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Ufac repudia comentários xenofóbicos de estudante de Medicina e avalia medidas disciplinares

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Ainda segundo a nota, a coordenação do curso de Medicina convocou a estudante para uma escuta formal. A Seict não se pronunciou sobre o caso até o fechamento desta matéria

A Ufac não detalhou possíveis punições, mas o regimento prevê desde advertências até processos disciplinares em casos de conduta antiética. Foto: cedida 

A Universidade Federal do Acre (Ufac) emitiu nota oficial repudiando veementemente os comentários discriminatórios proferidos por uma de suas estudantes do curso de Medicina. As declarações, publicadas na rede social X (antigo Twitter) na madrugada de quarta-feira (9), geraram intensa repercussão e críticas por seu conteúdo ofensivo à população acreana.

Em comunicado, a instituição afirmou ter tomado conhecimento “com preocupação” das publicações, que classificou como “preconceituosas e xenofóbicas”. A Ufac destacou seu compromisso com os valores democráticos, direitos humanos e respeito à diversidade, princípios fundamentais da comunidade acadêmica.

Apesar de reconhecer que as manifestações foram de responsabilidade individual e sem vínculo institucional, a universidade deixou claro que “repudia de forma veemente qualquer forma de discriminação”. A coordenação do curso de Medicina já realizou uma escuta formal com a estudante envolvida, identificada como Su Mesquita.

Durante o encontro, a aluna reiterou o pedido de desculpas que havia feito publicamente nas redes sociais na noite anterior. No entanto, a Ufac ressaltou que “isso não é suficiente para reparar o dano causado” e informou que continuará acompanhando o caso para avaliar as medidas cabíveis no âmbito institucional.

A universidade finalizou a nota reafirmando seu compromisso com “uma formação cidadã, crítica e ética”, valores que considera essenciais na formação de seus estudantes, especialmente dos futuros profissionais de Medicina. A instituição não detalhou quais medidas disciplinares poderão ser adotadas, mas deixou claro que o caso permanece sob análise.

Posicionamento da Ufac

Em comunicado, a universidade:

Classificou as falas como preconceituosas e xenofóbicas;
Repudiou veementemente qualquer forma de discriminação;
Convocou a estudante para uma escuta formal na coordenação do curso;
Destacou que o pedido de desculpas público da aluna “não repara o dano”;
Avaliará medidas institucionais conforme regimento interno.

Trecho da nota:

“Embora a manifestação seja de responsabilidade individual e sem vínculo com o ambiente institucional, a Ufac repudia qualquer forma de discriminação”.

Reações e desdobramentos

O caso gerou indignação nas redes sociais, com críticas ao privilégio da estudante (que estuda em universidade pública e é filha de gestor estadual);
A aluna já pediu desculpas publicamente, mas a Ufac reforçou que ações educativas e/ou disciplinares podem ser adotadas;
A instituição reafirmou compromisso com direitos humanos e diversidade, em linha com sua política de formação ética e cidadã.

Próximos passos

A Ufac não detalhou possíveis punições, mas o regimento prevê desde advertências até processos disciplinares em casos de conduta antiética. O caso ainda pode ser levado a instâncias superiores, como o Ministério Público Federal (MPF), caso haja denúncias formais.

Contexto polêmico:

A situação expõe tensões sobre discriminação interna no Acre, onde parte da elite local reproduz estereótipos contra a própria população. A Ufac, como principal instituição de ensino do estado, agora enfrenta o desafio de equilibrar liberdade de expressão e responsabilidade social.

A Seict não se pronunciou sobre o caso até o fechamento desta matéria.

Nota de retratação da estudante

“Eu cometi um erro muito grave ao me manifestar em rede social e é natural que as pessoas, especialmente quem, como eu, nasceu no Acre, se sintam atingidas ou ultrajadas.

Confesso que estou profundamente arrependida e refletindo com seriedade sobre o impacto disso. Admito que me expressei de forma profundamente imatura e desrespeitosa.

Sou profundamente grata por ser acreana e tudo o que consegui até o momento foi com apoio de minha família e de amigos que também são acreanos.

