Acre
Após desabrigar peruanos e acreanos, Rio Acre estabiliza na tríplice fronteira
Alexandre Lima, com Marcus José
Após dois dias enchendo, Rio Acre resolveu dar uma trégua na tríplice fronteira, onde faz divisas entres o Peru, Bolívia e Brasil. Durante a madrugada desta quarta-feira, dia 15, o nível registrou 11,58mt e desabrigou cerca de 18 famílias na cidade de Assis Brasil que foram levadas para o abrigo. Já na cidade de Iñapari (lado peruano), foram cerca de 95 no geral.
No lado boliviano onde tem o quartel militar, ficou totalmente debaixo d’água e todos os desabrigados foram conduzidos aos abrigos improvisados. No lado peruano de Iñapari, as famílias dormiram na quadra esportiva e somente pela manhã, as barracas chegaram juntamente com o alimento fornecido pela prefeitura local.
Em Assis Brasil, os moradores desabrigados, cerca de 18 famílias (88 pessoas ao todo), receberam ajuda na retirada e 10 ficaram aguardando em suas residências. Cerca de 8 ou 10 poderão estar voltando às suas casas no período da tarde.
A Secretária de Ação Social, Helem Duarte, está coordenando a alimentação e o CRAS e CREAS estão realizando atividades do PET dentro abrigo para as crianças. Segundo ela, a Prefeitura em conjunto com a Defesa Civil e Bombeiros, estão em alerta para ajudar quem vier precisar e monitorando o Rio Acre.
Por volta das 11 horas, o rio já tinha baixado para a marca de 11,46mt e continuava. Já durante a tarde, se aproximava da marca de 11,00mt, deixando os moradores bem mais aliviados, mas, sabendo que os próximos dias serão decisivos, dependendo das chuvas nas ‘cabeceiras’.
Um dos afluentes, o Igarapé São Pedro, distante cerca de 7km da cidade, recebeu muita água, mas, deu sinal de vazante pela madrugada deixando sinal que o Rio Acre irá baixar seu nível nos próximos dias.
Toda essa água recebida pelo rio Acre, irá passar pelas cidades Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri até chegar na Capital, Rio Branco até este final de semana, podendo atingir os ribeirinhos e até mesmo, desabrigar algumas famílias.
Segundo foi informado, a prefeitura de Brasiléia se reuniria junto com coordenadores da Defesa Civil, Bombeiros, PM e demais órgãos públicos, para definir estratégias direcionadas às famílias que por ventura, venham precisar ser evacuadas para abrigo e outras ajudas.
Já na cidade de Brasiléia, no dia 10 deste mês o nível do Rio Acre vinha marcando abaixo dos 2 metros, nível de verão, o que deixou muita gente desconfiado, uma vez que nesse mesmo período em anos passados, já deveria estar marcando os 8 ou 9 metros.
A subida repentina de mais de 7 metros em menos de três dias, assustou a todos desde a cidade de Assis Brasil. Em Brasiléia, o Rio Acre já estava se aproximando da régua dos 9 metros na tarde desta quarta-feira, dia 15, e continua subindo.
A cota de alerta em Brasiléia é de 10,40mt. A de transbordamento é de 11,40mt.
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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