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Brasil

Um brasileiro morre a cada 6 horas por erro médico

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Imagem ilustrativa: Getty Images

Ferramentas ajudam hospitais a avaliar médicos individualmente e a aumentar nível de segurança do paciente

Quase 55 mil pessoas morrem por ano no Brasil devido a erros médicos. Isso é o que aponta o Estudo de Saúde Suplementar, que analisou 182 hospitais nos anos anteriores à pandemia da covid-19. Todos os anos, 19,4 milhões de pessoas são atendidas em instituições hospitalares no país. Dessas, 1,3 milhão sofrem ao menos um efeito colateral causado por negligência ou imprudência durante o atendimento. Com o objetivo de promover a qualidade dos processos hospitalares e garantir a segurança clínica do paciente, cada vez mais hospitais buscam certificações e acreditações internacionais, como da Joint Commission International (JCI), considerada a mais importante do mundo.

Com atuação em 90 países, a acreditadora identifica, mensura e compartilha as melhores práticas internacionais, incentivando o nivelamento da qualidade dos hospitais. No Paraná, o Hospital São Marcelino Champagnat é o único que possui três acreditações da JCI. Para alcançar o grau de excelência, a instituição conta com uma ferramenta desenvolvida pela startup 2iM, que apoia a alta gestão na  governança do corpo clínico – uma das normas mais importantes a serem seguidas na busca dessa acreditação. “Isso possibilita que façamos, de uma forma mais sustentável, o acompanhamento dos médicos, aumentando a segurança dos pacientes e a eficiência dos resultados, tudo de forma individualizada”, explica o gerente médico do hospital, Jarbas da Silva Motta. “A JCI está cada vez mais atenta à eficiência, eficácia e efetividade do corpo clínico. E é essa ferramenta que nos auxilia a ter esse olhar mais aprofundado”, complementa.

Qualidade x Custeio

O diretor médico da 2iM, Luiz Ribas, explica que a metodologia, criada pela startup paranaense que avalia Valor em Saúde, analisa, por meio de um modelo de decisão por multicritério, a relação da qualidade do processo de trabalho, de desfechos e da experiência do paciente, sempre com indicadores nas áreas de formação e engajamento do profissional. Este índice de qualidade é relacionado a indicadores de custeio de todo o processo assistencial, produzindo como resultado um escore de Valor em Saúde, o EVS, para cada profissional dentro de sua especialidade.

Para construir os indicadores foi realizado um estudo em conjunto com o Consórcio Brasileiro de Acreditação, instituição preparadora dos hospitais no Brasil para receberem a avaliação e eventualmente a Certificação JCI. “Nosso trabalho é produzir métricas que apoiem o hospital a entregar uma melhor assistência com o menor custo possível”, comenta Ribas.

Para o Hospital São Marcelino Champagnat foram seis meses de trabalho para desenvolver a tecnologia que avalia 54 indicadores. O processo incluiu avaliações personalizadas para clínica médica, cirúrgica, medicina intensiva, ambulatórios, pronto atendimento, emergência, anestesia, radiologia, além de apoio e diagnóstico. “Este modelo de avaliação e governança clínica baseada em valor, demonstra que o hospital está preocupado com a qualidade e segurança de seus pacientes. Por isso, é o único do Paraná a conquistar por três vezes a acreditação da JCI, que é a mais importante do mundo”, destaca o diretor médico da 2iM.

Sobre a 2iM

A 2iM iniciou suas operações como uma startup em 2011 a partir de um spin-off de uma grande empresa de saúde e hoje, doze anos depois, é uma scale-up, com presença consolidada no mercado de saúde brasileiro. Atualmente a empresa possui um portfólio completo de soluções para avaliação do corpo clínico, prestadores e de linhas de cuidado que permitem avaliar o valor entregue, implementar novos modelos de remuneração e acordos baseados em valor. A empresa tem projetos aplicados com associações médicas, farmacêuticas, hospitais, operadoras de planos de saúde e SUS. Saiba mais em 2im.com.br


 

Central Press

 

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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