Acre
TRE-AC: 49 anos de história e compromisso com a democracia
O Tribunal Regional Eleitoral do Acre celebra 49 anos de serviços prestados à sociedade acreana, destacando-se como um pilar da democracia e da justiça no estado. Desde a sua fundação em 11 de agosto de 1975, com o Desembargador Carlos Alves Cravo como seu primeiro presidente, o TRE-AC tem sido fundamental na organização e realização de eleições livres e justas, assegurando o direito ao voto de milhares de cidadãos.
A história da Justiça Eleitoral no Brasil começou em 24 de fevereiro de 1932, mas foi interrompida durante o Estado Novo em 1937, sendo restaurada apenas em 28 de maio de 1945. Antes da criação do TRE-AC, as eleições no Acre eram organizadas pelo Tribunal Eleitoral do Distrito Federal. A primeira eleição para cargos como governador e senadores no Acre ocorreu em 1962, coordenada por juízes do Distrito Federal, marcando um passo importante na autonomia política do estado, que já contava com 13 anos de emancipação.
Em 1978, o Acre contava com sete zonas eleitorais, atendendo 92.795 eleitores. Ao longo dos anos, o número de zonas eleitorais cresceu para acomodar o aumento do eleitorado. Em 1988, a 8ª Zona Eleitoral foi criada, e em 1997, as 9ª e 10ª zonas foram estabelecidas. A introdução da urna eletrônica em 1998, nas eleições em Rio Branco, foi um marco na modernização do processo eleitoral.
Hoje, o Acre está dividido em nove zonas eleitorais que atendem 612.448 eleitores, com um fórum eleitoral na capital para gerenciar as 1ª e 9ª zonas, enquanto outros municípios são atendidos por postos eleitorais.
De servidor a Presidente
Sob a liderança do Desembargador Júnior Alberto, atual presidente do TRE-AC, o tribunal continua a reforçar a democracia e promover a cidadania. Em entrevista exclusiva, o Desembargador compartilhou sua trajetória desde o ingresso na Justiça Eleitoral como auxiliar judiciário, em 1991, até sua ascensão à presidência. “Sempre me dediquei ao meu trabalho de forma responsável, cumprindo rigorosamente meu horário e muitas vezes ficando além do expediente”, relembra o magistrado, que também destacou a importância da dedicação e do profissionalismo ao longo de sua carreira.
Com uma carreira marcada por desafios e conquistas, o Desembargador foi promovido a assistente do gabinete da presidência e, posteriormente, a Diretor-Geral da instituição até ser aprovado em um concurso para a magistratura, em 1995. Em 2014, foi promovido a Desembargador, e, em 2023, assumiu a presidência do TRE-AC. “Tenho me dedicado com muito amor e profissionalismo para promover melhorias institucionais e aperfeiçoar os trabalhos, sempre buscando a celeridade”, afirmou Júnior Alberto.
Experiência e dedicação
Maria Goretti Hadad Farias, a servidora mais antiga do TRE-AC, ingressou na instituição em 1980 e permanece até hoje. “Quem sabe eu possa ser aprovada e permanecer trabalhando lá pelo tempo que desejar, respeitando as regras estabelecidas”, relembra Goretti sobre seu início no tribunal.
Quando a servidora ingressou no cargo era período de eleição. Permaneceu no departamento de Recursos Humanos por quatro meses e em seguida foi transferida para a Secretaria Judiciária, onde trabalha até hoje. Goretti recorda que as urnas eram de lona e o Tribunal funcionava em um espaço cedido pelo Governo do Estado, onde atualmente está localizado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquela época, o TRE acreano ocupava as salas e o plenário do andar superior.
“Antigamente, atuei como Atendente Judiciário, já que não havia a posição de Analista Judiciário. Os cargos disponíveis eram os de Técnicos Judiciários, Auxiliar Judiciário, Atendente Judiciário, Agente Administrativo e Datilógrafos”, esclareceu.
Fortalecimento da Democracia
Ao longo de quase cinco décadas, o TRE-AC tem se dedicado a garantir a transparência e a legitimidade das eleições, fortalecendo a democracia no estado. Este compromisso é resultado do esforço contínuo de seus presidentes, membros da corte, servidores efetivos e requisitados, que trabalham incansavelmente para assegurar que os direitos democráticos dos cidadãos acreanos sejam respeitados.
