Acre
TCE-AC reúne prefeitos e discute plano de contingência para enfrentar eventos climáticos
Preocupado com eventos climáticos que têm levado o estado acreano a situações extremas tanto de cheia como de seca severa, o Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) reuniu prefeitos e representantes de 13 municípios acreanos, e de órgãos estaduais, na manhã desta terça-feira, 21, quando discutiram a elaboração de plano de contingência para enfrentar esses eventos adversos que atingem todo o estado.
“Esses eventos trazem não só transtorno, mas prejuízo à municipalidade e à gestão pública. Com esse intuito é que propusemos essa reunião para podermos discutir com os prefeitos e saber das dificuldades que eles têm para que elaborem seus planos de contingência. O Tribunal está se colocando à disposição para auxiliar as prefeituras na elaboração desses planos, para que possa captar recursos para o ano que vem, e minimizar os danos à população em virtude dos eventos climáticos”, disse o presidente do TCE, Conselheiro Ribamar Trindade.
A preocupação do TCE, enquanto órgão de controle, em chamar todos os prefeitos dos 22 municípios do Acre, é de conversar sobre os planos de contingência que devem elaborar para enfrentar as mudanças climáticas que tem afetado a população, principalmente, nos municípios mais distantes.
Na oportunidade, os prefeitos apresentaram suas dificuldades, como o prejuízo na produção local, e consequentemente na economia, a dificuldade de acesso às escolas que precisam dos rios para transporte dos alunos, bem como água potável para consumo. A maioria revelou não contar com plano de contingência.
“O Tribunal chama os prefeitos nesse momento para atuar em conjunto com eles, no sentido de buscar recursos no Fundo Amazônia, no sentido de monitorar as medidas que estão sendo trabalhadas para mitigar os efeitos do clima junto às comunidades locais. Também para orientá-los na decretação da emergência climática que possibilita uma assistência social às comunidades, possibilita a flexibilização das medidas burocráticas que eles devem tomar para assistir essas populações atingidas como, por exemplo, cavar poços e outras medidas que os municípios precisam adotar”, destacou a Corregedora do TCE, Conselheira Dulcinéa Benício.
Com a conclusão da reunião, o TCE apresentou um modelo de plano de contingência que vai ser entregue a todos os gestores, por meio do presidente da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), Tião Bocalom, que também vai disponibilizar o documento que é utilizado em Rio Branco para poder ser ajustado conforme a necessidade de cada município.
Ao reunir os prefeitos, o TCE reafirma seu compromisso de realizar um trabalho de proximidade e orientação ao gestor, mostrando que sua atuação vai além da natureza punitiva, mas, visa o trabalho preventiva para melhoraria da gestão pública municipal.
Na ocasião, o Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, destacou e parabenizou o trabalho pedagógico e educacional que o Tribunal vem realizando.
“O Presidente do TCE tem feito esse trabalho de aproximação, de orientação, um trabalho pedagógico, educacional para os municípios. É muito importante quando ele se coloca como parceiro, não apenas como órgão fiscalizador”, declarou Bocalom.
Participaram da reunião o Conselheiro, Ronald Polanco, que também será um importante aliado nessa busca por recursos junto ao Fundo Amazônia, e a Conselheira Naluh Gouveia. Os procuradores do Ministério Público de Contas (MPC-AC) Anna Helena de Azevedo, João Izidro, Mário Sérgio e Sérgio Cunha também se colocaram à disposição para contribuir no que for necessário.
Com informações da assessoria do TCE-AC.
Comentários
Acre
Ministério Público de Pando e governo municipal de Cobija impõem preocupação com restrições de circulação que inclui toque de recolher
Medidas, realizadas em conjunto com sindicatos de mototaxistas, visam conter aglomerações e garantir ordem pública; população reage com opiniões divididas

Hospital Roberto Galindo apenas casos de emergência estão sendo atendidos, enquanto consultas, exames e procedimentos não urgentes foram temporariamente suspensos. Foto: captada
Nesta segunda-feira, dia 17, o Ministério Público de Pando e o governo municipal de Cobija realizaram operações de controle em diversos setores da cidade, impondo restrições à circulação de pedestres, motos e carros. A medida, que inclui um toque de recolher em vigor, foi organizada em parceria com entidades e sindicatos de mototaxistas, com o objetivo de conter aglomerações e garantir a segurança pública.
As operações ocorreram em áreas estratégicas de Cobija, onde a circulação de pessoas e veículos foi restringida durante o período noturno. A iniciativa visa evitar possíveis conflitos e garantir a ordem, diante do aumento de incidentes registrados recentemente. Segundo as autoridades, o toque de recolher é uma medida preventiva e temporária, mas essencial para manter a tranquilidade na cidade.
“Estamos trabalhando em conjunto com as entidades organizadoras para garantir a segurança de todos. O toque de recolher é uma medida preventiva e temporária, mas essencial para manter a ordem pública”, afirmou um representante do governo municipal.

