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Apesar do alcance da web, candidatos gastam R$ 730 milhões com panfletos e adesivos

Panfletos em zona eleitoral no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, nas eleições de 2014
TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL – 5.10.2014
Menos de 20% desse valor corresponde aos gastos dos candidatos com anúncios na internet, soma que alcançou R$ 129 milhões
Apesar da força e do alcance da internet, os candidatos que disputam a eleição neste ano recorrem aos tradicionais materiais impressos para massificar a divulgação de seu nome aos eleitores. Dados parciais da prestação de contas dos candidatos que concorrem a algum cargo em outubro mostram que já foram gastos R$ 730,6 milhões com panfletos e adesivos.
Menos de 20% desse valor corresponde ao que os candidatos já gastaram com impulsionamento (anúncio) na internet, principalmente em redes sociais, que alcançou R$ 129 milhões, embora o celular — o principal meio de acesso à web — esteja presente na vida de 155 milhões de brasileiros.
No caso dos candidatos à Presidência da República, dados informados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na prestação de contas parcial mostram que eles gastaram cerca de R$ 16 milhões com publicidade por material impresso, além de R$ 4 milhões com adesivos. O valor também é superior ao que os presidenciáveis gastaram com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais, que foi de cerca de R$ 7 milhões, como mostrou o R7.
Até o momento, Ciro Gomes (PDT) é quem mais gastou com a produção de panfletos: R$ 5,9 milhões. Na sequência, vêm Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com R$ 3,4 milhões; Simone Tebet (MDB), com R$ 3,3 milhões; e Soraya Thronicke (União Brasil), R$ 3,1 milhões.
Depois aparecem Vera Lúcia (PSTU), com R$ 289 mil; Léo Péricles (União Popular), com R$ 204 mil; Felipe d’Ávila (Novo), com R$ 16 mil; e Constituinte Eymael (Democracia Cristã), com R$ 2,3 mil. Jair Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB) e Sofia Manzano (PCB) não informaram despesas desse tipo.
No caso dos adesivos, quem mais gastou até o fechamento desta reportagem foi Lula, com R$ 3 milhões, seguido por Tebet, com R$ 1 milhão, e Ciro, com R$ 252 mil. Na sequência vêm Soraya, com R$ 217 mil; D’Ávila, com R$ 8,3 mil; Vera, com R$ 2,4 mil; e Eymael, com R$ 945. Os candidatos Péricles, Bolsonaro, Kelmon e Sofia não informaram despesas desse tipo.
De acordo com dados disponibilizados pelo TSE, os candidatos ao cargo de deputado federal foram os que mais gastaram até o momento com publicidade em material impresso e adesivos, com R$ 387 milhões de despesas pagas.
Impresso obrigatório
Professor de comunicação política na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Roberto Gondo Macedo afirma que, apesar da importância do ambiente digital, as campanhas eleitorais precisam de material gráfico. “O celular nem sempre é a melhor opção para chegar ao eleitor, principalmente aquele do interior dos estados. Nesse caso, a melhor opção é, de fato, o material gráfico”, diz.
Macedo ressalta que a tecnologia vai ganhar espaço cada vez mais e que a tendência é de aumento do orçamento para uso no ambiente digital. Mas, ainda assim, o material impresso em uma campanha não é substituível.
“Os gastos com panfletos e adesivos vão continuar, porque são parte da abordagem de rua do eleitorado. E isso ainda é massivo no país. Esse tipo de campanha predomina principalmente em regiões que não são cosmopolitas, e o que impacta nesses municípios do interior é o movimento de rua, é a sola gasta de sapato”, afirma.
Professor de direito eleitoral e constitucional também no Mackenzie, Flávio de Leão Bastos frisa que no Brasil ainda não existe um acesso global aos meios digitais, em especial fora dos grandes centros. “A linguagem digital ainda é deficitária, por isso os panfletos ainda são importantes”, ressalta. O especialista diz também que um processo eleitoral precisa incluir pessoas e levar informações a todos e que isso não é sempre possível pelos meios digitais.
Regras
Apesar de ser comum, espalhar panfletos e outros materiais impressos no local de votação ou nas vias próximas é proibido pela legislação eleitoral.
