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Bancada da Bíblia é conservadora nos costumes e conveniente na economia
Mas foi durante a Constituinte, com as eleições de 1986, que surgiu o nome de bancada evangélica
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Parlamentares evangélicos no Senado: bancada heterogênea no Congresso (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Com o retorno das atividades no Legislativo, um dos maiores desafios para o governo federal é a busca por uma aproximação do grupo de parlamentares conservadores da bancada evangélica. A avaliação é de pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, entre eles o escritor André Ítalo, que lançou no final do ano passado o livro ‘A Bancada da Bíblia: uma história de conversões políticas’ (editora Todavia, 301 páginas).
O pesquisador explica que a bancada evangélica, apesar de ter uma posição mais conservadora nas pautas dos costumes, historicamente mostrou-se pró-governo em outros temas, como os da economia. “Não importa se era governo de esquerda ou de direita, era um grupo próximo ao Executivo”.
Uma das causas, segundo avalia, seria a conveniência de manter os privilégios como isenção tributária para igrejas.
Ele recorda que, nos governos anteriores ao dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, havia a presença de pastores nos primeiros escalões. Houve também apoio dos evangélicos a Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
Mas ele considera que o governo de Jair Bolsonaro foi um “divisor de águas” nesse histórico governista dos evangélicos. “O Bolsonaro foi o primeiro presidente de direita que teve uma relação de afinidade ideológica com a bancada evangélica”. Mas com a volta de Lula ao poder, a bancada da Bíblia deixou de ser governista, avalia o pesquisador.
De acordo com André Ítalo, a bancada tem crescido de maneira mais lenta, diferente do que ocorreu no final dos anos 1990 e em 2010. “É natural porque o próprio crescimento da população evangélica também tem sido mais lento. Também é importante pontuar que a proporção dos evangélicos na Câmara [menos de 20%] é menor do que a de evangélicos na população [cerca de 30%]”, explica o pesquisador.
O pesquisador contabiliza que, hoje, na Câmara, existem em torno de 90 a 100 deputados evangélicos, de um total de 513. No Senado, há entre 10 a 15, de um total de 81.
Dores do crescimento
O professor Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB), pondera que a bancada evangélica não é homogênea. “Há na bancada diversos segmentos e também estratégias diferentes. A mais consolidada é a da Igreja Universal, que se consolidou num partido político, que é o Republicanos, e que hoje preside a Câmara”, observa.
O especialista entende que a estratégia do Partido Republicanos foi uma das mais sofisticadas, ao abrir para políticos não evangélicos, como é o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. “O partido fez essa abertura, e essa estratégia se demonstrou muito acertada”, disse. Só que, ao mesmo tempo, a bancada, na avaliação do professor, está enfrentando as “dores do crescimento”.
Barreto analisa que representantes desses partidos gostariam de ir mais para o centro do espectro político, mas estão pressionados por uma base evangélica que se tornou mais conservadora e mais de direita do que era. “A bancada se encontrou num espectro conservador de direita que acaba limitando as opções de escolha. A base foi deliberadamente politizada”, acredita.
Base
Uma das revelações do livro de André Ítalo foi a história do primeiro pastor eleito deputado federal no Brasil, com o apoio da igreja dele. “Foi um pastor daqui de São Paulo, chamado Levi Tavares [no mandato de 1967 – 1971]. Ele era de fora da política”.
Mas foi durante a Constituinte, com as eleições de 1986, que surgiu o nome de bancada evangélica. “Foi quando as igrejas evangélicas perceberam que precisavam participar da política porque havia um medo de que o catolicismo se envolveria de maneira muito forte na Constituinte e acabasse voltando a ser a religião oficial do país”, explica.
O pesquisador contextualiza que houve setores da Igreja Católica que faziam oposição à ditadura (1964 – 1985), e que eram aliados de grupos de esquerda. Para ele, essa vinculação contribuiu para que as igrejas evangélicas se colocassem mais à direita. “Quando a ditadura acabou, as igrejas evangélicas ficaram com esse receio. Por conta desse receio, os evangélicos se mobilizaram e elegeram vários deputados. Naquele primeiro momento foram 32 deputados”, avalia.
