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Uma casa é destruída e duas sofrem danos severos em deslizamento de terra em Rio Branco
Ninguém se feriu em incidente no bairro Baixada da Colina. Erosões tem ameaçado diversos pontos de Rio Branco após enxurradas e enchente histórica de 2024.

Deslizamento de terra destruiu casa em Rio Branco. Foto: Defesa Civil de Rio Branco
Uma casa ficou totalmente destruída e duas sofreram danos estruturais severos após um deslizamento de terra causado por erosões. Apesar dos danos materiais, ninguém se feriu no incidente que ocorreu na tarde de sábado (13) no bairro Baixada da Colina, em Rio Branco.
De acordo com a Defesa Civil de Rio Branco, o desmoronamento é consequência das enxurradas ocorridas em fevereiro deste ano. As casas atingidas ficam no entorno do Igarapé São Francisco que chegou a transbordar na época.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel José Glácio, foi ao local para coordenar os trabalhos de socorro e avaliação da situação.
Em nota, ele disse que um relatório detalhado será elaborado e encaminhado aos órgãos competentes para garantir a assistência necessária às famílias atingidas.
Uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social também foi chamada para prestar auxílio às famílias afetadas e transferí-las para um local seguro.

Deslizamento de terra Baixada da Colina. Foto: Defesa Civil de Rio Branco
Enxurradas e segunda maior enchente da história
Entre o final de fevereiro e o início de março deste ano, Rio Branco enfrentou enxurradas que elevaram o nível dos principais igarapés e fontes de água da cidade.
Além disso, na mesma época, o Rio Acre quase chegou a 18 metros, no que ficou registrada como a segunda maior enchente da história da capital, desde o início da medição em 1971.
No mesmo período, outras 18 cidades do Acre também enfrentaram cheias históricas e algumas, como Brasiléia e Jordão, chegaram a decretar calamidade pública. Mais de 100 mil pessoas foram afetadas em todo o estado, dessas, 70 mil viviam na capital acreana.
No dia 24 de maio, o decreto de situação de emergência de Rio Branco por conta das enxurradas foi reconhecido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
O documento havia sido assinado pela Prefeitura de Rio Branco no dia 26 de fevereiro. Na ocasião, a administração municipal declarou ‘situação anormal’ por conta do aumento repentino nos níveis dos mananciais.
Erosões
Desde que o nível das águas baixou Rio Branco tem registrado erosões em diversos bairros. No dia 14 de março, duas casas e uma oficina desabarame quatro veículos foram arrastados para a água no bairro Cidade Nova. No dia seguinte, novos desabamentos foram registrados, dessa vez no bairro Seis de Agosto.
A reportagem, na época, o então coordenador da Defesa Civil Municipal, Cláudio Falcão disse estimar de 17 a 19 mil pessoas vivendo em áreas de risco na capital.
Outro ponto afetado pelas erosões foi a Estação de Tratamento de Água (ETA) 2. A situação fez com que a prefeitura assinasse um novo decreto de emergência, que foi reconhecido pelo governo federal no dia 9 de maio.
O diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Ferreira, explicou, na ocasião, que a ETA estava em situação estável, mas ainda era possível perceber movimentação no solo ao redor dela. A ETA II é responsável pela cobertura de 60% dos bairros da capital.
Mais recentemente, o governo do Acre teve de interditar a passarela Joaquim Macedo e um trecho de 270 metros do calçadão do Mercado Velho, pontos turísticos no Centro de Rio Branco. Com as interdições, um estudo técnico deve ser feito para que a recuperação seja iniciada.
“Iremos decretar situação de emergência para dar celeridade na contratação de empresas especializadas com geotécnicos e engenheiros de estruturas, para que seja feito um trabalho de inspeção mais minucioso e as devidas soluções”, informou o coordenador Carlos Batista neste sábado (13).
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.
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PM da Casa Militar é preso com R$ 2,5 milhões em mala em shopping de Manaus
Polícia Federal investiga esquema de lavagem de dinheiro; outros dois homens também foram detidos, mas trio responderá em liberdade provisória.

Um policial militar lotado na Casa Militar do Governo do Amazonas e outros dois homens foram presos em flagrante, nesta quinta-feira (4), após serem encontrados com R$ 2,5 milhões em espécie dentro de uma mala em um shopping no bairro São José, Zona Leste de Manaus. O caso é investigado pela Polícia Federal (PF) como possível esquema de lavagem de dinheiro.
Os três suspeitos passaram por audiência de custódia e irão responder em liberdade provisória, conforme decisão da juíza Ana Paula Serizawa Silva Podedworny.
De acordo com a PF, a ação teve início após uma denúncia anônima recebida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM), que apontava a participação de um dos envolvidos em atividades suspeitas relacionadas a lavagem de capitais.
Segundo apuração da Rede Amazônica, o grupo havia acabado de sacar o montante em uma agência bancária dentro do shopping. No momento da abordagem, os agentes identificaram que o cabo Rayron Costa Bezerra, policial da Casa Militar, era quem carregava a mala com o dinheiro. Ele atua na área de segurança institucional do governo estadual.
Também foram presos Marcos Aurélio Santos da Cruz e Ruan Lima Silva. A presença de um agente da Casa Militar chamou a atenção dos investigadores, devido à função estratégica exercida por esses profissionais.
Os três homens foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal, onde o caso foi formalizado e segue em investigação.

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