Cotidiano
Acre é o segundo estado com maior queda no nº de homicídios no 1º trimestre de 2021
Por Alcinete Gadelha
O Acre registrou uma queda de 29% nos assassinatos nos três primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2020, segundo dados do Monitor da Violência, feito pelo G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (31) e mostram que nos meses de janeiro, fevereiro e março foram registradas 60 homicídios no estado, contra 84 no mesmo período de 2020. Foram 24 mortes a menos.
Com essa redução, o Acre é o segundo estado com maior redução, ficando atrás apenas do Distrito Federal, que teve redução de 37%.
O índice nacional de homicídios criado pelo G1 é feito com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. E Estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
Os dados coletados mês a mês não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais.
‘Redução contínua’
O secretário de Segurança Pública do Acre, Paulo Cesar Santos, disse que três fatores contribuíram para essa redução dos homicídios no estado.
“Desde 2019, percebemos uma redução e isso é fruto de três ações: controle do ambiente carcerário, haja vista que as organizações criminosas normalmente organizam as práticas delituosas por meio de comunicação no interior do ambiente carcerário; o policiamento orientado para o problema com análise de dados criminais produzido pelas agências de inteligência das forças de segurança, no sentido de definir quais são as áreas prioritárias do policiamento a fim de coibir a prática de delitos, e também a atuação da polícia judiciária a fim de intensificar a elucidação dos crimes de homicídio”, pontuou.
O secretário reforça que apenas em janeiro de 2020, quando o estado registrou 47 mortes, houve um pico, mas que os dados continuaram caindo.
“Então, estas três ações, de forma conjunta têm impactado na redução contínua. Óbvio que tivemos um pico no ano passado, no mês de janeiro, uma exceção, mas estamos em uma redução contínua nos indicadores de crimes contra a vida que envolvem não apenas o homicídio, mas o latrocínio, o feminicídio e os de enfrentamento policial”. disse.
Dados nacionais
O Brasil teve uma queda de 11% nos assassinatos no mesmo período do ano na comparação com 2020. Em janeiro, fevereiro e março, foram registradas 10.663 mortes violentas, contra 12.007 no primeiro trimestre de 2020. Ou seja, 1.344 a menos.
A queda acontece após um 2020 violento, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. No ano passado, o país teve uma alta nos assassinatos após dois anos consecutivos de queda.
Agora, apenas cinco estados contabilizam uma alta: três no Nordeste (Maranhão, Paraíba e Piauí) e dois no Norte (Pará e Roraima).
Operações
Em ações recentes, a segurança pública do estado realizou, por exemplo, a segunda fase da Operação Livro Caixa foi deflagrada em fevereiro pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) e Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar em Rio Branco e mais dois estados.
Durante a ação foram cumpridos 32 mandados judiciais contra integrantes de duas organizações criminosas que atuam em pelo menos três bairros de Rio Branco.
Em março, a Polícia Civil cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e prendeu sete pessoas em uma operação contra o tráfico de drogas, em bairros de Rio Branco. Foram cumpridos dois mandados de prisão e cinco pessoas foram presas em flagrante durante a ação.
No mesmo mês, a Polícia Civil cumpriu um total de 56 mandados judiciais contra pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, compra e venda de produtos de roubo, entre outros crimes, como parte da retomada da Operação Impactus. Ao todo, 45 pessoas foram presas, em Rio Branco.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) deflagrou, no mês de abril, a operação “Partum”. Os alvos da operação são integrantes de uma facção criminosa que atuam com tráfico de drogas e crimes violentos e que operam dentro e fora do sistema prisional do Acre.
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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