André Ítalo diferencia o que se considera “bancada da bíblia” e o que é a Frente Parlamentar Evangélica, que se trata de um grupo institucionalizado, com 219 deputados e 26 senadores, de diferentes partidos, inclusive considerados de centro e de esquerda. Há um número mínimo de assinaturas para criar a frente, 171 parlamentares.
“Os deputados evangélicos são cerca de 90. Eles sozinhos não conseguem criar a frente. Então eles precisam da ajuda de deputados não evangélicos”.
Segundo a pesquisa de Ítalo, a frente tem um grupo de assessores parlamentares que faz reunião a cada segunda-feira para fazer um mapeamento de quais são as pautas que vão ser discutidas nas principais comissões naquela semana na Câmara, que são mais sensíveis para os evangélicos. Nesta terça-feira (11), deputados evangélicos debatem a programação. Atualmente, o líder da frente é o deputado Silas Câmara (Republicanos – AM).
A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado líder da frente evangélica para comentar o trabalho da frente, mas não teve retorno.
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Secretaria Municipal de Educação de Mâncio Lima se reúne com gestores para alinhar início do ano letivo
A expectativa é que o ano letivo inicie de forma organizada e produtiva, proporcionando um ambiente escolar acolhedor, seguro e eficiente para alunos e professores
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O secretário destacou ainda a importância da participação da comunidade no processo educacional e reafirmou o compromisso da gestão municipal
A prefeitura de Mancio Lima, por meio da Secretaria Municipal de Educação, reuniu nesta sexta-feira (7) os gestores escolares para os ajustes finais antes do início do ano letivo de 2025. O encontro teve como objetivo alinhar diretrizes pedagógicas, verificar as condições de infraestrutura das escolas e definir estratégias para garantir um ensino de qualidade para os alunos da rede municipal.
Durante a reunião, foram abordados temas como calendário escolar, formação continuada dos professores, distribuição de fardamento e reforço no transporte escolar. O secretário destacou ainda a importância da participação da comunidade no processo educacional e reafirmou o compromisso da gestão municipal com a valorização dos profissionais da educação e a melhoria do ensino público.
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Durante a reunião, foram abordados temas como calendário escolar, formação continuada dos professores, distribuição de fardamento e reforço no transporte escolar
Os gestores escolares aproveitaram o momento para apresentar demandas específicas de suas unidades e sugerir estratégias para aprimorar o aprendizado dos estudantes. A expectativa é que o ano letivo inicie de forma organizada e produtiva, proporcionando um ambiente escolar acolhedor, seguro e eficiente para alunos e professores.
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O encontro teve como objetivo alinhar diretrizes pedagógicas, verificar as condições de infraestrutura das escolas e definir estratégias
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Sorteio de janeiro do Nota Premiada Acreana será realizado nesta quarta-feira
O Nota Premiada também premia entidades sociais indicadas pelos ganhadores e devidamente cadastradas no site notapremiadaacreana.ac.gov.br, além do rateio mensal.
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Imagem: divulgação/Sefaz
O governo do Acre, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), realiza nesta quarta-feira, 12, mais um sorteio do programa Nota Premiada Acreana, desta vez referente às notas emitidas no mês de janeiro.
Como de costume, será sorteado um total de 15 prêmios mensais, nos valores de R$ 5 mil, 10 mil e 20 mil, distribuído entre as cinco regionais do estado: Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá.
O sorteio será transmitido pelas redes sociais do governo do Estado e da Sefaz no Instagram.
Consolidando-se como o maior programa de educação fiscal do Acre, o Nota Premiada também premia entidades sociais indicadas pelos ganhadores e devidamente cadastradas no site notapremiadaacreana.ac.gov.br, além do rateio mensal.
Consulta de pontos, bilhetes e notas
O site do programa do governo do Estado Nota Premiada Acreana conta com a uma vasta opção de registros para consulta: Minhas Notas, Meus Prêmios, Alterar Dados, Minhas Mensagens, Meus Pontos e Excluir Usuário.
