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Advogado diz que a Peixes da Amazônia deu calote em fornecedores
A falta de planejamento e a má gestão são os principais problemas da empresa de economia mista
O advogado Maurício Hohenberger está denunciando a Peixes da Amazônia por calote. Os processos nº 0602782-18.2017.8.01.0070 e 0706170-21.2017.8.01.0001, que estão sendo executados no 3º Juizado Especial Cível e 5º Vara Cível de Rio Branco, respectivamente, são execuções por dívidas na aquisição de equipamentos de refrigeração (R$ 3.621,07) e materiais de escritório (R$ 7.775,85). As compras foram feitas na época da instalação da empresa.
A reportagem optou em não expor os nomes das empresas. “Isso é um escárnio”. Como pode aquele propagandeado como o maior e mais promissor investimento do Acre, diga-se de passagem com dinheiro do BNDS, não pagar dívidas tão ínfimas?”, questiona Maurício Hohenberger, para quem a Peixes da Amazônia, por uma série de problemas apresentados e a ausência de transparência, é uma “caixa preta”.
O advogado afirma que o empreendimento teria tudo para ser viável, porém atribui o “fracasso” à falta de planejamento, gestão e à prática petista de tutelar negócios da iniciativa privada. “O papel do governo é garantir infraestrutura e as isenções fiscais para as empresas se instalem no Acre”, assim avalia Holenberger, que é um entusiasta da agroindústria. “Não sou adepto daquela concepção de que quanto pior melhor. Para mim, quanto pior é pior para todos nós, vez que os reflexos negativos recaem sobre o cidadão acreano, do qual faço parte”.
Maurício Hohenberger cita alguns “erros cruciais”, o que, segundo ele, contribuíram sobremaneira para inviabilizar o empreendimento. “Por que estamos beneficiando peixes dos Estados de Rondônia e Mato Grosso? Porque não temos produção local. Por que a fábrica de ração não produz ração? Porque o produto é composto basicamente por soja e milho, culturas que não produzimos no Acre”, critica o advogado, que ainda acrescentou: “Eu não acredito que o governo teve má intenção, porém é preciso ter humildade para analisar o que está acontecendo”.
Instalada em uma área de 63 hectares, no Km 32 da BR-364, na zona rural do município de Senador Guiomard, a Peixes da Amazônia S.A, uma empresa de economia mista, começou a ser construída em 2011. É formada por um laboratório de alevinos, fábrica de ração e frigorífico.
O complexo possui investimentos de R$ 132 milhões em uma parceria público/privada. Foi concebido de forma que contemplasse pequenos e grandes produtores. Uma central das cooperativas, que conta com 3.500 produtores associados, é uma das acionistas ao lado de outros 15 grandes empresários, além do governo estadual, que detêm 25% das ações.
O outro lado
A reportagem foi informada de que o administrador, Fábio Vaz Lima, costuma dá expediente pela manhã na Agência de Negócios do Acre (Anac), que funciona no centro da cidade. Não o encontramos no prédio.
Pelo WhatsApp, número 999xx-10xx, nos identificamos e informamos do assunto que seria tratado. Lima pediu para remetermos os processos por e-mail, pois, segundo ele, uma matéria similar já havido sido publicada há cerca de dois meses.
Após analisar as execuções, o administrador confirmou as dívidas e disse que tem compromissos a pagar e também a receber, normalmente ou judicialmente. “Em todas as fases sempre existe negociações, mesmo em execução, especialmente valores pequenos”, justificou Fábio Lima, garantindo vai acompanhar o andamento das execuções com um escritório jurídico.
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Polícia apreende pistola da Polícia Boliviana e prende suspeitos em Epitaciolândia
Arma calibre 9mm furtada em Cobija foi trazida ilegalmente para o Brasil e revendida; envolvidos foram identificados e apresentados à Justiça
A Polícia Civil, por meio da equipe de investigação da Delegacia Geral de Epitaciolândia, apreendeu na manhã desta quinta-feira (18) uma pistola calibre 9mm furtada em território boliviano. Segundo as autoridades, a arma pertence à Polícia Nacional da Bolívia e havia sido subtraída na cidade de Cobija, sendo posteriormente levada para o Brasil.
De acordo com as investigações, o furto foi cometido por um cidadão brasileiro, que atravessou a fronteira com o armamento e o revendeu a um terceiro. O homem detido em Epitaciolândia foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Em depoimento, ele afirmou ter adquirido a pistola na própria cidade pelo valor de R$ 7 mil.
A ação policial também possibilitou a identificação de outros envolvidos tanto no furto quanto na receptação da arma, revelando a existência de uma rota de circulação ilegal de armamentos na região de fronteira. Os suspeitos foram apresentados à Justiça e submetidos à audiência de custódia, permanecendo à disposição do Poder Judiciário.
As forças de segurança destacaram que a apreensão reforça o trabalho integrado e contínuo no combate aos crimes transfronteiriços, especialmente aqueles relacionados ao tráfico e à circulação ilegal de armas de fogo na fronteira entre Brasil e Bolívia.
