fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Uso da tecnologia reforça monitoramento, preservação e manejo florestal em unidades de conservação estadual

Publicado

em

Com 85% do território preservado, a questão ambiental tem sido prioridade no governo do Acre e, na última segunda-feira, 22, ganhou um reforço importante. Um termo de cooperação entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai empenhar mais de R$ 8 milhões na execução de estudos para geração e gestão do conhecimento em geoprocessamento, monitoramento ambiental e em unidades de conservação estaduais e fomento florestal.

O documento da cooperação foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira e o valor também abrange ações de transferência de tecnologias com foco na capacitação de técnicos em uso de drones e de seus produtos para monitoramento de gestão florestal, em ferramentas de gestão territorial e etnopedologia (combinação de ciências naturais e sociais) com ações de comunicação e educação ambiental, visando ao apoio de formulação de políticas públicas para a atualização contínua do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado.

O montante deverá ser executado em 48 meses, a contar do dia da assinatura. O chefe da Embrapa no Acre, Bruno Pena, explica que há anos a empresa já atua em parceria com secretarias estaduais.

Termo de cooperação entre Sema e Embrapa vai capacitar técnicos para uso de tecnologias. Foto: Mauricilia Silva/Embrapa

“Vamos fazer também o zoneamento de algumas culturas, como milho e soja, para que o produtor saiba onde plantar, onde tem aquele solo que vai ter aptidão ou não para certas culturas. Mais recentemente, a Embrapa vem desenvolvendo algumas tecnologias com base em drones e inteligência artificial; a gente também vai fazer a aplicação disso, que é o Netflora”, relata.

O Acre sempre foi pioneiro em tecnologia aplicada na área florestal. Com o novo sistema desenvolvido pela Embrapa, é possível treinar algoritmos por meio de inteligência artificial, o que vai ajudar no manejo florestal e também vai ser um aliado na detecção de desmatamento e queimadas.

“Captamos imagens de sobrevoo da floresta, por meio de drone, e a equipe consegue, dependendo do número, mapear de mil a dois mil hectares por dia. Trazemos essas imagens para o computador e avaliamos. De maneira muito simples e rápida, a gente consegue identificar as espécies de interesse pela imagem, que vai nos mostrar exatamente qual é aquela espécie”, explica.

Nesse caso, o algoritmo vai ser um aliado no manejo dos açaizais nativos, assim como castanheiras, em apoio às comunidades extrativistas, por exemplo. “Além disso, podemos ensinar o algoritmo a identificar clareiras, derrubadas e queimadas. Então, a gente vai conseguir fazer um monitoramento muito preciso da floresta e a gente quer passar essa tecnologia para eles”, informa Bruno Pena.

A informatização desse trabalho resulta em benefícios como redução de tempo no trabalho de campo e também de risco ao se fazer um inventário manual.

“Uma equipe de mateiros bem treinados faz em um dia, se a equipe for muito boa e dependendo da floresta, a identificação dessas espécies em 20 hectares com o GPS no ponto que a árvore está e reconhece a espécie. Já com essa tecnologia, podemos ampliar para mil ou até dois mil hectares por dia. Isso reduz muito o custo, a necessidade de mão de obra, visto que causa até risco às pessoas que precisam passar vários dias na floresta fazendo todo o mapeamento. Vai reduzir muito o custo e acelerar todo o processo de inventário florestal”, informa.

A secretária de Meio Ambiente do Estado, Julie Messias, enfatizou que essa parceria é uma ação importante para que os conhecimentos sejam compartilhados em prol da população, principalmente das comunidades que devem se beneficiar diretamente com o acesso a essa tecnologia.

“A parceria com a Embrapa abrange uma série de atividades das diferentes áreas do meio ambiente. Foi construída com as equipes técnicas das duas instituições e visa à aplicação do conhecimento, por meio de políticas públicas, facilitando a tomada de decisões baseadas em evidências científicas. Essa abordagem colaborativa e tecnológica é essencial para enfrentar desafios ambientais complexos e promover ações eficazes ao desenvolvimento ambiental”, observa.

