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Acre

Artigo: Ex-presidente Lula no Acre e a tentativa de reinventar o PT

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Ex-presidente Lula - Divulgação

Ex-presidente Lula – Divulgação

Gina Mezenes

Lula virá ao Acre. Ainda não se sabe bem fazer o quê, mas já se imagina como será: empolgação total dos petistas tentando reviver uma espécie de aurora saudosista e lutando lunaticamente para reinventar a fotografia dos tempos de glória. Tempo em que o PT pairava acima do bem e do mal, nas terras de Galvêz.

É  a primeira vez que o ex-presidente vem ao Acre desde que deixou o cargo. Ele virá com a esfarrapada desculpa de inaugurar um laboratório de alevinagem em um complexo de psicultura, daqueles projetos que são lindos no papel, mas com pouco valor real.

A vinda dele é tão inexplicável quanto a ojeriza que a atual presidente tem para com este Estado. Ela manda chefe de gabinete, ministro, e-mail, carta e até sinal de fumaça, mas recusa-se a mostrar a cara para os acreanos.

Pisar em solo acreano não é para Dilma. A vinda de Lula, ao invés da Dilma, é como se no jogo da Seleção mandassem o Pelé para comentar, e não o Neymar para fazer gol. Lindo para a foto, mas de pouca utilidade, na prática.

Sabemos que a vinda sem sentido e importância do ex-presidente não contrabalanceará o desprezo que a atual presidente tem para com os acreanos, mas servirá para ilustrar as fotos, massagear o ego dos petistas nortistas, abandonados nos confins da Amazônia, a fim de que revivam o sonho da hegemonia partidária e, quem sabe, até para dar uma dançadinha ao som do vermelho que tanto já empolgou os petistas em seus sonhos de quimera.

Lula é antigo amigo dos ‘capas pretas’ do PT no Acre e não é a primeira vez que vem ao Estado, mas é a primeira vez que ele aterrizará em solo acreano com a difícil missão de ressuscitar a paixão petista no coraçãozinho do povo acreano.

A vinda sem sentido do ex-presidente, que nem de longe se parece com o barbudo, forte e convicto líder sindical que aportou no Acre na década de 80, representa o atual momento do PT: de vazio e busca por significados ocultos em líderes carismáticos. Lula e o PT do Acre não são mais os mesmos.

O Lula de hoje é um homem mais sofisticado. Com sua barba aparada e seus ternos Armani, o Lula atual é bem mais dado a concessões nunca antes imaginadas, e disposto a tudo para governar a seu modo. O longo processo do Mensalão diz muito sobre as mudanças implícitas no velho metalúrgico.

Mesmo não sendo citado como réu na Ação Penal 470, as nove digitais do ex-presidente impregnaram todo o processo. O PT do Acre também não é mais o mesmo.

Ao chegar ao governo, o Partido dos Trabalhadores provou ser mais elitista do que todas as elites juntas. Os meninos do PT envelheceram, trocaram o Fusca do Nílson Mourão por inúmeros Corolas, que pagam com suas ricas nomeações, e esqueceram de vez o que quer dizer alternância de poder.

A inevitável crise de identidade chegou para o PT do Acre. Eles mudaram muito, mas ainda tentam usar velhas fórmulas para seduzir o povo acreano com figurinhas repetidas como o Lula. Vamos ver no que vai dar. Até sei no que vai dar o laboratório de alevinagem, mas preciso descobrir no que vai dar essa foto de amanhã e aonde ela irá parar.

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Acre

Acre receberá R$ 35 mil para compra de testes rápidos de gravidez

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Saúde autorizou nesta terça-feira, 22, o repasse de R$ 35.024,00 ao estado do Acre para a compra de testes rápidos de gravidez, recurso destinado diretamente aos 22 municípios acreanos. O valor será transferido em parcela única e corresponde ao custeio integral estimado para o abastecimento das unidades de saúde no ano de 2024.

O maior repasse foi destinado à capital Rio Branco, que receberá R$ 12.460,00, correspondente a 6.230 testes rápidos. Em seguida aparecem Cruzeiro do Sul (R$ 3.730,00) e Tarauacá (R$ 2.734,00). Cidades como Feijó (R$ 2.052,00) e Sena Madureira (R$ 1.894,00) também estão entre as mais beneficiadas.

