Esforços internacionais para a paz na região se intensificam
Novos confrontos ocorreram hoje (14) entre o Azerbaijão e a Armênia, enquanto esforços internacionais por paz se intensificaram um dia depois que as ex-repúblicas soviéticas testemunharam a maior violência desde 2020.
O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, disse ao Parlamento que o pequeno país sem litoral apelou à Organização do Tratado de Segurança Coletiva, liderada por Moscou, para ajudá-lo a restaurar a integridade territorial após os ataques do Azerbaijão.
“Se dissermos que o Azerbaijão atacou a Armênia, isso significa que eles conseguiram estabelecer o controle sobre alguns territórios”, disse Pashinyan, segundo a agência de notícias Tass.
A violência registrada nessa terça-feira (13) ao longo da fronteira da Armênia com o Azerbaijão, que Baku atribuiu a Yerevan, provocou apelo de paz do presidente russo, Vladimir Putin, e pedidos internacionais de contenção.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Armênia, Paruyr Hovhannisyan, disse à Reuters que existe o risco de que os confrontos se transformem em guerra, um segundo grande conflito armado na ex-União Soviética, no momento em que os militares russos estão focados na invasão da Ucrânia.
Um conflito total entre Armênia e Azerbaijão pode arrastar Rússia e Turquia e desestabilizar importante corredor para gasodutos que transportam petróleo e gás, assim como a guerra na Ucrânia interrompe o fornecimento de energia.
O Azerbaijão acusou a Armênia, que está em aliança militar com Moscou e abriga uma base militar russa, de disparar morteiros e artilharia contra suas unidades do Exército.
O Ministério da Defesa da Armênia, que negou bombardear as posições do Azerbaijão, disse que os combates desta quarta-feira diminuíram em grande parte ao meio-dia (no horário local).
O aumento da violência provocou preocupação internacional, com Rússia, Estados Unidos, França e União Europeia intensificando esforços diplomáticos.
A Armênia e o Azerbaijão lutam há décadas por Nagorno-Karabakh, um enclave montanhoso reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas que até 2020 era totalmente povoado e controlado por armênios étnicos, com o apoio de Yerevan.
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