Ao efetuar o login com seu usuário (CPF) e senha, o cidadão tem acesso à consulta de sua pontuação, por exemplo. Basta clicar no ícone Meus Pontos ou no menu Pessoa Física e ter acesso a todos os bilhetes aptos a concorrerem no próximo sorteio.
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Imagem: divulgação/Sefaz
Cabe ressaltar que os pontos são atualizados após o processamento das notas fiscais e disponibilizados no dia 5 de cada mês, de modo que os pontos de fevereiro estarão disponíveis a partir de 5 de março, por exemplo.
Já para consultar as notas fiscais, basta clicar no ícone Minhas Notas ou no menu Pessoa Física. Importante destacar que nessa opção constam documentos fiscais emitidos nos últimos cinco anos e que não necessariamente estão registrados no programa.
Como participar
Para participar dos sorteios, basta se cadastrar uma única vez no site do Nota Premiada Acreana, escolher uma entidade social para apoiar e pedir a inclusão do CPF nas notas fiscais ao realizar suas compras.
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Imagem: divulgação/Sefaz
Os pontos e bilhetes para os sorteios mensais são gerados automaticamente, não sendo necessário cadastrar os documentos fiscais.
Mais informações, acesse notapremiadaacreana.ac.gov.br.
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Governo do Acre anuncia exonerações e novas nomeações de servidores públicos
A vice-governadora Mailza Assis (PP) foi questionada durante a manhã desta segunda-feira, 10, sobre o rompimento político do Palácio Rio Branco com o senador da república Alan Rick (UB)
O governo do Acre publicou no Diário Oficial desta segunda-feira (10) uma série de exonerações e nomeações de servidores públicos estaduais, conforme atos assinados pelo governador Gladson Cameli. As mudanças envolvem a saída de servidores de diversos setores e a designação de novos ocupantes para cargos comissionados.
Entre as exonerações, destaca-se a saída de Janderson Ferreira de Souza do cargo de Agente Socioeducativo do Instituto Socioeducativo do Estado do Acre (ISE), além das exonerações a pedido de Maria das Vitórias Gabriel Maciel e Priscilla Ferreira Pires, ambas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Também foi exonerada Silmara Silva de Paula, enfermeira na mesma pasta. Além disso, o professor Jercineide Estevam Ribeiro Lopes, que ocupava o cargo de Professor P2 na Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), foi demitido após processo administrativo disciplinar, que resultou na aplicação de penalidade.
Por outro lado, o governo anunciou nomeações para cargos estratégicos. O 1º tenente PM Edmundo Negreiros Júnior foi promovido a capitão e transferido para a reserva remunerada. Rarilton Cabral Lourenço foi designado para um cargo comissionado na SEE, e Denilo Costa das Chagas assumiu um cargo de chefia na Secretaria de Estado de Governo (Segov).
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“É normal essas decisões no governo, né?”, diz Mailza sobre exonerações de indicados de Alan. Foto: captada
A vice-governadora Mailza Assis (PP) foi questionada durante a manhã desta segunda-feira, 10, sobre o rompimento político do Palácio Rio Branco com o senador da república Alan Rick (UB), após uma série de exonerações de familiares e aliados indicados pelo parlamentar, na semana passada.
“É normal essas decisões no governo, né? Quem toma as decisões é o governador Gladson Cameli. Como ele já disse, ele tem o seu planejamento de governo e as decisões cabem a ele. Acho que não cabe a mim que dizer se sou ou não privilegiada”, pontua a vice.
Assis minimizou que a saída de Alan do governo lhe desse alguma vantagem e enfatizou que a possível canddiatura será debatida em 2026. “Olha, a candidatura a governo é em 2026. Agora a gente tá focada em trabalhar. São discussões internas, partidárias e todo o trabalho ou todas as decisões que forem tomadas nesse âmbito pode ou não contribuir para isso”, disse a vice-governadora, negando ter ouvido qualquer gravação que posse ter desencadeado o rompimento entre Gladson e Alan.
Veja vídeo:
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