No dia da eleição, o eleitor poderá demonstrar sua preferência por determinada candidatura, mas a manifestação deve ser “silenciosa” — por meio do uso de bandeiras, broches, adesivos, camisetas e outros materiais semelhantes.
De acordo com a resolução 23.610 do TSE, é autorizado colocar adesivo (tipo microperfurado) até a extensão total do para-brisa traseiro. Em outras posições do veículo, os adesivos não podem exceder a 0,5 metro quadrado. Assim, não é permitido fazer envelopamento de carros.
A justaposição de adesivo cuja dimensão exceda a 0,5 metro quadrado caracteriza publicidade irregular. Um adesivo não poderá ser colocado ao lado de outro, segundo a norma.
O tempo médio de decomposição do papel é de seis meses. Na tentativa de diminuir os impactos ambientais dos panfletos políticos, há um projeto de lei (2.276) no Congresso Nacional que busca tornar obrigatória a produção impressa de propaganda eleitoral com base em material biodegradável.
O professor Flávio Bastos afirma que é importante que o candidato siga as regras para evitar problemas junto à Justiça Eleitoral, deixando, por exemplo, o nome claro nos materiais, assim como o do vice ou do suplente.
No início do mês, por exemplo, a casa do candidato ao Senado no Paraná Sergio Moro (União Brasil) foi alvo de busca e apreensão para recolhimento de material irregular. O local foi informado como comitê central de campanha. O problema do material de campanha era justamente o nome dos suplentes, que, segundo representação, estava em tamanho inferior a 30% do nome do titular, como prevê a legislação eleitoral.
Denúncias
Em funcionamento desde 16 de agosto, início da propaganda eleitoral, o aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral, recebeu 19.940 denúncias de propaganda eleitoral irregular vindas de todo o país até a tarde da última quinta-feira (22). O recorde foi registrado em 15 de setembro: 1.088 denúncias em um único dia.
As denúncias envolvem compra de votos, uso da máquina pública, crimes eleitorais e propaganda irregular. Os eleitores de São Paulo foram os que mais denunciaram: 2.756 registros. Na sequência, vem Pernambuco (2.552), Minas Gerais (2.236), Rio Grande do Sul (1.728) e Rio de Janeiro (1.308).
Entre os cargos em disputa, informa o TSE, a maior parte envolve as campanhas para deputado federal e estadual. Depois, estão as de presidente, governador e deputado distrital.
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Delegacia abre inquérito para apurar acidente que vitimou trabalhadores
A Polícia Civil do Estado do Acre emitiu uma nota na tarde desta terça-feira, 22, informando que o acidente de trânsito com vítimas fatais, ocorrido nas proximidades da Terceira Ponte, em Rio Branco, no dia 17 de abril, que resultou em duas mortes, foi recepcionado pela 1° Delegacia Regional da Polícia Civil.
De acordo com a instituição, um inquérito policial já foi instaurado para a devida apuração dos fatos. “Todas as providências legais cabíveis estão sendo adotadas com o objetivo de esclarecer as circunstâncias do acidente, identificar eventuais responsabilidades e garantir a devida resposta à sociedade”, diz a nota.
Familiares, amigos e testemunhas afirmam que o condutor da Ranger teria sido liberado do local sem fazer o teste do bafômetro. Até o último domingo (20), ele ainda não havia se apresentado para prestar depoimento na delegacia.
No último domingo, 20, morreu a segunda vítima do acidente, o técnico Carpegiane de Freitas Lopes, de 46 anos. Assim como Márcio Pinheiro da Silva, que morreu no local do acidente, ele também era funcionário da empresa Estação VIP.
Carpegiane e Marcio estavam em motocicletas da empresa VIP quando foram atingidos por uma caminhonete Ford Ranger vermelha, de placa EEP-2E06, dirigida por Talysson da Silva Duarte, que, segundo testemunhas, teria invadido a pista contrária e colidido com três motos.
O que diz a PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o condutor da caminhonete, Talysson Duarte, foi submetido ao teste do bafômetro, com resultado negativo para ingestão de álcool. Ele permaneceu no local, prestou socorro às vítimas e colaborou com os agentes. No entanto, devido ao início de aglomeração com familiares e populares exaltados, a PRF optou por retirá-lo do local por questões de segurança, com o compromisso de apresentação posterior à Polícia Civil.
