Acre
Uso Indiscriminado de dragas e retirada de areia do Rio Acre é tema de encontro entre vereadores do Brasil e Bolívia
Christiane Araújo – CMB
O Presidente da Câmara de Brasileia, Mário Jorge (PMDB), juntamente com o Vereador Bil Rocha (PMDB), estiveram reunidos, na manhã desta quarta-feira (18), no Consejo Municipal de Cobija, no intuito de tratar junto aos vereadores de Cobija, estratégias para coibir a retirada indiscriminada de areia do Rio Acre, através das inúmeras dragas existentes no país vizinho.
A referida reunião contou com a presença dos vereadores de Cobija e de autoridades ligadas ao meio ambiente do país vizinho, que participaram para esclarecer a respeito do funcionamento das dragas do lado boliviano. A reunião, proposta pelo Presidente da Câmara de Brasileia, teve como pauta principal o impacto ambiental provocado pela retirada de areia do Rio Acre, o que colabora para os graves problemas ambientais, bem como a devastação causada pelas águas em decorrência de enchentes.
De acordo com a Presidente do bairro Frontera, senhora Kely Chao, a iniciativa de propor solução para esse problema vem de encontro a vontade dos moradores dos bairros de Cobija, que estão preocupados com o desgaste ambiental causado pela retirada constante de areia do Rio Acre no lado Boliviano. “Parabenizo os vereadores de Brasileia que estão preocupados com essa situação, pois nós estamos aflitos devido à grande quantidade de areia que é retirada diariamente”, Disse Kely, que afirmou que somente no bairro Fronteira existem 03 dragas.
De acordo com informações dos Vereadores de Cobija, ao todo são 15 dragas funcionando atualmente do lado boliviano. Destas, 08 são ilegais. Segundo o secretário da Mesa de Consejales, Vereador Aurelio Volenzuela, foi criada uma comissão para tratar do assunto, bem como para elaborar um Projeto de Lei que coíba a prática clandestina de retirada de areia do Rio Acre. “Precisamos coibir a prática ilegal de retirada de areia e buscar soluções para que essas dragas sejam removidas para outro local”, afirmou o vereador Pandino.
O presidente da Câmara de Brasileia, Mário Jorge, propôs que a Lei tenha participação também de autoridades do Brasil em sua elaboração, para que os dois países sejam beneficiados. “Esse problema atinge os dois lados da fronteira. O interessante é elaborar uma Lei com participação dos dois países. Resolvi procurar as autoridades Bolivianas por que esse assunto é bastante preocupante, uma vez que a cada dia o desgaste ambiental é maior. Com isso, quem sofre é a população dos dois países, principalmente na época das chuvas, onde a enchente castiga muito nossas cidades. A natureza tem uma força inimaginável. Temos que nos preocupar com essa questão”, salientou Mário Jorge.
Ao final, ficou definido que os Vereadores de Brasileia também montarão uma comissão para junto com o lado boliviano, tratar da questão do funcionamento das dragas do lado boliviano. Posteriormente os vereadores de ambos países traçarão medidas conjuntas para amenizar o impacto negativo que as dragas vem causando ao meio ambiente.
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Acre
Vereadores de Epitaciolândia recebem presidente da Associação de Cafeicultores para discutir fortalecimento do setor
William Muniz destaca potencial do café na região e crescimento da produção devido a preços favoráveis; parceria busca impulsionar desenvolvimento sustentável

A visita foi solicitada pelo vereador Miro Bispo, que busca aproximar os representantes do setor agrícola da Casa Legislativa para discutir o fortalecimento da cafeicultura em nosso município. Foto: cedida
Na manhã desta quinta-feira (08), os vereadores de Epitaciolândia receberam a visita de William Muniz, presidente da Associação de Cafeicultores do Acre (ACA). O encontro, solicitado pelo vereador Miro Bispo, teve como objetivo aproximar os representantes do setor agrícola da Casa Legislativa e discutir estratégias para impulsionar a cafeicultura no município.
Durante a reunião, Muniz destacou o alto potencial do café na região, afirmando que a cultura se destaca pelo melhor custo-benefício entre as atividades agrícolas locais. Ele ressaltou ainda que o número de produtores tem crescido, impulsionado pela alta nos preços de mercado, o que tem elevado a produção e gerado lucros significativos para os agricultores.

