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Tensão no campo aumenta com indefinição sobre Marco Temporal. Confronto deixa 11 feridos no MS
A indefinição quanto ao marco temporal tem levado tensão ao campo e gerado insegurança jurídica entre os produtores rurais e indígenas, gerando conflitos, inclusive armados. Foi o que aconteceu na madrugada desta segunda-feira (05.08), na zona rural de Douradina, Mato Grosso do Sul, quando um confronto armado resultou em vários feridos. Nesta segunda-feira (05.08) o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou a discussão sobre o marco temporal.
CONFRONTOS E INVASÕES – O Conflito em Douradina já dura 25 dias. No último fim de semana, a escalada de violência aumentou e 11 pessoas ficaram feridas após confronto entre ruralistas e indígenas do povo guarani kaiowá.
A área ocupada pelos indígenas tem 12.196 hectares e foi delimitada pela Funai em 2011, mas ainda não houve demarcação porque o processo foi judicializado. Entre os dias 13 e 15 de julho, os indígenas começaram a retomar outros quatro territórios na mesma região. Os fazendeiros montaram um acampamento em frente ao dos indígenas e a tensão aumentou.
Mesmo após diversas reuniões, nenhum acordo foi firmado, e a situação se agrava com a indefinição sobre o marco temporal, que estabelece os direitos de posse das terras.
A Força Nacional, o Batalhão de Choque e a Polícia Militar estão no local do conflito. Representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informaram que a situação está controlada no momento, com militares de prontidão.
O confronto mais recente iniciou na sexta-feira (2), quando a Força Nacional foi acionada para intervir após um mecânico ficar preso em um bloqueio indígena na região. No sábado (3), produtores rurais invadiram o acampamento dos indígenas com caminhonetes, alegando que entre 20 e 30 indígenas atearam fogo em um monte de palha, causando um incêndio na vegetação de uma propriedade rural.
O MPF e a Polícia Federal investigam o uso de armas letais e brancas (facas, arcos e flechas) por parte dos indígenas e dos produtores rurais. Em nota, o MPF afirmou que vai “apurar eventuais infrações penais ocorridas durante o conflito entre indígenas guarani kaiowá e produtores rurais da região.
No Oeste do Paraná, a informação é de que 9 propriedades rurais foram invadidas nos últimos 30 dias. Levantamento realizado pelo Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP aponta que as áreas invadidas no Estado correspondem 12,5% das terras destinadas a atividades agropecuárias nos municípios Terra Roxa, Guaíra e Altônia.
Em Terra Roxa, por exemplo, a produção de soja e de milho movimentou, respectivamente, R$ 315 milhões e R$ 244 milhões em 2023. Também tiveram produção expressiva a avicultura de corte (R$ 179 milhões) e a piscicultura (R$ 96 milhões). Em Guaíra, a produção de soja bateu R$ 211 milhões, seguido por milho (R$ 172 milhões), ovos de galinha (R$ 109 milhões) e avicultura de corte (R$ 9,5 milhões).
NO STF – Nesta segunda-feira (05.08) o Supremo Tribunal Federal (STF) deu início a uma série de audiências para tentar uma conciliação sobre o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Os debates estão previstos para ir até 18 de dezembro. A Corte rejeitou ações que pediam que o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, fosse o parâmetro para a definição das reservas — e considerou essa proposta inconstitucional. O Congresso, porém, reagiu e aprovou a Lei 14.701/23, que estabelece o marco.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu que “grande parte da violência decorre da omissão do Estado brasileiro”. O ministro Gilmar Mendes, que propôs as audiências, respondeu às críticas de que uma tentativa de conciliação seria um “balcão de negócios”. Para ele o STF precisa compreender as razões de todos os envolvidos antes de a Corte tomar uma decisão final sobre o assunto.
“Como destaquei em decisões anteriores, a questão dos direitos dos povos originários, profunda em suas origens e complexa em suas consequências, não será resolvida apenas com uma decisão judicial. É interessante notar que a criação desta comissão especial provocou protestos de vozes que, incapazes de entender a função da jurisdição constitucional e de analisar a crise de forma abrangente, rotulam esta mesa de debates como um bazar de negócios”, criticou.
Gilmar Mendes defendeu a importância do diálogo entre todos os afetados pela proposta do marco. “Não há verdadeira pacificação social com a imposição unilateral de vontades e visões de mundo. Sem diálogo honesto, tolerância e compreensão mútua, nada surgirá, muito menos a afirmação de direitos fundamentais. Desconsideram o que os povos originários ensinam há gerações: este país comporta todos nós, com seus diversos modos de vida e valores”, encerrou.
