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Cotidiano

Superintendente do Dnit diz que BR-364 foi relegada a 2º plano no Governo Bolsonaro

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Foto: Sérgio Vale

Durante o segundo dia da segunda edição da Caravana pela BR-364, em Cruzeiro do Sul, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo, fez um balanço dos desafios históricos da rodovia e defendeu que a união das bancadas federais e estaduais é essencial para garantir os recursos que a estrada exige.

“A BR-364 sempre foi encarada como outra rodovia do Brasil, que era apenas pelo econômico. E se passaram quatro anos atrás [Governo Bolsonaro], foi feita uma política onde se escolheu optar pelos estados onde tinha uma economia mais forte girando. E o Acre, como não produzia muita coisa, ficou relegado a um segundo plano. Nós passamos quatro anos sem verbas para a BR-364”, afirmou.

O superintendente detalhou ainda que o projeto original da estrada foi executado com pavimento de baixo custo e largura inferior. “Essa BR foi feita há um tempo atrás com um tipo de pavimento que era considerado tipo 3, ou seja, de baixo custo, com uma plataforma de apenas nove metros de largura. Enquanto que, para Porto Velho, nós temos doze metros de largura da plataforma, um pavimento mais forte, com pedra. Infelizmente, aqui nós tivemos um pavimento que é à base de solo-cimento, como diz o nosso deputado Edvaldo Magalhães: solo fiscal, solo brita. E isso não funcionou”, pontuou.

Como solução, segundo Araújo, o Dnit identificou o uso de macadame drenante como o método mais viável para garantir a durabilidade da rodovia. “Em 2015 foi feito um teste de uma emergência, que foi o macadame hidráulico. Isso não se descobriu da noite para o dia. Pegamos o nosso corpo técnico, que é de primeira, nossos engenheiros são muito competentes, e verificamos que a melhor solução para essa estrada era o macadame”, observou.

O superintendente ressaltou que a luta por um projeto de reconstrução levou mais de uma década. “O projeto de reconstrução estava parado há mais de dez anos. E aí pegamos e começamos a estudar. Fomos ao presidente da República Lula que perguntou: o que é melhor para o Acre? E dissemos: o macadame é um pavimento de qualidade”, salientou.

Ele defendeu que a BR-364 deve ser encarada como um projeto social. “Vieram outros e disseram: mas isso é para grandes rodovias com grande tráfego. E o presidente disse: mas lá tem um valor extremo, que é a população que mora no Acre. Temos que ter respeito por essa população. Conseguimos mostrar que essa é uma estrada social, ela não é econômica”, reforçou.

Araújo também relembrou momentos de crise, como o risco de fechamento da ponte do Igarapé Carretão. “Estive aqui quando a ponte do Caeté ia fechar. Disse: nós não vamos deixar a BR-364 fechada. Coloquei o meu CPF, a minha engenharia, o meu diploma de engenheiro. Fizemos um levantamento e seguramos a ponte, deixando passar um carro de cada vez. Hoje estamos com um pontilhão colocado lá e vamos recuperar a ponte do Caeté”, destacou.

Em resposta às críticas sobre a qualidade das obras emergenciais, o superintendente foi direto. “Não está mal fiscalizada. Eu, o corpo técnico do DNIT nacional, já disse: essa é uma rodovia que deveria esperar a reconstrução e cruzar os braços. Mas como disse, muitos deputados federais foram lá dizer que estávamos enxugando gelo. Mas gelo pra quê? Pra que a gente tenha tráfego nessa estrada, pra que tenha qualidade de vida para quem está usando”, disparou.

Sobre os custos da reconstrução, o superintendente não escondeu o tamanho do desafio. “Essa estrada custa caro. O ministro dos Transportes disse: só de Feijó a Sena Madureira, R$ 1 bilhão e meio. De Tarauacá até Liberdade, pelo menos R$ 2 bilhões e 800. Estamos falando de aproximadamente R$ 3 bilhões e meio”, explicou.

Ele apontou o exemplo da mobilização política de Rondônia como referência. “A união de lá, as bancadas federais e Senado conseguiram se mobilizar e trouxeram recursos. Hoje, em Porto Velho, se diz: quando você entra em Porto Velho, entrou no céu. Quando vem pra cá, estamos no buraco”, destacou.

Araújo também comemorou avanços em outras frentes. “Temos o Anel Viário de Brasileia. A ponte está pronta, teve um problema judicial, mas já temos um vencedor e vamos começar a trabalhar neste ano”, contou.

Ao final, Araújo pediu compreensão sobre as limitações dos reparos temporários. “Quando a gente joga um tapa-buraco, não é de má qualidade. É porque o asfalto quebra com a mão mesmo. O que temos que fazer é torcer pela qualidade do pavimento”, finalizou.

