Brasil
Veja lista das cidades onde houve virada no segundo turno no Brasil
Em 13 dos 51 municípios brasileiros que tiveram 2º turno, o candidato mais votado no 1º turno não conseguiu se eleger
Com O Liberal
A máxima de que o resultado do primeiro turno não garante, necessariamente, a vitória no segundo se concretizou em 13 dos 51 municípios brasileiros que voltaram às urnas neste domingo, 27 de outubro, para eleger os próximos prefeitos.
Em Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Olinda (PE), Ponta Grossa (PR), Porto Velho (RO), Caxias do Sul (RS), Santa Maria (RS), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Piracicaba (SP), Taubaté (SP) e Palmas (TO), o candidato que terminou a primeira etapa no pleito como favorito da disputa, com mais votos, não conseguiu se eleger para o Executivo municipal neste domingo.
Em quatro delas, nas vésperas do segundo turno, os candidatos contaram com apoio explícito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).
Lula, que se manteve distante de petistas e aliados por todo o Brasil durante a campanha eleitoral, apareceu em vídeos divulgados em seu perfil no Instagram, entre sexta e sábado, pedindo votos para Valdeci Oliveira (PT), em Santa Maria. A disputa na cidade gaúcha, entretanto, terminou com Oliveira – que estava na frente com 40,63% dos votos válidos no primeiro turno – derrotado pelo tucano Rodrigo Decimo, com 54,50% dos votos válidos, contra 45,5%.
O presidente também gravou um vídeo ao lado do candidato Vinicius Castello (PT), de Olinda. Castello terminou o primeiro turno com 38,75%, ante 30,02% da segunda colocada, Mirella Almeida (PSD), mas amargou uma derrota neste domingo com 5.997 votos de diferença (51,38% ante 48.62% do petista).
Já no caso de Bolsonaro, os apoios foram presenciais: o ex-presidente esteve em Palmas, no Tocantins, no último sábado, onde participou de uma motociata e outras agendas da campanha de Janad Valcari (PL), que saiu na frente com 39,22% dos votos válidos do primeiro turno, mas perdeu neste domingo para Eduardo Siqueira Campos (Podemos), por 8.989 votos de diferença – 53,03% ante 46,97% na bolsonarista.
Bolsonaro também esteve em Goiânia, onde acompanhou a apuração dos votos de Fred Rodrigues (PL), candidato que perdeu a disputa para o ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), apadrinhado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). De volta à política nove anos após o último mandato, Mabel saiu do primeiro turno com 27,66% dos votos válidos, atrás do bolsonarista, que teve 31,14%. Neste domingo, o cenário se inverteu e o ex-deputado foi eleito com 55,53%, contra 44,47% do votos válidos no bolsonarista.
Já em Fortaleza, capital do Ceará e palco da principal disputa entre PT e PL, o deputado estadual Evandro Leitão (PT) venceu o deputado federal André Fernandes (PL) no segundo turno, invertendo a ordem do resultado da primeira etapa do pleito. Lula também entrou em cena nos 45 do segundo tempo para apoiar o petista, que terminou com 50,38% dos votos válidos, numa vitória apertada de apenas 10.838 votos de diferença. No primeiro turno, o candidato de Bolsonaro teve 82.131 votos de vantagem.