Fonte: Pensar Agro
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Adolescente indígena abusada sexualmente dos 9 aos 14 anos pede ajuda em quartel da PM e relata situação dramática
A adolescente contou aos militares que, ao se ver desamparada e sem ter para onde ir após a separação, tentou retornar para a casa dos pais na aldeia, mas eles se negaram a recebê-la de volta
Com Folha do Sul On Line
Uma adolescente de origem indígena procurou, nesta semana, o 3º Batalhão da Polícia Militar em Vilhena, e contou a situação dramática que está vivendo após se separar do homem com quem havia morado por cerca de um ano.
Ela fez uma revelação estarrecedora: disse que dos 9 aos 14 anos, teria sido abusada sexualmente por um primo maior de idade. A violência aconteceu na aldeia indígena da região onde a vítima e o suposto abusador moravam na época.
Ao relatar para os pais os abusos contra ela, a menina não apenas deixou de ser apoiada, como foi entregue em casamento a um homem que trabalhava na terra indígena. Os dois moraram em Vilhena por cerca de um ano, mas o casamento terminou.
A adolescente contou aos militares que, ao se ver desamparada e sem ter para onde ir após a separação, tentou retornar para a casa dos pais na aldeia, mas eles se negaram a recebê-la de volta.
Diante da situação, e da idade da vítima, o caso foi passado para o Conselho Tutelar, que adotará as providências cabíveis para que a menina abusada tenha o acolhimento devido.
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Colisão entre carro e táxi deixa feridos na estrada Variante, em Cruzeiro do Sul
O impacto fez com que o Toyota Cross fosse lançado para o encostamento, enquanto o táxi saiu completamente da estrada
Aline Querolaine
Na tarde desta terça-feira (17), um acidente de trânsito foi registrado na estrada Variante, que liga Cruzeiro do Sul ao município de Rodrigues Alves, nas proximidades da entrada da Praia Grande. O incidente envolveu um carro modelo Toyota Cross e um táxi.
Segundo informações preliminares, o motorista do Toyota Cross estava acompanhado de uma mulher quando ambos começaram uma discussão dentro do veículo. Durante o desentendimento, o condutor parou o carro bruscamente, surpreendendo o taxista que vinha logo atrás. Sem tempo para frear, o táxi colidiu com o Toyota, fazendo com que ambos os veículos fossem arremessados para fora da pista.
O impacto fez com que o Toyota Cross fosse lançado para o encostamento, enquanto o táxi saiu completamente da estrada. Equipes da Polícia Militar e da perícia técnica foram acionadas para realizar o levantamento das circunstâncias do acidente.
O motorista do táxi foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhado ao Pronto-socorro. O casal que estava no Toyota sofreu apenas escoriações leves e foi atendido no local. As autoridades seguem apurando os detalhes do incidente.
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Presidente do Deracre visita obra do “Porto” de Sena Madureira e anuncia início da pavimentação no Cazumbá; Obras tem emendas de Gerlen Diniz
Com recursos de 2 milhões de reais, oriundos de uma emenda do deputado federal Gerlen Diniz (PP), a obra está sendo executada em Sena e se traduz como um marco histórico para o município.
Yaco News
A presidente do Deracre, Sula Ximenes, esteve na tarde desta terça-feira (17) na cidade de Sena Madureira para acompanhar de perto o andamento da construção do porto de Sena Madureira que fica localizado na antiga Feira dos colonos. Com recursos de 2 milhões de reais, oriundos de uma emenda do deputado federal Gerlen Diniz (PP), a obra está sendo executada em Sena e se traduz como um marco histórico para o município.
“O Governo do Estado, via Deracre, está construindo essa rampa de 90 metros, fruto de uma emenda do deputado federal Gerlen Diniz. Essa rampa vai facilitar o escoamento dos produtos e melhorar a vida dos ribeirinhos. Pretendemos entregar a obra à comunidade depois do dia 15 de dezembro”, destacou.
Indagada sobre a durabilidade da rampa, Sula Ximenes destacou: “O que podemos adiantar é com relação a Engenharia. Foi um projeto feito, ele foi aprovado, e assim, é uma emenda federal. Ela não passa sem a aprovação federal. O que podemos garantir é a durabilidade sim dessa obra”, completou.
Após passar pela obra da rampa, a presidente do Deracre se dirigiu até a comunidade Cazumbá, rio Caeté. A referida comunidade foi contemplada com uma emenda de 1 milhão de reais destinada pelo deputado federal Gerlen Diniz para a pavimentação de Ruas. “Ainda nesta semana, a empresa vai implantar o canteiro de obras e em seguida vai levar os tijolos para que a pavimentação seja feita. A pavimentação contempla em torno de 1 quilômetro”, frisou.
Nesse caso específico do Cazumbá, a pavimentação deverá ser entregue até o final de dezembro desse ano.
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