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VÍDEOS: indígena isolado que fez contato com ribeirinhos retorna à floresta

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O indígena isolado fez contato com a comunidade não indígena Bela Rosa, nas proximidades da Terra Indígena Mamoriá Grande

Com informações da Assessoria

A Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Madeira-Purus da Funai recebeu na última quarta-feira (12) informações sobre a presença de um indígena isolado na comunidade não indígena Bela Rosa, nas proximidades da Base de Proteção Etnoambiental (Bape) da Terra Indígena Mamoriá Grande, localizada entre os municípios de Pauini e Lábrea, no sudoeste do Amazonas. Na tarde de quinta-feira (13), o indígena que fez contato com os ribeirinhos, retornou à aldeira na floresta.

Durante o contato com o ribeirinhos, o indígena conheceu um isqueiro e ficou impressionado com as chamas do dispositivo. No registro, é possível perceber os esforços dos ribeirinhos para se comunicar com o indígena.

Ao ser avisada sobre a presença do indígena isolado, imediatamente, a equipe da Funai na base se deslocou até o local, acompanhando o jovem até a Bape para assegurar seu isolamento sanitário.

Simultaneamente, equipes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), por meio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) Médio Purus e Alto Juruá, se articularam com a FPE Madeira-Purus para viabilizar insumos médicos e profissionais necessários. Na madrugada de quinta-feira (13), equipes da Funai e da Sesai partiram do município de Lábrea em direção à Bape Mamoriá.

Seguindo os protocolos estabelecidos na Portaria Conjunta MS/Funai nº 4.094, de 20 de dezembro de 2018, duas reuniões de Sala de Situação foram realizadas ao longo da quinta-feira, com participação da Funai, Sesai e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). Nessas reuniões, as ações foram analisadas e definidas em conjunto. Além disso, houve um encontro extraordinário do Grupo Técnico de Localização de Povos Indígenas Isolados (GTLII), vinculado à Coordenação-Geral de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (CGiirc), para avaliar o caso.

Na tarde de quinta-feira (13), o indígena retornou à floresta. Dando continuidade ao plano de contingência, uma equipe multidisciplinar da Sesai e da Funai foi deslocada até a comunidade não indígena. Enquanto a Sesai avaliava a situação epidemiológica dos moradores, a Funai monitorava o território e orientava a população sobre medidas de proteção ao povo indígena isolado da Terra Indígena Mamoriá Grande.

Para reforçar a proteção ao indígena e sua comunidade, duas equipes da Funai estão a caminho da Bape Mamoriá: uma da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira-Purus (CFPE-MP) e outra da CGiirc. Outra equipe da Sesai também irá somar ao grupo. Elas permanecerão no local por tempo indeterminado, monitorando e acompanhando a situação. A equipe da CGiirc contará com uma colaboradora indígena do povo Juma, experiente em monitoramento de povos isolados e falante da língua Kawahiva, que pode ser a mesma utilizada pelo povo em questão.

Portaria de restrição de uso

Em 11 de dezembro de 2024, foi publicada a portaria de restrição de uso referente à área de Mamoriá Grande. A medida foi um importante passo para proteger os povos indígenas isolados da região, cuja presença foi oficialmente confirmada pela Funai em 2021.

A área de Mamoriá Grande, além de abrigar esses grupos vulneráveis, apresenta cerca de 20% de sobreposição com a Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus. A proposta de interdição é resultado dos trabalhos criteriosos e minuciosos de localização e monitoramento de povos indígenas isolados, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Madeira Purus (FPW MadPur). Tal proposta contou também com um intenso diálogo com os moradores da Resex e baseou-se no plano de manejo da reserva, garantindo o menor impacto possível para a população local enquanto garante a proteção dos povos isolados. Até o momento, a Funai já implementou duas Bases de Proteção Etnoambiental na região para monitorar e proteger o território.

