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Avanços ucranianos podem abalar ofensiva russa e regime de Putin
Quase 6 mil km² de território já foram reconquistados
Os avanços da contraofensiva ucraniana nos últimos dias são claros, com a reconquista de quase 6 mil quilômetros quadrados (km²) de territórios no Sul e Leste do país. Os analistas consideram que é uma virada no conflito entre a Ucrânia e a Rússia, principalmente com as duras críticas de nacionalistas russos e apoiadores de Vladimir Putin à estratégia militar do Kremlin. Ainda assim não há sinais de que a guerra esteja perto de acabar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, anunciou, na segunda-feira (12) à noite, que desde que começou a contraofensiva este mês, o Exército ucraniano já reconquistou quase 6 mil km² de território controlado pelas forças russas.
“Desde o início de setembro, nossos militares já libertaram quase 6 mil km² de território ucraniano no Leste e no Sul, e ainda estamos avançando”, afirmou Zelensky em vídeo divulgado nas redes sociais.
Caso sejam consolidados, esses ganhos são os maiores da Ucrânia desde a retirada das forças russas dos arredores de Kiev, no fim de março. O principal foco, neste momento, da contraofensiva ucraniana é Kharkiv, onde pretendem assumir controle total da província. Nessa região, os ucranianos já avançaram 50 quilômetros no sentido da fronteira com a Rússia, e o Ministério britânico da Defesa admite mesmo uma ordem de retirada das tropas russas.
As tropas russas já teriam deixado para trás estoques de munição e outras armas durante a retirada de Kharkiv, como minas, granadas, mísseis e vários veículos de combate.Exército ucraniano anunciou, pela primeira vez, contraofensiva no Sul, antes de fazer um avanço relâmpago, na semana passada, na região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia, no Nordeste do país, forçando os soldados russos a recuar para outras posições. Além disso, as autoridades ucranianas têm relatado sucesso na região de Kherson, no Sul, ocupada pela Rússia, e na fronteira com a Crimeia anexada e nas regiões orientais sob controle de separatistas pró-russos desde 2014.
No mesmo comunicado em vídeo, Zelenskiy voltou a sugerir que a Rússia seja declarada “Estado terrorista” por praticar o terror radioativo, energético e da fome durante a guerra. O chefe de Estado ucraniano defendeu ainda que a Ucrânia precisa fortalecer a “cooperação com a comunidade internacional para vencer o terror russo”.
Para o presidente ucraniano, a Rússia promove “terror de radiação” na Central Nuclear de Zaporizhzhia, pela “presença de tropas na fábrica, as constantes provocações e o bombardeio do território que colocaram a Ucrânia e a Europa à beira de um desastre radioativo”.
Moscou nega essas acusações e, na segunda-feira (12), disse que o Exército ucraniano prepara “grande ofensiva” para tentar recuperar a central. De acordo com o porta-voz do governador pró-russo de Zaporizhzhia, Vladimir Rogov, o Exército ucraniano está transferindo elementos de artilharia, incluindo obuses (espécie de canhão) e múltiplos sistemas de lançamento, para a área. Rogov adiantou que a Ucrânia está em vias de preparar “grande ofensiva na região da central nuclea, segundo a agência de notícias russa TASS.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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