Alckmin cita quatro deputados para suceder Arthur Lira no comando da Câmara
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, citou quatro nomes de parlamentares para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. Em entrevista à rádio BandNews, transmitida nesta sexta-feira (31), ele classificou como “ótimos nomes” os deputados Elmar Nascimento (União-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e lembrou de especulações sobre Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
“São ótimos nomes. Eu lembro de cabeça o Elmar, o Marcos Pereira, o Brito, que é muito ligado a certas casas. Há vários nomes importantes. Eu ouvi falar também do Aguinaldo Ribeiro, que foi relator da reforma tributária” , disse. “Isso aí (discussão) é no começo do ano que vem, mas conversar é sempre bom” , complementa.
A eleição será em fevereiro de 2025. Como Lira já está em seu segundo mandato, não poderá concorrer novamente. Questionado sobre o partido União Brasil, Alckmin avaliou que a sigla também faz parte da base do governo no Legislativo.
Geraldo Alckmin também criticou o grande número de partidos no Legislativo e reconheceu a dificuldade do governo na negociação com diferentes siglas. Ele avaliou que houve sucesso na aprovação dos principais temas defendidos pelo Executivo, com a reforma tributária, apesar dos entraves com a pulverização de partidos.
“Muita fragmentação partidária dificulta a governabilidade. Temos que ter menos partidos, mais programáticos. Com o tempo, isso vai corrigir, porque cada eleição a cláusula de barreira sobe e vão diminuindo o número de partidos” , disse.
Pela chamada cláusula de desempenho, só podem ter acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita em rádio e televisão os partidos que atingem critérios como a eleição de pelo menos 11 deputados federais (distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação) ou a obtenção de, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara (também distribuídos, no mínimo, em nove unidades da Federação).
A fala de Alckmin encontra concordância com avaliações públicas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em agosto de 2023, por exemplo, durante entrevista ao programa do jornalista Reinaldo Azevedo, Haddad declarou que a Câmara estaria com “poder muito grande” , o que ocasionou reação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O ministro posteriormente explicou que estava fazendo uma “reflexão” sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão – que foi a forma de viabilizar a governabilidade durante os dois primeiros governos de Lula. Segundo Haddad, esse modelo não foi substituído “por uma relação institucional mais estável” .
Eleições de 2026 Geraldo Alckmin voltou a dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o “candidato natural à reeleição” em 2026.
“Em um sistema de reeleição, o titular é sempre o candidato natural” , disse em entrevista à BandNews.
Na sequência da avaliação sobre Lula em 2026, o vice-presidente defendeu que, para 17 meses de governo, a atual gestão já entregou resultados importantes. “Inflação, juros e desemprego caíram. O PIB subiu, o emprego subiu” , afirmou. Perguntado sobre sua intenção de permanecer como vice-presidente em uma eventual reeleição, Alckmin disse apenas “2026” , indicando que essa decisão só deve ser tomada no futuro.
Flávio dos Santos Neri, a esposa, Jéssica Cristina de Assis, grávida de 8 meses, e a filha do casal, Naira Gabrielly, 1 ano e 8 meses, estavam desaparecidos desde dezembro de 2024 e foram encontrados enterrados na chácara onde residiam
Corpos das vítimas foram encontrados enterrados em chácara/Foto: Arquivo pessoal
O assassinato de uma família em Alvorada do Norte, em Goiás, cerca-se de mistérios, barbárie e frieza. Os brasilienses Flávio dos Santos Neri, 29 anos, a esposa dele; Jéssica Cristina de Assis, 27, grávida de 8 meses; e a filha do casal, a pequena Naira Gabrielly, 1 ano e 8 meses, estavam desaparecidos desde dezembro de 2024 e foram encontrados enterrados na chácara onde residiam, em uma área de assentamento distante cerca de 60km do centro do município goiano. O principal suspeito do crime brutal é um dos tios de Flávio, identificado como Ismael Gonçalves.