Já municípios pequenos, como Santa Rosa do Purus, terão acesso a um valor mínimo de R$ 486,00, suficiente para a compra de 243 testes rápidos. Segundo o Ministério da Saúde, a metodologia de cálculo considerou o número de nascimentos registrados em 2023 acrescido de 10% para reserva técnica, além de um valor mínimo de R$ 200,00 por município.

O texto da Portaria GM/MS Nº 7.628 destaca que, nas localidades com presença de mulheres indígenas atendidas pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS), os testes deverão ser repassados aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), garantindo o abastecimento proporcional à população atendida.

O recurso financeiro será liberado pelo Fundo Nacional de Saúde diretamente aos fundos municipais. A prestação de contas deverá ser realizada por meio do Relatório Anual de Gestão (RAG) e aprovada pelos Conselhos Municipais de Saúde.

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Novo PAC Saúde destina quase R$ 17 milhões para fortalecer o SUS no Acre

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Marcello Casal/Agência Brasil

O estado do Acre vai receber um investimento de R$ 16,9 milhões do governo federal para fortalecer a rede pública de saúde. Os recursos, anunciados pelo presidente Lula e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fazem parte do Novo PAC Seleções 2 e visam ampliar a capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios acreanos.

Com o valor, o estado será contemplado com 90 novas obras, veículos e equipamentos. Dentre os destaques estão a construção de duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a entrega de 39 combos de equipamentos que irão estruturar unidades já existentes. Também serão instalados 39 kits para teleconsulta, possibilitando o atendimento remoto por médicos especialistas e reduzindo o deslocamento da população, principalmente das áreas mais isoladas.

O investimento inclui ainda 8 unidades odontológicas móveis, que levarão atendimento bucal para regiões de difícil acesso, e um novo veículo para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), destinado à renovação da frota no estado.

A expansão da rede de atenção primária é uma das principais apostas do Ministério da Saúde para reduzir filas por consultas, exames e cirurgias. O objetivo é qualificar os atendimentos nas UBSs e, com isso, aliviar a pressão sobre hospitais e unidades de média e alta complexidade.

Além das novas obras e equipamentos, as UBSs acreanas também serão modernizadas com kits para teleconsultas assistidas, câmaras frias exclusivas para vacinas, ultrassons portáteis, retinógrafos e espirômetros digitais, ampliando o leque de atendimentos e diagnósticos ofertados no interior do estado.

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Acre

Acre fica fora da expansão da soja na Amazônia, apesar de ser o principal produto de exportação do estado

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Dados da SpectraX mostram crescimento de 20,7% na área plantada na região, puxado por MT, PA e RO; no Acre, apenas Capixaba se destaca na produção, mesmo com soja liderando vendas externas

O município de Capixaba, no interior do Acre, tem uma das maiores produções da leguminosa no estado. Foto: captada

Enquanto a soja avança a passos largos na Amazônia Legal, com aumento de 20,7% na área plantada para a safra 2024/2025, o Acre permanece à margem desse movimento. Dados da empresa de inteligência territorial SpectraX revelam que estados como Mato Grosso, Pará e Rondônia lideram a expansão do grão, convertendo pastagens degradadas em lavouras. Já Acre, Amazonas e Amapá não registraram crescimento significativo.

Cenário Acreano

Apesar de não acompanhar a expansão regional, a soja foi o carro-chefe das exportações do Acre em 2024, com US$ 21 milhões em vendas externas, segundo a ApexBrasil. O município de Capixaba concentra a maior produção estadual, mas em escala muito menor que os vizinhos da Amazônia.

Desafios Climáticos

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, alertou no início do ano para os riscos que as mudanças climáticas representam ao grão no Acre:

“Tudo depende de chuva, de seca. Precisamos de políticas de prevenção para proteger a agropecuária acreana”, destacou.

O temor é que a falta de investimentos em infraestrutura e adaptação climática mantenha o estado fora do circuito de expansão da sojicultura.

Apesar de o Acre ter ficado de fora expansão da soja na Amazônia, o produto foi o mais exportado em 2024, de acordo com dados divulgados pela (ApexBrasil). Foto: art

Contraste Regional
  • Crescimento na Amazônia Legal: +20,7% (MT, PA e RO como líderes)

  • Acre: Estagnação nas áreas plantadas

  • Paradoxo: Maior produto de exportação (US$ 21 mi), mas sem expansão territorial

Especialistas apontam que a falta de logística adequada e políticas de incentivo específicas mantêm o Acre dependente de nichos de produção, enquanto a soja transforma o agronegócio em outros estados da região amazônica.

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