Confira os resultados:
Fortaleza (CE)
– 1º turno: André Fernandes (PL) 40,20% x 34,33% Evandro Leitão (PT)
– 2º turno: Evandro Leitão (PT) 50,38% x 49,62% André Fernandes (PL)
Goiânia (GO)
– 1º turno: Fred Rodrigues (PL) 31,14% x 27,66% Sandro Mabel (União Brasil)
– 2º turno: Sandro Mabel (União Brasil) 55,53% x 44,47% Fred Rodrigues (PL)
Belo Horizonte (MG)
– 1º turno: Bruno Engler (PL) 34,38% x 26,54% Fuad Noman (PSD)
– 2º turno: Fuad Noman (PSD) 53,73% x 46,27 Bruno Engler (PL)
Olinda (PE)
– 1º turno: Vinicius Castello (PT) 38,75% x 30,02% Mirella Almeida (PSD)
– 2º turno: Mirella Almeida (PSD) 51,38% x 48,62% Vinicius Castello (PT)
Ponta Grossa (PR)
– 1º turno: Mabel Canto (PSDB) 27,87% x 27,51% Elizabeth Schmidt (União)
– 2º turno: Elizabeth Schmidt (União) 53,72% x 46,28% Mabel Canto (PSDB)
Porto Velho (RO)
– 1º turno: Mariana Carvalho (União) 44,53% x 25,65% Léo Moraes (Podemos)
– 2º turno: Léo Moraes (Podemos) 56,18% x 43,82% Mariana Carvalho (União)
Caxias do Sul (RS)
– 1º turno: Maurício Scalco (PL) 38,04% x 27,50% Adiló (PSDB)
– 2º turno: Adiló (PSDB) 51,38% x Maurício Scalco (PL) 48,62%
Santa Maria (RS)
– 1º turno: Valdeci Oliveira (PT) 40,63% x 25,86% Rodrigo Decimo (PSDB)
– 2º turno: Rodrigo Decimo (PSDB) 54,50% x 45,50 Valdeci Oliveira (PT)
Jundiaí (SP)
– 1º turno: Jose Antonio Parimoschi (PL) 48,07% x 43,34% Gustavo Martinelli (União)
– 2º turno: Gustavo Martinelli (União) 58,87% x 41,13% Jose Antonio Parimoschi (PL)
Limeira (SP)
– 1º turno: Betinho Neves (MDB) 38,81% x 32,29% Murilo Félix (Podemos)
– 2º turno: Murilo Félix (Podemos) 51,88% x 48,12% Betinho Neves (MDB)
Piracicaba (SP)
– 1º turno: Barjas Negri (PSDB) 35,78% x 26,59% Helinho Zanatta (PSD)
– 2º turno: Helinho Zanatta (PSD) 53,61% x 46,39% Barjas Negri (PSDB)
Taubaté (SP)
– 1º turno: Ortiz Junior (Republicanos) 36,20% x 23,52% Sergio Victor (Novo)
– 2º turno: Sergio Victor (Novo) 61,98% x 38,02% Ortiz Junior (Republicanos)
Palmas (TO)
– 1º turno: Janad Valcari (PL) 39,22% x 32,42% Eduardo Siqueira Campos (Podemos)
– 2º turno: Eduardo Siqueira Campos (Podemos) 53,03% x 46,97% Janad Valcari (PL)
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Jorge Viana nega rivalidade com Bittar, Gladson e Rick: “Não são meus inimigos políticos”
Pré-candidato ao Senado em 2026 afirma buscar votos de todos os eleitores, inclusive de adversários, e destaca que disputa tem duas vagas

O presidente da Apex/Brasil, ex-governador Jorge Viana, afirmou durante entrevista ao jornalista Roberto Vaz que não vê os senadores Alan Rick e Márcio Bittar e Gladson como inimigos políticos. Foto: captada
Em entrevista ao jornalista Roberto Vaz na quinta-feira (18), o presidente da ApexBrasil e ex-governador do Acre, Jorge Viana, minimizou tensões políticas com potenciais adversários na eleição para o Senado em 2026.
Ao ser questionado sobre a disputa que deve incluir o governador Gladson Cameli, o senador Márcio Bittar e o ex-prefeito Petecão, Viana afirmou: “Eles não são meus inimigos. Espero votos de todos, inclusive dos eleitores do Gladson, do Bittar e do Petecão”.
O ex-governador lembrou que tanto Cameli quanto o senador Alan Rick (que não disputará reeleição) iniciaram suas carreiras na Frente Popular, coalizão que ele próprio liderou.
Sobre Bittar, brincou:
“Ele tenta me ter como inimigo, mas eu não vejo dessa forma”.
Viana destacou que a disputa oferece duas vagas e defendeu uma campanha focada em propostas rather than em confrontos pessoais.