Algoritmo vai ser um aliado no manejo dos açaizais nativos, assim como castanheiras, em apoio às comunidades extrativistas. Foto: Embrapa

Tecnologia a favor do meio ambiente

Os novos métodos tecnológicos não são benéficos apenas para a gestão pública, mas também para a iniciativa privada, como a indústria que trabalha com manejo florestal madeireiro, uma das principais atividades que impactam na balança comercial.

“Já é usado no estado o Modeflora [Modelo Digital de Exploração Florestal], que foi desenvolvido entre 2007 e 2008 e visa reduzir o impacto ambiental do manejo florestal. Com um tempo, como temos essa expertise muito boa nessa área florestal, com a criação de novas metodologias, como drones, inteligência artificial, algoritmos e aprendizado de máquina, colocamos toda essa nova tecnologia para permitir fazer o manejo florestal ainda mais tecnológico, permitindo reduzir custo e aumentar a eficiência”, esclarece o chefe da Embrapa.

O Modeflora é um processo que utiliza tecnologias digitais para mapear a paisagem e gerar informações que facilitam o planejamento, a execução e o monitoramento da atividade de manejo florestal. Com isso, promove custos mais baixos para o produtor e menor impacto para o meio ambiente.

A empresa Laminados Triunfo é uma das indústrias que se beneficiam, desde sua implantação, das técnicas de manejo fornecidas pelo Modeflora. Inclusive, destaca que o estado foi o pioneiro a usar esse modelo digital de manejo florestal, atualmente em seis estados da Amazônia: Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Amazonas e Pará.

“O Modeflora nos proporciona agilidade, precisão e economia em todas as etapas da realização do manejo florestal, principalmente no momento de inventário das árvores existentes em uma área, através do uso de um aparelho de GPS, que fornece a localização exata das árvores”, destaca Paulo Roberto Parente, engenheiro da empresa.

Além disso, ele destaca que com esse método há a possibilidade de reunir e acompanhar muitas informações de maneira simultânea. “Existe um ganho de tempo significativo no uso das técnicas do Modeflora, pois o geoprocessamento da área, feito por softwares específicos, permite trabalhar com muitas informações referentes a uma região de maneira simultânea. Durante a execução do projeto, a localização das árvores a serem exploradas também se torna mais simples, bastando a utilização de um GPS para encontrar qualquer árvore que tenha sido inventariada na área, o que acaba proporcionando uma redução de tempo também”, acrescenta.

Tecnologias aceleram processo de inventários florestal. Foto: Felipe Sá/Embrapa

Estoque de carbono

Os avanços nessas tecnologias devem trazer, futuramente, dados ainda mais precisos sobre o estoque de carbono nas áreas do estado, como explica Bruno Pena, ao falar sobre o recurso Lidar (Light Detection And Ranging), um tipo de escaneamento a laser.

“A ferramenta consegue ter uma imagem tridimensional muito precisa da floresta e isso, futuramente, vai gerar modelo de biomassa e vai poder ajudar a gente a estimar estoque de carbono nas florestas e isso tá previsto dentro do acordo. E a ideia é que a Embrapa capacite os técnicos da Sema, para que eles possam também, por conta própria, aplicar essa metodologia”, diz.

Essa tecnologia gera o barateamento dos inventários florestais, necessários para aprovação dos planos de manejo florestal, assim como o planejamento de todas as operações florestais e, como consequência disso, a execução dos planos também é facilitada, uma vez que todas as atividades de campo ficam disponíveis para as equipes em formato digital.

Comentários

Continue lendo

Geral

Sebrae promove o 1º Encontro “Empreendendo com Diversidade” no Acre

Publicado

em

Evento acontece no dia 26 de junho e reforça o compromisso com a inclusão e o fortalecimento de negócios diversos no estado

O Sebrae realiza, no dia 26 de junho, o 1º Encontro Empreendendo com Diversidade, um evento inédito no estado que tem como objetivo valorizar, fomentar e dar visibilidade ao empreendedorismo de pessoas LGBTQIA+. A programação conta com palestras, rodas de conversa e oportunidades de networking. O evento que acontece na sede do Sebrae, em Rio Branco, é aberto ao público e voltado tanto para quem já empreende quanto para aqueles que desejam começar um negócio.