Dias antes de desaparecer, Flávio, a mulher e a filha visitaram a família, em Brasília, no Paranoá, onde ele morou por anos. Há pouco menos de três meses, o casal decidiu ir morar na chácara em Alvorada do Norte. A propriedade, que pertence ao avô de Flávio, tem seis alqueires, e era alvo da ganância de Ismael. “A intenção do meu irmão era ficar lá só até a bebê da Jéssica nascer, até porque já tinha tido episódios anteriores de briga por parte do Ismael, que não queria meu irmão lá”, contou Luiza Pereira dos Santos, 26, uma das irmãs de Flávio, ao Correio.
Em 17 de dezembro do ano passado, Flávio saiu de Brasília com a esposa e a filha em direção à Alvorada. A irmã conta que aquele dia foi o último contato feito com o irmão. “Eu pedi que ele não fosse, que era melhor ficar morando aqui para evitar qualquer confusão, mas ele disse que estava tudo bem e fiquei tranquila”, disse Luísa.
Ida mortal
Por não ter área de cobertura, era comum Flávio não corresponder às mensagens instantaneamente e nem receber ligações. Por isso, o “sumiço” foi considerado normal pelos parentes. As semanas se passaram e o caso começou a ficar estranho, relata Luísa. A jovem conversou com uma irmã e as duas chegaram à conclusão de que o familiar e a esposa estavam desaparecidos. “Não chegava mensagem, nem ligação. Os familiares da Jéssica não tinham notícias. Então, ficamos preocupadas”.
Em busca de respostas, Luísa foi à casa do avô, no Paranoá. O idoso é pai de Ismael, o suspeito. “Eu não sabia de nada. Fui perguntar a eles (avô e avó) se tinham informações, mas notei meu avô estranho. Ele disse que havia voltado de Alvorada no dia 17, no mesmo dia que meu irmão foi e, por isso, não havia o encontrado”, relatou.
Mas a situação de estranheza só se agravou, depois que Luísa ouviu de outra pessoa que Flávio e a mulher haviam pegado as coisas e ido embora, hipótese essa considerada incabível pela família.
“Só caiu nossa ficha quando o irmão do Ismael, que é alcoólatra, disse à minha irmã que o Flávio, a mulher e a filha estavam enterrados na chácara. Ali, desesperamos e procuramos a polícia”, desabafou Luísa.
Varredura
Luísa e a família de Jéssica registraram um boletim de ocorrência por desaparecimento na Delegacia de Alvorada do Norte. Os familiares também foram à chácara e encontraram a propriedade abandonada. O chão aparentava estar lavado. Havia resquícios e pontos de sangue em alguns objetos, como um calendário.
Ossadas de grávida, bebê e homem são encontradas em fazenda no interior de Goiás após trabalho de busca realizado pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Civil de Goiás/Foto: Divulgação CBMGO
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) iniciou uma varredura minuciosa no local. A operação contou com o apoio de bombeiros, peritos criminais e cães farejadores. Ao Correio, o delegado titular da Delegacia de Alvorada do Norte, Thiago Ferreira Farias, afirmou que os três corpos foram encontrados na manhã de terça-feira, próximo ao rio, em uma cova rasa de, aproximadamente, 1,5m.
O palpite é que, pelo estado de decomposição, as vítimas foram mortas há cerca de um a dois meses. Também não foi possível determinar a causa da morte. “Há uma vaga suspeita de que ele possa ter sido auxiliado por outra pessoa. Ele se relacionava com uma mulher que ainda estamos tentando identificar”, frisou o delegado quanto ao principal suspeito do crime.
Evento no Polo Agroflorestal reuniu produtores rurais para esclarecer etapas do processo, que garante segurança jurídica e acesso a créditos agrícolas
O prefeito de Capixaba, Manoel Maia, destacou a importância da iniciativa e agradeceu ao governador Gladson Cameli, ao ITERACRE e à SEAGRI pelo apoio ao município. Foto: cedida
Na manhã de ontem, quarta-feira (12/03), o ITERACRE (Instituto de Terras do Acre), em parceria com a SEAGRI, Prefeitura de Capixaba e Câmara dos Vereadores, realizou uma audiência pública na zona rural do município, no Polo Agroflorestal da Associação dos Produtores de Capixaba. O evento marcou o início do processo de regularização fundiária na região, que visa garantir segurança jurídica e titularidade definitiva das propriedades rurais.
