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Acre

Vaticano envia Frei ao Acre para analisar processo de beatificação de padre que pode ser tornar o 1º santo da Amazônia

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Padre italiano viveu 46 anos no interior do Acre onde morreu aos 90 anos. Em registro de suposto milagre, homem teria sido curado de doença neurológica autoimune.

Padre Paolino Baldassari pode se tornar primeiro santo da Amazônia — Foto: Reprodução

O Vaticano enviou um representante ao Acre para analisar o processo de beatificação do padre Paolino Baldassari, pároco italiano que viveu mais de 60 anos no interior do estado e a quem é atribuído ao menos um milagre após sua morte.

Figura emblemática na cidade de Sena Madureira, a 144 km da capital acreana, Baldassari morreu no dia 8 de abril de 2016 aos 90 anos. Três semanas depois, um homem de 47 anos teria sido curado, após rezar para o padre, da Síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica autoimune que provoca fraqueza motora e para a qual não existe cura apenas tratamento.

É esse caso que o Vaticano analisa e que pode dar ao padre o título de primeiro santo da Amazônia.

“O tribunal escutou 60% dos testemunhos. O bispo vai nomear a comissão histórica, que termina a pesquisa dos documentos. Eu tenho a confiança que dentro de um ano podemos terminar o processo” afirmou o frei Franco Azzalli, que desde 2019 faz visitas regulares ao Acre para dar prosseguimento ao processo.

Ainda segundo o frei Azzali, todo o material colhido será levado para Roma. Ele disse ainda que se encontrou com os médicos que analisaram o caso do homem supostamente curado para colher o depoimento deles. O caso clínico deve ser ainda discutido com uma banca de sete médicos especialistas do Vaticano. “Temos que compreender se foi somente a ciência ou a luz”, comentou.

Padre Paolino morreu em 2016 aos 90 anos — Foto: Iryá Rodrigues/G1

Ainda segundo o frei Azzali, todo o material colhido será levado para Roma. Ele disse ainda que se encontrou com os médicos que analisaram o caso do homem supostamente curado para colher o depoimento deles. O caso clínico deve ser ainda discutido com uma banca de sete médicos especialistas do Vaticano. “Temos que compreender se foi somente a ciência ou a luz”, comentou

Processo de beatificação

O aval do Vaticano para a abertura do processo foi dado em 2019. O inquérito, porém, só começou oficialmente no final de maio de 2022. O ato foi considerado o primeiro passo oficial para a beatificação e deu ao padre o título de ‘servo de deus’.

De acordo com a igreja católica, atualmente o processo está fase diocesana. Após a conclusão da análise pela banca de especialistas, começa a fase romana.
“É onde junta-se toda a documentação. A vida documentada se chama ‘position’. Esse texto é estudado por nove teólogos, depois 15 bispos e cardeais e, por último, o papa. Só então, o papa pode dar o título de ‘venerável’, concedido pela virtude”, explicou Azzali em nota divulgada pela igreja.

O religioso viajou para aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas no interior do estado para celebrar batismos, casamentos e outros tipos de cerimônias religiosas. Foto: internet

Quem foi padre Paolino?

Nascido na cidade italiana de Bologna, o padre Paolino Baldassari foi o pároco da cidade de Sena Madureira durante aproximadamente 46 anos. Ele é considerado um símbolo no município, que tem em torno de 41 mil habitantes, por causa de seu trabalho com comunidades tradicionais.

Durante anos, o religioso viajou para aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas no interior do estado para celebrar batismos, casamentos e outros tipos de cerimônias religiosas.

Baldassari morreu após 11 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O pároco teve uma parada cardíaca e em seguida sofreu falência de outros órgãos, por volta das 14h do dia 8 de abril de 2016.

O padre chegou a completar 90 anos enquanto estava internado no hospital. Segundo a coordenação paroquial de Sena Madureira, durante todo o tempo de internação a comunidade manteve correntes de oração pela saúde do padre e fez vigílias no hospital.

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Acre

Véspera de Natal no Acre será marcada por tempo instável e chuvas intensas

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Previsão indica céu encoberto, pancadas fortes e temperaturas mais amenas em várias regiões

Foto: Sérgio Vale

A véspera de Natal no Acre, nesta quarta-feira (24), será de tempo instável, com muitas nuvens e chuvas a qualquer hora do dia, que podem ser intensas em diversas regiões do estado. A previsão é do portal O Tempo Aqui, que alerta para atenção redobrada de quem pretende se deslocar ou realizar confraternizações ao ar livre.

