Geral
Abasteceu o carro com combustível adulterado? Saiba quais são os seus direitos
Adulteração de diesel, etanol e gasolina é ilegal, mas ocorre e pode gerar sérios defeitos em seu veículo

Dependendo da gravidade da adulteração, o motor pode apresentar engasgos e até trancos durante as acelerações. Também podem ocorrer desligamentos repentinos, emissão de fumaça pelo escapamento e ruído anormal no motor
Thiago Moreno, colaboração para o CNN
Com aumento dos combustíveis, o consumidor fica aflito por estar gastando mais para encher o tanque. Até mesmo para os postos, o cenário é ruim, pois pode diminuir o movimento dos estabelecimentos. É nesse momento que a prática ilegal da adulteração de combustíveis costuma acontecer no Brasil.
É bom esclarecer que qualquer combustível pode ser adulterado: gasolina, etanol e até mesmo o diesel. Nem sempre os efeitos no veículo aparecem na hora e podem ser cumulativos. Ou seja, o combustível “batizado” pode acelerar o desgaste de componentes do motor.
Quais são os principais tipos de adulteração de combustível?
No caso da gasolina, um dos principais tipos de adulteração é o acréscimo de etanol anidro acima do permitido. Por lei, a gasolina comum pode conter até 27% de etanol, enquanto o limite na gasolina premium é de 25%.
Mas não é o único caso. Na verdade, qualquer combustível mais barato que a gasolina pode ser misturado à fórmula para “batizar” o combustível. Além do querosene e de solventes, metanol e óleo diesel também podem ser encontrados em uma gasolina fora do padrão estipulado por lei.
No caso do etanol, a adulteração mais encontrada é a adição de metanol. “É a mais comum e também a mais perigosa”, diz Renato Ghetti Tanan, fundador da RB Consultoria Automotiva, empresa especializada em vistoria técnica veicular e que atua no ramo de intermediação de compra, venda e laudos técnicos para automóveis. “O metanol já foi combustível no Brasil, mas foi proibido por ser altamente tóxico. Pode causar desde cegueira até a morte.”
Vale lembrar que o etanol vendido no posto é do tipo hidratado. Ou seja, contém água. A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) estipula que o etanol comum deve conter ao menos 92,5% de massa alcoólica. Nesse caso, também é comum adicionar mais água ao etanol do que o permitido.
O diesel é o mais difícil de ser adulterado, mas também pode sofrer com modificações ilegais. Nesse caso, um dos truques é acrescentar mais biodiesel do que o permitido ao combustível. Hoje, o limite é de 11%. No entanto, também podem acontecer adulterações involuntárias.
“Como o diesel é higroscópico (absorve umidade do ar), pode acumular água”, explica Tanan. Os veículos a diesel modernos já conseguem identificar a presença de água no sistema, mas geralmente impedem a partida para evitar danos ao motor.
Tem como evitar?
É difícil estar 100% seguro contra a adulteração de combustíveis, no entanto, algumas dicas são válidas. A primeira é evitar postos com preços muito abaixo da média da região ou aqueles que têm preços baixos e pouco movimento. Se possível, também é indicado a compra de combustíveis premium ou de maior octanagem — desde que seja condizente com a motorização do seu veículo, é claro.
Segundo Tanan, os combustíveis premium de alta octanagem sofrem menos adulterações, pois são produtos que praticamente só estão disponíveis em postos com bandeira fiscalizados pela companhia que cede sua marca. Também contribui o fato de que o número de clientes que usam esses combustíveis é menor. Logo, o giro dos produtos é mais baixo. Consequentemente, caso o posto adultere a fórmula, ficará com esses combustíveis por mais tempo no tanque, aumentando o risco de ser pego por uma fiscalização.
Além disso, há o risco de ter que ressarcir um cliente de um veículo mais caro — já que o combustível premium é usado em veículos mais novos.
Quais defeitos pode causar?
Os carros atuais precisam passar por exigentes parâmetros de emissões de poluentes e de consumo. Para isso, recorrem a métodos que aumentam a eficiência energética, absorvendo mais da energia gerada pela queima. No entanto, tornaram-se muito mais sensíveis à qualidade dos combustíveis usados.
