Cotidiano
Após filho doar parte do fígado para mãe, mulher comemora data no AC: ‘me deu a vida de volta’
Maria Derbenir passou pelo transplante no ano passado para tratar câncer no fígado. ‘Eu devolvi só um pouco do que ela já me deu’, conta o filho.

Após filho doar parte do fígado para mãe, mulher comemora data no AC: ‘me deu a vida de volta’ — Foto: Arquivo pessoal
Por Mazinho Rogério
A aposentada Maria Derbenir da Silva, de 62 anos, há mais de ano comemora uma nova oportunidade de vida. Ela teve hepatite aos 17 anos e não conseguiu se livrar da doença, que evoluiu para um câncer que comprometeu o fígado.
Depois de dois anos na fila do transplante, a aposentada que é mãe de oito filhos recebeu de um deles a oportunidade de aumentar os seus anos de vida.
Aos 17 anos, Derbenir teve o primeiro diagnóstico de hepatite do tipo A e anos depois foi confirmado o vírus do tipo B.
Em 2012, os médicos descobriram que houve uma evolução para hepatite delta. Depois de muito tratamento, a doença causou nódulos no fígado da aposentada, o que causou câncer.
Os longos anos lutando pela recuperação foram de muito sofrimento não apenas para a paciente, mas também para todos os familiares que a cada dia ficavam mais preocupados com o agravo da doença.
Esperança
Em 2017, ela entrou na fila do transplante e ainda foi duas vezes a São Paulo para tentar receber um fígado, mas os médicos avaliaram que o caso dela era tão grave que não seria mais possível implantar o órgão de um doador morto.
Para salvar a vida da aposentada, a única solução seria então, encontrar um doador compatível com vida. Uma nova corrida contra o tempo começou.
“Depois dos exames em São Paulo, os médicos disseram que não tinha mais como esperar o órgão de um morto e orientou que os filhos tinham que fazer o exame para ver qual deles era compatível. Eles me disseram que eu tinha apenas 3 meses de vida se não fizessem o transplante”, lembra Debenir.
Convencer os filhos a fazer os exames para doar parte do fígado não foi difícil. Dos oito, apenas dois não passaram pela avaliação, porque a mais velha já estava acima da idade permitida e o mais novo ainda era menor de idade. Os outros seis realizaram o diagnóstico e foi comprovado que todos poderiam fazer a doação.
A escolha do filho que passaria pelo processo para retirar parte do órgão para a mãe também não foi difícil. Todos que fizeram os exames ficaram disposto a fazer a doação. No entanto, o professor Heliomar Nunes, de 33 anos, foi quem teve a missão de salvar a vida da mãe.
“Sempre falo que Deus me preparou para esse momento. Como, de todos, eu era quem tinha feito mais coisas que não deveria fazer para afetar o fígado, pois eu bebia e meus irmãos nunca beberam, pedi a Deus a oportunidade de curar minha mãe e os exames comprovaram que eu estava em melhores condições físicas. O fígado e tudo perfeito. Então, entendi que Deus me deu a resposta e eu fui’, conta o Nunes.
O transplante
O procedimento foi feito em São Paulo no dia 5 de abril do ano passado. A aposentada ainda está em acompanhamento médico em Rio Branco. Atualmente, ela ainda reclama de muitas dores, mas os médicos afirmam que já não tem mais câncer, tampouco hepatite.
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“Acredito que somos metade do pai e metade da mãe. Como meu pai já morreu, não precisa mais da parte dele, mas minha precisou e eu devolvi só um pouco do que ela já me deu. Estou muito feliz, pois sabemos que, se ela não tivesse feito o transplante, já não estava mais entre nós”, diz o professor.
Debernir vai passar o dia das mães na casa de um filho que mora na capital acreana, pois os outros moram em Cruzeiro do Sul. Ela se emociona ao falar do gesto de amor que teve por parte do filho que se submeteu a cirurgia para salvar a sua vida.
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“O filho faz isso porque tem muito amor mesmo, pois não é fácil, mas sei que meu filho tem muito amor no coração. Não tenho palavras para falar dessa coragem que ele teve. Agradeço muito a ele por isso. Deus me deu a oportunidade de dar a vida a ele e ele me deu a vida de volta”, diz a aposentada.
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Chuvas intensas causam pontos de alagação em cerca de 10 bairros em Rio Branco