De acordo com a presidente do ITERACRE, Gabriela Câmara, a audiência pública é uma etapa fundamental para conscientizar a população e esclarecer sobre as próximas fases do processo. “A regularização fundiária é um marco essencial para assegurar os direitos dos produtores rurais e urbanos. Este é o primeiro passo de um caminho que trará benefícios significativos para a comunidade”, afirmou.
Durante o evento, os produtores rurais foram informados sobre os detalhes do processo, que inclui a emissão de títulos definitivos das terras. A regularização fundiária permitirá que os agricultores acessem créditos agrícolas, formalizem seus empreendimentos e tenham maior tranquilidade no exercício de suas atividades.
A regularização fundiária é vista como um passo crucial para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida dos agricultores da região. Foto: cedida
O prefeito de Capixaba, Manoel Maia, destacou a importância da iniciativa e agradeceu ao governador Gladson Cameli, ao ITERACRE e à SEAGRI pelo apoio ao município. “Esta parceria é fundamental para o desenvolvimento da nossa região. A regularização fundiária trará segurança e oportunidades para nossos produtores”, disse.
Diego Paulista, presidente da Câmara dos Vereadores, também ressaltou o papel da colaboração entre as instituições. “O título definitivo das terras é um sonho para muitos produtores. Com essa iniciativa, estamos fortalecendo a agricultura local e promovendo a inclusão social”, afirmou.
A ação faz parte dos esforços do Governo do Estado, por meio do ITERACRE e da SEAGRI, em parceria com a Prefeitura de Capixaba, para promover o desenvolvimento rural e a segurança jurídica no campo. A regularização fundiária é vista como um passo crucial para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida dos agricultores da região.
De acordo com a presidente do ITERACRE, Gabriela Câmara, a audiência pública é uma etapa fundamental para conscientizar a população e esclarecer sobre as próximas fases do processo. Foto: cedida
Dados da Rede de Observatórios da Segurança revelam 4.181 casos de violência de gênero e 531 feminicídios; São Paulo lidera com mais de mil ocorrências
A Rede de Observatórios da Segurança segue monitorando os casos e pressionando por mudanças que garantam segurança e justiça para todas as mulheres. Foto: internet
A cada 24 horas, em média, 13 mulheres foram vítimas de violência no ano passado nos nove Estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança. No Amazonas, Maranhão, Bahia, Ceará, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo, foram registrados 4.181 casos de violência de gênero, um aumento de 12,4% em relação a 2022.
Os dados também apontaram 531 vítimas de feminicídios, o que significa que, a cada 17 horas, uma mulher morreu em razão do gênero. Apesar do cenário alarmante, Bahia e Pernambuco foram os únicos Estados que registraram queda nos números de violência contra mulheres. Segundo a pesquisadora da Rede de Observatórios da Segurança, Francine Ribeiro, a redução pode ser explicada pelo trabalho de movimentos sociais e coletivos alternativos ao Estado, além da subnotificação de casos junto às forças de segurança.
No entanto, as falhas nas políticas de proteção às mulheres continuam a contribuir para o avanço dos índices de violência nos últimos cinco anos. São Paulo se destacou como a única região monitorada com mais de mil eventos violentos contra mulheres em 2023, totalizando 1.177 casos, um aumento de 12,4% em relação ao ano anterior.
Francine Ribeiro destacou o recrudescimento de medidas de proteção como um fator preocupante. “Em São Paulo, uma mulher denuncia violência a cada 5 minutos. Ainda assim, houve fechamento de delegacias da mulher 24h”, explicou. A pesquisadora reforçou a necessidade de políticas públicas eficazes e da manutenção de serviços especializados para enfrentar a violência de gênero.
Os números revelam um cenário crítico que exige ações urgentes para proteger as mulheres e combater a cultura de violência que persiste no país. A Rede de Observatórios da Segurança segue monitorando os casos e pressionando por mudanças que garantam segurança e justiça para todas as mulheres.
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