Os primeiros sintomas de que seu carro foi abastecido com combustível adulterado podem aparecer na forma de uma luz de injeção acesa no painel, um grande aumento no consumo, perda de desempenho, oscilação na rotação do motor quando parado e até dificuldade de partida. Dependendo da gravidade da adulteração, o motor pode apresentar engasgos e até trancos durante as acelerações. Também podem ocorrer desligamentos repentinos, emissão de fumaça pelo escapamento e ruído anormal no motor.
Nos casos mais graves, pode haver quebra do motor. Itens como linhas de combustível, bomba de combustível e bicos injetores são os mais afetados. No entanto, o combustível adulterado também pode corroer o motor por dentro, atrapalhando a vedação de válvulas e ressecando quaisquer elementos de borracha.
No caso da adição extra de etanol à gasolina, a adulteração mais comum de todas, quem tem carro flex vai sofrer menos, tendo apenas um consumo elevado. No entanto, quem tem um veículo movido apenas a gasolina vai encarar uma corrosão prematura de componentes como mangueiras, tanque e escapamento.
Comprei combustível adulterado, e agora?
Supondo que você utilizou combustível adulterado e o carro apresentou defeitos ou quebras em decorrência disso, o caminho para quem vai buscar seus direitos, infelizmente, é árduo. “Na teoria, o consumidor pode e deve ser reembolsado pelo posto que forneceu o combustível adulterado. Porém, na prática, deve estar preparado para encarar a burocracia que vem pela frente”, explica o fundador da RB Consultoria.
Segundo Tanan, “como combustível é um produto de alta rotatividade, é difícil voltar ao mesmo posto e flagrá-lo vendendo combustível adulterado”. Essa mudança pode acontecer em questão de horas, e alguns postos renovam seus estoques mais de uma vez por dia. Além disso, não basta apenas acusar o estabelecimento.
“Sua palavra não basta”, diz Tanan. “É ideal ter em mãos um laudo técnico emitido por um profissional certificado detalhando os danos causados e provando que foram provocados pelo combustível adulterado. O melhor é tentar uma conciliação com o dono do estabelecimento. Caso não seja atendido, os próximos passos seriam uma denúncia formal à ANP e à polícia, além de procurar um bom advogado.” Também vale a pena guardar as notas fiscais comprovando a compra do combustível.
Há apenas um artigo no Código de Defesa do Consumidor onde a adulteração de combustível pode ser enquadrada. É o Artigo 18, que diz:
“Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
Comentários
Geral
Delegacia abre inquérito para apurar acidente que vitimou trabalhadores
A Polícia Civil do Estado do Acre emitiu uma nota na tarde desta terça-feira, 22, informando que o acidente de trânsito com vítimas fatais, ocorrido nas proximidades da Terceira Ponte, em Rio Branco, no dia 17 de abril, que resultou em duas mortes, foi recepcionado pela 1° Delegacia Regional da Polícia Civil.
De acordo com a instituição, um inquérito policial já foi instaurado para a devida apuração dos fatos. “Todas as providências legais cabíveis estão sendo adotadas com o objetivo de esclarecer as circunstâncias do acidente, identificar eventuais responsabilidades e garantir a devida resposta à sociedade”, diz a nota.
Familiares, amigos e testemunhas afirmam que o condutor da Ranger teria sido liberado do local sem fazer o teste do bafômetro. Até o último domingo (20), ele ainda não havia se apresentado para prestar depoimento na delegacia.
No último domingo, 20, morreu a segunda vítima do acidente, o técnico Carpegiane de Freitas Lopes, de 46 anos. Assim como Márcio Pinheiro da Silva, que morreu no local do acidente, ele também era funcionário da empresa Estação VIP.
Carpegiane e Marcio estavam em motocicletas da empresa VIP quando foram atingidos por uma caminhonete Ford Ranger vermelha, de placa EEP-2E06, dirigida por Talysson da Silva Duarte, que, segundo testemunhas, teria invadido a pista contrária e colidido com três motos.
O que diz a PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o condutor da caminhonete, Talysson Duarte, foi submetido ao teste do bafômetro, com resultado negativo para ingestão de álcool. Ele permaneceu no local, prestou socorro às vítimas e colaborou com os agentes. No entanto, devido ao início de aglomeração com familiares e populares exaltados, a PRF optou por retirá-lo do local por questões de segurança, com o compromisso de apresentação posterior à Polícia Civil.
