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TJAC e Asmac levam doações para atingidos pela enchente nos municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Brasiléia
Doações arrecadadas em campanha realizada pelo TJAC e Asmac fora repassadas as Comarcas e prefeituras, para que sejam destinadas aos atingidos pela enchente nos três municípios. Gestores municipais agradeceram a presença e apoio do Judiciário
A presidência e vice-presidência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), respectivamente, desembargadora Regina Ferrari e desembargador Luís Camolez, juntamente com a Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), representado pelo seu presidente, juiz de Direito Gilberto Matos, seguiram realizando mais entregas de doações para as vítimas das enchentes, neste sábado, 1, nas Comarcas de Xapuri, Epitaciolândia e Brasiléia.
A comitiva também foi composta pelas responsáveis pela Diretoria Regional do Vale do Aleto Acre (DRVAC) Ana Paula Carrilho, e de Informação Institucional (DIINS), Andréa Zílio, que atuam na organização da campanha junto à Presidência do TJAC, além da chefe da Assessoria Militar (Asmil), tenente-coronel Alexsandra Rocha e sua equipe, o gerente de Instalação (GEINS) Gustavo Henrique Ferraz, servidoras e servidores e representantes.
A primeira parada foi em Xapuri, onde foram entregues água e cestas básicas recepcionadas pelo diretor do Foro da Comarca do município, juiz de Direito Luiz Gustavo Alcade Pinto. O magistrado falou sobre os momentos difíceis ocorridos e a importância das doações.
“Não há dúvidas que a atitude da nossa presidente do Tribunal de Justiça muito vai ajudar a sociedade xapuriense que durante o curso dessa semana passou por um período difícil de alagação, pessoas que saíram de suas residências, pessoas carentes, que precisam dessa força, dessa ajuda. Desta forma, só temos a agradecer e parabenizar pelas doações que a desembargadora Regina Ferrari veio hoje entregar pessoalmente à Comarca de Xapuri para as pessoas que estão abrigadas, alojadas, que saíram de suas casas e agora tem todo um trabalho com a vazante do rio”, finalizou.

A segunda parada foi em Epitaciolândia, que teve quatro bairros atingidos pelas enchentes, afetando aproximadamente 310 famílias ou 1.032 pessoas. A diretora do Foro da Comarca do município, juíza de Direito Joelma Nogueira, recebeu a desembargadora-presidente, juntamente com o prefeito Sérgio Lopes e o promotor de Justiça Thiago Salomão. Também acompanharam a ação, o diretor do Foro da Comarca de Brasiléia, juiz de Direito Clóvis Lodi e o Juiz de Direito Titular da Vara de Registros Públicos, Órfãos e Sucessões e de Cartas Precatórias Cíveis da Comarca de Rio Branco, Edinaldo Muniz dos Santos.
A magistrada Joelma Nogueira destacou a relevância da união de cada doação. “Relevantíssima essa atuação do Poder Judiciário com apoio da Asmac, para angariarmos não só água potável como cestas básicas e kits de limpeza. Estamos empenhados agradecendo todas as pessoas que de alguma forma contribuíram, nem que seja com um quilo de alimento, não importa a quantidade, importa a intensão da solidariedade e aqui eu agradeço especialmente a todas as pessoas que puderam nos ajudar aqui no município de Epitaciolândia e em especial a essa campanha engendrada pelo Tribunal de Justiça do Acre e a Asmac”, concluiu.

