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Autoridades da Bolívia apreendem 582Kg de cocaína em propriedade de ex-cônsul do governo de Evo

A investigação preliminar não exclui que Ribera seja o proprietário da mercadoria ilegal.

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A droga foi apresentada publicamente em Guayaramerín. Foto: Sara Aliaga / Page Siete

A força antidrogas da Bolívia descobriu 582 quilos de cocaína de alta pureza em um caminhão que ficava dentro da fazenda La Elenita, localizada no km 23 da rota Guayaramerín-Riberalta, propriedade de Haisen Ribera Leigue, ex-cônsul da Bolívia no Brasil do governo de Evo Morales.

A descoberta da droga foi na segunda-feira (16). No dia, o promotor do departamento de Beni, Yasmani Cortez, informou que os membros da Unidade Móvel de Patrulhamento Rural (Umopar), encontraram o caminhão Chevrolet branco sem placa.

O caminhão que transportava as caixas que continham a droga. Foto: Página SeteSiete / La Paz Page

A autoridade comentou que ninguém foi preso na operação, mas que estava sendo investigado a quem o caminhão pertencia e também a permanência no local.

Já nesta terça-feira, dia 17, o mesmo Ribera chegou em Guayaramerín para dar sua declaração às autoridades, durante coletiva com a imprensa ele teria entrado em contradições. Primeiro observou que a droga foi encontrada em um lugar fora de sua propriedade, em seguida, disse que encontrou as malas abertas e que o lugar não era mais ele.

“Quero esclarecer para a população que tenho estado em Trinidad há mais de três meses e que não tenho vínculos, não tenho conhecimento desse fato que surgiu nas proximidades da minha propriedade, não é de minha propriedade”, disse Ribera.

De acordo com um relatório da polícia, o caminhão estava dentro do rancho La Elenita, continha 15 malas de diferentes formas e cores. “Dentro havia 549 embalagens forradas com chumbo, preto e vermelho”, que foram submetidas a um teste de campo e deram um resultado positivo (+) para o cloridrato de cocaína.

Ao descobrir essa quantidade de cocaína naquela propriedade e de acordo com as primeiras investigações, presume-se que a permanência seja o centro de coleta da droga que chega do Peru ao Brasil. “Também serviu de refúgio para traficantes de drogas que chegaram fortemente armados”, diz o relatório policial.

A droga apreendida foi apresentada à imprensa em Guayaramerín.

A força antidrogas mostra a cocaína apreendida no caminhão. Foto: APG

Ribera e suas ligações com o MAS

Haisen Ribera Leigue foi nomeada cônsul da Bolívia no Brasil pelo Movimento ao Socialismo (MAS) e assumiu essas funções entre 2014 e 2016, de acordo com relatos da imprensa.

Ele também atuou como Governador do Departamento de Beni para o MNR com o apoio do MAS durante os anos de 2011, 2012 e 2013, cargo que assumiu depois de Ernesto Suárez.

Em 2012, o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), formalizou a expulsão de Ribera, quando ainda era governador em exercício, cargo que havia assumido após um acordo com o MAS, para suspender Ernesto Suárez.

Participou da campanha para as eleições departamentais de 2013 e apoiou o MAS com sua candidata pró-governo Jessica Jordan. No entanto, ele entregou o comando para Carmelo Lenz em março daquele ano.

Ernesto Suárez denunciou a descoberta da droga na segunda-feira e questionou o ministro do governo, Carlos Romero, porque não foi relatado a quem pertencia a propriedade. Além disso, o deputado da oposição Tomás Monasterio denunciou que as autoridades cobrem essa descoberta por razões políticas.

Nesta terça, as autoridades chegaram ao local do descobrimento e publicamente mostraram os pacotes de medicamentos distribuídos em grupos de cores de acordo com a pasta em que foram encontrados. Tanto carga quanto o caminhão serão submetidos a relatórios de especialistas em unidades antidrogas.

A investigação preliminar não exclui que Ribera seja o proprietário da mercadoria ilegal.

Em sua defesa, o referido disse: “Isso vai determinar as investigações, não posso atrapalhar ou dar nomes que eu não conheço. Vim apresentar-me para colaborar com as investigações caso fosse necessário “, assegurou.

