Conecte-se conosco

Cotidiano

Aluna da Ufac publica artigo sobre a luta das pessoas contra a invasão dos robôs no mercado de trabalho

Publicado

em

O DESAFIO DE ESCOLHER PERDER

Por Anieli Amorim

Toda máquina deve ter alguma funcionalidade, mas caso não tenha, ainda assim serve para sucata. O conhecimento injetado tecnologicamente ajuda na realização de suas tarefas, que geralmente são coisas que mãos humanas não são capazes de fazer, pela agilidade do serviço. Mas o ser humano consegue fazer sua invenção atuar de uma forma que ele não é capaz e este é o conceito mais simples de tecnologia.

Esta high-tech (alta tecnologia), utilizada para vários métodos, traz benefícios, mas também não poupa de maleficência. Temos um caso a ser comentado: um trabalhador recebe um salário mínimo para realizar funções limitadas e há um robô atribuído a esta mesma função, que geralmente custa caro (ainda que não receba salário, alimentação, condução e hora extra), porém entrega o resultado desejado no menor tempo possível, e estes dois estão a pairar aos olhos de um grande empresário.

Afinal, o que é melhor? Ter em seu estabelecimento um cidadão que trabalha limitadamente e não está predestinado a entregar resultados de forma precisa, mas que necessita deste posto para alimentar sua família, pagar suas contas e tentar desfrutar do pouco tempo de liberdade que tem, com o pouco dinheiro que lhe sobrou; ou abrir mão de sua humanidade para ter neste ambiente um equipamento que pode entregar o triplo do resultado de um trabalho manual em questão de horas?

Em alguns casos, esta benevolência, a de desejar manter seus funcionários no seu negócio e colocar em risco suas participações no mercado não é tão aceita para as grandes corporações. O jogo do século é montar sua entidade e ter gastos absurdos em equipamentos tecnológicos, capazes de produzir dez mil produtos por dia e colocar a sazonalidade de mercado em prática, como por exemplo, produzindo milhares de cadernos antes e durante o período de volta às aulas. Assim, terá um rendimento gigantesco e manterá o equilíbrio da instituição.

Mas o jogo é sujo. A experiência é vazia e tal desumanidade dói no peito da população. Pensando por um lado mais cruel da situação, como irão comprar seus produtos que podem até não ter custo alto, mas serão um peso no bolso de quem nem empregado está? Como, me diga você, homem de negócios, pretende com que sua empresa multinacional tenha sucesso, se onde poderia ter uma multidão trabalhando e entregando o produto, de modo moroso, mas entregando, está ocupado para engenhocas que estão a romper sonhos e vidas?

Estes mesmos sonhos estão em alguém que vai à luta, no desespero, com dez cópias de currículo em mãos e é assim que o seu comércio cai, sua venda torna-se fraca, ora, por não ter uma quantidade de assalariados o suficiente para comprar. Digo-lhe, quem já tem dinheiro o suficiente não vai se interessar pelos seus produtos. Mas você não enxerga e, mesmo que perceba, não deixa isso te influenciar, pois teu bolso importa mais do que o futuro de uma nação. Tua conta bancária é a mais bonita, mas sair na rua e ver alguém te pedindo dinheiro é incômodo e desagradável. Teu egoísmo é imperceptível ao teu olhar, os mesmos olhos que se embelezam com a quantidade numérica no saldo, que tomam os dígitos de quase metade do teu país. Tome cuidado. Você está ganhando, mas escolheu perder.

*Anieli Amorim é acadêmica do curso de jornalismo da Universidade Federal do Acre

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Cotidiano

Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro

Publicado

em

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.

“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.

Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.

“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.

Custos extras

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca

Publicado

em

Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.

Destinação dos recursos:
  • R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;

  • R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.

As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.

Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.

A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.

Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

No Café com Notícias (TV5) Jorge Viana diz que 40 mil pessoas deixaram o Acre por falta de emprego: “Fico triste”

Publicado

em

Ex-governador e presidente da Apex disse que 40 mil pessoas deixaram o estado e pediu união dos parlamentares para destinar recursos às rodovias

Ao falar sobre as BR’s 364 e 317, o ex-governador cutucou a bancada acreana ao afirmar que os deputados federais e senadores deveriam destinar, juntos, emendas para a recuperação das rodovias. Foto: captada 

O ex-governador e atual presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, defendeu a retomada de investimentos públicos e privados no Acre para conter o êxodo populacional e gerar emprego, durante entrevista ao programa Café com Notícias (TV5) nesta quarta-feira (24). Ele citou que cerca de 40 mil pessoas deixaram o estado nos últimos anos e celebrou a retomada do Minha Casa, Minha Vida no governo Lula.

— 40 mil pessoas foram embora do Acre. Fico triste com essa situação. Para que isso não aconteça você tem que ter investimentos públicos e privados. O Acre não pode deixar de pegar carona nessa fase boa que o Brasil está vivendo — afirmou Viana.

Ele também criticou a bancada federal acreana por não destinar emendas parlamentares para a recuperação das BRs 364 e 317, rodovias essenciais para o estado. Viana lembrou que, em sua gestão, havia articulação conjunta entre deputados e senadores para viabilizar recursos.

— Por que esse pessoal não pega R$ 2, R$ 3 milhões, junta todos eles e põe só nas BRs? Os senadores e os deputados, isso tinha na minha época… eu ia lá, chamava todos, todo mundo assinava — disse.

O ex-governador defendeu a construção civil e os programas habitacionais como geradores de emprego e reforçou a necessidade de o estado aproveitar o momento de crescimento nacionalpara atrair investimentos e reter sua população.

Comentários

Continue lendo