Comentários
Geral
Adolescente de 13 anos participa de assalto a supermercado em Cruzeiro do Sul; dois adultos presos
Bandidos renderam funcionários e clientes usando arma falsa, levaram dinheiro e celulares. Polícia recuperou parte dos itens roubados e busca quarto envolvido, que fugiu antes da chegada dos PMs.
Crime choca cidade: menor de 13 anos integrava quadrilha que assaltou supermercado no Telégrafo
Um assalto a um supermercado no bairro do Telégrafo, em Cruzeiro do Sul, no último sábado (19), chamou atenção pela participação de um adolescente de apenas 13 anos. Ele e outros três homens invadiram o estabelecimento armados com um simulacro de arma de fogo, renderam funcionários e clientes e levaram dinheiro dos caixas e diversos celulares, deixando o local em pânico.
A Polícia Militar agiu rapidamente e conseguiu prender dois adultos, além de apreender o menor. Parte dos objetos roubados foi recuperada, assim como duas motocicletas usadas no crime – uma delas havia sido furtada horas antes.
Detalhes da ação criminosa
Segundo informações, os assaltantes agiram de forma coordenada, ameaçando as vítimas e recolhendo pertences pessoais. Após o crime, tentaram fugir, mas foram interceptados pela PM. Um dos presos já era monitorado pela Justiça e havia rompido sua tornozeleira eletrônica.
Os suspeitos confessaram o crime e revelaram que um quarto integrante do grupo conseguiu escapar antes da chegada da polícia, levando consigo parte dos itens roubados. As buscas por ele continuam.
Situação do menor
O adolescente de 13 anos foi apreendido e encaminhado às autoridades competentes. O caso reacende o debate sobre a participação de menores em crimes violentos e a necessidade de medidas socioeducativas mais eficazes. A população local teme o aumento da ação de quadrilhas mistas (adultos e menores) na região.
A polícia investiga se o grupo está envolvido em outros crimes na cidade.
Comentários
Geral
Agiotagem pode ter motivado assassinato a sangue-frio em Cruzeiro do Sul; criminosos seriam de outro estado
Vítima foi executada com um tiro na boca enquanto assistia a jogo de futebol; bandidos renderam testemunhas, amarraram uma delas e fugiram com objetos de valor. Polícia investiga.
Execução brutal choca Cruzeiro do Sul; suspeitos agiram com frieza e fugiram sem deixar pistas
Um crime chocante abalou o bairro do Colégio, em Cruzeiro do Sul, no último sábado (19). Anselmo de Lima Silva, 45 anos, foi assassinado com um tiro na boca dentro de uma residência na rua Sergipe. Segundo fontes ouvidas, o homicídio pode estar ligado a dívidas de agiotagem, e os executores teriam vindo de outro estado exclusivamente para o crime. Ninguém foi preso até o momento, e a Polícia Civil trabalha para desvendar o caso.
Cena do crime
Anselmo estava deitado em uma rede, acompanhado do irmão, João Lima, e de um amigo não identificado, assistindo a um jogo de futebol pela TV, quando dois homens armados invadiram o local. João, que chegava de moto, foi rendido e obrigado a entrar na casa. Os criminosos perguntaram: “Quem é o irmão do Assis, aí?”. Em seguida, amarraram o acompanhante com abraçadeiras plásticas e levaram os irmãos para um quarto, onde os obrigaram a deitar no chão.
Com frieza, ordenaram que Anselmo abrisse a boca e atiraram, matando-o na hora. Antes de fugir, roubaram um cordão de ouro, um anel e um celular. A moto de João foi abandonada perto do Cemitério São João Batista.
Pistas e Buscas
João descreveu os assassinos: um era branco, baixo e portava um revólver; o outro, moreno, magro e armado com uma pistola. Testemunhas afirmam que os dois seguiram para o bairro da Lagoa, onde podem ter se encontrado com um cúmplice. A polícia segue em busca de mais informações para identificar e prender os envolvidos.
O caso remete a crimes encomendados, e a investigação apura se Anselmo era alvo de uma vingança ou disputa financeira. A população local está assustada com a violência e cobra respostas das autoridades.
Você precisa fazer login para comentar.