Principais ameaças enfrentadas pela área

A área de Mamoriá Grande enfrenta uma série de desafios que tornam urgente a sua interdição legal. Entre as principais ameaças estão a especulação fundiária; os conflitos locais, sob a forma de ameaças provenientes de moradores da Resex Médio Purus contra indígenas e servidores da Funai; e a ausência de respaldo legal para fiscalização, tendo em vista que antes da publicação da portaria, a Funai não possuía previsão legal para realizar fiscalizações adequadas no território.

A interdição de Mamoriá Grande, em cumprimento à missão da Funai de proteger e promover os direitos dos povos indígenas do Brasil, respaldada por dispositivos legais como o artigo 231 da Constituição Federal e o Decreto nº 1.775/96, impede a exploração de recursos naturais e restringe o acesso de terceiros à área. A medida visa salvaguardar a vida dos indígenas isolados, extremamente vulneráveis a pressões externas e impactos ambientais.

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Brasil

‘Tarifaço’ de Trump pode aumentar vinda de produtos chineses para o Brasil

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Foto: Reuters

A constante ameaça de criação de novas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem deixado a indústria brasileira preocupada com os próximos meses. Além dos efeitos diretos, como taxas mais altas a produtos brasileiros, especialistas acreditam que as medidas podem causar efeitos indiretos, afetando aos parceiros comerciais do país.

Um exemplo é a possível guerra comercial entre EUA e China, que voltou a ganhar força desde que Trump indicou que pretende instaurar um tarifaço para proteger a indústria americana da competição externa.

No final de janeiro, o presidente americano anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses importados pelos EUA. Em resposta, a China também anunciou taxas mais altas para produtos americanos.

Já nesta semana, Trump afirmou que um novo acordo comercial com a China “é possível”.

Segundo especialistas e representantes da indústria consultados pelo g1, o crescente atrito entre os dois países pode abrir espaço para que o gigante asiático intensifique sua relação comercial com outros países — o Brasil, por exemplo.

O movimento nem seria novidade. Segundo Marcos Jank, professor sênior e coordenador do centro Agro Global do Insper, a China já se preparava para uma segunda guerra comercial com os EUA e agora adota uma visão mais estratégica, cautelosa e seletiva sobre o comércio mundial.

“Nos últimos anos, a China diversificou bastante suas exportações, já sendo bem menos dependente dos EUA do que era em 2017. E ela tem buscado também uma maior aproximação dos emergentes”, afirma.

Caso o movimento se concretize, a presença de produtos chineses no mundo deve crescer bastante. Em 2024, por exemplo, a China respondeu por 24,2% das importações brasileiras. Aumentando demais esse número, a economia e a indústria nacional precisarão reagir.

Impactos para a indústria

Por um lado e em um prazo mais curto, a indicação de especialistas é que a maior presença da China no Brasil pode diminuir os custos para os consumidores. Isso porque a chegada de produtos chineses mais baratos obriga a indústria brasileira a baixar os preços para manter a competitividade no mercado.

“O que acontece na prática é que a China já vem praticando preços muito abaixo dos preços de mercado em diversos segmentos. Vemos um ‘dumping’ de produtos chineses no Brasil, mas isso tem prejudicado a produção local”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe.
Nesse sentido, apesar dos produtos mais baratos para os consumidores em um primeiro momento, representantes da indústria sinalizam que os efeitos na economia e nas cadeias produtivas podem ser mais negativos no país no médio e longo prazo.

Esses efeitos negativos viriam principalmente entre os setores de maior investimento por parte da China, como:

• indústria de máquinas e equipamentos;
• indústria têxtil e de confecção; e
• indústria automobilística.

Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira da indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, o movimento já começa a ter efeitos no faturamento e no crescimento da indústria brasileira.

No setor de máquinas e equipamentos, por exemplo, o executivo explica que houve uma queda de mais de 8% do faturamento em 2024, enquanto o volume de importações cresceu 10% no mesmo período. E entre os importados, houve ainda um aumento de 33% dos produtos chineses vindos para o país.

