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Brasil

Bolivianos decidem em referendo nova reeleição de Evo Morales

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Votação terminou às 17h de Brasília; houve tumulto em algumas seções.
Se vencer, atual presidente poderá ficar no poder até 2025.

G1

O presidente da Bolívia, Evo Morales, vota em referendo que vai decidir se ele poderá concorrer a mais um mandato (Foto: Danilo Balderrama/Reuters)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, vota em referendo que vai decidir se ele poderá concorrer a mais um mandato (Foto: Danilo Balderrama/Reuters)

A Bolívia vivia neste domingo (21) um dia tranquilo de votação para decidir se o presidente Evo Morales pode se apresentar a uma nova reeleição, o que lhe permitiria permanecer no poder, que exerce desde 2006, até 2025.

Na reta final da votação, que deve terminar às 16h locais (17h de Brasília), algumas seções não funcionavam de maneira adequada, provocando o protesto de eleitores, como em Santa Cruz (leste do país), onde algumas pessoas queimaram urnas e cédulas vazias.

Apesar destes incidentes isolados, a missão eleitoral da Unasul declarou em um comunicado que a “votação ocorria em um clima de absoluta tranquilidade”.

Evo Morales votou na região de Chapare, no centro do país, e pediu “um recorde” de participação nas urnas. “Meu grande desejo é bater o recorde de 2009, no qual participaram 96% dos eleitores. Seria um dia histórico”, declarou.

Até a semana passada, os partidários da reforma constitucional para permitir que Morales se candidate a um quarto mandato consecutivo estavam empatados. Mas as acusações que o afetam diretamente começam a mudar o panorama e, segundo pesquisas recentes, os partidários do Não (47%) superam os do Sim (27%).

Povo boliviano faz fila para votar em referendo que irá decidir de atual presidente, Evo Morales, poderá se candidatar ao quarto mandato (Foto: Aizar Raldes / AFP )

Povo boliviano faz fila para votar em referendo que irá decidir de atual presidente, Evo Morales, poderá se candidatar ao quarto mandato (Foto: Aizar Raldes / AFP )

Os primeiros resultados serão anunciados a partir das 18h (19h de Brasília). Mais tarde, o tribunal eleitoral divulgará os primeiros resultados oficiais.

Em uma consulta em que o voto é obrigatório, cerca de 6,5 milhões de bolivianos devem decidir sobre a reforma da Constituição, que autorizaria Morales a concorrer a outro mandato de cinco anos, de 2020 até 2025.

O líder de esquerda, que iniciou seu primeiro governo em 2006 e que já foi reeleito duas vezes, detém o recorde de permanência no poder desde a independência do país, em 1825.

Contudo, Morales, o primeiro indígena aimara a chegar à Presidência, foi atingido pelo escândalo do suposto tráfico de influência em favor de sua ex-mulher, Gabriela Zapata, que aos 28 anos é uma alta executiva da empresa chinesa Camc, com contratos com o Estado no valor de 576 milhões de dólares. A Controladoria e o Congresso investigam o tema.

Quase duas semanas depois da denúncia, Morales reagiu em um discurso público: “Que tráfico de influências, tudo é uma montagem da embaixada dos Estados Unidos” para prejudicá-lo no referendo, declarou.

Morales também pode ser prejudicado pelas consequências de um ataque na quarta-feira passada contra a prefeitura de El Alto, em poder da oposição, que deixou seis mortos pela inalação da fumaça após os incêndios, provocados supostamente por membros do governista Movimento Ao Socialismo (MAS).

Cédula de votação no referendo na Bolívia. Pleito decidirá se atual presidente, Evo Morales, poderá se candidatar ao quarto mandato (Foto: Aizar Raldes / AFP)

Cédula de votação no referendo na Bolívia. Pleito decidirá se atual presidente, Evo Morales, poderá se candidatar ao quarto mandato (Foto: Aizar Raldes / AFP)

Onda de mudança
O chefe de Estado também poderia ser afetado pela onda de mudança experimentada pela região, com a aproximação entre Cuba e os Estados Unidos, os reveses sofridos por Maduro na Venezuela, Kirchner na Argentina ou pelo cansaço da população com o governo de Dilma Rousseff no Brasil.

Estes ventos começam a se sentir na Bolívia, onde a população está começando a se cansar da perpetuação do governo no poder.

“Evo Morales está ciente de que as derrotas de governos populistas de esquerda na Venezuela e na Argentina o colocam na alça de mira destas mudanças de percepção do público”, declarou esta semana à AFP o analista político Carlos Cordero.

Nos últimos anos, Morales deu poderes à população indígena, pôs fim a anos de exclusão dos agricultores pobres, ao mesmo tempo em que promoveu uma classe média que começa a lhe dar as costas, cansada de “populismo e demagogia”, acrescenta o analista.

Suas realizações econômicas e sociais parecem não ser mais suficientes para manter fiel um eleitorado que lhe permitiu vencer com muita folga as eleições precedentes.

No entanto, Morales parece estar otimista. “No domingo, vamos vencer amplamente (…), o povo vai decidir conscientemente e iremos comemorar”, previu.

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Apostador de Campinas leva prêmio de R$ 5,5 milhões da Mega-Sena

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Um apostador de Campinas (SP) acertou sozinho as seis dezenas do concurso 2.717 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (25), no Espaço da Sorte, em São Paulo. Ele vai receber o prêmio de R$ 5.581.371,93.  Segundo a Caixa, a aposta foi feita em canais eletrônicos. 