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Adolescente de 13 anos participa de assalto a supermercado em Cruzeiro do Sul; dois adultos presos
Bandidos renderam funcionários e clientes usando arma falsa, levaram dinheiro e celulares. Polícia recuperou parte dos itens roubados e busca quarto envolvido, que fugiu antes da chegada dos PMs.
Crime choca cidade: menor de 13 anos integrava quadrilha que assaltou supermercado no Telégrafo
Um assalto a um supermercado no bairro do Telégrafo, em Cruzeiro do Sul, no último sábado (19), chamou atenção pela participação de um adolescente de apenas 13 anos. Ele e outros três homens invadiram o estabelecimento armados com um simulacro de arma de fogo, renderam funcionários e clientes e levaram dinheiro dos caixas e diversos celulares, deixando o local em pânico.
A Polícia Militar agiu rapidamente e conseguiu prender dois adultos, além de apreender o menor. Parte dos objetos roubados foi recuperada, assim como duas motocicletas usadas no crime – uma delas havia sido furtada horas antes.
Detalhes da ação criminosa
Segundo informações, os assaltantes agiram de forma coordenada, ameaçando as vítimas e recolhendo pertences pessoais. Após o crime, tentaram fugir, mas foram interceptados pela PM. Um dos presos já era monitorado pela Justiça e havia rompido sua tornozeleira eletrônica.
Os suspeitos confessaram o crime e revelaram que um quarto integrante do grupo conseguiu escapar antes da chegada da polícia, levando consigo parte dos itens roubados. As buscas por ele continuam.
Situação do menor
O adolescente de 13 anos foi apreendido e encaminhado às autoridades competentes. O caso reacende o debate sobre a participação de menores em crimes violentos e a necessidade de medidas socioeducativas mais eficazes. A população local teme o aumento da ação de quadrilhas mistas (adultos e menores) na região.
A polícia investiga se o grupo está envolvido em outros crimes na cidade.
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Agiotagem pode ter motivado assassinato a sangue-frio em Cruzeiro do Sul; criminosos seriam de outro estado
Vítima foi executada com um tiro na boca enquanto assistia a jogo de futebol; bandidos renderam testemunhas, amarraram uma delas e fugiram com objetos de valor. Polícia investiga.
Execução brutal choca Cruzeiro do Sul; suspeitos agiram com frieza e fugiram sem deixar pistas
Um crime chocante abalou o bairro do Colégio, em Cruzeiro do Sul, no último sábado (19). Anselmo de Lima Silva, 45 anos, foi assassinado com um tiro na boca dentro de uma residência na rua Sergipe. Segundo fontes ouvidas, o homicídio pode estar ligado a dívidas de agiotagem, e os executores teriam vindo de outro estado exclusivamente para o crime. Ninguém foi preso até o momento, e a Polícia Civil trabalha para desvendar o caso.
Cena do crime
Anselmo estava deitado em uma rede, acompanhado do irmão, João Lima, e de um amigo não identificado, assistindo a um jogo de futebol pela TV, quando dois homens armados invadiram o local. João, que chegava de moto, foi rendido e obrigado a entrar na casa. Os criminosos perguntaram: “Quem é o irmão do Assis, aí?”. Em seguida, amarraram o acompanhante com abraçadeiras plásticas e levaram os irmãos para um quarto, onde os obrigaram a deitar no chão.
Com frieza, ordenaram que Anselmo abrisse a boca e atiraram, matando-o na hora. Antes de fugir, roubaram um cordão de ouro, um anel e um celular. A moto de João foi abandonada perto do Cemitério São João Batista.
Pistas e Buscas
João descreveu os assassinos: um era branco, baixo e portava um revólver; o outro, moreno, magro e armado com uma pistola. Testemunhas afirmam que os dois seguiram para o bairro da Lagoa, onde podem ter se encontrado com um cúmplice. A polícia segue em busca de mais informações para identificar e prender os envolvidos.
O caso remete a crimes encomendados, e a investigação apura se Anselmo era alvo de uma vingança ou disputa financeira. A população local está assustada com a violência e cobra respostas das autoridades.
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