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Alto nível de acidez é constatado nas águas minerais comercializadas no Acre

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O corpo humano é formado por cerca de 70% de água e é dela que se obtêm minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo, como o magnésio, o cálcio e o potássio.

A situação avaliada nos estabelecimentos da capital acreana é preocupante quanto ao índice de alcalinidade do líquido. De seis marcas vendidas aos acreanos, apenas uma segue os critérios estabelecidos e oferece uma água menos ácida aos consumidores, com nível de pH em 6,33.

Reportagem Ac24horas.com

Você sabia que nem toda água mineral comercializada no estado é ideal para o consumo, conforme estudos médicos e preconização de especialistas? Isso porque a maioria das marcas de água vendidas no Acre atualmente possui um pH (potencial de hidrogênio) bem abaixo do recomendado.

Esta reportagem aborda elementos da química, mas é bem simples de entender. O pH tem uma escala que varia de 0 a 14 – que avalia o nível de acidez. Quanto mais próximo de 0 estiver o pH, significa que mais ácida é a água. Logo, quanto mais próximo de 14, mais alcalina ela é. Ou seja: menos ácida e, portanto, mais apropriada para o consumo.

O percentual de pH da água que você compra pode ser facilmente verificado nos rótulos do produto, especificado nas embalagens das garrafas. É importante que ao escolher a marca da água, você verifique as informações do seu rótulo. A situação avaliada nos estabelecimentos da capital acreana é preocupante quanto ao índice de alcalinidade do líquido. De seis marcas vendidas aos acreanos, apenas uma segue os critérios estabelecidos e oferece uma água menos ácida aos consumidores, com nível de pH em 6,33.

A reportagem verificou o potencial de hidrogênio de seis marcas vendidas no estado. A constatação é esta:

Lind’Água (pH 4,83);

Schin (pH 6,33);

Purágua (pH 4,83);

Tia Eliza (pH 4,55);

Belágua (pH 4,77);

Riberágua (pH 4,57).

Resumindo: destas, até agora, apenas uma marca (Schin – pH 6,33) está disponibilizando um produto menos ácido, sendo assim menos ofensivo à saúde dos acreanos.

O Ministério da Saúde estabeleceu por meio da Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011, que o pH da água própria para consumo seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.

A recomendação dos médicos é que o consumidor beba água com pH acima de 7,0. Tais critérios não são banais.

O corpo humano é formado por cerca de 70% de água e é dela que se obtêm minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo, como o magnésio, o cálcio e o potássio.

Os médicos advertem: a água pode ser fonte de vida, mas também de vários problemas de saúde caso se trate de uma água extremamente ácida, com elementos tóxicos provenientes do cloro, flúor ou do Bisfenol – composto do plástico, entre outros. Por isso não é indicada a ingestão de água encanada, pois esta possui grande quantidade de cloro – eliminador de bactérias, e pode estar contaminada com metais pesados. Normalmente, a água encanada apresenta um nível de pH impróprio para o consumo, sempre abaixo de 7,0.

Agora você deve estar se perguntando qual a relação do nível de alcalinidade da água com a sua saúde? Uma água mineral com pH menor do que 7,0, significa que ela é mais ácida do que o sangue que corre em sua veias e artérias. Desta forma, é necessário equilibrar e deixar o corpo menos ácido, a fim de prevenir problemas de saúde decorrentes dessa toxicidade, e isso só é possível com a ingestão de uma água realmente mais alcalina, com pH acima de 7,0.

O médico Guilherme Renke, especialista em Endocrinologia pelo Instituto de Pesquisa e Ensino Médico, publicou um artigo alertando para a necessidade de estar atento à qualidade da água, pois pode prevenir problemas como gastrites, úlceras e câncer de estômago. Os estudos apontam que o nível de acidez na água é determinado pela quantidade e a qualidade dos minerais presentes nela.

“A água alcalina traz benefícios para a saúde. A composição da água pode influenciar a nossa saúde. A água alcalina deve possuir também baixo teor de cloro, de flúor e não possuir metais pesados. O pH é algo muito importante para nosso organismo, em uma infecção grave, por exemplo, fatores inflamatórios e toxinas estão elevados no sangue, o pH sanguíneo então diminui (menor do que 7,35). Nesses casos ocorre diminuição do bicarbonato abaixo de 22 meq/l e inicia-se assim a acidose metabólica”, escreveu.

Segundo Renke, são muitos os benefícios da água alcalina, um deles é a longevidade, pois a água com pH acima de 7,0 pode atuar como “fator de desaceleração do envelhecimento”.

Como saber se a água alcalina?

Uma dica é manter o hábito de sempre ler o rótulo da água para saber se o pH da água que você está consumindo é ácido, neutro ou alcalino e adquirir as que tenham pH acima de 7,0. Há também a opção de possuir filtros específicos disponíveis no mercado que transformam a água da torneira em água alcalina.

QUALIÁGUA

O Acre começou a fazer parte do Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (QUALIÁGUA) em 2019, com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA). O objetivo é estimular a padronização dos métodos de coleta de amostras, parâmetros verificados, frequência das análises e divulgação dos dados em escala nacional. O acordo terá vigência até 31 de dezembro de 2020.

É a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) que realiza as atividades previstas pelo QUALIÁGUA, que também tem o objetivo de promover a implementação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade de Água (RNQA) em todo o País. Um dos parâmetros coletados pelo monitoramento no estado é o pH.

Água distribuída pelo Depasa

O Departamento Estadual de Água e Saneamento do Acre (Depasa) afirma que sua distribuição de água está dentro dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Como prevê a Portaria 2914/2012, o órgão diz realizar até 165 análises ao mês.

Um relatório das análises é repassado aos órgãos de vigilância sanitária e ambiental na capital e interior. Todos os dados são informados ao Sistema Nacional de Controle e Vigilância da Água (Siságua). O resultado das análises das amostras também pode ser verificado pelos consumidores, no verso da conta de água.

Segundo o chefe da Divisão de Controle da Qualidade da Água e Operações do Depasa, Filogônio Ribeira, são feitas análises de amostras no reservatório e na rede. Os testes verificam nível de pH, turbidez (que reflete o grau de transparência), cor aparente (que mede o grau de coloração), cloro residual (utilizado no processo de desinfecção), além dos parâmetros microbiológicos que avaliam a presença de coliformes totais e fecais.

De acordo com Ribeira, o cuidado com a qualidade da água envolve ações que vão desde a limpeza e manutenção das estações e reservatórios, bem como monitoramento e reparo de vazamentos que podem alterar a qualidade da água tratada e distribuída aos usuários do Depasa.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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