O Ministério Público de Pando e o governo municipal de Cobija realizaram operações de controle em diversos setores da cidade, impondo restrições à circulação de pedestres, motos e carros. Foto: captada
Os sindicatos de mototaxistas, que participaram ativamente da organização das ações, destacaram a importância da colaboração entre as instituições e a comunidade. “Estamos apoiando essas medidas para proteger a população e evitar situações de risco. Acreditamos que, com o esforço conjunto, podemos garantir um ambiente mais seguro para todos”, disse um líder dos mototaxistas.
A população local, no entanto, tem reagido com opiniões divididas. Enquanto parte dos moradores apoia a iniciativa como forma de garantir a segurança, outros criticam a restrição à liberdade de circulação. As autoridades reforçam que as ações são temporárias e serão reavaliadas conforme a evolução da situação.
Enquanto isso, as operações de controle continuam em vigor, com o apoio das entidades organizadoras e o monitoramento constante do Ministério Público e do governo municipal. A expectativa é que, com essas medidas, Cobija possa manter a ordem e a segurança, minimizando riscos e garantindo o bem-estar da população.

A população local tem recebido as medidas com opiniões divididas. Enquanto alguns apoiam a iniciativa como forma de garantir a segurança, as pontes continuam fechadas. Foto: captadas
A iniciativa reflete os esforços das autoridades e da comunidade para enfrentar desafios de segurança pública, buscando equilibrar a proteção da população com o respeito aos direitos individuais.
Veja vídeo com Kike Navala:
Atendimentos de urgência são mantidos, mas serviços regulares estão suspensos devido às restrições de circulação na cidade
O Hospital Roberto Galindo Teran, localizado em Cobija, no departamento de Pando, está funcionando de forma parcial durante o período de toque de recolher imposto na cidade. Enquanto os atendimentos de urgência seguem ativos, a maioria dos serviços regulares foi suspensa devido às restrições de circulação de pessoas e veículos.
A medida, que faz parte de uma operação de segurança organizada pelo Ministério Público de Pando e pelo governo municipal em conjunto com sindicatos de mototaxistas, visa conter aglomerações e garantir a ordem pública. No entanto, a restrição de movimento tem impactado diretamente o funcionamento de instituições essenciais, como o hospital.
De acordo com fontes locais, apenas casos de emergência estão sendo atendidos, enquanto consultas, exames e procedimentos não urgentes foram temporariamente suspensos. A situação tem gerado preocupação entre a população, que depende dos serviços de saúde oferecidos pelo hospital.

A população espera que, em breve, as restrições sejam flexibilizadas, permitindo que os serviços de saúde voltem a funcionar plenamente e atendam às necessidades de todos os pacientes. Foto: captada
Comentários
Acre
Moradores de invasão no Portal da Amazônia protestam contra falta de água e interditam estrada do Calafate
Manifestantes reclamam de desigualdade no abastecimento e relatam dificuldades para enviar crianças à escola sem condições básicas de higiene; polícia acompanhou o ato, mas SAERB não se pronunciou.
Moradores de uma área de invasão no bairro Portal da Amazônia, em Rio Branco, interditaram a estrada do Calafate na tarde desta segunda-feira (17) em protesto contra a falta de água fornecida pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (SAERB). A manifestação, que durou até as 17h20, contou com a presença da Polícia Militar, que apenas monitorou o ato.
Ítola Freire de Araújo, de 29 anos, uma das manifestantes, questionou a desigualdade no abastecimento. “O Calafate inteiro já está com água, mas na nossa região não chega nada. As aulas das crianças começaram hoje, e estamos mandando elas para a escola sem tomar banho, porque não temos dinheiro para comprar água”, desabafou.
Diego Souza, também de 29 anos, destacou o sentimento de abandono por parte do poder público. “Nos sentimos como uma classe inferior, porque o Calafate todo está recebendo água, mas nossa parte do Portal não. Não entendemos por que essa diferença”, afirmou.
A assessoria do SAERB foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
Comentários
Acre
Nível do Rio Acre deve começar a baixar nesta semana, diz Friale
Os níveis dos principais rios do Acre seguem elevados, mas a tendência é de que comecem a baixar gradualmente a partir desta terça-feira (18), segundo previsão do portal Tempo Aqui, de Davi Friale.
Em Rio Branco, o rio Acre registrou 15,88 metros na medição das 15h desta segunda-feira (17). De acordo com Friale, a expectativa é de estabilização nas próximas horas, seguida por uma descida lenta do nível. Ele também afirma que o nível dos rios devem começar a baixar também em Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Sena Madureira
Mesmo com a previsão de redução dos níveis, a população deve permanecer atenta às atualizações dos órgãos oficiais.
Você precisa fazer login para comentar.