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Policial Civil “NEGÃO DA CIVIL” é condenado por vazamento a facções criminosas e crimes sexuais no Acre
Em uma decisão histórica para a segurança pública da fronteira, o Poder Judiciário do Estado do Acre decretou a perda do cargo público do agente de polícia civil Jaelson dos Santos Silva (foto), conhecido como “Mima”. A sentença, assinada pelo juiz Guilherme Muniz de Freitas Miotto em 16 de dezembro de 2025, condena o agora ex-policial por traição à instituição e por se valer do cargo para cometer crimes sexuais contra uma adolescente.
Traição funcional e colapso da segurança
A investigação revelou que, em novembro de 2022, Jaelson utilizou seu acesso privilegiado a sistemas de informação da Delegacia de Assis Brasil para beneficiar a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Ao visualizar um relatório sigiloso contendo fotos de armas e denúncias contra faccionados, o réu — sem qualquer ordem de missão — dirigiu-se à residência de familiares dos investigados para alertá-los sobre a ação policial.
O impacto dessa “entrega” de informações foi devastador: as vítimas da denúncia, uma mãe e sua filha, passaram a sofrer ameaças de morte, tiveram pertences roubados e foram expulsas de seu domicílio por membros da facção. O magistrado destacou que a conduta de Jaelson “frustrou a operação policial e abalou severamente a credibilidade da Polícia Civil”.
O Predador disfarçado de protetor
O caso ganha contornos ainda mais graves no âmbito pessoal. Aproveitando-se do caos gerado pela expulsão da família das vítimas — crise que ele próprio ajudou a causar — Jaelson ofereceu uma falsa “proteção policial” a uma adolescente de 16 anos.
Segundo os autos, o réu levou a menor para sua residência, onde praticou atos libidinosos contra a jovem por quatro vezes. A sentença sublinha que Jaelson agiu com “abuso de poder e violação de dever inerente ao cargo”, utilizando a vulnerabilidade de uma vítima que via nele a última esperança de segurança.
A condenação e a perda do distintivo
Somadas as penas pelos crimes de divulgação de segredo funcional e importunação sexual em continuidade delitiva, o réu foi sentenciado a:
- 3 anos, 7 meses e 22 dias de reclusão pelo crime sexual;
- 2 anos e 15 dias de detenção pelo vazamento de dados;
- Perda imediata e definitiva do cargo de Agente de Polícia Civil.
O juiz fixou o regime semiaberto para o início do cumprimento da pena, citando a reincidência específica do réu, que já possuía condenação anterior por crime sexual dentro da delegacia local. Contudo, foi permitido que ele recorra da sentença em liberdade.
Horizonte sombrio em 2026: Júri Popular por tentativa de homicídio
Embora a sentença recente encerre um capítulo importante, o histórico de Jaelson dos Santos Silva ainda enfrentará o crivo final da justiça no próximo ano. Para 2026, está previsto o julgamento de um processo de tentativa de homicídio ocorrido durante uma briga de trânsito em seu dia de folga.
Neste caso específico, o ex-policial é acusado de perseguir e atentar contra a vida de um cidadão após um incidente de trânsito. Consta na denúncia que Jaelson agrediu a vítima de forma violenta enquanto esta estava inconsciente no chão após uma queda de motocicleta.
Vale ressaltar que, embora tenha recebido medidas cautelares restritivas em 2023 — como o afastamento do cargo e a entrega da arma —, tais medidas foram posteriormente revogadas antes do julgamento final. Contudo, a nova sentença proferida nesta semana impõe agora a sanção definitiva de exclusão dos quadros da Polícia Civil, encerrando sua trajetória na instituição sob graves condenações de abuso de poder.
Matéria baseada nos Autos n.º 0004147-62.2023.8.01.0001 da Vara Única Criminal de Assis Brasil.
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Prefeito Jerry Correia viabiliza retorno do empréstimo consignado junto à Caixa Econômica Federal
A Prefeitura de Assis Brasil comemora uma importante conquista para os servidores municipais. Por meio de articulação e trabalho contínuo, o prefeito Jerry Correia viabilizou o retorno do empréstimo consignado junto à Caixa Econômica Federal, ampliando as opções de crédito com taxas de juros mais baixas.
Em gestões anteriores, o município havia perdido o contrato de consignação com a Caixa devido ao não repasse de valores que já eram descontados dos servidores, o que gerou uma dívida significativa e impediu Assis Brasil de operar essa modalidade de crédito por um longo período. Desde que assumiu a administração, o prefeito Jerry Correia vem dialogando e buscando soluções para regularizar a situação e restabelecer a confiança institucional.
Com o retorno do convênio, os servidores da Prefeitura de Assis Brasil passam a contar novamente com a Caixa Econômica Federal, somando-se às opções já disponíveis, como o Banco do Brasil, garantindo mais concorrência, melhores condições e juros reduzidos.
Microcrédito rural para fortalecer a produção local
Durante visita à Caixa Econômica Federal, o prefeito também tratou da implantação do Microcrédito Rural, que será levado a Assis Brasil nesta terça-feira, com foco no fortalecimento dos produtores rurais do município.
A iniciativa representa um avanço significativo para a economia local, facilitando o acesso ao crédito, incentivando a produção rural e promovendo desenvolvimento com responsabilidade e inclusão.
A gestão do prefeito Jerry Correia segue comprometida em recuperar parcerias, garantir direitos aos servidores e criar oportunidades para a população de Assis Brasil.








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