Não transfiro a ninguém a responsabilidade do dano que causei a mim e a terceiros e assumo o compromisso de buscar escuta, aprendizado e a corrigir minha atitude equivocada.

As palavras têm poder, e eu falhei no uso desse poder.
Portanto, peço desculpas sinceras à minha família, amigos e a todas as demais pessoas que feri.”

Assúria Mesquita é filha do secretário da Seict, Assurbanípal Mesquita, e causou polêmica nas redes sociais ao se referir aos acreanos como ‘povo tão seboso’. Foto: Reprodução/Instagram e X

Nota do secretário da Seict

“Como pai da Assúria Mesquita, venho por meio desta, expressar minha solidariedade e apoio àqueles que se sentiram afetados pelas palavras de minha filha, Assúria Mesquita.

Nossa familha não compactua com as mesmas e também nos indignados e tomamos as medidas devidas e a uma avaliação profunda sobre este fato.

É fundamental reconhecer o impacto das palavras e ações, e, neste momento, é nosso dever ouvir, aprender e evoluir. Estamos todos em um processo constante de formação e conscientização.

A empatia, o respeito e a responsabilidade são pilares fundamentais que devemos cultivar em nossas relações e na nossa sociedade. Essa é a educação que repassamos à nossa filha.

Conversamos longamente com a nossa filha, que está verdadeiramente arrependida. Ela reconheceu o erro, está refletindo sobre o impacto de suas atitudes e buscando formas de se retratar e aprender com essa péssima experiência.

Em reconhecimento a este grave erro, ela fez retratação pública em suas redes sociais.

Aos que se sentiram ofendidos, deixo minha mais profunda solidariedade. Estamos juntos na busca por um diálogo construtivo e pela promoção de um ambiente onde todos possam ser respeitados e valorizados.

Agradeço a cada um de vocês pela oportunidade de refletirmos sobre nossas atitudes e pelas lições que podemos aprender juntos.

Assurbanipal e família.”

Nota da atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac

“A Atlética Sinistra, entidade representativa dos estudantes de Medicina da UFAC, vem a público manifestar seu total repúdio a qualquer atitude, fala ou comportamento de cunho preconceituoso ao estado do Acre.

Não compactuamos com manifestações que desrespeitam a dignidade humana, promovem a exclusão ou discriminam qualquer indivíduo ou grupo com base em sua origem, etnia, condição social, cultural ou qualquer outro marcador. Acreditamos em um ambiente universitário inclusivo, plural e respeitoso, onde a diversidade é força e não motivo de ataque.

Como futuros profissionais da saúde, temos o dever ético de zelar pelo bem-estar coletivo e combater todas as formas de preconceito, dentro e fora da universidade. A Medicina que escolhemos praticar é baseada na empatia, ciência e justiça social — e qualquer discurso contrário a esses princípios será veementemente rechaçado por esta instituição.

Reforçamos nosso compromisso com a construção de uma comunidade acadêmica segura, acolhedora e livre de qualquer tipo de opressão.

Atlética Sinistra
Medicina UFAC.”

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Netflix compra Warner e HBO Max; confira o que pode mudar no serviço de streaming

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REUTERS/Francis Mascarenhas

A Netflix anunciou, nesta sexta-feira (5), a compra da Warner Bros. Discovery por US$ 72 bilhões.

A empresa afirma que a aquisição é uma estratégia valiosa para ampliar o domínio global e reforçar o catálogo com algumas das franquias mais valiosas do entretenimento.

Entre elas, estão as aclamadas sagas de Game Of Thrones (2011), Harry Potter (1998) e The Last Of Us (2023).

Essa operação promete mudar o mercado do streaming e a HBO Max pode passar por uma fusão ou ser incorporado a plataforma, isso pode afetar o preço dos planos no futuro ao integrar as plataformas Netflix e HBO.