Os números sorteados foram: 06 – 22 – 34 – 36 – 44 – 50

A quina teve 31 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 52.426,96. Já a quadra registrou 1.883 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 1.233,01. 

O próximo sorteio da Mega-Sena será no sábado (27), com prêmio estimado em R$ 3 milhões. As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Fonte: EBC GERAL

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Mortes violentas têm queda de 31% no primeiro trimestre no Rio

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O estado do Rio de Janeiro fechou o primeiro trimestre do ano com queda no número de crimes contra a vida, com a letalidade violenta atingindo o menor percentual em 34 anos. O indicador, que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado, caiu 31% no primeiro trimestre e 25% no acumulado de março, em comparação com o mesmo período de 2023.

A tendência aparece também nos homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, que diminuíram 16% nos três primeiros meses de 2024, marcando o patamar mais baixo desde 1991, quando teve início a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Com o aumento do efetivo das equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no patrulhamento das estradas federais de acesso ao Rio e no Arco Metropolitano, os roubos de cargas alcançaram reduções históricas: 54% em março e 47% no trimestre, os índices mais baixos desde 1999.

As mortes por intervenção de agente do Estado caíram 53% de janeiro a março: foram 152 vítimas, 172 a menos do que no mesmo período do ano anterior. Na análise mensal, a queda foi ainda mais expressiva, 66%. Com esse percentual, o estado do Rio chega ao menor número desse indicador para meses de março nos últimos 12 anos.

“Os números apresentados pelo ISP são um importante indicativo da atuação das forças policiais no estado do Rio”, disse o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos. Ele ressaltou que os dados são monitorados e analisados constantemente e servem como balizadores do planejamento de segurança.

A produtividade policial das forças de segurança estaduais também está em alta. Em três meses, as secretarias de Polícia Civil e Militar recuperaram cerca de 4 mil veículos roubados ou furtados, 8% a mais do que no primeiro trimestre de 2023. Foram feitas 10.609 prisões em flagrante e cumpridos 3.547 mandados, com aumento trimestral de 13% e 21%, respectivamente. No mesmo período, 1.592 armas de fogo foram apreendidas no estado, cerca de 17 por dia. Dessas, 190 eram fuzis.

A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou que a cultura de uso dos dados tem papel fundamental no planejamento, avaliação e monitoramento de cada região do estado. Isso, sem dúvida, vem contribuindo para as reduções históricas nos roubos de cargas e na letalidade violenta, disse Marcela.

Indicadores

De acordo com o ISP, houve 766 homicídios dolosos no primeiro trimestre, dos quais 277 ocorreram em março. Na comparação com março de 2023, houve queda de 19% e, no acumulado do trimestre, de 16%. Foi o menor número de mortes para o mês desde 2022 e para o acumulado desde 1991.

De janeiro a março, foram registrados 587 casos de roubo de carga, dos quais 222, no mês passado. Em relação a março de 2023, houve queda de 54%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 47%. Este foi o menor número para o mês e o acumulado desde 1999.

No primeiro trimestre, houve 5.801 apreensões de drogas no estado, com aumento de 1% no mês passado e de 8% no acumulado.

As armas apreendidas no período somaram 1.592, com a retirada de 17 armas retiradas de circulação por dia. Foram apreendidos 190 fuzis no primeiro trimestre, o que representa deixaram de circular duas armas desse tipo por dia no estado.

Segundo o ISP, houve 10.609 prisões em flagrante no primeiro trimestre, sendo 3.754 no mês passado. Na comparação com 2023, o indicador aumentou 11% no mês e 13% no acumulado.

Fonte: EBC GERAL

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Mais de 24 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país

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O número de pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais. 

Os dados de 2023 são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já os números de 2022 foram colhidos pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). 

A pesquisa do IBGE foi realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDA), usando como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores. 

Recorde

De acordo com o ministro do MDA, Wellington Dias (foto), este é o segundo melhor resultado de toda a série da EBIA. “Sair de 15,5% da população em situação de fome para 4,1% em apenas um ano é recorde. Importante pontuar que, de 2019 a 2022, não deixaram o IBGE fazer o EBIA, mas o Brasil não ficou sem pesquisa. Os pesquisadores brasileiros, incluindo cientistas e técnicos de várias universidades e técnicos do próprio IBGE, foram a campo e fizeram pela Rede Penssan”, disse o ministro à Agência Brasil.  

Ele também lembrou que os dados apresentados são resultado do esforço do governo federal em retomar as políticas públicas de redução da fome e da pobreza. “No ano de 2023, tiramos dessa situação 24,4 milhões de pessoas que passaram a tomar café, almoçar e jantar todos os dias”, assinalou. 

Segundo o IBGE, em 2023 o país tinha 27,6% (ou 21,6 milhões) dos seus domicílios em situação de insegurança alimentar, sendo 18,2% (ou 14,3 milhões) com insegurança alimentar leve, 5,3% (ou 4,2 milhões) com insegurança alimentar moderada e 4,1% (ou 3,2 milhões) com insegurança alimentar grave. 

Para a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, os números indicam que – em um período curto – as políticas públicas de combate à fome e à pobreza foram muito efetivas. Ela lembra que o país passou por um período muito grande, a partir de 2016, de retrocesso de políticas públicas no setor. 

“A gente comemora, mas nós sabemos que ainda tem muito trabalho pela frente, e vamos continuar fazendo para conseguir vencer a situação de fome e também garantir alimentação como direito, garantir segurança alimentar e nutricional para a população brasileira”, diz a secretária, que é responsável pelo plano Brasil Sem Fome.

Fonte: EBC GERAL

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