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Acreanos que estudam na Bolívia faltam à aula por medo de ponte ser fechada durante protestos
Milhares foram às ruas de diversas cidades da Bolívia para protestar contra o que consideram fraude nas eleições presidenciais. Estudantes de medicina preferiram não arriscar.

Manifestantes foram para as ruas de diversas cidades da Bolívia na noite desta segunda-feira (21) para protestar contra suposta fraude — Foto: Jose Luis Rodriguez / AFP
Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco
Acreanos que cursam medicina em Cobija, na Bolívia, resolveram não ir para aula nesta terça-feira (22), com medo dos protestos que ocorrem no país vizinho. Conforme os estudantes, as aulas não foram suspensas, mas eles preferiram não arriscar.
Milhares de pessoas foram para as ruas de diversas cidades da Bolívia na noite desta segunda-feira (21) para protestar enquanto uma apuração preliminar apontava que Evo Morales tinha vantagem suficiente para garantir a sua reeleição ainda no primeiro turno.

A corte eleitoral deixou de alimentar os dados e posteriormente proclamou que Morales havia vencido no primeiro turno mais uma vez, o que levou Mesa a questionar o resultado e convocar os protestos que atingiram todo o país.
Apoiadores de Carlos Mesa denunciam uma suposta fraude nas apurações. Houve relatos de confrontos em Sucre, Oruro, Cochabamba, Cobija e La Paz, entre outras cidades.
A estudante Thays Christin, de 21 anos, faz o 4º período de medicina em Cobija mora em Brasiléia, no interior do Acre. Ela conta que toda a turma resolveu não ir para aula nesta terça.
“Eu e minha sala toda não fomos. Todo mundo está com medo. A confusão começou ontem [segunda,21] à noite um pouco depois que a gente saiu de lá. Aí, hoje [terça, 22] de manhã, ficamos sabendo que tinha carro de polícia e um monte de pneu queimados. Por isso, ficamos com medo de eles fecharem a fronteira enquanto nós estivéssemos lá dentro”, conta.
André Lucas Queiroz, de 18 anos, também preferiu não arriscar. “Foi uma questão de segurança e consenso da turma mesmo. Está tendo aula normal, porém, a gente conversou com os docentes e eles entendem nossa situação. Pelos vídeos que circularam, está tendo muita violência. A gente que está aqui, mesmo em dia normal, se sente meio menosprezados pelos bolivianos, muita falta de respeito. Então, agora com essa situação, deve estar ainda pior”, diz.

Protestos tiveram início na segunda-feira em diversas cidades bolivianas/foto: reprodução
Eleições na Bolívia
Uma contagem preliminar, que tinha sido interrompida na noite de domingo (21), foi retomada na segunda e chegou a apontar uma vantagem suficiente para garantir a vitória de Morales no primeiro turno, mas depois a vantagem diminuiu.
Até as 22h45 (horário de Brasília) o resultado ainda era incerto, mas os apoiadores de Carlos Mesa foram às ruas para protestar.
Na Bolívia, um candidato pode ser declarado vencedor no primeiro turno se tiver 50% dos votos mais um, ou se tiver 40%, com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
Às 22h45, com 95,63% dos votos apurados na contagem preliminar, Evo Morales tinha 46,4%, e Carlos Mesa aparecia com 37,07%.
Já no sistema de contagem voto a voto, mais lento, no mesmo horário haviam sido apurados 89,40% dos votos, com Mesa liderando, com 42,29%, enquanto Morales tem 42,04%.
O candidato opositor Carlos Mesa já declarou que não reconhecerá os resultados de uma apuração fraudada.
“Não vamos reconhecer estes resultados, que são parte de uma fraude consumada de maneira vergonhosa e que está colocando a sociedade boliviana em uma situação de tensão desnecessária”, declarou Mesa a meios de comunicação de Santa Cruz, no leste do país.
O tribunal eleitoral “fraudou a apuração e deu 10 pontos de diferença [para Morales]. Agora imagino que vão aumentar isto, consumando a fraude, consumando um roubo eleitoral inaceitável”, denunciou Mesa.
A apuração continua e as autoridades governamentais fizeram um apelo para que se aguarde o resultado final.

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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul
Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.
Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.
Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.
Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.
Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.
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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

Foto: TJAC/assessoria
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.
A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.
O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.
Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.
Fonte: Ascom/TJAC
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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco
Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.
Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.
O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.
A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.
Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.
Fonte: PCAC

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