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Homem de 79 anos procura noiva e divulga lista de requisitos absurdos

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Aristocrata abre campanha para encontrar noiva, oferecendo salário e benefícios. As exigências vão do signo até a nacionalidade

Para as pessoas que estão buscando um par romântico, umas das maneiras de se conectar com alguém é usar aplicativos de namoro. No caso deste aristocrata britânico, de 79 anos, essa foi uma das opções, mas não a última. Sir Benjamin Slade lançou uma campanha anunciando que está em busca de uma noiva e que possui certas exigências — até demais.

O homem falou sobre o assunto no programa “Millionaire Age Gap Love” do Channel 5 — rede de televisão britânica — e comentou que procura por uma noiva que seja uma “boa reprodutora” para lhe dar um herdeiro. Mas não para por aí: os requisitos se estendem até a idade e ao signo do zodíaco da “sortuda”.

Será que é fácil cumprir os requisitos?

As condições do barão descendente de Carlos II envolvem que a nova namorada seja, pelo menos, 20 anos mais jovem. Além disso, é preciso saber dançar dança de salão, jogar bridge e gamão e ainda fazer palavras cruzadas.

A lista possui 11 requisitos

De acordo com informações do jornal Daily Star, Benjamin mencionou algumas outras coisas que restringem ainda mais a lista. As mulheres não podem ser escorpianas e nem ter qualquer tipo de dependência química, seja em substâncias psicoativas ou álcool.

Ele também exige fatores relacionados à nacionalidade. Sua companheira não pode ser de países que comecem com a letra “I” ou que tenham a cor verdenas bandeiras. Escocesas também estão proibidas de se candidatarem a essa “oportunidade imperdível”.

“Não me importo com canadenses, americanas, alemãs e pessoas do norte da Europa, como gosto de chamar pessoas semelhantes. Acho que casar com uma esquimó não é para mim. O que eu preciso é de uma moça simples e simpática do interior, que saiba e entenda as coisas”, disse.

Há recompensas

Com esses inúmeros requisitos, é de se esperar que o aristocrata teria que oferecer algo. Segundo ele, a pretendente escolhida será recompensada com 50 mil libras esterlinas por ano, o que corresponde a mais de R$ 270 mil. O objetivo é que com o dinheiro a mulher administre sua propriedade em Somerset, na Inglaterra.

Essa é uma das propriedades da família Slade

Além disso, a namorada também terá direito a carro, casa, despesas pagas, alimentação e até férias. Não é como se fosse incomum que homens procurem por mulheres bem mais jovens para ter relacionamentos, mas Benjamin quis explicar o motivo.

“O imposto sobre herança é de 40% e a única maneira de eu transferir ela e a coleção de arte é deixá-la para minha esposa, livre de impostos, para que distribua aos meus parentes distantes. Ela também precisaria estar segurada, por isso precisamos de uma senhora pelo menos 20 anos mais jovem do que eu, pois não posso segurar uma esposa mais velha, então quanto mais jovem, melhor. Esta é a única maneira que resta para contornar o imposto sobre herança”, comentou.

O homem já colocou anúncios em jornais, criou perfis em aplicativos de relacionamento e até congelou seu esperma, mantendo a esperança de ter um filho homem

Aos 79 anos, o homem não está a procura somente do amor. Apesar de já ter uma filha com sua ex-esposa, Sahara Sunday Spain, o aristocrata britânico deixou claro que ainda quer ter um herdeiro do sexo masculino. Nesse caso, a exigência é que “tenha semelhança genética com um de seus ancestrais paternos”.

Confira a lista completa

  • Deve ser uma “boa reprodutora”
  • Pelo menos 20 anos mais jovem
  • Nenhuma mulher escocesa
  • Deve ser capaz de ter filhos homens (ele quer dois, “um herdeiro e um reserva”)
  • Nada de comunistas ou lésbicas
  • Nada de mulheres com dependência química
  • Nada de mulheres do signo de escorpião
  • Precisa ter licença para usar espingarda e para dirigir; licença de helicóptero é um bônus
  • Capaz de administrar uma propriedade de 1.300 acres (cerca de 5,2 milhões de m²) e 2 castelos
  • Mais de 1,68 m de altura
  • Nenhuma mulher de países que começam com a letra I ou que tenham verde na bandeira

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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