Segundo o levantamento meteorológico, o cenário de instabilidade atmosférica também atinge áreas do sul e sudoeste do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, além de regiões da Bolívia e do Peru, com possibilidade de volumes elevados de chuva ao longo do dia.

Nas microrregiões do leste e sul do Acre, que incluem Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o tempo permanece fechado, com chuvas frequentes e chance de precipitações fortes. As temperaturas ficam mais amenas e a umidade relativa do ar varia entre 65% e 75% à tarde, podendo chegar a 100% nas primeiras horas do dia. Os ventos sopram fracos, predominantemente do norte, com variações de noroeste e nordeste.

No centro e oeste do estado, abrangendo Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o clima será quente e abafado, com sol entre nuvens e pancadas de chuva isoladas, que também podem ser intensas em alguns pontos. A probabilidade de chuvas fortes é considerada média. A umidade do ar oscila entre 55% e 65% no período da tarde, alcançando até 95% ao amanhecer.

As temperaturas mínimas em todo o Acre devem variar entre 20°C e 23°C, enquanto as máximas ficam entre 25°C e 32°C, dependendo da região. Em Rio Branco e municípios vizinhos, os termômetros não devem ultrapassar os 27°C. Já no Vale do Juruá, incluindo Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as máximas podem chegar a 32°C.

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Acre

Rio Acre recua mais de um metro em 24 horas, apesar do aumento das chuvas em Rio Branco

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Nível do manancial caiu 1,34 metro entre terça e quarta-feira, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O nível do Rio Acre, em Rio Branco, apresentou nova redução entre a terça-feira (23) e a quarta-feira (24) de dezembro, conforme boletins divulgados pela Defesa Civil Municipal. Em apenas 24 horas, o manancial recuou 1,34 metro, mesmo com o aumento do volume de chuvas registrado na capital acreana.

Na manhã da terça-feira (23), às 5h12, o rio foi medido em 9,01 metros, com registro de 8,60 milímetros de chuva nas 24 horas anteriores. Já na quarta-feira (24), às 5h16, o nível caiu para 7,67 metros, apesar de uma precipitação maior, que totalizou 14,80 milímetros no mesmo período.

Em ambos os dias, o Rio Acre permaneceu bem abaixo da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e distante da cota de transbordo, que é de 14 metros, afastando, por ora, o risco de alagamentos na capital.

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Acre

Ministério Público do Acre emite nota sobre morte de ativista Moisés Alencastro

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Recebemos com extrema cautela a informação veiculada pela mídia acerca da hipótese de que o homicídio de Moisés Alencastro tenha decorrido de latrocínio, especialmente diante do cenário do crime tal como descrito nas próprias reportagens.

As lesões constatadas na vítima, notadamente múltiplas perfurações por arma branca e indícios de tentativa de degolamento, não se mostram, em um primeiro exame, compatíveis com a dinâmica típica desse tipo de delito patrimonial, sugerindo, ao contrário, violência exacerbada e desnecessária ao fim de subtração de bens.
Trata-se de padrão de agressão que, com frequência, revela desprezo pela condição da vítima e se associa a crimes praticados por motivação de ódio, fenômeno que infelizmente se repete em contextos diversos, como nos assassinatos de mulheres e na eliminação violenta de pessoas homossexuais. Típica ação de homofobia.
Moisés Alencastro era servidor público comprometido com o enfrentamento dessas formas de violência, atuando no âmbito do Ministério Público do Estado do Acre, junto ao Centro de Atendimento à Vítima, justamente na defesa da dignidade humana e da responsabilização penal adequada dos agressores.
Sua morte não pode ser tratada como mais um episódio banal de violência. Ela expõe, de forma dolorosa, a realidade que ainda vivemos e reforça a necessidade de avanços concretos na construção de uma sociedade mais tolerante, livre de toda discriminação, preconceito e homofobia , fundada no respeito à condição humana de todos.
Espera-se que os fatos sejam rigorosamente apurados, com a correta definição jurídica do crime e a responsabilização penal proporcional à gravidade da conduta, para que essa morte não permaneça impune — como o próprio Moisés sempre defendeu em sua atuação institucional.

Destacamos, ainda, a plena confiança no rápido e eficiente trabalho desempenhado pela Polícia Civil na elucidação do caso, inclusive, com a devida qualificação a ser dada ao crime. Desde o primeiro momento, a instituição tem empenhado esforços grandiosos para o enfrentamento deste delito, de modo a dar à sociedade a pronta resposta que se espera.

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