Acre
ZPE: A herança maldita da fracassada tentativa de industrialização do Acre que o novo governo não sabe o que fazer

Por Leônidas Badaró
Durante os últimos anos da administração petista no Acre, que teve Sebastião Viana como governador por dois mandatos, foram feitos investimentos milionários para industrializar o Acre. A concepção era a de que o estado teria, ao longo das administrações de Jorge Viana e Binho Marques, construído a base sólida para que o estado desse um passo adiante em seu desenvolvimento econômico.
O resultado, no entanto, não foi o que o governo previa. Investimentos como, por exemplo, o Complexo de Piscicultura, fracassaram e atualmente encontram-se fechados.
Um outro investimento apresentado como um indutor da política de desenvolvimento industrial no Acre nunca nem chegou a funcionar e o atual governo demonstra que não sabe o que fazer. A Zona de Processamento de Exportação (ZPE), inaugurada em 2011, foi resultado de um investimento milionário e prometia a instalação de empresas no Acre, o que seria facilitado pela posição estratégica do Acre em relação ao Oceano Pacífico e promoveria, entre outros benefícios, a geração de emprego no estado.
Ocorre que apesar das promessas, em 12 anos, nenhuma empresa se instalou no Acre. O atual governo também não sabe o que fazer com a ZPE.
Em 2021, durante o primeiro mandato de Gladson Cameli, o governo fez um grande estardalhaço ao anunciar a venda da ZPE para uma empresa chinesa por quase R$ 26 milhões de reais. Acontece que nem a primeira parcela foi paga pelos supostos compradores e a venda foi cancelada. Desde este período, nenhuma novidade concreta em relação ao “elefante branco”, que se tornou a ZPE, foi anunciada. O governo chegou a anunciar que faria outro leilão, o que até hoje não aconteceu.
Ao longo desta semana, o governo do estado publicou no Diário Oficial um pedido de renovação de operação da ZPE. No entanto, o próprio governo admite que a renovação da operação é apenas um procedimento administrativo, sem apresentar nenhuma perspectiva real de interessados em ocupar o investimento.
“A Renovação da Licença de Operação é um procedimento administrativo anual, para o funcionamento regular conforme as normas do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC. A partir deste ano, o governo do Acre pretende implementar o Novo Marco Legal das ZPE´s, se alinhando à legislação federal.
Agora, as empresas interessadas em se instalar na área, podem internalizar 100% da produção no mercado local. Anteriormente, era exigida a exportação de 80%.A adequação da legislação deve incentivar empresas a montarem seu parque industrial no Acre e fomentar a geração de emprego e renda, atendendo a um dos principais compromissos de campanha do governador Gladson Cameli”, afirmou em nota o governo do estado.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.
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Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).
O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.
No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.
Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.
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No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.
No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.
Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

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