“Esses já são os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. E, nesse caso, o aumento das importações não são um bom sinal para a produtividade porque o consumo do setor também caiu”, explica Velloso, indicando que esse quadro também indica uma piora das vendas de produtos brasileiros.

Esse cenário também é visto nos outros dois setores, que já estendem a briga por um ambiente com regras claras de competitividade no país há algum tempo. O exemplo mais recente foi a discussão sobre o que ficou chamado de “imposto das blusinhas”.

A cobrança de um imposto de importação de 20% para compras de até US$ 50 feitas no exterior começou em agosto do ano passado, após mais de um ano de negociações no governo.

A medida era amplamente defendida pelo setor têxtil, que pleiteava uma isonomia tributária e regulatória, em meio ao ganho da força de sites e aplicativos como Shein, Shoppee e AliExpress.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, o aumento de tarifas por parte dos Estados Unidos volta a acender o alerta para o setor de uma possível “concorrência desleal”.

“Estamos sempre trabalhando em conjunto com os órgãos de controle das nossas fronteiras, e não só para importações convencionais, mas também para exportações que vêm pelas plataformas digitais internacionais, para garantir que todos estejam pagando os devidos impostos, assim como nós”, diz.

Impacto na taxa de câmbio

Além dos impactos vindos da China, representantes da indústria também destacam os efeitos de um dólar mais forte em meio à imposição de tarifas por parte de Trump.

Essas medidas podem tanto deixar a produção mais cara para as indústrias que importam matérias-primas, como podem acabar encarecendo as taxas de juros no país e também afetar as indústrias que dependem do acesso que os consumidores têm ao crédito – como é o caso da indústria automobilística, por exemplo.

De maneira geral, a leitura de especialistas é que a imposição de tarifas por parte do governo dos Estados Unidos pode acabar encarecendo os produtos no país e pressionar a inflação, forçando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a subir os juros por lá.

Esse cenário tende a fortalecer o dólar frente a outras moedas e, nesse sentido, pode pressionar a inflação brasileira – o que também forçaria o Comitê de Política Monetária (Copom) a ser mais duro na condução dos juros por aqui.

Esse cenário também já é sentido por aqui. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Marcio de Lima Leite, as vendas financiadas do setor chegaram a cair para 30% em 2023 e encerraram o ano passado em 45% do total.

“Esse ano temos um grande desafio que é fazer o mercado crescer sabendo que a taxa de juros e o custo de financiamento serão impactados. Além disso, ainda há muita insegurança e falta de previsibilidade nos acordos comerciais. O que acontecerão com os acordos? Serão mantidos, estreitados, alterados ou redirecionados?”, disse Leite durante apresentação do resultado consolidado do setor de 2024.
Impacto macroeconômico
Os especialistas e representantes do setor consultados pelo g1 ainda destacam que o possível aumento no volume de produtos chineses do país também pode trazer efeitos macroeconômicos no longo prazo.

“A primeira consequência disso tudo é a desindustrialização, porque se há produtos mais baratos vindos da China, eu vou importar. E isso já está acontecendo agora, com várias empresas anunciando grandes números de demissões”, afirma Velloso, da Abimaq.

Nesse caso, além da perda de faturamento de diversos setores da economia brasileira, há também o risco de um aumento na taxa de desemprego e de uma redução dos investimentos no país.

Um exemplo desse cenário é o setor de fabricação de geradores eólicos. O segmento, que chegou a ter sete fabricantes no país, hoje tem apenas três.

Nesse sentido, parte das exigências feitas atualmente pelos representantes da indústria brasileira é a construção de uma agenda voltada para aumentar a competitividade brasileira no exterior.

“A verdade é que nós não temos que ter apenas uma agenda contra aqueles que usam de mecanismos inadequados, mas também precisamos cuidar da nossa agenda de competitividade, para que também possamos aumentar nossa presença nos mercados internacionais”, diz Pimentel, presidente da Abit.

