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“A Bolívia vive a pior crise desde o retorno da democracia”, diz Rodríguez Veltzé

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“Mais importante do que este golpe fracassado é a crise económica, a crise que afecta as carteiras dos bolivianos”, disse o ex-presidente do país.

Ex-presidente Rodríguez Veltzé. Foto: ABI

O ex-presidente Eduardo Rodríguez Veltzé afirmou que “a Bolívia vive a pior crise desde o retorno da democracia” e disse que o presidente Luis Arce deveria convocar todas as forças políticas e ex-presidentes para buscar consenso.

O ex-presidente concedeu entrevista ao jornal de Buenos Aires Clarín, na qual falou sobre a revolta militar da semana passada no país. “Não passou de uma insubordinação fracassada e o que vem depois, na tentativa de instalar uma narrativa de que foi um golpe ou outra coisa, a única coisa que consegue é gerar mais dúvidas na população e na comunidade internacional sobre o que realmente aconteceu.”, afirmou durante o diálogo.

Além disso, disse que “mais importante que este golpe fracassado é a crise econômica, a crise que afeta as carteiras dos bolivianos. A possibilidade de terem certeza sobre a sua situação económica é essencial. Não é o show que eles queriam mostrar.”

Questionado sobre a situação atual na Bolívia, Rodríguez Veltzé assegurou que “há uma crise económica, uma crise judicial, há uma crise legislativa devido a esta falta de pleno funcionamento da Assembleia Legislativa e que também foi mutilada por decisões do Conselho Constitucional”. Justiça para efetivar a fiscalização por meio de interpelações.”

“Também uma crise eleitoral, pois há incerteza sobre as eleições judiciais, sobre a realização das eleições primárias e um calendário eleitoral com incertezas”, disse.

“Encorajo o Presidente Luis Arce a apelar a um diálogo político responsável, plural e participativo para enfrentar uma das crises mais graves que tivemos desde a recuperação da democracia”, exigiu.

Nesse sentido, sugeriu que o presidente chame Evo Morales, Carlos Mesa, quem lidera o Creo, as forças políticas com representação parlamentar e os atores cidadãos de forma aberta e plural, “porque a crise não permite que ninguém se sinta o detentor da sabedoria, nem a solução.”

“É claro que este é um problema muito maior, que transcende as pretensões eleitorais pessoais de Arce, Morales ou qualquer outro candidato. A Bolívia atravessa a pior crise desde que a democracia foi recuperada, há 42 anos. Já passamos por momentos muito difíceis em 2019, quando outro golpe militar pediu a saída de Evo Morales do poder. Aqui tem que prevalecer o sentido dos interesses do povo, não do partido, nem do interesse pessoal”, reforçou ex-presidente.

Sobre o papel das Forças Armadas, o ex-presidente disse que “são um fator de poder que deve ser revisto”. “Estou convencido de que devemos reformar os termos de convivência com as Forças Armadas que têm sido um perigo permanente.”

Durante os protestos de junho de 2005, Rodríguez Veltzé foi presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Após a renúncia de Carlos Mesa à presidência devido aos violentos protestos, o Congresso o ungiu como chefe de Estado por um período de seis meses com o objetivo de convocar eleições.

Em 2013 foi nomeado por Evo Morales como agente para a apresentação do processo da Bolívia contra o Chile na Corte Internacional de Justiça de Haia sobre a questão marítima.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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