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Artigo: O maior medo dos veículos de comunicação tradicionais

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Por Freud Antunes*

Os grandes conglomerados de comunicação brasileiros surtaram depois que mais uma grande empresa dona de redes sociais anunciou a readequação e limitação do uso dos serviços das agências de checagem de informações. O único motivo para todo o chilique e ataques é o medo da opinião das pessoas.

Os veículos de comunicação têm perdido público e nós, jornalistas, perdemos o monopólio da informação e a cadeira cativa da geração de influência. Mais de 50% da audiência saiu da frente da televisão nas últimas décadas e voltou os olhos para as redes sociais.

Esse movimento tem por base uma série de pequenos fatos que foram corroendo a qualidade das notícias, que não são mais narradas, porque o repórter passou a ser parte da história, em alguns casos chegando a se transformar em personagem principal.

Esse efeito levou a comunicação a personagens ideais e perfeitos, com ações e pensamentos “exemplares” que não correspondem à própria identidade do povão. Com isso, é possível explicar inclusive a migração de parte dessa audiência para outros canais que ofereciam uma identidade aproximada ao que representa o verdadeiro espelho para aquele que assiste aos fatos noticiados pela telinha.

A migração e a substituição de um veículo de comunicação por outro, mais tecnológico e interativo, proporcionou o verdadeiro direito de opinião. Desde o advento dos primeiros blogs e redes sociais, as pessoas passaram a falar sobre os próprios sentimentos para um público cada vez maior, reunindo pessoas em grupos segmentados, mudando o comportamento que antes era apenas ficar sentado, de forma passiva, na frente da TV, deixando as opiniões restritas entre as rodas de amigos e parentes.

Opinar virou um verbo que fez o veículo de comunicação tradicional mudar o próprio editorial, dando mais espaço para aqueles que querem exercer a profissão de jornalista, profissão tão desvalorizada por meio de uma guerra que desmerece a necessidade de treinamento, formação e especialização. Agora, os debates televisionados não levam mais o contraditório, mas apenas sujeitos que possuem a mesma linha de pensamento, gerando um verdadeiro esculacho contra aqueles que divergem da editoria da redação.

Essa postura de desqualificar a opinião divergente retroalimenta a desconfiança da população sobre tudo aquilo que é transmitido. Por isso, o campo de batalha sempre volta a ser a rede social. Assim, para tentar calar o povão, é mais fácil defender a “regulamentação” das plataformas, uma hipocrisia, porque os próprios veículos de comunicação funcionam por meio de um sistema de autorregulamentação.

Se a regulamentação governamental contra os grandes veículos de comunicação pode ser encarada como risco de censura, as redes sociais não merecem o mesmo triste fim. Não devemos ter um órgão dizendo qual post deve ser apagado e qual merece publicação em nossos perfis. A opinião não deve ser criminalizada.

*Freud Antunes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo, Historiador, Pós-Graduado em Assessoria de Imprensa e Marketing Político, atuando como repórter no Acre, chegando a colaborar para a Folha de São Paulo e para a agência Amazônia Real.

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PRF prende homem com 6 mil maços de cigarro contrabandeados após perseguição na BR-317, em Rio Branco

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Suspeito tentou fugir a pé, invadiu casas e comércios, mas foi detido após cerco; carga veio da fronteira com a Bolívia

Na vistoria do veículo, foram encontradas caixas contendo cigarros contrabandeados, totalizando seis mil maços. O automóvel e o material apreendido foram recolhidos. Foto: captada 

Um homem foi preso na última terça-feira (16) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após ser flagrado transportando 6 mil maços de cigarros de origem estrangeira na BR-317, em Rio Branco. A carga, vinda da fronteira com a Bolívia, foi descoberta durante ação de fiscalização que resultou em perseguição e fuga do condutor.

Ao avistar a viatura, o motorista desobedeceu à ordem de parada e fugiu em alta velocidade, parando cerca de 1 km depois para tentar escapar a pé. Ele invadiu estabelecimentos comerciais e residências, mas foi localizado e contido após cerco das equipes. O veículo e os cigarros foram apreendidos.

O detido e os produtos foram encaminhados à Polícia Federal em Rio Branco, onde foram adotados os procedimentos legais. Além do crime de contrabando, também foi registrada a violação de domicílio, em razão da invasão de imóveis durante a fuga. A PRF divulgou o caso nesta quinta-feira (18).

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Frentista reage a assalto, é baleado de raspão na cabeça e sobrevive em posto de combustíveis de Rio Branco

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Crime ocorreu no bairro Joafra; vítima foi socorrida pelo SAMU e estado de saúde é estável

O frentista Francisco Alcimar Lima de Oliveira, de 36 anos, ficou ferido após reagir a uma tentativa de assalto na noite desta quarta-feira (17), em um posto de combustíveis localizado na rua Lua, no bairro Joafra, em Rio Branco.

De acordo com informações apuradas no local, por volta das 21h30, um casal chegou ao Auto Posto Joafra em uma motocicleta e parou ao lado de uma das bombas, simulando ser cliente. Logo em seguida, o condutor anunciou o assalto. Durante a ação criminosa, o frentista reagiu e entrou em luta corporal com os suspeitos, vindo a cair sobre a motocicleta usada na fuga.

No meio da confusão, um disparo de arma de fogo foi efetuado e atingiu Francisco de raspão na cabeça. Após o tiro, os criminosos fugiram do local sem levar dinheiro ou qualquer objeto, tomando rumo desconhecido.

Mesmo ferido, o frentista conseguiu caminhar até a loja de conveniência do posto, onde pediu ajuda. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e enviou uma ambulância de suporte avançado. A vítima recebeu os primeiros socorros no local e foi encaminhada ao Pronto-Socorro de Rio Branco.

Segundo a equipe médica, Francisco deu entrada na unidade hospitalar com estado de saúde estável. Policiais Militares do 1º Batalhão estiveram no local, colheram informações sobre os suspeitos e realizaram buscas na região, mas ninguém foi preso.

A ocorrência foi registrada e o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Justiça autoriza retorno de envolvido em rebelião ao presídio do Acre

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A Justiça Federal autorizou o retorno do detento Cleidivar Alves de Oliveira ao sistema prisional do Acre, após reavaliar o prazo inicialmente fixado para sua permanência no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Segundo a reportagem da TV 5, a transferência foi realizada de forma sigilosa e com esquema de segurança reforçado, em aeronave da Polícia Federal, sob escolta de agentes penitenciários federais. Por determinação judicial, Cleidivar foi encaminhado novamente ao presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, localizado na capital do estado.

Cleidivar Alves de Oliveira estava entre os 14 detentos transferidos para presídios federais em 27 de setembro de 2023, após a rebelião registrada em junho do mesmo ano no presídio de segurança máxima do Acre. O motim durou cerca de 15 horas e resultou na morte de cinco internos, sendo dois deles decapitados.

Segundo as investigações policiais, o grupo transferido foi apontado como responsável pela rebelião. Conforme a denúncia, Cleidivar, apontado como líder da facção, teve participação ativa na organização e execução do motim. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Acre por cinco homicídios, além do envolvimento direto na rebelião.

Com o retorno de Cleidivar ao sistema prisional acreano, a expectativa das autoridades é que outros detentos também sejam reconduzidos ao estado. A exceção são Rogério Mendonça e Davidson Nascimento, que fugiram do presídio federal de Mossoró em fevereiro do ano passado e só foram recapturados após cerca de 50 dias de buscas intensas.

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