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Traficante Colômbia é o mandante das mortes de Dom Phillips e Bruno Pereira, conclui PF

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Dom Phillips e Bruno Araújo foram mortos em junho do ano passado, no vale do Javari
MONTAGEM/REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS/ARQUIVO PESSOAL/AFP

Investigações duraram meses, e corporação fez o cruzamento de ligações entre suspeitos; ele está preso desde o ano passado

A Polícia Federal concluiu que o traficante Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi o mandante da morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no vale do Javari, no Amazonas. Colômbia está preso desde o ano passado e chegou a ser solto, mas foi novamente capturado por suspeita de envolvimento nos crimes. Após meses de investigação, a PF identificou diversos indícios da participação do traficante.

Entre as provas estão ligações que Colômbia fez para Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, que é apontado como o autor dos tiros que mataram os dois profissionais. A corporação também verificou que os advogados de Lima foram pagos por Rubens Villar, outro indício que leva os investigadores a acreditar que o traficante foi o mandante.

A PF deve apresentar na tarde desta segunda-feira (23) laudos sobre o caso. Dom e Bruno desapareceram em 5 de junho do ano passado, depois de terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari.

Entenda o caso

Eles viajavam pela região e entrevistavam indígenas e ribeirinhos para a produção de um livro com reportagens sobre invasão de áreas indígenas. O vale do Javari, a terra indígena com o maior registro de povos isolados do mundo, há anos é pressionado pela atuação intensa de narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais, que tentam expulsar os povos tradicionais da região.

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Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para o New York Times, Washington Post e o jornal britânico The Guardian. Bruno era servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019.

A Polícia Federal localizou os restos mortais dos dois em 15 de junho de 2022. A corporação encontrou os cadáveres depois de o pescador Amarildo da Costa confessar os assassinatos e levar policiais até o local onde enterrou os corpos. Exames realizados pela PF no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, constataram que os materiais encontrados eram de Dom e Bruno.

Leia também: Suspeito confessa assassinato no Amazonas e indica local onde corpos estariam; PF faz buscas

A perícia da PF chegou à conclusão depois de analisar a arcada dentária das duas vítimas. Ela informou, ainda, que o jornalista e o indigenista foram mortos com tiros de uma arma de caça. Segundo a corporação, Bruno foi atingido por dois disparos no tórax e no abdômen e outro no rosto. Já Dom foi vítima de um disparo na região entre o tórax e o abdômen.

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CFM realiza fórum em Boa Vista para debater desigualdades na saúde em áreas de fronteira

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Encontro reunirá médicos, gestores e autoridades nos dias 17 e 18 de junho para discutir estratégias de acesso e equidade no atendimento médico nas regiões fronteiriças

O Conselho Federal de Medicina (CFM) promoverá nos dias 17 e 18 de junho, em Boa Vista (RR), o V Fórum de Médicos de Fronteira. Com o tema “Como enfrentar as desigualdades de saúde nas fronteiras”, o evento ocorrerá de forma presencial, das 8h30 às 17h30, reunindo profissionais da saúde, gestores públicos, pesquisadores e autoridades.

Coordenado pela conselheira federal Dilza Teresinha Ambrós Ribeiro, representante do estado do Acre, o fórum é uma iniciativa da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira e tem como principal objetivo discutir os desafios enfrentados pela assistência médica em regiões fronteiriças do país.

Durante os dois dias de programação, os participantes irão debater propostas e estratégias para ampliar o acesso, promover a equidade e melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados nessas áreas, muitas vezes marcadas por vulnerabilidades e falta de infraestrutura.

Mais informações sobre o evento e a lista completa de participantes serão divulgadas em breve no site oficial do CFM.

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Saiba qual será o salário do papa Leão XIV ao assumir liderança do Vaticano

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Assim como outros chefes de Estado, pontífice terá gastos correntes

Prevost em encontro com o papa Bento XVI • PROVÍNCIA AGOSTINIANA DO MEIO-OESTE DE NOSSA MÃE DO BOM CONSELHO

Na quinta-feira (8) o cardeal Roberto Prevost foi eleito como novo pontífice da Igreja Católica, escolhendo o nome Leão XIV para seu papado.

Ao assumir o cargo de líder da Igreja Católica, Leão XIV recebe responsabilidades religiosas, mas também do Vaticano como um país.

Assim como outros chefes de Estado, o pontífice tem gastos correntes.

Muitos fiéis, ao longo dos anos, enviaram questionamentos para a Igreja Católica querendo saber detalhes sobre a “folha de pagamento” do antecessor de Leão, o papa Francisco, que morreu em abril.

Para surpresa de muitos, a resposta foi divertida e inesperada.

No documentário “Amém: Perguntando ao Papa”, de 2023, Francisco revelou que, ao contrário do que muitos imaginam, ele não recebe nenhum salário.

“Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço. Não tenho um salário, mas não me preocupo com isso, pois sei que serei alimentado de graça”, brincou ele na época.

Apesar de ocupar um cargo de prestígio e exercer uma função de enorme responsabilidade na Igreja Católica, os papas não recebe uma remuneração regular.

Esta prática remonta à tradição que o próprio pontífice segue, de simplicidade e humildade, associada aos votos de pobreza feitos quando entrou para a Companhia de Jesus.

A realidade, como explicou um porta-voz do Vaticano, é que o papa nunca recebeu um salário fixo, algo que foi esclarecido publicamente após especulações em 2001 sobre um suposto pagamento ao papa João Paulo II.

Embora não tenha um salário, os pontífices tem suas necessidades pessoais, como moradia e alimentação, totalmente custeadas pelo Vaticano.

Leão XIV também administrará um fundo voltado à caridade, que utiliza para apoiar causas e pessoas necessitadas ao redor do mundo.

Um exemplo disso foi a doação de meio milhão de dólares ao fundo Peter’s Pence, que ajuda milhares de pessoas no México, feita pelo seu antecessor.

Essa ação, assim como não receber um salário, refletem a ideia de que a missão de um papa não é guiada por interesses financeiros, mas pela generosidade e pelos princípios de serviço e humildade, ecoando a vida de Jesus, que também não recebia qualquer compensação financeira por suas ações.

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PF desarticula esquema de abastecimento ao garimpo ilegal na Terra Yanomami

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Operação AVGAS cumpre mandados em Roraima e São Paulo; Justiça bloqueia R$ 16 milhões em bens de suspeitos ligados ao fornecimento clandestino de combustível de aviação

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação AVGAS, com o objetivo de desarticular uma rede criminosa responsável por fornecer combustível de aviação a garimpos ilegais instalados na Terra Indígena Yanomami. Pilotos, empresas e demais envolvidos são alvos de investigação por facilitar o apoio logístico às atividades ilegais na região.

Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão — oito em Boa Vista (RR) e dois em São Paulo (SP). A Justiça também determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 16 milhões em bens dos investigados.

Segundo as investigações, os suspeitos compravam e distribuíam grandes quantidades de combustível, armazenado em tonéis, para abastecer aeronaves que transportavam mantimentos e suprimentos destinados a garimpeiros atuando em território protegido.

Os envolvidos poderão responder por diversos crimes, incluindo associação criminosa, comércio irregular de combustíveis, usurpação de bens da União, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A Terra Yanomami está sob emergência em saúde pública desde janeiro de 2023, após o governo federal reconhecer uma grave crise humanitária entre os povos indígenas da região. Desde então, medidas vêm sendo adotadas para reforçar a segurança e garantir assistência, como o envio de equipes de saúde, cestas básicas e ações de combate à presença de garimpeiros ilegais.

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