“Desde a sua fundação, o TRE-AC tem sido um pilar fundamental na garantia do exercício democrático, assegurando eleições livres, justas e transparentes em nosso estado. Agradeço a todos que, com dedicação e compromisso, contribuem diariamente para o fortalecimento de nossa instituição. Que possamos continuar trabalhando juntos, com a mesma determinação, rumo ao cinquentenário do nosso Tribunal, sempre focados na integridade e na inovação”, enfatizou o Desembargador Júnior Alberto
Texto: Bruna Rosa
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Brasileia: MPAC recomenda adequações no Centro Socioeducativo do Alto Acre
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Brasileia, emitiu recomendação à Direção do Instituto Socioeducativo do Alto Acre para que adote uma série de providências visando à melhoria das condições de funcionamento e atendimento no Centro Socioeducativo do Alto Acre no município.
Uma inspeção realizada pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT), órgão auxiliar do MPAC, na unidade em março deste ano identificou diversas inconformidades relacionadas aos serviços prestados, à estrutura física do local, às condições de trabalho dos servidores e ao atendimento oferecido aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
Entre os principais pontos apontados no relatório estão a ausência de regularização do registro da unidade junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), a inadequação do espaço destinado às refeições, o desgaste do fardamento dos adolescentes e a precariedade das instalações para os servidores, especialmente em relação a áreas de repouso e alimentação.
Os pedidos
No documento, o promotor de Justiça Juleandro Martins recomenda a regularização do registro no CMDCA, a adoção de medidas para melhorar o atendimento pedagógico, reorganização das salas de aula por etapa de ensino, climatização dos espaços, reativação do laboratório de informática com a contratação de profissional da área, ampliação da biblioteca e construção de salas para professores e coordenação pedagógica.
Outro ponto destacado na recomendação é a necessidade de articulação com a Secretaria Municipal de Saúde de Brasileia para garantir atendimento médico e odontológico prioritário aos adolescentes, conforme determina a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei.
O MPAC também recomendou o aprimoramento do Plano Individual de Atendimento (PIA), com instrumentos mais eficazes de monitoramento e definição clara de metas, prazos e revisões periódicas. Além disso, foi recomendado o fortalecimento das ações de profissionalização, com a diversificação da oferta de cursos por meio de novas parcerias, bem como a ampliação das atividades culturais, esportivas e recreativas ofertadas aos socioeducandos.
A Direção do Instituto Socioeducativo do Alto Acre tem o prazo de 60 dias para adotar as providências indicadas e deverá se manifestar sobre o acatamento da recomendação no prazo de cinco dias úteis.
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Acreanos ficam por um número do prêmio milionário da Mega-Sena

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Dois apostadores do Acre quase levaram o prêmio milionário da Mega-Sena e acabaram faturando mais de R$ 44 mil cada. O concurso 2873, sorteado no sábado (7), teve duas apostas do estado premiadas na quina — uma feita na capital, Rio Branco, e outra em Xapuri.
Cada ganhador vai receber R$ 44.356,88 por acertar cinco das seis dezenas sorteadas: 04, 05, 17, 27, 52 e 56. Como ninguém acertou todos os números, o prêmio principal acumulou e agora está estimado em R$ 61 milhões para o próximo sorteio, marcado para a terça-feira (10).
O valor expressivo atrai ainda mais apostadores em todo o país. De acordo com a Caixa Econômica Federal, responsável pelas Loterias Caixa, a chance de uma aposta simples acertar os seis números da Mega-Sena é de 1 em 50.063.860. Ainda assim, muitos seguem confiantes na sorte — como mostraram os acreanos que chegaram perto do grande prêmio.
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Justiça no Acre acumula mais de 6 mil processos da Fazenda Nacional em tramitação

Foto: Reprodução
Segundo dados do Painel da Fazenda Nacional, ferramenta desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com base no DataJud, até o dia 30 de abril de 2025 havia 6.471 processos pendentes de solução no Acre. O painel considera ações que tramitam nas justiças Federal, Estadual, Eleitoral e do Trabalho.
Dos processos pendentes, 4.875 estão suspensos ou arquivados provisoriamente, enquanto 1.596 seguem ativos e aguardando desfecho. O número de novos processos em 2025 já soma 197, e 136 ações foram julgadas no mesmo período. O total de processos que chegaram à fase de conclusão até o final de abril é de 721, sendo que 153 aguardam julgamento e 124 tramitam há mais de 100 dias.
As saídas do sistema, que englobam processos baixados ou arquivados definitivamente, totalizam apenas 170 neste ano, o que indica um ritmo de resolução ainda inferior ao de novas demandas.
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