Brasil
Adolescentes egípcios são achados desacompanhados no AC e PF apura se estado é rota para tráfico humano
Menores estavam em Brasileia e sem registro de entrada no Acre. Na sexta (8), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão.

Polícia Federal de Epitaciolândia investiga crime de tráfico humano contra imigrantes — Foto: Alexandre Lima/Arquivo pessoal
Por Aline Nascimento
A Polícia Federal do Acre cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade de Brasileia, interior do Acre, em uma ação que investiga o crime de tráfico humano no estado. As medidas judiciais foram cumpridas após a polícia encontrar, durante fiscalização preventiva feita na semana passada, dois adolescentes do Egito que estavam na cidade acreana desacompanhados e sem registros de entrada no Acre.
Na sexta-feira (8), as equipes cumpriram os mandados e apreenderam aparelhos celulares e documentos. O local onde o material foi apreendido não foi divulgado.
A ação foi coordenada pela delegacia da PF-AC de Epitaciolândia, cidade vizinha de Brasileia. A reportagem, a delegada Paula Cecília Santana Alves disse que não podia divulgar a idade dos menores, nem mais detalhes para não atrapalhar as investigações, mas garantiu que os adolescentes estão sob os cuidados das autoridades de Brasileia.
“Estamos tentando melhorar a atuação no controle migratório e, de maneira preventiva, fomos ao local onde estão os imigrantes em Brasileia e Assis Brasil e encontramos esses dois adolescentes desacompanhados sem ter feito o controle migratório no Brasil, então, estavam de maneira ilegal”, reafirmou.
A reportagem entrou em contato com o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres do Acre (Seasdham) e foi informado que as equipes ainda não foram informadas pela PF sobre o caso.
Porém, o núcleo aguarda o contato da Polícia Federal para saber que tipo de apoio e auxílio pode oferecer no caso.
Flagrante
A encontrar os menores, a polícia passou a investigar se imigrantes estão sendo trazidos por criminosos para o Brasil, usando o Acre como rota, para exploração. A delegada destacou que a PF passou a reforçar as ações de combate e prevenção ao tráfico de pessoas na fronteira do estado.
Ela relembrou que as ações já prenderam um casal suspeito de tráfico de pessoas e trabalho escravo, em fevereiro, que levaria uma adolescente de 16 anos para Bolívia. A menor foi resgatada dentro do carro do casal e devolvida para a família.
“Nossa preocupação é que pode ser não só uma rota de promoção de imigração ilegal, como também de tráfico de pessoas. De modo que, mais de uma associação criminosa, pode usar aqui como rota. Precisamos melhorar o controle migratório na região. Nessa tentativa, já conseguimos prender em flagrante um casal e estamos tentando descobrir quem é o responsável por trazer esses adolescentes estrangeiros para o Brasil, quem está bancando e qual o motivo”, pontuou.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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