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Após recurso, ex-miss volta a ter matrícula rejeitada pela Ufac para medicina em vaga de deficiente
Universidade entendeu que ela não comprovou existência de deficiência e voltou a indeferir inscrição. Defesa de Hyalina Lins Farias preferiu não se pronunciar a respeito.

Hyalina Farias ganhou o concurso para miss do Acre em 2018 — Foto: Reprodução/Instagram
Por Iryá Rodrigues, G1 AC
Após entrar com recurso, a ex-miss Acre Hyalina Lins Farias, de 21 anos, voltou a ter a matrícula indeferida pela Universidade Federal do Acre (Ufac) após ser convocada na lista da 2ª chamada do Sisu para o curso de medicina em vaga para deficiente e gerar muita polêmica.
O resultado das interposições de recursos contra as matrículas indeferidas foi divulgada na terça-feira (3) pela universidade, a reportagem entrou em contato com a advogada da ex-miss, Samarah Motta, que preferiu não se pronunciar a respeito.
Hyalina foi convocada para o curso de medicina na modalidade de candidatos com deficiência e com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
Porém, a comissão que avaliou a documentação dos estudantes convocados entendeu que ela não comprovou a existência de deficiência elegível para a política de ação afirmativa.
Decisão ‘absurda e inconstitucional’
Em reportagem publicada no último dia 20 de fevereiro, a defesa da estudante disse que considera o indeferimento da matrícula como “absurda e inconstitucional”.
Em nota, a defesa da ex-miss disse ainda que Hyalina sofre com deficiência visual desde criança e que, desde então, é acompanhada com oftalmologista.
“A modelo sempre buscou corrigir sua visão por meio de óculos e lentes. Contudo, o tratamento não é suficiente para reparar sua deficiência, impossibilitando-a de estar em grau de igualdade com pessoas que possuem visão regular”, alegou.
A advogada disse ainda que a repercussão da convocação acabou atrapalhando a matrícula da modelo e aponta ainda falhas no processo de perícia da Ufac.
“Mesmo com todos os documentos em mãos que comprovam sua deficiência, a modelo foi impedida de se matricular no curso de medicina, sendo que a UFAC sequer realizou perícia com médico oftalmologista para contestar a doença da candidata”, explicou.
‘Cultura misógina’
A nota da defesa de Hyalina diz ainda que, desde a repercussão do caso, ela vem sendo atacada nas redes sociais. “Como se uma pessoa bonita não pudesse ter alguma deformidade ou limitação física e ou sensorial”, pontua na nota.
A advogada destaca ainda que vai recorrer na Justiça para que o direito da ex-miss seja assegurado. Além disso, deve processar quem denegriu a imagem dela nas redes sociais.
“A atitude da Ufac, além de ilegal e discriminatória, reflete uma cultura misógina que inferioriza as mulheres, coisificando o feminino e criando verdadeira política de exclusão social baseada em fake news”, finalizou a nota.
Comissão avaliadora
A Ufac rebateu as alegações da defesa da ex-miss, alegando que todos os candidatos que concorrem a vagas reservadas às pessoas com deficiência (PcD) são submetidos à Comissão Permanente de Validação (CPV), que é composta por uma equipe multiprofissional, formada por especialistas e médicos peritos, pertencentes ao quadro permanente da universidade.
“A CPV/PcD analisa todos os candidatos de maneira biopsicossocial. Ou seja, além de analisar os laudos médicos, os membros da comissão realizam entrevistas para comprovar se o candidato apresenta alguma condição que o caracteriza como pessoa com deficiência”, alegou na nota.
Polêmica
Desde que Hyalina, que foi miss Acre em 2018, foi convocada pela universidade na 2ª chamada do Sisu, o caso gerou polêmica nas redes sociais e alguns internautas chegaram a alegar que a jovem não tinha deficiência e possuía uma vida de luxo.
“O problema é que ela não cumpre os requisitos ué [sic], tirou a vaga de uma pessoa que cumpre. Ela não tem baixa renda e nem é deficiente”, disse um internauta.
“Ela falou, falou nos stories, e não disse a deficiência. Entrar com esse tipo de cota, mentindo, é muita falta de caráter”, diz outro comentário.

Comentários em redes sociais acusam ex-miss de não ter deficiência — Foto: Reprodução/Instagram
Em entrevista no dia 12 de fevereiro, Hyalina explicou que sofre de baixa visão desde a infância e atualmente tem 20 graus de miopia. Mesmo usando lente de contato, ela diz que não consegue enxergar perfeitamente com nenhum tipo de lente corretiva.
“Minha visão não é perfeita. Queria que fosse, mas não é, e não é algo que exponho na minha rede social. Em relação à renda, minha família tem baixa renda. Fui uma pessoa que sempre morou em periferia, sempre peguei ônibus para estudar. Estudei em creche pública, ensino fundamental e médio em escola pública. Tenho como comprovar”, frisou na época da polêmica.
A jovem já é estudante do curso de enfermagem da Ufac. Ela revelou que deve largar o curso para estudar medicina.
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CNU: governo atualiza listas finais do “Enem dos Concursos”. Confira

Luh Fiuza/Metrópoles
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou, nesta terça-feira (4/3), que as listas finais dos aprovados no Concurso Nacional Público Unificado (CNU) estão disponíveis após nova verificação.
Para acessar as novas classificações, basta acessar e fazer login com a conta Gov.br. A homologação do CNU segue prevista para esta sexta-feira (7/3).
Divulgação dos resultados finais
• As informações serão divulgadas na “Área do Candidato“, no site oficial do CNU.
• O candidato poderá consultar os resultados finais individuais para cada um dos cargos em que se inscreveu.
• Estarão disponíveis as notas nas provas objetiva e discursiva e na avaliação de títulos, além do resultado de bancas (para candidatos com deficiência, negros e indígenas).
• O candidato terá acesso à nota final ponderada em cada cargo e à classificação em cada cargo: ampla concorrência e nas cotas.
• Na sequência, vai aparecer a sua situação no cargo: aprovado em vagas imediatas; aprovado em lista de espera/cadastro reserva; convocado para curso de formação (para 9 cargos dos Blocos 1 a 7); e eliminado (segundo os respectivos itens do edital).
No entanto, após a liberação das listas, algumas inconsistências na colocação final do Concurso Unificado foram levantadas, e uma verificação precisou ser feita junto com a banca organizadora do certame, a Fundação Cesgranrio.
Segundo o MGI, a verificação ocorreu durante o fim de semana e indicou que, “ao processar a lista final de resultados, o sistema considerou desistências para os cursos de formação sem as novas convocações para as mesmas vagas”.
“Esse procedimento fez com que diferentes listas de convocação para matrícula tenham sido divulgadas de forma incompleta”, diz trecho do comunicado. O MGI ressaltou que a situação foi resolvida e os novos resultados estão disponíveis.
A nota prossegue: “O MGI reafirma que nenhum resultado será homologado sem a garantia de total observância do que consta nos editais que regem o CNU. A homologação continua programada para 7 de fevereiro, próxima sexta-feira”.
Por: Metrópoles
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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara
O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.
A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.
“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.
O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.
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