O ministro do Governo, Carlos Romero, negou nesta quarta-feira (18) que o ex-cônsul da Bolívia no Brasil, Haisen Ribera, tenha algo a ver com a apreensão de 582 quilos de cocaína de alta pureza em um caminhão na rota entre Guayaramerín e Riberalta, no departamento de Beni.

Fonte: Eju!

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Igarapés transbordam após mais de 10 horas de chuva e deixam comunidades isoladas no interior do Acre

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Registro mostra ramal impossível de trafegar devido o transbordamento à’pós muitas horas de chuva.

Cheias interditam ramais em Sena Madureira e Brasiléia; Defesa Civil monitora elevação do Rio Acre e mantém equipes em prontidão

Após mais de nove horas de chuvas intensas que atingiram praticamente todo o Acre, além de áreas da Bolívia e do Peru, igarapés transbordaram em diversas regiões do estado e causaram transtornos a comunidades rurais, deixando ramais intransitáveis e famílias isoladas.

Em Sena Madureira, o igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município, transbordou na tarde desta sexta-feira (26) e interrompeu completamente o tráfego no ramal do quilômetro 40. A ponte que garante o acesso à comunidade ficou submersa, impossibilitando a passagem de veículos, motocicletas, pedestres e até animais.

Vídeos enviados por moradores à reportagem mostram a força da correnteza no local. Segundo relatos, a única forma de atravessar seria por meio de embarcação, mas o risco é considerado alto devido à intensidade da água. “A correnteza está muito forte e a ponte sumiu debaixo d’água. É perigoso tentar passar”, afirmou um morador.

Igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município de Sena Madureira

Com a via interditada, diversas famílias ficaram ilhadas e sem acesso à BR-364, principal ligação com a área urbana do município.

Situação semelhante foi registrada em Brasiléia, no ramal do Jarinal, com acesso pelo km 5 da BR-317. O igarapé da região transbordou e deixou o trecho praticamente intransponível. Em um dos vídeos, moradores tentam atravessar com uma motocicleta que acaba tendo o motor invadido pela água. Em outra gravação, um colono montado a cavalo desiste de atravessar para não colocar a própria vida e a do animal em risco.

As chuvas intensas também vêm provocando impactos no campo, com ramais intrafegáveis, comunidades isoladas e prejuízos à produção rural. O excesso de água dificulta o acesso às propriedades, impede o escoamento da produção e pode afetar o abastecimento e os preços de alimentos na capital.

Monitoramento dos rios

Dados da Defesa Civil Municipal apontam que o volume de chuva registrado em Rio Branco nas últimas 24 horas foi de 44,40 milímetros, contribuindo para a elevação do nível do Rio Acre. Monitoramento da plataforma “De Olho no Rio”, da Prefeitura, indicou que o manancial atingiu 10,19 metros por volta das 10h45 desta sexta-feira, acompanhando o grande volume de chuvas acumuladas ao longo de dezembro, que já ultrapassou a média prevista para todo o mês.

O Sistema de Hidro-Telemetria da Rede Hidrometeorológica Nacional informou que, até as 18h (horário do Acre), o nível do Rio Acre manteve-se relativamente estável em alguns pontos, apesar das chuvas mais intensas terem ocorrido principalmente nas zonas rurais.

No posto da Aldeia dos Patos, acima do município de Assis Brasil, o nível registrado às 18h foi de 3,57 metros — três centímetros abaixo da marca registrada quatro horas antes, que era de 3,60 metros.

Já em Rio Branco, no mesmo horário, o Rio Acre ultrapassava os 12 metros, com elevação rápida em poucas horas, impulsionada pelo grande volume de água trazido pelos afluentes que deságuam na região.

A Defesa Civil permanece em estado de alerta, com equipes em prontidão, monitorando famílias em áreas de risco e prestando apoio às comunidades atingidas.

Novas informações poderão ser divulgadas a qualquer momento.

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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC

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Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).

Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.

Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.

O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.

Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.

A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.

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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

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Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato

A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal

Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.

Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.

No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.

Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.

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