O que esperar para os próximos meses?

Com uma série de medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, a leitura dos executivos consultados pelo g1 é que os próximos meses ainda guardam muita incerteza, principalmente sobre eventuais impactos diretos e indiretos no Brasil.

“Há um risco de desaceleração mundial da economia, muita instabilidade e insegurança que podem acabar impactando diretamente o mercado brasileiro”, diz Leite, da Anfavea.

Ele destaca, no entanto, que o país também tem grandes oportunidades pela frente, que podem acabar sendo positivas para a indústria.

“O Brasil tem uma oportunidade muito grande de estreitar a relação com os principais países, podendo aproveitar esse momento para ter mais competitividade nas nossas exportações. É momento de ter calma, serenidade e entender as mudanças que estão acontecendo”, completa o executivo.

Fonte: G1

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Defesa do X diz ao Supremo que vai pagar multa de R$ 8,1 milhões

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Reuters/Ueslei Marcelino

A defesa da rede social X informou nesta sexta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vai fazer o pagamento da multa de R$ 8,1 milhões aplicada pelo ministro Alexandre de Moraes.No documento enviado ao ministro, os advogados afirmaram que para a realização do pagamento é necessário o desbloqueio de R$ 7,2 milhões que estão depositados em conta do Banco do Brasil. De acordo com o X, com a liberação do valor, a quantia restante de 817,8 mil será paga pela empresa, e o saldo da dívida será quitado.

“Considerando que o valor de R$ 7.282.135,14 permanece bloqueado, o X Brasil, respeitosamente requer a imediata transferência de tal montante para sua conta bancária, para que possa viabilizar o pagamento da multa imposta nestes autos, com o consequente depósito apenas do saldo remanescente”, solicitou a defesa.

Moraes determinou nesta quinta-feira (20) o pagamento da multa no processo no qual a rede social é acusada de deixar de retirar do ar o perfil do blogueiro Allan dos Santos após a divulgação de conversas falsas atribuídas a uma jornalista.

A conta foi suspensa, mas os dados cadastrais do perfil não foram enviados ao STF porque o X informou que não guarda os dados. A empresa recorreu da decisão, mas os recursos foram rejeitados pelo ministro.

A decisão de Moraes ocorre no momento em que o grupo de mídia do presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, e a rede social Rumble, que foi suspensa no Brasil, recorrem à Justiça norte-americana para acusar o ministro de “censurar” as plataformas e suspender contas de usuários.

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Vice-prefeito de Plácido de Castro recebe R$ 1.380 em diárias para evento em Rio Branco, a 99 km do município

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Luiz Américo Hasimoto, que já ganha R$ 14 mil reais, recebeu três diárias para vir à capital, sendo cada uma delas no valor de R$ 460,12 cada para participar de encontro estadual do SUAS

O evento em questão é o Encontro Estadual de Gestores do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que iniciou no dia 19 passado e vai até amanhã, 21 de fevereiro. Foto: internet 

 

O vice-prefeito de Plácido de Castro, Luiz Américo Hasimoto (Republicanos), recebeu do prefeito Camilo Silva (PP) o valor de R$ 1.380 em diárias para participar do Encontro Estadual de Gestores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que ocorre em Rio Branco. O evento, que começou no dia 19 de fevereiro, segue até esta quarta-feira, 21.

A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) pela Prefeitura de Plácido de Castro. Hasimoto, que já recebe um salário mensal de R$ 14 mil reais, recebeu três diárias para vir à capital, sendo cada uma delas no valor de R$ 460,12 para se deslocar até a capital, localizada a apenas 99 quilômetros do município.

A concessão das diárias tem gerado discussões sobre a necessidade do benefício, considerando a curta distância entre as cidades e o salário já elevado do vice-prefeito. A Prefeitura ainda não se pronunciou sobre as críticas. O evento do SUAS reúne gestores municipais para discutir políticas públicas e aprimorar a assistência social no estado.

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