De acordo com a gestora do projeto Plural do Sebrae, Julci Ferreira, a iniciativa busca contribuir para o empreendedorismo inclusivo e para um ambiente de negócios mais inovador. “Queremos ampliar as oportunidades desse grupo. A diversidade é um motor para a economia. Esse encontro é uma forma de incluir, reconhecer e apoiar empreendedores que enfrentam desafios extras em sua trajetória, como o preconceito”, afirmou a gestora.

Além das atividades formativas, o encontro também abrirá espaço para exposição de produtos e serviços de empreendedores locais, promovendo visibilidade e geração de negócios. Acesse sebrae.com.br/acre e conheça os programas e consultorias disponíveis para apoiar a sua jornada empreendedora.

Mês do Orgulho

O mês de junho é reconhecido como o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Esse período simboliza a luta pelos direitos civis e a busca por respeito e igualdade. De acordo com a pesquisa LGBT+ Empreendedorismo, realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha e encomendada pelo Sebrae, cerca de quatro em cada dez pessoas LGBTQIA+ apontam que a identidade de gênero e a orientação sexual influenciaram a decisão de ter um negócio próprio. Entre pessoas trans e travestis, esse fator é ainda mais preponderante: cerca de dois terços atribuem essa decisão a essas questões.

Ainda segundo a pesquisa, entre as pessoas donas do próprio negócio, 9% se identificam como LGBT+, o que representa 3,7 milhões de pessoas no país. Na região Norte, 6% dos donos de negócio se identificam como LGBT+, o que equivale a 222 mil pessoas.

Comentários

Continue lendo

Geral

Duas mulheres são presas com 9 kg de drogas na BR-317, em Boca do Acre

Publicado

em

Duas mulheres, de 21 e 38 anos, foram presas nesta quarta-feira (11) por suspeita de tráfico de drogas, durante uma abordagem policial na rodovia BR-317, em Boca do Acre, interior do Amazonas. Com elas, foram apreendidos 9,4 quilos de maconha do tipo skunk e um quilo de outra substância entorpecente, que será analisada pela perícia.

A ação ocorreu por volta das 13h, durante uma fiscalização de rotina da Polícia Militar na entrada do município. Os agentes abordaram um veículo de transporte alternativo vindo de Rio Branco (AC), com três passageiros.

Segundo a PM, o comportamento suspeito de duas passageiras que estavam no banco traseiro levantou a atenção da equipe, que decidiu revistar as bagagens. Dentro das malas, foram encontrados nove tabletes de maconha e outro pacote com substância não identificada.

As suspeitas foram encaminhadas à Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Boca do Acre. A polícia confirmou que uma delas já possui passagem criminal.

Comentários

Continue lendo

Geral

Motocicleta furtada em Rio Branco é recuperada em Brasiléia; mulher alega ter comprado veículo do tio

Publicado

em

Veículo estava sem placa e foi localizado com ajuda de rastreamento; caso será investigado como receptação

Uma motocicleta com restrição de furto registrada em Rio Branco no início deste mês foi recuperada na noite desta quinta-feira (12), no bairro José Peixoto, em Brasiléia (AC), nas proximidades do Hospital Regional Wildy Viana. O caso foi atendido por uma equipe da Polícia Militar, acionada via COPOM, após denúncia repassada por um representante da empresa Mottu, responsável pelo veículo.

A motocicleta, modelo Mottu/Sport 110, de cor preta e chassi 92EC10BBSSM004173, foi rastreada pela empresa, que repassou a localização aproximada ao solicitante. De posse das informações, a PM realizou buscas na região e localizou o veículo, que estava sem a placa de identificação.

Durante a abordagem, uma mulher que se apresentou como proprietária do veículo informou que havia adquirido a moto de seu tio, residente na zona rural de Brasiléia. Segundo ela, no entanto, não questionou a procedência da motocicleta e não recebeu qualquer documentação que comprovasse a transação.

Diante da situação, a equipe conduziu a motocicleta até a Delegacia de Polícia Civil do município, onde foram realizados os procedimentos legais cabíveis. O caso foi registrado como receptação, com base no artigo 180 do Código Penal. A Polícia Civil investigará as circunstâncias da aquisição do veículo e a possível participação de outras pessoas no furto.

Comentários

Continue lendo