A forte chuva que atinge Rio Branco desde a madrugada desta quarta-feira (17) deixou pontos de alagação em ao menos 10 bairros da capital e causa elevação rápida de igarapés. As informações foram repassadas pelo repórter David Medeiros durante o ac24horas Play desta quarta-feira (17).
De acordo com dados da Defesa Civil Municipal, ao menos 10 bairros de Rio Branco amanheceram com pontos de alagamento. A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Cláudio Falcão, que coordena o órgão e acompanha a situação desde as primeiras horas do dia. A previsão indica que a chuva deve persistir pelo menos até as 10h, mantendo o cenário de alerta na cidade

Foto: David Medeiros/ac24horas
Imagens exibidas ao vivo pelo ac24horas mostram a situação crítica da Rua 7 de Setembro, no bairro Habitar Brasil. O local apresenta dificuldade de acesso para veículos devido ao acúmulo de água, refletindo problemas recorrentes de drenagem agravados pelo alto volume de chuva em curto intervalo de tempo.
Segundo a Defesa Civil, Rio Branco registra uma média de 10 milímetros de chuva por hora. O volume é considerado extremamente elevado, já que, em apenas uma hora, chove o equivalente ao esperado para um dia inteiro. O volume intenso tem sobrecarregado os sistemas de drenagem e provocado a elevação rápida dos igarapés que cortam a capital.

Foto: David Medeiros/ac24horas
Ao todo, pelo menos oito igarapés atravessam a área urbana de Rio Branco e vários deles estão em situação crítica. Um dos mais afetados é o igarapé São Francisco, que recebe grande volume de água proveniente de afluentes menores. Na região do bairro Conquista, onde o repórter acompanhou a situação in loco, é possível observar igarapés em ritmo de enxurrada e despejando água diretamente no São Francisco.
Como consequência, algumas residências amanheceram com água nos quintais e ruas completamente alagadas. Além disso, há preocupação com o nível do Rio Acre, que na manhã desta quarta-feira marcou 6,30 metros. A previsão da Defesa Civil é de que o manancial possa subir entre três e quatro metros nas próximas horas, caso o volume de chuva se mantenha.
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Rio Branco começa a preparação e vai tentar voltar a ser protagonista

Foto PHD: Jogadores do Mais Querido realizaram o primeiro treino físico
O elenco do Rio Branco iniciou nesta terça, 16, no José de Melo, a preparação para a disputa do Campeonato Estadual. Os dirigentes do Mais Querido se reuniram com os atletas antes da primeira movimentação e deixaram claro a meta do clube, conquistar um calendário nacional para a temporada de 2027.
“Sabemos das dificuldades financeiras do clube, mas estamos vivendo um novo processo. O futebol é muito importante dentro do Rio Branco e precisamos voltar a ser protagonistas”, declarou a diretora Marina Lavocat.
Trabalho físico
Os atletas participaram do primeiro trabalho físico sob o comando do professor Selcimar Maciel e a partir desta terça, 17, os treinamentos serão em dois períodos.
“Não temos o tempo adequado de preparação e por isso vamos acelerar o processo. Quero um time forte na estreia contra o Vasco”, afirmou o técnico Ulisses Torres.
Matheus Nego
O meia Matheus Nego retorna ao Rio Branco depois de três temporadas longe do José de Melo. O atleta, formado na base do Estrelão, chega como uma contratação importante.
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Dirigentes aprovam mudança no estatuto da Federação de Futebol

Com 12 votos a favor, 1 contra, 1 com ressalvas, e uma ausência, os dirigentes dos clubes aprovaram nesta terça, 16, a mudança no estatuto da Federação de Futebol do Acre (FFAC). A principal alteração é com relação à eleição para o próximo presidente da entidade. A partir do pleito o futuro mandatário do futebol acreano terá direito somente a duas reeleições.
“Fiz um estudo dos estatutos de todas as federações e da CBF para realizar as mudanças. Conseguimos atualizar as normas da entidade, inclusive, com conselho de administração e diretoria executiva”, explicou o advogado Marco Antônio Mourão.
Rio Branco e Independência
O presidente do Rio Branco, Valdemar Neto, votou contra a mudança no estatuto e o Independência, representado por Illimani Suarez, aprovou com ressalvas. O Humaitá não foi representado na reunião.
Agradeceu o apoio
O presidente da FFAC, Adem Araújo, agradeceu o apoio da maioria dos dirigentes para a mudança e acredita na evolução do futebol acreano nos próximos anos.
“Contar com apoio da maioria dos dirigentes em um momento importante aumenta responsabilidade. Vamos seguir trabalhando para melhorar o nosso futebol”, declarou Adem Araújo.

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