência de choque hemorrágico causado por ferimentos torácicos profundos.

O corpo foi encontrado no corredor do prédio onde moravam.

Fonte: CNN

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Fenômeno raro de luz natural ilumina caverna em Bonito; veja vídeo

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Entre novembro e fevereiro, feixe de luz entra no Abismo Anhumas por meio de cavidade, revelando a beleza única do local

Luz do Sol invade Abismo Anhumas, em Bonito, no Mato Grosso do Sul • Daniel de Granville

Uma caverna a 72 metros abaixo do chão esconde uma experiência única na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Entre os meses de novembro e fevereiro, a luz do Sol entra no Abismo Anhumas por meio de uma cavidade superior e revela a beleza natural do espaço.

O Abismo Anhumas é uma caverna com um lago do tamanho de um campo de futebol. Para acessar, é necessário fazer rapel em uma pequena fenda no chão.

O local impressiona pela água cristalina e pelas formações de até 20 metros de altura. Mas o espetáculo que acontece entre os meses de novembro e fevereiro tornam o Abismo Anhumas ainda mais especial. Veja o vídeo abaixo:

O Abismo Anhumas

O Abismo Anhumas foi uma das atrações mais especiais visitadas pela apresentadora Daniela Filomeno durante as gravações do CNN Viagem & Gastronomia em Bonito. Confira como é a visita no local no vídeo abaixo:

O espaço fica a 23 quilômetros do centro de Bonito e recebe cerca de cinco mil visitantes por ano, segundo a equipe do abismo.

A temperatura dentro da caverna permanece por volta dos 22°C durante o ano. A água é um pouco mais fria, a cerca de 18°C.

O rapel é feito com um sistema elétrico de elevação, que facilita o acesso dos visitantes. Dessa forma, crianças a partir de cinco anos de idade conseguem entrar na caverna. Segundo a equipe, “pessoas com alguma dificuldade de locomoção também podem conhecer o espaço.”

Depois de descer, o visitante chega a um deque flutuante no lago e pode escolher fazer um passeio de bote, snorkel ou mergulho com cilindro. Todas as atividades devem ser contratadas com agências de viagens.

 

Fonte: CNN

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Companhias aéreas prorrogam suspensão na Venezuela; quais seguem operando?

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Empresas interromperam voos internacionais de e para Caracas há duas semanas devido ao aumento da tensão militar com os Estados Unidos

Aviões da Copa Airlines no Aeroporto Internacional de Tocumen, na Cidade do Panamá • Aviões da Copa Airlines no Aeroporto Internacional de Tocumen, na Cidade do Panama, em março de 2020REUTERS/Erick Marciscano

A companhia aérea panamenha Copa Airlines anunciou, na terça-feira (16), a prorrogação da suspensão temporária de voos de e para Caracas até 15 de janeiro.

Segundo um comunicado divulgado pela empresa, eles aguardam que “a pista principal do Aeroporto Internacional de Maiquetía volte a funcionar, incluindo seu sistema de pouso por instrumentos”.

A Copa Airlines, assim como outras companhias aéreas, suspendeu suas operações há duas semanas devido ao aumento da tensão militar entre os Estados Unidos e a Venezuela.

Entretanto, para atender à alta demanda durante uma temporada de férias, a Copa Airlines anunciou que “aumentou a frequência de seus voos entre o Panamá e a cidade de Cúcuta, na Colômbia, que faz fronteira com o estado de Táchira, na Venezuela”.

Em meio às dificuldades entre a Venezuela e os EUA, diversas companhias aéreas estenderam a suspensão de voos para o país desde 21 de novembro, quando a FAA (Administração Federal de Aviação) dos EUA recomendou “extrema cautela” ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe devido ao que considera uma “situação perigosa” na região.

A situação se agravou ainda mais em 29 de novembro, quando Donald Trump declarou nas redes sociais que o espaço aéreo venezuelano permaneceria “completamente fechado”.

A companhia aérea espanhola Air Europa também prorrogou a suspensão de seus voos entre Madri e Caracas até 31 de dezembro, juntando-se à Iberia e à Plus Ultra, que já havia anunciado o cancelamento de operações de ou para a Venezuela até a mesma data.

As companhias aéreas internacionais que conectam à Venezuela ao mundo tiveram suas licenças suspensas por ordem do INAC (Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela).

Enquanto milhares de venezuelanos vivem em ansiedade e incerteza, vendem sua possibilidade de se reunirem com suas famílias para as festas de fim de ano comprometida, apenas as empresas locais Laser, Avior e a estatal Conviasa mantêm seus voos.

Na terça-feira (16), a FAA reiterou seu alerta às companhias aéreas comerciais sobre o “agravamento da situação de segurança”.

“As ameaças podem representar um risco potencial para aeronaves em todas as altitudes, inclusive durante sobrevoos, bem como durante as fases de chegada e partida do voo”, afirma o comunicado, acrescentando que o risco pode se estender a aeroportos e aeronaves em solo na região afetada.

Isso ocorre em meio à extrema tensão no Caribe, com o destaque militar dos EUA, um conflito que foi ainda mais complicado pelo anúncio de Trump na terça-feira de um “bloqueio total” de petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela.

Fonte: CNN

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