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Expo Fronteira 2025 terá entrada solidária: 1 kg de alimento por pulseira de show
Prefeitura anuncia que entradas para shows de Gabriel Lener, Vitinho Imperador e Gabi Martins serão convertidas em doações para famílias vulneráveis; troca de pulseiras inicia na segunda-feira (22) na Praça das Bandeiras

Prefeitura de Assis Brasil anuncia que os três grandes shows do evento em outubro terão acesso mediante doação de alimentos não perecíveis. Foto: captada
A comissão organizadora da Expo Fronteira 2025, em Assis Brasil, definiu um formato solidário para o acesso aos três grandes shows do evento. Segundo anunciou o prefeito Jerry Correia, o público deverá doar 1 kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar) para garantir a pulseira de cada dia de espetáculo. A medida visa incentivar a participação social e destinar as doações a famílias em vulnerabilidade do município.
O evento, marcado para outubro na tríplice fronteira (Brasil-Peru-Bolívia), contará com atrações nacionais – incluindo a cantora Gabi Martins no encerramento – e deve movimentar milhares de pessoas. A iniciativa reforça o caráter comunitário da feira, que também terá rodeio profissional, exposições agropecuárias e gastronomia.
Atrações confirmadas
🎵 Gabriel Lener
🎵 Vitinho Imperador
🎵 Gabi Martins
Como participar da troca
📅 Data: A partir de segunda-feira (22/12)
⏰ Horário: 8h-12h e 14h-17h
📍 Local: Praça Henoch Timóteo (Praça das Bandeiras)
Impacto social
A iniciativa, idealizada pela comissão organizadora e apoiada pelo prefeito Jerry Correia, reforça o caráter solidário do evento:
“Cada show será uma oportunidade de celebrar a música e, ao mesmo tempo, ajudar quem mais precisa”, destacou o gestor.
A medida alia entretenimento e responsabilidade social em um município fronteiriço que enfrenta desafios socioeconômicos, criando um modelo replicável para outros eventos na região acreana.
Atração confirmada na ExpoFronteira!
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Comunidade de Porto Walter interior do Acre sofre com fechamento de estrada: viagem de 4 horas vira até 5 dias
Comerciantes do Vale do Juruá relatam prejuízos com perda de alimentos; Justiça exige estudos ambientais para liberar ramal, mas estado precisa de R$ 1,5 milhão

Moradores e comerciantes relatam prejuízos com perda de produtos perecíveis; Justiça reduziu multa para estado, mas mantém exigência de estudos ambientais. Foto: captada
Há cerca de um ano, o fechamento de um ramal rodoviário por decisão judicial transformou o acesso a cidade de Porto Walter, no interior do Acre, em um desafio logístico e econômico. O que era uma viagem terrestre de cinco horas agora pode levar até cinco dias de barco – especialmente durante o período de seca dos rios da região.
Comerciantes enfrentam prejuízos crescentes:
“Muitos alimentos perecíveis, como tomates e frango, estragam no caminho”, relatou o comerciante Demétrio da Silva.
A solução alternativa – usar parte da estrada até Foz do Paraná e depois seguir de barco – ainda mantém a viagem inviável para produtos perecíveis. Enquanto isso, a Justiça reduziu a multa do estado de R$ 1 milhão para R$ 500 mil, mas mantém a exigência de estudos ambientais para reabertura.
O impasse judicial persiste
A Justiça reduziu a multa do estado de R$ 1 milhão para R$ 500 mil, mas mantém a exigência de novos estudos ambientais antes da reabertura. Enquanto isso, comunidades ribeirinhas e comerciantes seguem dependendo de uma logística precária e onerosa, aguardando uma solução que restaure a conectividade terrestre da região.
O deputado Zezinho Barbary liberou R$ 200 mil para o processo, mas o estado ainda precisa de R$ 1,5 milhão para cumprir as exigências. Moradores aguardam uma solução que restaure a conectividade terrestre e devolva a viabilidade econômica à região.

Há cerca de um ano, o fechamento de um ramal rodoviário por decisão judicial transformou o acesso a Porto Walter, no interior do Acre, em um desafio logístico e econômico. Foto: captada
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