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Acre registra 4.754 adesões a acordo do INSS para devolução de descontos indevidos

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Estado está entre os cinco com maior participação na Região Norte; reembolsos começaram nesta quinta e seguem até novembro

O reembolso dos valores começou nesta quinta (24) e será feito de forma escalonada, respeitando a ordem de adesão. Os pagamentos serão liberados em lotes diários de até 100 mil pessoas. Foto: captada 

O Acre contabiliza, até o momento, 4.754 adesões ao acordo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que garante a devolução de valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas. O estado aparece entre os cinco com maior número de participantes na Região Norte, atrás apenas de Tocantins, Amazonas e Pará – este último liderando com mais de 35 mil solicitações.

O acordo foi estabelecido após a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou fraudes em descontos aplicados em benefícios previdenciários. As cobranças irregulares eram feitas em nome de associações, sindicatos e clubes sem autorização dos beneficiários.

Reembolsos em andamento

Os pagamentos começaram nesta quinta-feira (24) e serão feitos em lotes diários, com prioridade para quem aderiu primeiro. Mais de um milhão de pessoas em todo o país já formalizaram a participação, sendo os maiores volumes em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (cada um com mais de 90 mil registros). Roraima tem o menor número: 1.960.

No Acre, os interessados ainda podem aderir até 14 de novembro, gratuitamente, pelo aplicativo Meu INSS ou nas agências dos Correios. A Central 135 não realiza o procedimento. A expectativa é que mais de 2 milhões de brasileiros sejam reembolsados sem ação judicial, referente a descontos irregulares entre março de 2020 e março de 2025.

O INSS reforça que o processo é simples e seguro, garantindo a restituição dos valores retidos indevidamente.

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Prefeito de Assis Brasil articula 1ª ExpoFronteira durante visita às instalações da Expoacre 2025

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Jerry Correia e secretário estadual discutem parceria para evento que deve fortalecer agronegócio e economia na região de fronteira

Acompanhado do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanipal Mesquita, o gestor discutiu detalhes da organização do evento estadual e avançou nos preparativos para a 1ª ExpoFronteira. Foto: captada 

O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, visitou nesta quinta-feira as instalações do Parque de Exposições que sediará a Expoacre 2025, em Rio Branco. Acompanhado do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanipal Mesquita, o gestor discutiu detalhes da organização do evento estadual e avançou nos preparativos para a 1ª ExpoFronteira, que será realizada em seu município.

Assis Brasil prepara 1ª ExpoFronteira com apoio do Governo do Estado. Foto: captada 

A feira, que tem como objetivo impulsionar a economia local e fortalecer o agronegócio e o empreendedorismo na região de fronteira, contará com o apoio do Governo do Estado.

— Essa parceria é fundamental para levar desenvolvimento e oportunidades a Assis Brasil, valorizando nossos produtores rurais, comerciantes e empresários — destacou o prefeito.

A ExpoFronteira deve movimentar o comércio e a produção local, consolidando a região como um polo de negócios e integração econômica na fronteira. Mais detalhes sobre datas e programação serão divulgados em breve.

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Policiais apreendem 3 kg de maconha em abordagem na BR-317, na divisa do Acre com o Amazonas

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Condutor de Renault KWID foi preso em flagrante após policiais detectarem nervosismo e odor da droga durante operação no Km 90 da rodovia

Apreensão de drogas na BR-317 expõe rota do narcotráfico na região Norte. Foto: captada 

Policiais militares prenderam em flagrante, na noite de quarta-feira (23), um homem transportando aproximadamente 3,010 kg de maconha na BR-317, trecho que divide o Acre e o Amazonas. A ação ocorreu durante uma operação de rotina do Caquetá, quando o suspeito, que dirigia um Renault KWID branco, foi abordado no Km 90 da rodovia.

Durante a verificação de documentos, os agentes perceberam o nervosismo do condutor e um forte odor de maconha vindo do veículo. Uma busca minuciosa revelou três tabletes da substância esverdeada no bagageiro do carro.

O homem foi levado à Delegacia de Flagrantes (Defla), junto com o veículo e a droga apreendida, para os procedimentos legais. A apreensão reforça preocupações sobre o uso de rodovias federais como corredores do tráfico de entorpecentes na região Norte, pressionando autoridades por maior fiscalização nas fronteiras.

O suspeito dirigia um Renault Kwid branco, com placas QWO-4D71, e seguia no sentido Rio Branco/Boca do Acre. Foto: captada 

Apesar de não possuir antecedentes criminais, o motorista afirmou que a droga seria para consumo pessoal. Mesmo assim, ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde ficou à disposição da Justiça. O material apreendido também foi entregue às autoridades para os devidos procedimentos legais.

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