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Após condenado, assassino do Delegado Carioca quase é linchado por populares

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Após condenado, assassino do Delegado Carioca, Elivan Verus quase é linchado por populares

Após condenado, assassino do Delegado Carioca, Elivan Verus quase é linchado por populares

Jairo Carioca – enviado especial
Xapuri (AC)

Passava das 8 horas da noite quando o Juiz Luiz Alcalde Gustavo Pinto começou a ler o relatório de sentença de Elivan Verus da Silva, réu, acusado de matar com um tiro de espingarda, o delegado Antônio Carlos (o Carioca) na noite de 14 de dezembro de 2014, no município de Xapuri (AC).

Após 9 horas de julgamento, o Conselho de Sentença entendeu que Elivan praticou crime de homicídio qualificado para garantir impunidade no caso anterior, em que matou com uma facada, sua enteada, de apenas 15 anos. Os jurados também entenderam que o réu sequestrou Maria de Fátima de Abreu Sarkis, sua ex-namorada.

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Na dosimetria para o crime de homicídio qualificado cometido contra o Delegado Carioca, a culpabilidade do réu foi considerada intensa e grave, de acordo com o relatório, Elivan matou um funcionário público no pleno exercício de sua função, apenas para evitar sua prisão. Os diversos processos existentes contra o assassino agravaram ainda mais a sua situação.

Familiares e amigos de Delegado protestam contra decisão e prometem recorrer

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A frieza e a tentativa de demonstrar lapso de memória por Elivan durante sua oitiva no Tribunal do Júri também foi levado em consideração na majoração da pena. O réu disse na maior parte do tempo que não se lembrava de nada, a não ser as cervejas que tomou antes de cometer o crime, no Ramal 20, no município de Brasileia, onde comprou por R$ 300 a espingarda utilizada na noite trágica em que atirou no Delegado Carioca.

Delegado Carioca completaria 36 anos nesta quarta-feira, 1, dia do Julgamento de Elivar Verus - Foto: Alexandre Lima/Arquivo

Delegado Carioca completaria 36 anos nesta quarta-feira, 1, dia do Julgamento de Elivar Verus – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

Pelo crime contra o Delegado, Elivan foi condenado a 22 anos de reclusão. Os antecedentes: lesão corporal cometida no dia 27 de setembro de 2012; associação para o tráfico de drogas em 27 de dezembro de 2012 e em 17 de junho de 2015, homicídio duplamente qualificado, agravou e elevou a pena em 4 anos, para 26 anos de reclusão.

Pelo crime de sequestro cometido contra a ex-namorada, Maria de Fátima, Elivan foi condenado ainda a 2 anos de reclusão, elevado em seis meses, fixado em 2 anos e 6 meses. No total, pelo assassinato do Delegado Carioca Elivan deve cumprir 28 anos e seis meses de reclusão. Somada à pena pelo assassinato da menor Janaina Nunes, ele foi condenado 66 anos e seis meses de reclusão.

O Ministério Público não vai recorrer da sentença. Elivan pediu aos seus advogados que recorressem da sentença. O advogado Carlos Vinicius registrou a vontade do réu em ata, mas se recusou a continuar patrocinando sua defesa.

O Julgamento:
O julgamento de Elivan Verus da Silva começou com uma hora e meia de atraso, por volta das 10h29 minutos de ontem (1). Duas testemunhas foram fundamentais para as conclusões dos jurados: Maria de Fátima de Abreu Sarkis, vitima de sequestro e o Policial Civil Eurico. A primeira revelou detalhes que ocorreram antes de Elivan atirar no Delegado Antônio Carlos. Já o policial Eurico, afirmou que Elivan sacou sua arma e atirou contra o Delegado que clamava para que o mesmo se entregasse à Justiça.

A tese de acusação baseou-se apenas em testemunhos e na confissão de Elivan durante seu interrogatório na Delegacia de Policia Civil. Passou mais tempo desafiando o réu, o chamando-o de “assassino”, “monstro” do que convencendo os jurados com provas mais cientificas. Nem o promotor e nem sua assistência utilizaram slides, fotos, imagens ou outro recurso que elucidasse melhor os fatos da cena do crime. Mesmo assim, acusação e defesa ainda protagonizaram momento acirrado, obrigando o presidente do Júri suspender a sessão.

Diante do comportamento do réu, que não seguiu as orientações dos próprios advogados, negando perante o Júri, a autoria dos fatos, a defesa dispensou testemunhas. Em brilhante atuação, o advogado Carlos Vinicius ainda tentou pedir a condenação do seu cliente por homicídio simples.

Revolta da população

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A população que não pode entrar no Tribunal do Júri, não arredou o pé de frente de um telão montado na área externa da Comarca. A saída de Elivan, após a sentença, foi tumultuada e por muito pouco, o réu não foi tomado das mãos dos policiais.

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No caminho da viatura policial, Elivan ainda tentou atingir um repórter que tentava lhe tirar alguma confissão. Em seguida, o réu foi atingido com um soco no rosto. O clima ficou tenso até os militares fecharem a porta da viatura.

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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul

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Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.

Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.

Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.

Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.

Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.

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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

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Foto: TJAC/assessoria

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.

A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.

O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.

Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.

 

Fonte: Ascom/TJAC

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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco

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Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.

Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.

O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.

A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.

Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.

Fonte: PCAC

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