Durante o encontro, William Muniz destacou o grande potencial do café na região, ressaltando que a cultura apresenta um dos melhores custos-benefícios entre as culturas agrícolas locais. Foto: cedida
O presidente da Associação de Cafeicultores do Acre (ACA) agradeceu aos parlamentares pela receptividade e pelo interesse em apoiar o setor, reforçando a importância econômica do café para a região. A visita reforça o compromisso da Câmara em promover o desenvolvimento sustentável da agricultura, criando novas oportunidades para os cafeicultores de Epitaciolândia.
A expectativa é que a parceria entre o Legislativo e os produtores resulte em políticas públicas que fortaleçam a cadeia produtiva, garantindo mais renda e empregos para a população local.
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Acre
Cultura das Cavalgadas prestes a sumir devido exigências severas no Acre: Gladson quer diálogo
Por Wanglézio Braga
O que antes era símbolo de cultura, união e identidade do povo do campo, hoje caminha para a extinção no Acre. As tradicionais cavalgadas, que animavam cidades e comunidades rurais, estão sendo dizimadas por uma série de exigências burocráticas e altos custos impostos por órgãos de fiscalização, como o Idaf-AC, Polícia Militar e outros órgãos de controles.
No quesito financeiro, o participante precisa emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), somada aos exames (Anemia) obrigatórios que chegam a custar de R$ 250 a R$ 300 por cabeça, carteira de vacinação contra a influenza, além do frete dos animais, tem inviabilizado a presença de muitos produtores, pecuaristas e amantes da vida do campo.
Esses eventos não envolvem apenas vaqueiros montados e animais desfilando; eles representam uma rede econômica fundamental. A cavalgada movimenta setores como alimentação, vestuário, postos de combustíveis, selarias, oficinas, transportadoras e ambulantes. Cada cavalo que não vai à rua é uma bota que deixa de ser vendida, uma carroça que não é contratada, uma barraca que não abre. A ausência de incentivo e a crescente fiscalização têm afastado famílias inteiras desses encontros, resultando em ruas vazias e impacto direto na economia local.
Em Rio Branco, por exemplo, muitos organizadores de cavalgadas estão evitando fazer esses eventos por conta das máximas exigências. A exemplo da Expoacre, maior vitrine do agronegócio e comércio no estado, a transformação é visível. Antes, multidões tomavam conta das ruas em festas populares com cavalgadas que abriam oficialmente o evento e enchiam os olhos dos visitantes. Hoje, restam poucos carros com som automotivo e movimentação discreta, enquanto comerciantes amargam prejuízos e empreendedores perdem uma das melhores janelas de vendas do ano.
O esvaziamento da Expoacre é o retrato de um abandono silencioso das tradições que construíram a identidade rural do Acre. No meio de tudo isso, ninguém fala nada.

Governador na cavalgada em Epitaciolândia. Foto: Felipe Freire/Secom
GLADSON É QUESTIONADO
Fã de cavalgada, o governador Gladson Cameli (PP) foi provocado pela reportagem do Portal Acre Mais, durante o aniversário de Acrelândia, no final do mês passado, sobre a situação. Ele reconheceu o problema e prometeu reunir os órgãos de fiscalização para debater uma solução.
“Nós temos que criar oportunidades e deixar a população expor o que ela faz de melhor, que é aquecer a economia do Estado”, disse o governador, ao lado do prefeito Olavo Boiadeiro que promoveu uma linda festa.
Apesar da boa intenção, o setor produtivo cobra mais do que palavras: quer medidas concretas que desburocratizem e incentivem a retomada dessas manifestações culturais e econômicas. Já em Epitaciolândia, também participando de cavalgada, Gladson voltou a ser questionado por nossa reportagem que sinalizou que breve vai conversar com os responsáveis e procurar uma saída para o problema.
E O FUTURO?
Se o governo não agir rápido, a cavalgada deixará de ser apenas uma memória nostálgica para se tornar um símbolo perdido de resistência rural. Mais do que um desfile, essas festas representam um elo entre tradição, identidade e geração de renda. O Acre, estado com raízes profundas no campo, não pode se dar ao luxo de deixar suas expressões culturais e produtivas morrerem pela falta de visão e apoio. É hora de reavaliar prioridades e garantir que a cultura do campo volte a ocupar seu lugar nas ruas — com orgulho, e sem sufoco.
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Acre
Prefeitura de Assis Brasil inaugura Escola Recife no Ramal do Recife
Em comemoração ao aniversário de Assis Brasil, a Prefeitura entregou nesta semana mais uma importante obra para a comunidade rural: a nova Escola Recife, localizada no Ramal do Recife. A entrega contou com a presença do prefeito Jerry Correia, da secretária municipal de Educação, Vanderleia, do vereador Jurandir, além de pais, alunos e moradores da região.
A nova escola representa um avanço significativo na educação do campo, oferecendo uma estrutura adequada para que crianças e adolescentes tenham acesso a um ensino de qualidade, perto de casa. A unidade conta com sala de aula equipadas, banheiros, área de convivência e foi construída respeitando as necessidades da comunidade local.
Durante a cerimônia, o prefeito Jerry Correia reforçou o compromisso de sua gestão com a melhoria da educação e o desenvolvimento das áreas rurais. Ele também destacou que essa entrega integra o plano de entregar uma obra por mês, como forma de garantir avanços contínuos em todas as áreas do município.
“A Escola Recife é mais um sonho realizado para as famílias do Ramal do Recife. Nosso compromisso é seguir trabalhando com responsabilidade, entregando uma obra por mês, transformando a vida do nosso povo”, declarou o prefeito.
A inauguração da Escola Recife reforça o compromisso da Prefeitura com a valorização da educação e a melhoria da qualidade de vida no campo, marcando mais um passo importante no desenvolvimento do município.