O gestor municipal de Epitaciolândia Sérgio Lopes se pronunciou a respeito das ações realizadas em Epitaciolândia. “O momento é muito difícil, muito delicado para todos nós. As famílias sofrem muito. Eu estou visitando família por família em cada bairro de Epitaciolândia levando kits de limpeza, levando cesta básica. A parceria das instituições, aqui eu aproveito a oportunidade para agradecer a Associação dos Magistrados do Acre junto com o Tribunal de Justiça que destinou para o município de Epitaciolândia água potável e kits de limpeza. Nós já fizemos e continuamos fazendo a entrega desses kits e faremos também da água. De mãos dadas e juntos, que nós vamos vencer esse momento de dificuldade e de adversidade no qual nós estamos enfrentando. Também quero aqui me solidarizar com todas as pessoas, todas as famílias que foram atingidas pelas cheias do Rio Acre. Então, nossa sincera solidariedade e esperamos que possamos é minimizar as consequências disso para todos nós”, afirmou o prefeito.
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Igarapés transbordam após mais de 10 horas de chuva e deixam comunidades isoladas no interior do Acre
Cheias interditam ramais em Sena Madureira e Brasiléia; Defesa Civil monitora elevação do Rio Acre e mantém equipes em prontidão
Após mais de nove horas de chuvas intensas que atingiram praticamente todo o Acre, além de áreas da Bolívia e do Peru, igarapés transbordaram em diversas regiões do estado e causaram transtornos a comunidades rurais, deixando ramais intransitáveis e famílias isoladas.
Em Sena Madureira, o igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município, transbordou na tarde desta sexta-feira (26) e interrompeu completamente o tráfego no ramal do quilômetro 40. A ponte que garante o acesso à comunidade ficou submersa, impossibilitando a passagem de veículos, motocicletas, pedestres e até animais.
Vídeos enviados por moradores à reportagem mostram a força da correnteza no local. Segundo relatos, a única forma de atravessar seria por meio de embarcação, mas o risco é considerado alto devido à intensidade da água. “A correnteza está muito forte e a ponte sumiu debaixo d’água. É perigoso tentar passar”, afirmou um morador.
Com a via interditada, diversas famílias ficaram ilhadas e sem acesso à BR-364, principal ligação com a área urbana do município.
Situação semelhante foi registrada em Brasiléia, no ramal do Jarinal, com acesso pelo km 5 da BR-317. O igarapé da região transbordou e deixou o trecho praticamente intransponível. Em um dos vídeos, moradores tentam atravessar com uma motocicleta que acaba tendo o motor invadido pela água. Em outra gravação, um colono montado a cavalo desiste de atravessar para não colocar a própria vida e a do animal em risco.
As chuvas intensas também vêm provocando impactos no campo, com ramais intrafegáveis, comunidades isoladas e prejuízos à produção rural. O excesso de água dificulta o acesso às propriedades, impede o escoamento da produção e pode afetar o abastecimento e os preços de alimentos na capital.
Monitoramento dos rios
Dados da Defesa Civil Municipal apontam que o volume de chuva registrado em Rio Branco nas últimas 24 horas foi de 44,40 milímetros, contribuindo para a elevação do nível do Rio Acre. Monitoramento da plataforma “De Olho no Rio”, da Prefeitura, indicou que o manancial atingiu 10,19 metros por volta das 10h45 desta sexta-feira, acompanhando o grande volume de chuvas acumuladas ao longo de dezembro, que já ultrapassou a média prevista para todo o mês.
O Sistema de Hidro-Telemetria da Rede Hidrometeorológica Nacional informou que, até as 18h (horário do Acre), o nível do Rio Acre manteve-se relativamente estável em alguns pontos, apesar das chuvas mais intensas terem ocorrido principalmente nas zonas rurais.
No posto da Aldeia dos Patos, acima do município de Assis Brasil, o nível registrado às 18h foi de 3,57 metros — três centímetros abaixo da marca registrada quatro horas antes, que era de 3,60 metros.
Já em Rio Branco, no mesmo horário, o Rio Acre ultrapassava os 12 metros, com elevação rápida em poucas horas, impulsionada pelo grande volume de água trazido pelos afluentes que deságuam na região.
A Defesa Civil permanece em estado de alerta, com equipes em prontidão, monitorando famílias em áreas de risco e prestando apoio às comunidades atingidas.
Novas informações poderão ser divulgadas a qualquer momento.
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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC
Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).
Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.
Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.
O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.
Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.
A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.
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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato
A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal
Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.
Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.
No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.
Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.
Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.













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